Coronavírus
Nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde registraram 72.715 novos casos de covid-19 e 2.311 mortes em função da doença. Os novos números estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta terça-feira (11). Com isso, o total de pessoas que não resistiram à covid-19 subiu para 425.540. Ontem, o sistema de informações sobre a pandemia, do Ministério da Saúde, trazia 423.229 vidas perdidas. Ainda há 3.748 óbitos em investigação. Isso ocorre porque há casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito. Com a atualização de hoje, o número de casos acumulados subiu para 15.282.705. Ontem, o painel do Ministério da Saúde registrava 15.209.990 pessoas infectadas desde o 1º caso, em 26 de fevereiro do ano passado. Ainda há no país 1.009.974 casos em acompanhamento. O termo é empregado para as pessoas infectadas e com casos ativos de contaminação pelo novo coronavírus. O Brasil tem 13.847.191 pessoas que se recuperaram da covid-19 desde o início da pandemia. Isso equivale a 90,6% do total de pessoas que foram infectadas com o vírus. Os números são, em geral, mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados. (Agência Brasil)
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde anunciou durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 11, em Brasília, a liberação de R$ 909 milhões destinados ao combate da pandemia de coronavírus no País. A cerimônia contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, que não se pronunciou durante o evento, e do ministro da Pasta, Marcelo Queiroga. O valor será destinado às administrações municipais e dividido em quatro eixos principais: R$ 395 milhões serão para a atenção primária à Saúde; R$ 120 milhões para o apoio e cuidado de pessoas idosas; R$ 345 milhões de incentivo financeiro para garantir a segurança alimentar e prevenir a má nutrição em crianças menores de sete anos e gestantes com perfil no Bolsa Família; e fortalecimento das equipes de assistência aos povos e comunidades tradicionais, como quilombolas e indígenas, no valor de R$ 48 milhões. Durante a cerimônia, que durou cerca de 20 minutos, Queiroga frisou que a capacidade de vacinação no País é superior a dois milhões de doses administradas por dia. Ele também voltou a afirmar que o governo federal liberou a compra de 100 milhões de doses do imunizante produzido pela Pfizer. A previsão de entrega, de acordo com o ministro, é que o primeiro lote com 30 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer chegue ao Brasil até o final de setembro e os outros 70 milhões até dezembro. (Estadão)
BH
O RT, indicador que mede a velocidade de transmissão da covid-19 em Belo Horizonte subiu de 0,97 para 0,99 nesta terça-feira, conforme boletim epidemiológico divulgado. O número ainda segue no nível verde, mas já beira o amarelo, que significa alerta. Esse número indica que cada grupo de 100 infectados tem repassado a doença para 99 pessoas. Segundo especialistas, o ideal é que esse índice fique sempre abaixo de 1. Por outro lado, a ocupação de UTIs para covid-19 caiu 0,6% e agora está em 74,7%, ainda no nível vermelho. Houve alta também na ocupação das enfermarias, que passaram de 56,6% para 57,3%, no amarelo. A capital mineira registrou 29 mortes pela covid-19 desde o último boletim divulgado na segunda-feira (10). Ao todo, a cidade contabiliza 4.595 óbitos pela doença. Além disso, foram diagnosticados mais 1.320 casos. O número total chega a 188.099. Desses, já se recuperaram 176.323 pessoas e 7.181 estão em acompanhamento. (Rádio Itatiaia)
Comorbidades
Será retomado a partir desta quinta-feira o cadastro da vacinação contra a covid-19 de pessoas com comorbidades em Belo Horizonte. A inscrição que garante a aplicação da dose precisa ser feita até domingo (16). O cadastro é feito no site da Prefeitura de BH. A data para o início da imunização desse novo grupo ainda não foi informada. Além do cadastro, o morador precisa reunir documentos que comprovem a condição de saúde, como exames, receitas, relatório ou prescrição médica. Na primeira etapa, conforme o município, foram 132 mil inscrições. Pessoas com deficiência permanente que recebem o Benefício de Prestação Continuada não precisam fazer o cadastro. Na fase I foram contemplados: Pessoas com Síndrome de Down, independentemente da idade; Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise) independentemente da idade; Gestantes e puérperas com comorbidades, independentemente da idade;Pessoas com comorbidades de 55 a 59 anos; Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos. Na fase II, serão vacinados proporcionalmente, de acordo com o quantitativo de doses disponibilizado, segundo as faixas de idade de 50 a 54 anos, 45 a 49 anos, 40 a 44 anos, 30 a 39 anos e 18 a 29 anos: Pessoas com comorbidades; Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no BPC; Gestantes e puérperas independentemente de condições pré-existentes. (Rádio Itatiaia)
