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O ex-prefeito de Nova Iorque Rudolph Giuliani proferiu, na tarde desta quarta-feira, 4, a palestra magna do VI Congresso Internacional de Direito Penal e Criminologia, realizado no Minascentro, em Belo Horioznte.

Abordando o tema da “política de tolerância zero”, programa implantado por ele em sua gestão na cidade de Nova Iorque, na década de 1990, Giuliani falou da exitosa experiência que transformou a cidade, antes classificada pelos jornais americanos como a “maça apodrecida” dos EUA, por seus altos índices de violência, em uma das mais seguras do país, segundo dados do FBI.

Giuliani contou que, quando assumiu a prefeitura, a criminalidade estava acabando com o turismo, e investidores fugiam da cidade. Ele unificou os departamentos de polícia e tirou os bandidos, traficantes e prostitutas das ruas.

Por meio de um sistema de estatísticas criminais, registrava-se o local e o tipo de crime cometido em determinada região, o que possibilitou visualizar qual era a realidade de cada local e, assim, montar um efetivo policial adequado. Contratou mais policiais e os colocou em pontos estratégicos, como metrôs, atuando também com policiais à paisana.

Segundo ele, no início do programa, os números de prisões cresceram muito, mas, depois de um tempo, a população carcerária começou a diminuir, pois o cometimento de crimes também caiu. Segundo Giuliani, os furtos de carros caíram 80%, e índices de homicídios apresentaram uma queda de 60%.

O ex-prefeito disse que encontrou muita resistência na implantação dessa política de governo e afirmou ter combatido a corrupção da polícia e de políticos. Considerou ainda que o programa pode ser aplicado em qualquer país do mundo, inclusive no Brasil, observando que, apesar das diferenças jurídicas e legislativas entre Brasil e EUA, os crimes cometidos são, na sua maioria, de natureza estadual e não federal.