Essa é a maior apreensão de armas da história de Minas Gerais, segundo o delegado Wanderson Gomes, da Divisão Especial de Operações Especiais (Deoesp). A polícia já investigava o caso há 27 dias e, durante o feriado, intensificou a operação para chegar até aos suspeitos e recuperar o armamento roubado. As armas foram encontradas em quatro diferentes endereços de Ribeirão das Neves na madrugada desta segunda-feira (21). Um suspeito ainda está sendo procurado já que na casa dele foram encontrados alguns dos materiais recuperados.
Ainda conforme o delegado, as investigações apontaram que duas submetralhadoras já estavam prontas para serem vendidas e estariam sendo negociadas por R$ 21 mil. As pistolas seriam vendidas por cerca de R$ 5 mil cada. Ele disse também que duas armas foram encontradas já com a numeração e o brasão raspados e que o arsenal estava em bom estado de conservação.
Já em relação à dinâmica do crime, Wanderson Gomes afirmou que ainda é preciso aguardar o resultado dos exames do Instituto Médico-Legal (IML) que poderão comprovar se os agentes penitenciários realmente foram dopados. No entanto, ainda não previsão para divulgação desses resultados.
Na ocasião foi apresentado também todo o material apreendido, conforme relação abaixo:
• 33 pistolas calibre .40
• Seis submetralhadoras
• 198 cartuchos de calibre 12
• 160 cartuchos de calibre 556
• 1130 cartuchos calibre .40
• 97 carregadores sendo: oito da marca Taurus, três de fuzil calibre 556, 30 de submetralhadora e 56 da marca Imbel.
Entenda o caso
As 45 armas foram furtadas da Central de Escolyas, que fica atrás da Penitenciária Dutra Ladeira, na madrugada de 25 de março. Bandidos teriam dopado os agentes penitenciários que faziam a guarda da Central de Escoltas. Com os seguranças desacordados, os suspeitos tiveram cerca de seis horas para agir. A investigação levantava a possibilidade de que o golpe tivesse contado com a ajuda de agentes.
Na madrugada do último sábado (19), uma pistola .40, apreendida pela PM, no bairro Florença, em Ribeirão das Neves, foi apontada como pertencente ao arsenal furtado. A arma, da marca Imbel, tinha um brasão da República, mesmo tipo das pistolas levadas no mês passado. Segundo o delegado Wanderson Gomes, a Polícia Civil ainda vai investigar a origem da arma, mas ele não descarta que seja do arsenal roubado no mês passado.