As vacinas em teste para combater o novo coronavírus, causador da covid-19, estão próximas de alcançar um feito histórico como as mais rápidas já desenvolvidas pela ciência. Nesta entrevista concedida à Amagis Saúde, o assessor científico sênior de Bio-Manguinhos/Fiocruz e um dos maiores especialistas em vacinas no mundo, Akira Homma, afirma que nunca se viu tantas instituições públicas e privadas investindo no desenvolvimento de uma única vacina.
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Esse ritmo acelerado de produção foi possível graças ao conhecimento que cientistas já possuíam sobre outros coronavírus e a um procedimento chamado fast track - ou desenvolvimento acelerado. Com esses investimentos, várias fases da vacina estão sendo comprimidas e sobrepostas, com desenvolvimento paralelo.
Porém, antes de chegar à população, a vacina precisa passar por uma série de etapas que garantem sua eficácia e segurança. As fases de teste são acompanhadas por agências reguladoras em todo o mundo. No Brasil, a aprovação é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que vem adotando regras especiais para acelerar seus processos referentes à covid-19.
De acordo com Akira Homma, o Brasil receberá até o início do ano que vem 30 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford para o envase e controle final, além de toda a tecnologia para a produção e purificação no Brasil, o que permitirá a continuidade da produção do imunobiológico por Bio-Manguinhos.