Lava Jato

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (25) o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado. Segundo investigadores, o senador foi preso por estar atrapalhando apurações da Operação Lava Jato. Também foram presos pela PF nesta manhã o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, o chefe de gabiente de Delcídio, Diogo Ferreira e o advogado Édson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. As prisões foram um pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O senador teria tentado dificultar a delação premiada de Cerveró sobre uma suposta participação de Delcídio em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Segundo investigadores, Delcídio chegou até a oferecer fuga a Cerveró, para que o ex-diretor não fizesse a delação premiada, o que reforçou para as autoridades a tentativa do petista de obstruir a Justiça. A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita pelo filho de Cerveró que mostra a tentativa do senador de atrapalhar as investigações e de oferecer fuga para o ex-diretor não fazer a delação. A assessoria do senador informou que o advogado dele, Maurício Leite, recebeu uma ligação do Delcídio e embarcou de São Paulo para Brasília para acompanhar o caso. O senador foi preso no hotel onde mora em Brasília, o mesmo em que estava hospedado o pecuarista e empesário José Carlos Bumlai estava hospedado quando foi preso nesta terça-feira (24). (G1)

Cunha

Líderes de seis partidos na Câmara – DEM, PSDB, Rede, PPS, PSB, PSOL – fecharam questão nesta terça-feira e anunciaram que oficialmente vão obstruir todas as votações da Casa enquanto o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se mantiver no cargo. O grupo, que esteve reunido durante mais de uma hora para alinhar uma posição de protesto, informou que sequer participará da reunião do Colégio de Líderes, que tradicionalmente ocorre no início da tarde das terças-feiras, quando as legendas definem as votações da semana. “Vamos comunicar que estamos nos retirando da reunião para ir ao Conselho de Ética e dar todo o apoio. Saindo de lá, vamos a plenário em obstrução total”, afirmou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR). O parlamentar acrescentou que a obstrução às votações não atingirá a sessão do Congresso Nacional, marcada para 19h, para apreciação de vetos presidenciais. Cunha é acusado de adotar manobra para prejudicar a reunião do Conselho de Ética de quinta-feira (19), quando o colegiado apreciaria parecer preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que recomendou a continuidade das investigações das denúncias contra o presidente da Câmara. (Agência Brasil)

Mínimo

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negou ontem (24) que o governo tenha tomado uma decisão em relação à data de reajuste do salário mínimo no próximo ano. Ao sair de um evento de premiação, ele disse que houve apenas estudos de técnicos do Congresso Nacional em relação ao tema, sem que o governo tenha acatado a sugestão de adiar por seis meses o aumento do salário mínimo em 2016 e o reajuste para os servidores federais. Levy, no entanto, cobrou urgência na aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Não tem plano do governo nesse sentido [de adiar o reajuste do mínimo]. A ideia do governo é a gente dar atenção ao gasto. Tratar da reforma da Previdência e recriar a CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira]. O Brasil precisa de um Orçamento forte, robusto, que nos prepare para 2016 ser um ano de crescimento”, disse. Segundo o ministro, até agora, apenas houve uma sugestão da área técnica do Congresso Nacional, que elaboraram cenários alternativos para conter os gastos públicos caso o Congresso atrase a aprovação do pacote de ajuste fiscal. “Alguns técnicos do Legislativo apontaram alguns números. Só disso que tenho conhecimento. Não tem nada de mais. É um exercício aritmético, que adquire maior ressonância à medida que outras ações não avançaram no ritmo necessário”, explicou. (Agência Brasil)

