Os nove agentes desligados foram condenados pela Justiça entre dezembro de 2012 e 14 de abril deste ano — portanto, cinco meses antes de as exclusões serem realizadas pela Polícia Militar. O primeiro julgamento foi o de Sergio Junior, que pegou pena de 21 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado. Posteriormente, Jefferson Miranda foi condenado a 26 anos; Jovanis Júnior, a 25 anos e seis meses; Alex Pereira, Charles Tavares e Sammy Quintanilha, a 25 anos; Junior Cezar de Medeiros, a 22 anos e seis meses; Carlos dos Santos, a 19 anos e seis meses; e Handerson Lents, apontado como o responsável por indicar o endereço da juíza ao resto do bando, a quatro anos e seis meses em regime semiaberto (todos os outros terão que cumprir regime inicial fechado).
Além dos nove praças, dois oficiais também foram condenados pela morte de Patricia Acioli. Embora tenham recebido as penas mais altas, de 36 anos de reclusão, o tenente Daniel dos Santos Benitez Lopez e o tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira — então comandante do 7º BPM (São Gonçalo) e apontado como o mandante da execução — permanecem vinculados à Polícia Militar. Todos os 11 PMs julgados no caso foram condenados pela Justiça.
Patrícia Acioli foi assassinada na porta de casa com 21 tiros, no dia 12 de agosto de 2011, no bairro de Piratininga, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Os disparos foram efetuados por dois homens encapuzados em motocicletas, um deles depois apontado como sendo o tenente Daniel Lopez. A juíza era titular da 4º Vara Criminal de São Gonçalo e foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a milícias e grupos de extermínio, fato que teria gerado insatisfação entre os grupos criminosos que atuavam na região.