Luiz Lúcio
pai_pj_barbacena.jpgO Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental, (PAI-PJ) que já está instalado na comarca de Barbacena desde o dia 17 de Julho, terá como parceiros o Hospital Psiquiátrico e Judiciário Jorge Vaz, Unipac, OAB, Ministério Publico, Defensoria Publica, Secretaria Municipal de Saúde entre outros. Além de psicólogos e assistentes sociais, o projeto piloto em Barbacena deverá contar com a participação de outros profissionais. A idéia é escutar e acolher os doentes mentais que cometeram crimes, oferecendo a eles a chance de serem reintegrados á sociedade e quem sabe coloca-los novamente no seio de suas famílias.

Para o Pai-Pj, estes pacientes são vistos como seres humanos, apesar de seus crimes e por tanto devem ter um tratamento diferenciado. Uma fonte ligada a um hospital psiquiátrico que prefere não ser identificada conta que vários pacientes nesta situação recebem alta, mas encontram barreiras nas suas famílias e na sociedade, restando com isto a segregação ou a prisão perpétua.

Apostando na idéia de humanizar o tratamento destas pessoas, o Juiz diretor do Fórum da Comarca de Barbacena, Marcos Alves de Andrade lembra que mesmo os pacientes de alta periculosidade serão acompanhados pelo programa Pai-Pj dentro e fora da instituição onde esteja internado. “Se oferecermos a estas pessoas tratamento psicológico, acompanhamento feito com assistente social e a participação de outros seguimentos parceiros do projeto, estaremos colaborando para que um novo delito deixe de ser praticado”, relata o juiz.

No Manicômio Judiciário e Psiquiátrico Jorge Vaz que o mês passado completou 80 anos em Barbacena, existe hoje 145 homens e 35 mulheres. A previsão é de que a maioria dos pacientes a serem acompanhados pelo programa Pai-Pj, esteja internada na instituição.

O PAI-PJ presta assistência a portadores de doenças mentais que cometeram algum crime. A intervenção junto aos pacientes infratores é determinada por juízes das varas criminais, que, auxiliados por equipes do programa, definem qual a melhor medida judicial a ser aplicada. O objetivo é conjugar tratamento, responsabilidade e inserção social.

Fonte: Luiz Lúcio / Barbacena News