O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Nelson Missias de Morais, recebeu o governador de Minas, Romeu Zema, para uma audiência nesta quinta-feira, 19 de setembro, no Palácio da Justiça Rodrigues Campos, sede histórica do Judiciário mineiro.
O presidente Nelson Missias (2º da esq. para a dir.), acompanhado do superintendente da Memória do Judiciário, desembargador Lúcio Urbano (centro), recebeu no Palácio da Justiça o governador Romeu Zema, o vice Paulo Brant e equipe de secretários
O encontro nesta tarde foi a primeira audiência realizada pelo presidente Nelson Missias no edifício centenário, localizado no Centro de Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena. A partir de agora, o espaço será usado periodicamente pelo chefe do Judiciário mineiro para reuniões.
“O Palácio da Justiça Rodrigues Campos está impregnado da história do Judiciário mineiro. Vivemos um momento em que, mais que nunca, precisamos fortalecer a importância da preservação da nossa história”, ressaltou o presidente Nelson Missias.
O Palácio da Justiça foi palco de reunião entre o governador e o chefe do Judiciário estadual mineiro
O ato de realizar reuniões ali é simbólico, “mas vem carregado do sentimento da importância de valorizarmos nosso passado e de lembrarmos as pessoas sobre a existência deste espaço, no coração da capital mineira, que guarda tanta beleza e história”, afirmou.
Valor histórico, cultural e arquitetônico
Considerado um marco do estilo neoclássico mineiro, o Palácio da Justiça Rodrigues Campos completou cem anos em janeiro de 2012 — já são 107 anos de existência —, tendo sido tombado como patrimônio estadual em 1977.
Em estilo eclético, com predominância de características neoclássicas, o prédio foi construído para abrigar a Primeira Instância da Comarca de Belo Horizonte e a Segunda Instância do Judiciário.
Encravado no Centro de Belo Horizonte, o prédio abriga o Museu do Judiciário
O edifício mantém grande parte de sua arquitetura original, com colunas, salas e escadarias, abrigando também muitas obras de arte. É reconhecido pela rica ornamentação, possuindo uma escadaria da Bélgica, mármore de Carrara, pisos de mosaico, vitrais, lustres de cristal da Boêmia.
O prédio da mais alta Corte de Minas foi projetado pelo arquiteto A. Rebechi e construído pelo engenheiro José Dantas e pelo construtor coronel Júlio Pinto entre 1909 e 1911.
Em 1963, o edifício foi batizado como Palácio da Justiça Rodrigues Campos. O jurista foi desembargador e exerceu a presidência da Corte mineira por oito vezes, entre 1930 e 1939.
Memória do Judiciário Mineiro
O palácio faz parte do acervo da Memória do Judiciário Mineiro (Mejud), cuja sede se encontra no edifício. A Mejud foi criada em 1988 para colher, registrar e divulgar fatos e personalidades da vida jurídica de Minas Gerais, assim como conservar objetos e documentos representativos da história do Judiciário mineiro.
Foto antiga registra a edificação numa capital ainda jovem
Entre seus objetivos específicos, figuram inventariar objetos e documentos pertencentes ao acervo da Mejud, determinando sua origem e importância histórica, pesquisar e registrar fatos e personalidades relevantes da história do Judiciário em Minas e divulgar acontecimentos, dados biográficos e documentos do Judiciário mineiro.
Fonte: TJMG