O novo procurador-geral da República Rodrigo Janot evitou falar de mensalão ao tomar posse nesta terça-feira (17), em Brasília. Representantes do três poderes e a presidente Dilma Rousseff participaram do evento.

Nada de mensalão nem no discurso nem em entrevistas. Representantes do três poderes e a presidente Dilma Rousseff participaram da posse do novo procurador-geral da República. No discurso, Rodrigo Janot falou em flexibilidade no diálogo entre as instituições, sem prejuízo da independência do Ministério Público. “Ser firme no exercício desta, entretanto, não se confunde com inflexibilidade", diz.

A um dia da decisão sobre o futuro do julgamento do mensalão, a presidente Dilma Rousseff falou em Justiça. “A cidadania espera da Justiça imparcialidade, serenidade. Imparcialidade para que os fatos a serem julgados sejam sempre iluminados pela luz da verdade e a aplicação do direito seja sempre realizada de forma isonômica e segura, a partir do que determinam as regras legais”, diz.

O novo procurador-geral da República é de Belo Horizonte, tem 56 anos e está no Ministério Público Federal há 29 anos. Janot é especialista em direito comercial e mestre pela Universidade Federal de Minas Gerais. Caberá a ele pedir a abertura de investigação e denunciar autoridades, como deputados, senadores e ministros.

Rodrigo Janot não disse se reforçará o pedido de prisão dos condenados no mensalão. Ele assume o comando do Mnistério Público um dia antes da sessão que irá decidir se serão aceitos os chamados embargos infringentes, dando direito a novo julgamento a 12 réus nos crimes em que tiveram quatro votos pela absolvição.

Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, defendeu que já seja definido na quarta-feira (18) um calendário de trabalho caso o STF aceite os infringentes. Segundo o ministro, é preciso ter celeridade. "Isso aqui não é um tribunal para se assar pizza e nem um tribunal bolivariano", diz.

Fonte: Globo