O crescimento confirma tendência apresentada pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária do Ministério da Justiça (CNPCP/MJ) durante o Encontro Nacional sobre o Encarceramento Feminino, promovido pelo CNJ em 2011. Segundo o estudo, o percentual das mulheres em relação ao total da população carcerária brasileira dobrou entre 2000 e 2010. No mesmo evento, a socióloga Julita Lemgruber apontou o tráfico de drogas como responsável por 65% das prisões de mulheres brasileiras entre 2006 e 2011. A estudiosa defendeu a adoção de penas alternativas à de prisão, pois em muitos casos eram mulheres levando drogas para os maridos presos e não representavam perigo para a sociedade.
Segundo o juiz auxiliar da Presidência do CNJ e coordenador científico do encontro, Luciano Losekann, as prisões por tráfico de drogas são as maiores responsáveis pelo aumento da população carcerária feminina. “É necessário que discutamos estratégias judiciais e sociais de atuação conjunta, verificando se o sistema de justiça criminal, da forma como hoje reage a essa questão, tem sido, ou não, eficaz”, afirmou Losekann.
Debater soluções para o problema é um dos objetivos do II Encontro Nacional do Encarceramento Feminino, que será promovido pelo CNJ quarta e quinta-feira desta semana (21 e 22/8) no Auditório da Escola de Magistratura Federal da 1ª Região (Esmaf). Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.
Fonte: Conjur