Mandetta

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avisou sua equipe na noite desta terça-feira (14) que Jair Bolsonaro já procura um nome para o seu lugar e que deve ser demitido ainda nesta semana. Ele conversou com integrantes da pasta em clima de despedida após a entrevista coletiva da qual participou no Palácio do Planalto. De acordo com relatos, Mandetta avisou que combinou de esperar a escolha do substituto e de ficar até a exoneração de fato ocorrer. Alguns membros da equipe sugeriram que ele pedisse demissão imediatamente, mas a ideia foi rejeitada pelo ministro. Antes da coletiva, Mandetta esteve presente na reunião do conselho, com Bolsonaro e os demais ministros. Segundo relatos, o chefe da Saúde ficou em silêncio durante todo o encontro. Desde que a guerra fria envolvendo os dois teve início, Bolsonaro já ameaçou algumas vezes demitir o ministro, mas até agora não concretizou o plano. Como mostrou a Folha, o apoio que Mandetta (Saúde) tinha no núcleo militar do Palácio do Planalto para continuar no cargo perdeu força na noite de domingo (13), após a entrevista dada por ele no Fantástico. O tom adotado foi avaliado pela cúpula fardada como uma provocação desnecessária. (Folha de S. Paulo)

Coronvírus

O Brasil registrou novo recorde de mortes por novo coronavírus nesta terça-feira, com 204 óbitos decorrentes da doença em um intervalo de 24 horas, um aumento de 15% em relação ao dia anterior. No total, o país possui até o momento 1.532 mortes confirmadas, de acordo com balanço feito pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira. Já o número de casos confirmados de covid-19 somou 25.262. Houve registro de 1.832 novos casos desde a última atualização, um aumento de 8% em um dia. Com isso, a taxa de letalidade está em 6,1%. São Paulo concentra o maior número de falecimentos (695). O estado é seguido por Rio de Janeiro (224), Pernambuco (115), Ceará (107) e Amazonas (90). Além disso, foram registradas mortes no Paraná (36), Maranhão (32), Minas Gerais (27), Santa Catarina (26), Bahia (22), Pará (19), Rio Grande do Norte (18), Rio Grande do Sul (18), Distrito Federal (17), Espírito Santo (17), Paraíba (16), Goiás (15), Piauí (8), Amapá (6), Sergipe (4), Mato Grosso do Sul (4), Mato Grosso (4), Alagoas (4),  Acre (3), Roraima (3) e Rondônia (2). Tocantins é o único estado onde ainda não houve morte. (Rádio Itatiaia)

Isolamento

A Advocacia Geral da União (AGU) recorreu da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que a Corte deve reconhecer a competência da União para regulamentar o isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus. O órgão de defesa do governo federal sustenta que Estados e municípios têm competência concorrente em matéria de saúde pública, como decidiu o ministro, mas alega que os entes da federação não podem se eximir de observar normas gerais do Executivo nacional. O recurso da AGU foi apresentado na ação em que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pede para o Supremo obrigar o presidente Jair Bolsonaro a seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a não interferir no trabalho dos Estados no combate à doença. O relator, Alexandre de Moraes, deu uma decisão liminar (provisória) no último dia 8 em que preserva a competência de governadores e prefeitos para determinar o isolamento social, “independentemente” de posterior ato de Bolsonaro no sentido contrário. A AGU, porém, pede que a decisão de Moraes seja revista e afirma que há “contradições e obscuridades” no despacho do ministro. Na visão do órgão, os entes da federação devem seguir regras estabelecidas pela União. A AGU solicita que o Supremo fixe uma tese sobre o tema para ser seguida pelas outras instâncias do Judiciário. “A competência concorrente para legislar sobre proteção à saúde não exime os Estados, o Distrito Federal e os municípios da observância de normas gerais editadas pela União, em especial aquelas que veiculam padrões de devido processo e definem as atividades essenciais cujo funcionamento não pode ser obstado pelas medidas estabelecidas pelas autoridades locais”, diz o recurso da AGU. (O Tempo)

