O jornal Estado de Minas deste domingo, 4/7, traz entrevista com o presidente do TJMG, desembargador Gilson Soares Lemes, que fala sobre o trabalho neste primeiro ano de gestão à frente do Tribunal. O presidente falou sobre as metas de digitalização dos processos, o trabalho remoto pós-pandemia, o acordo com Vale mediado pelo Judiciário e sobre a possibilidade de assumir uma cadeira no STF, entre outros temas. Confira um trecho da entrevista. A publicação completa está no link abaixo. 

O senhor assumiu em meio a uma pandemia. Além de trabalhar com demandas do próprio TJMG, como a digitalização de processos, o senhor teve que mediar impasses relacionadas à política de prevenção da COVID-19. Como o senhor avalia esse primeiro ano de seu biênio?
Estamos completando, nesta semana, um ano de gestão. Assumimos em julho de 2020. Essa primeira metade da gestão foi toda dentro da pandemia. Evidentemente que isso trouxe algumas dificuldades para a prestação da jurisdição, porque as nossas atividades eram essencialmente presenciais. Com a pandemia, tivemos que modificar. Já tínhamos implantado o PJe Cível, que é o processo judicial eletrônico cível, e desenvolvemos o PJe Criminal durante a pandemia. E já estamos implementando em 100% das comarcas até outubro. Isso vai facilitar as atividades dos servidores, magistrados e os advogados de forma geral. Nós adquirimos, também, plataforma para que haja possibilidade da realização de videoconferência, e isso já vem sendo realizado desde o início da gestão. Os desembargadores e juízes podem fazer as sessões e as audiências por videoconferência, não há necessidade de deslocamento. Todos esses avanços tecnológicos têm facilitado a atividade durante a pandemia. As comarcas estão fechadas ou abertas conforme monitoramento da Secretaria de Saúde e toda semana baixamos uma portaria abrindo ou fechando comarcas, conforme grau de contaminação daquela cidade. A gestão é feita sempre buscando a prestação jurisdicional efetiva, a segurança de todos os servidores e magistrados durante o exercício da atividade.

No próximo dia 12, o ministro Marco Aurélio Mello se aposentará no STF. O senhor se coloca como um possível substituto?
Como eu já disse, todo magistrado tem como ápice na carreira uma cadeira no STF. Conforme determina a Constituição, a escolha cabe ao presidente da República com a sabatina feita no Senado Federal. Com relação ao meu nome, que foi cogitado em algumas oportunidades na mídia e com alguns parlamentares e colegas do tribunal, considero que me encaixo no perfil, haja vista que tenho 29 anos de carreira. Sou um juiz de carreira. A escolha cabe ao presidente, mas se acontecer seria uma bênção que a gente acolheria com muita alegria e com muita honra.

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