patos de minas_site.jpgO presidente da Amagis, juiz Nelson Missias de Morais, esteve hoje (20/02) reunido com os juízes e serventuários da comarca de Patos de Minas, primeira a ser visitada após a elevação de várias comarcas à condição de entrância especial. Dois juízes de Patos, Marcus Caminhas Fasciani e Vinícius de Ávila Leite, foram promovidos na sessão da corte desta quarta-feira (18/02), um dia histórico para magistratura mineira, por colocar em prática parte da Lei de Organização e Divisão Judiciárias. Mediante a aplicação da lei, ambos os juízes optaram por permanecer em Patos.

O juiz Vinícius de Ávila Leite disse que a interiorização da entrância especial teve uma relevância significativa em sua vida. “Eu estava com uma certa dificuldade em dar prosseguimento a minha carreira porque não tinha vontade de deixar Patos de Minas. Contudo, teria de me deslocar para Belo Horizonte se quisesse chegar ao Tribunal. A perspectiva de poder permanecer em Patos e cumprir mais um período da minha carreira na comarca e, eventualmente, obter uma possível promoção para o Tribunal, já é motivo de satisfação”, disse. O magistrado ressaltou ainda que os jurisdicionadas também sairão vitoriosos, uma vez que aumentará o número de juízes na comarca e haverá melhoria nas condições operacionais para atender ao grande volume de serviço.

Ainda de acordo com Vinícius de Ávila, o trabalho da Amagis foi essencial nesta conquista. “É consenso entre os colegas da comarca que a nossa Associação só merece elogios, muito especialmente o trabalho do presidente Nelson Missias de Morais. Faço questão de ressaltar que ele foi um líder incansável, competente, sério e comprometido com a causa da magistratura. Eu penso que essa é mais uma vitória que tem a marca da Amagis”, afirmou.

Da mesma opinião é o juiz Marcus Caminhas. “A elevação à entrância especial foi motivo de comemoração, pois dá mais ânimo aos juízes, um entusiasmo maior com a carreira. Se hoje estamos comemorando é porque a Amagis trabalhou muito por essa conquista. É ilusão acreditar que chegaríamos a esse resultado se não tivéssemos a participação e empenho da Associação”, disse.

Também juiz de Patos de Minas, Melchiades Fortes da Silva Filho, disse que a elevação da comarca à entrância especial é o reconhecimento de sua importância. “Patos de Minas é um pólo regional, uma comarca representativa de 190 mil habitantes e só 6 juízes. Eu estive em Uberaba, recentemente, e pude constatar que lá são 280 mil habitantes e 17 juízes. A nossa tarefa é muito grande. Posso dizer que a criação de mais quatro varas e a elevação à entrância especial só foi possível graças ao trabalho e conhecimento de causa do Dr. Nelson Missias e também devido à sensibilidade da Assembléia Legislativa”. O juiz destacou ainda que essa mudança representa um grande avanço não só para o jurisdicionado como também para a carreira do juiz, que fica mais atrativa.

O presidente Nelson Missias de Morais fez questão de se reunir com juízes e serventuários da comarca para comemorar a conquista. “Estamos vivenciando um momento histórico, pois estamos seguindo caminhos de outros estados na interiorização da entrância especial, o que coloca-nos no lugar onde sempre deveríamos estar. Estamos caminhando no sentido de igualarmos às Justiça Federal e Trabalhista. A medida representa ainda a diminuição de degraus na carreira, e isso é muito positivo para toda a magistratura mineira”, afirmou.

Nelson Missias destacou a importante participação dos parlamentares na Lei de Organização e Divisão Judiciárias. “A Assembléia Legislativa foi uma casa do diálogo, onde pudemos contar com o apoio incansável dos parlamentares. Expusemos os anseios de toda a magistratura mineira, uma vez que fomos persistentes em nosso papel de ouvir os nossos colegas magistrados. Reconhecemos que o relator do projeto na comissão de administração pública, deputado patense Elmiro Nascimento, teve uma participação decisiva para que não só a comarca de Patos, mas tantas outras, fossem elevadas à entrância especial. Ele foi um defensor intransigente pelas conquistas da magistratura”, relembrou.