Ele substitui Antonio Patriota, demitido em razão do episódio em que o diplomata Eduardo Saboia organizou operação para retirar da embaixada em La Paz o senador boliviano Roger Pinto Molina. O parlamentar estava asilado na embaixada havia um ano. Ele foi trazido para o Brasil em um carro oficial, sem autorização do governo boliviano. Ao discursar na cerimônia de posse do sucessor, Patriota disse que o diplomata agiu "sem instruções" e de forma "independente".
Em seu discurso, Figueiredo elogiou Patriota e afirmou que pretende tornar o Itamaraty "cada vez mais últil" para o governo.
Luiz Alberto Figueiredo disse que aceitou o convite da presidente Dilma Rousseff “com muita honra”.
“A tarefa é desafiadora”, disse o chanceler antes de elogiar Patriota, o qual classificou como seu “amigo”. “Trata-se de suceder um dos maiores talentos da diplomacia, meu amigo Antonio Patriota”.
“Muito me orgulha também ser chamado a dirigir uma instituição que é uma referência no Estado brasileiro”, afirmou.
O chanceler disse que o Brasil é um “ator fundamental e líder na cena internacional”. “A relevância do Brasil está aqui para ficar”, declarou.
Ele afirmou que assumirá o Itamaraty com o “espírito de colaborar” para a execução das diretrizes do governo Dilma Rousseff: crescimento econômico com desenvolvimento social e proteção ambiental, segundo ele. “Esses objetivos têm dado identidade e peso internacional ao Brasil, têm reforçado nossa credibilidade externa”, disse.
“Sou testemunha pela minha experiência na área de desenvolvimento sustentável, mais especificamente na conferencia Rio + 20, que o Brasil é ator fundamental e líder na cena internacional. Em minha passagem a ONU, pude perceber o respeito e consideração com que as posições brasileiras são recebidas pela comunidade internacional”, disse Figueiredo durante discurso.
Fonte: G1