Herbert Carneiro apontou a realidade dos estabelecimentos prisionais brasileiros, verificada durante inspeções realizadas pelo CNPCP em vários Estados do País, o que contribui, segundo ele, para transformar a pena privativa de liberdade em um suplício aos que estão em situação de prisão. A insuficiência de vagas para o regime semiaberto e a má administração das poucas vagas existentes contribuem para o caos do sistema penitenciário.
O presidente da Amagis defendeu a criação de um novo modelo de política criminal e penitenciária, investimento na justiça restaurativa, a priorização das penas alternativas e a definição do sistema prisional como problema central a ser debatido. Durante sua exposição, o magistrado defendeu ainda o fortalecimento do Estado no enfrentamento da questão das drogas e no controle social e desenvolvimento de políticas específicas para o sistema prisional.
Como presidente do CNPCP, Herbert Carneiro elogiou a realização da audiência pública, que possibilita a discussão dos problemas do sistema prisional brasileiro. De acordo com ele, há de louvar iniciativas como estas e “uma eventual decisão será decididamente paradigma de interpretação para tantas outras questões penitenciárias sobre as quais o Poder Judiciário não se posiciona”.