Kalil

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou no início da tarde desta terça-feira, em entrevista coletiva, que nenhuma pressão o fará mudar as regras de isolamento social e que isso só será decidido pelo Comitê de Combate ao Coronavírus, formado por três infectologistas e pelo secretário municipal de Saúde. “Belo Horizonte optou pela ciência, pela tecnologia matemática, e desse propósito Belo Horizonte não vai sair. Não vai adiantar pressão de nenhuma instituição. Nada vai desviar o propósito de Belo Horizonte de não virar Milão”, disse, referindo-se à cidade italiana marcada por grande número de mortes após afrouxar a quarentena. A respeito das perdas econômicas, ele voltou a defender a importância de se preservar vidas, mas citou um estudo estadunidense que, segundo Kalil, revelou o benefício também financeiro do isolamento. “Um prefeito do interior disse uma frase que eu vou tentar plagiar: prefiro 10 mil desempregados do que 50 mil mortos”, declarou. “O Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em um estudo que fez da gripe espanhola, descobriu que as cidades mais duras [em relação ao isolamento] tiveram o menor número de mortos e a maior retomada econômica. É um estudo muito recente”, explicou. A decisão de Kalil é diferente que o pensa o presidente, Jair Bolsonaro, defensor da flexibilização da quarentena. Já governador de Minas, Romeu Zema (Novo), tem dado declarações pouco diretas sobre o assunto e lembrado que a decisão sobre a quarentena é dos prefeitos. “Eu não fui eleito para agradar e nem desagradar governador e nem presidente”, argumentou o Kalil. (Rádio Itatiaia)

Máscaras

Novas medidas para conter o avanço do novo coronavírus em Belo Horizonte serão anunciadas pela prefeitura na próxima sexta-feira. O uso de máscaras por toda a população, a exemplo do que acontece em algumas cidades da Grande BH, deve ser uma delas. Quem não usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI) poderá ser proibido de entrar em qualquer estabelecimento da cidade. O anúncio foi feito pelo prefeito Alexandre Kalil na tarde desta terça-feira (14), durante coletiva na sede do Executivo municipal. Ele afirmou que o novo decreto, o quarto editado pela prefeitura em menos de um mês, vai tornar as medidas de proteção contra a Covid-19 ainda mais rigorosas. Sem ainda detalhar quais os pontos do docimento, além das máscaras, as ações devem estar voltadas para o transporte coletivo da cidade. Em relação aos EPIs, Kalil adiantou que haverá distribuição gratuita, via centros de saúde, para a população mais pobre. O processo de compra foi iniciado nesta terça-feira e a previsão é a de que o fornecimento comece dentro em duas semanas, respeitando o prazo que pode ser pedido pelas empresas para a entrega do suprimento. Os demais moradores terão que comprar a própria proteção. O secretário de Planejamento, André Reis, indicou que as do tipo caseiras podem ser usadas. Independentemente do modelo, cuidados devem ser seguidos. (Hoje em Dia)

EUA

Os Estados Unidos registraram um recorde de 2.228 mortes relacionadas à pandemia do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo contagem feita pela Universidade Johns Hopkins divulgada às 20H30 local (21H30 de Brasília) desta terça-feira (14). O número de mortes em um dia teve uma nítida alta depois de dois dias de queda. O recorde precedente de mortes em um dia (2.108) havia sido registrado na sexta-feira passada. A pandemia matou pelo menos 25.757 pessoas nos Estados Unidos, mais do que em qualquer outro país. Os EUA ultrapassaram Itália (21.000 mortos), Espanha (18.000) e França (15.700), mas as populações dos três países são bem inferiores a dos Estados Unidos. O país também lidera, desde março, em número de infectados pelo novo coronavírus, com mais de 600 mil casos confirmados entre 3 milhões de testes. O epicentro da epidemia nos EUA é Nova York, onde já ocorre uma desaceleração, com queda no número de internações. O estado de Nova York registrou 778 mortes nas últimas 24 horas, acima das 671 da véspera, elevando a 10.834 o número total de falecidos. O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta terça que partes dos Estados Unidos poderão suspender as medidas de quarentena "muito em breve" e disse ver "raios de luz" no horizonte da maior economia do planeta. (O Tempo)

Anac

Os aviões de passageiros poderão ser usados para o transporte de cargas enquanto durar as ações de combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19), no país. A medida é em caráter excepcional e as diretrizes foram aprovadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em decisão publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (15). O documento autoriza às empresas aéreas a realizarem mudanças nas áreas destinadas aos passageiros, como os assentos, para que possam permitir o transporte de cargas. “Os detentores de certificado de operador aéreo que desejem operar em acordo com esta decisão devem cumprir integralmente as diretrizes aprovadas”, destaca a medida da Anac. A decisão tem por objetivo "maximizar a capacidade de entrega contínua de produtos e insumos essenciais nesse momento de pandemia, como alimentos, suprimentos médicos e equipamentos de proteção individual (EPI), além de outros produtos hospitalares", diz ainda a Agência. (Agência Brasil)