Samarco

A Samarco Mineração deverá apresentar, em até 72 horas, todas as apólices de seguros e resseguros que possui para demonstrar que os danos decorrentes do rompimento de duas barragens em Mariana (MG) podem ser compensados. Caso haja descumprimento, a empresa será multada em R$ 1 milhão por dia. A decisão, do juiz Menandro Taufner Gomes, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Registros Públicos e Meio Ambiente de Colatina (ES), foi deferida no início da noite desta terça-feira (24/11) e atende à solicitação do Ministério Público do Espírito Santo. O órgão argumentava que a exibição dos documentos securitários serviria para fiscalizar a assunção das responsabilidades da mineradora. Ao instaurar um procedimento investigativo criminal, o MP-ES apurou que a Samarco tinha renovado suas apólices de seguro para cobertura do patrimônio próprio e responsabilidade civil em regime de seguro direto e resseguro. Os valores da cobertura não foram divulgados. Ao analisar os autos, o juiz afirmou que "o direito invocado pelo autor é verossímil, e o risco à não recuperação da biosfera é concreto e objetivo, dada a extensão imensurável do prejuízo e a completa ausência de garantia real, por parte da Samarco, que exprimisse a segurança patrimonial necessária a assegurar uma futura recuperação dos danos locais, emergidos do desastre". (Conjur)

Samarco I

O Ministério Público do Trabalho (MPT) de Minas Gerais quer a estabilidade de funcionários próprios e terceirizados da Samarco em Mariana pelo período entre 5 de novembro, data do rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da empresa no município, e 180 dias depois do retorno da atividade da companhia na cidade. A licença da Samarco para funcionar em Mariana foi suspensa depois da queda da represa. A lama que vazou destruiu o distrito de Bento Rodrigues e avançou para o Rio Doce. Até o momento foram confirmadas oito mortes. Quatro corpos aguardam identificação e onze pessoas estão desaparecidas. A resposta sobre a solicitação do MPT deverá ser dada até sexta-feira, 27. Segundo a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG), Beatriz Cerqueira, funcionários terceirizados já estariam sendo demitidos na região de Mariana. (Agência Estado)

Tiroteio

Quatro pessoas foram baleadas na madrugada desta quarta-feira durante tiroteio na casa de shows Barra Bier, localizada na Avenida Otacílio Negrão de Lima, na orla da lagoa da Pampulha. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), um homem não identificado estacionou o carro em posto de combustível , se aproximou de uma grade na entrada da casa de shows e começou a atirar. Entre as vítimas está um segurança da boate. Três baleados foram levados para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e outro foi atendido no Risoleta Neves, Região de Venda Nova. A polícia faz levantamentos para encontrar o suspeito, que fugiu logo após os disparos. (Rádio Itatiaia)

Saúde

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, admitiu que o País está diante de um problema de saúde pública de grandes dimensões. O verão que se aproxima será o primeiro em que três doenças - dengue, chikungunya e zika -, todas transmitidas pelo Aedes aegypti estarão presentes. Na definição do pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz Rivaldo Cunha, o Brasil está diante de uma "tríplice epidemia." "Estamos com problemão para resolver. Ele terá de ser resolvido por todos juntos: população, governos estaduais, municipais e o governo federal", disse o ministro. Este ano, a dengue bateu todos os recordes. Até a semana 45, foram contabilizados 1.534.932 casos da infecção, 7% a mais do que havia sido registrado em 2013. Neste ano, a doença provocou 811 mortes, 25% a mais do que em 2013, ano que até então havia registrado a maior marca histórica. O número de casos graves também subiu no período, alcançando 1.488 pacientes. Ao contrário do que ocorreu em outros anos, a doença não deu trégua durante os meses mais frios. Para se ter uma ideia, há cinco semanas, o número de casos da doença era de 1.485.397. Neste curto espaço de tempo também se elevou o número de casos graves. (Agência Estado)

Saúde I

Sem estudos em toda a literatura médica que relacionem a infecção de gestantes pelo vírus Zika com o nascimento de crianças com microcefalia, a neuropediatra Vanessa Van der Linden defende que os novos casos dessa deformidade no cérebro revelam uma nova doença, já que fogem do padrão conhecido. “Se é provocada pelo Zika ou por outro vírus, ou outro agente, não sabemos. O que posso dizer é que os casos não seguem o padrão que a gente vê nas outras pacientes que têm infecção congênita e filhos com microcefalia”, explicou Vanessa, do Hospital Barão de Lucena, presidente da Associação de Assistência à Criança Deficiente do Recife. Ela foi a primeira médica a buscar a Secretaria de Saúde de Pernambuco para alertar sobre o aumento do número de casos de crianças com o crânio menor que o normal. “Um dia, cheguei à UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e tinha três casos de crianças com a cabecinha assim, isso me deixou intrigada, normalmente a gente via uma a cada mês ou a cada dois meses”, relatou. Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de casos de microcefalia saltou de 147, em 2014, para 739 neste ano, a maioria (487) em Pernambuco. (Agência Brasil)

