Carlos Adílio Maciel Santos, um dos 11 policiais militares acusados de envolvimento no assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, em Niterói (Região Metropolitana do Rio), foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão pelo 3º Tribunal do Júri de Niterói. Ele é o quinto PM a ser condenado. Carlos negou o crime, e seu advogado já anunciou que vai recorrer da condenação.
Carlos Adílio respondia pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, para assegurar a impunidade de outros crimes e mediante emboscada) e formação de quadrilha.
Patrícia foi assassinada com 21 tiros, quando chegava em casa, em Niterói, na noite de 11 de agosto de 2011. Carlos Adílio estava preso quando ocorreu o crime. Ele também responde a processo na Auditoria de Justiça Militar do Rio pelo desvio de munições do 7º Batalhão da PM (São Gonçalo), onde era lotado.
O 3º Tribunal do Júri de Niterói já condenou, em 4 de dezembro de 2012, o cabo Sérgio Costa Júnior a 21 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Ele foi considerado culpado pela prática de homicídio triplamente qualificado e também por formação de quadrilha. O policial foi beneficiado com a redução de pena, no mínimo legal, por ter feito acordo de delação premiada.
No dia 30 de janeiro deste ano, os jurados do 3º Tribunal do Júri de Niterói também condenaram mais três policiais militares pela morte da juíza Patrícia Acioli. Jefferson de Araújo Miranda recebeu pena de 26 anos; Jovanis Falcão, de 25 anos e seis meses; e Junior Cezar de Medeiros, de 22 anos e seis meses. Todos em regime de reclusão inicialmente fechado. Todos os condenados perderam o cargo público por determinação da Justiça.
Outros seis réus, incluindo o ex-comandante do 7º Batalhão (São Gonçalo), tenente-coronel Cláudio Luiz de Oliveira, apontado como o mandante do crime, ainda serão julgados. Os PMs recorreram da sentença de pronúncia e o recurso ainda será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Oliveira e o tenente Daniel Benitez, outro acusado pelo assassinato da juíza, estão na penitenciária federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Os demais estão presos na cadeia pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, na zona oeste do Rio.
Fonte: Jornal Estado de Minas