Clima

O mundo aguarda a definição de um novo pacto global climático. Em dezembro, representantes de 195 países se reúnem, em Paris, para a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP21). O intuito é chegar a um acordo que reduza a emissão de gases de efeito estufa que causam o aquecimento global. O Acordo de Paris deve entrar em vigor em 2020, em substituição ao Protocolo de Quioto. Na avaliação do diretor do Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores, ministro Raphael Azeredo, o evento é apenas o início de um esforço diplomático muito intenso para regulamentar e implementar o documento a partir de 2020. “Você vai ter, pela primeira vez, um esforço verdadeiramente global para atingir o que o IPCC [Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas] ditou como o limite do que seria a interferência humana e a partir do qual você teria efeitos nefastos, que são [conter o aumento da temperatura média da Terra em] 2 graus Celsius até o final do século”, disse. Em entrevista concedida à Agência Brasil, o ministro destaca a importância do evento e da participação de mais nações no acordo de redução de gases poluentes. Na avaliação dele, a reunião em Paris será um marco e deverá inaugurar “uma nova fase” em que todos os países terão contribuições para a questão da mitigação. Para ele, o Brasil tem uma das metas mais ambiciosas do planeta e isso pode ajudar a induzir outras nações a pensar políticas mais efetivas para mudanças do clima. Leia os principais trechos da entrevista aqui. (Agência Brasil)

Papa

O papa Francisco inicia nesta quarta-feira (25) a sua primeira viagem ao Continente Africano, ao qual pretende levar uma mensagem de paz, justiça social e diálogo entre o islã e o cristianismo. Até o dia 30, ele visitará o Quênia, Uganda e a República Centro-Africana, três países onde as comunidades cristãs estão na defensiva diante dos movimentos jihadistas, como as milícias shebab somalis (principalmente após o massacre no Quênia de 150 estudantes na Universidade de Garissa, em abril do ano passado) ou o Boko Haram. Mais de 10 mil agentes estão envolvidos na operação de segurança do papa. Em Nairobi, capital do Quênia e primeiro destino da viagem, o papa vai discursar na sede do Programa da Organização das Nações Unidas para o Ambiente e da ONU-Habitat, uma visita muito esperada que ocorre alguns dias antes do início da conferência sobre alterações climáticas em Paris (COP21). Em Uganda, no Santuário de Namugongo, Francissco celebrará missa comemorativa dos primeiros santos africanos, 22 jovens mártires cristãos, como Charles Lwanga, queimados vivos no fim do século 19 por ordem do rei Mwanga, de quem eram pajens e se recusaram ser escravos sexuais. (Agência Brasil)

Mega Sena

Os R$ 200 milhões acumulados da Mega-Sena, que será sorteada na noite desta quarta-feira (25), fazem os apostadores sonhar alto, fazer planos e promessas. Com tanto dinheiro em jogo, até quem não costuma apostar está tentando a sorte. Muita gente está refém dos bolões com amigos, familiares e colegas de trabalho, porque não quer ficar de fora. A Mega-Sena está acumulada em dez sorteios. O prêmio, estimado em R$ 200 milhões, será sorteado nesta quarta-feira. A aposta mínima, de seis dezenas, custa R$ 3,50. Se houver mais de um acertador das seis dezenas sorteadas, o prêmio é dividido entre o número de apostas. Se ninguém acertar, o valor continuará acumulado para o próximo sorteio. Os prêmios prescrevem 90 dias após a data do sorteio. Depois desse prazo, os valores são repassados ao Tesouro Nacional para aplicação no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). (Agência Brasil)