Gestantes
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) suspendeu a vacinação contra covid-19 de gestantes e puérperas acima de 40 anos sem comorbidades prevista para esta quarta-feira. A decisão ocorre após o Ministério da Saúde recomendar a suspensão da imunização de grávidas com a vacina da AstraZeneca. Na capital, gestantes e puérperas estavam sendo imunizadas com a vacina da Pfizer. Mesmo assim, a prefeitura determinou a suspensão, mantendo somente para grávidas e puérperas com comorbidades. “Conforme cronograma anteriormente divulgado pela Prefeitura, podem se vacinar, no momento, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) com comorbidades a partir de 18 anos completos até 31 de maio. Para se vacinar, é necessário ter preenchido o cadastro no portal até o dia 3 de maio, até 23h59. Os locais de vacinação estão disponíveis neste link”, informa nota da PBH. (Rádio Itatiaia)
Comércio
“Um sopro de esperança para o comércio”. Assim o vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Fernando Cardoso, define as vendas para o último domingo (9), Dia das Mães. Conforme levantamento apresentado pela entidade, houve alta de 40,7% em relação ao ano de 2020. O segmento que mais cresceu em número de vendas neste ano foi o mercado de roupas (56%), seguido por calçados (13%) e perfume (7,9%). “Os lojistas de Belo Horizonte estão confiantes na retomada e aguardam as próximas datas comemorativas para recuperar o tempo perdido”, diz Cardoso. De acordo com ele, nos próximos dias, duas datas são destaque: 27 de maio, dia livre de impostos, e 12 de junho, dia dos namorados. Ainda com relação às vendas no Dia das Mães, a CDL pontua que o preço médio gasto por cliente foi de R$ 157 por cliente. A forma mais comum de compra foi a parcelada, seguida por pagamentos à vista. Fernando Cardoso ressalta, ainda, que “as lojas que realmente fizeram promoções especiais, deram reais descontos e enfeitaram os empreendimentos” tiveram “destaque de vendas”. (Rádio Itatiaia)
CPI
O ex-secretário das Comunicações Fabio Wajngarten depõe nesta quarta (12), na CPI da Covid, que investiga ações e omissões do governo no combate à pandemia. Demitido do governo Bolsonaro em meio à suspeitas de corrupção, Wajngarten é um dos depoimentos mais aguardados na Comissão Parlamentar de Inquérito desde que deu uma entrevista à revista Veja acusando o ex-ministério da Saúde Eduardo Pazuello de incompetência nas negociações de compra de vacinas. Um dos objetivos da CPI é esclarecer porque o governo Bolsonaro recusou a compra de 70 milhões de doses oferecidas pelas Pfizer em 2020. Antes de sua demissão, havia rumores de que Wajngarten estaria se envolvendo em assuntos do Ministério da Saúde, mesmo sem ser da área, por interesses pessoais. Na entrevista à Veja, o ex-secretário afirmou que seu envolvimento na compra de vacinas aconteceu porque o processo estava "sofrendo entraves" no Ministério da Saúde. A expectativa dos senadores da CPI é que o ex-secretário esclareça suas acusações e apresente provas. Segundo o jornal O Globo, Wajngarten pretende apresentar cartas de agradecimento da Pfizer como prova de suas afirmações. "Queremos entender porque um secretário de Comunicações assumiu a responsabilidade de fazer negociações com grandes empresas fabricantes de medicamentos, quando na verdade o Ministério da Saúde tem toda uma expertise, um conhecimento de como fazer isso", afirma o senador Humberto Costa (PT-PE), membro da CPI e ex-ministro da Saúde. "Além do que, queremos confirmar o que ele disse que as vacinas não foram compradas por incompetência do Ministério da Saúde. A mim parece que há uma tentativa dele de eliminar as responsabilidades de Bolsonaro e jogar toda a culpa no ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello", afirma o senador. (Estado de Minas)
CPI I
Em sua entrevista à Veja, Wajngarten tentou proteger o presidente Bolsonaro da responsabilidade sobre a recusa do governo à proposta da Pfizer. "O presidente Bolsonaro está totalmente eximido de qualquer responsabilidade nesse sentido. Se as coisas não aconteceram, não foi por culpa do Planalto. Ele era abastecido com informações erradas", disse o ex-secretário. Segundo o analista político Creomar de Souza, CEO da consultoria de risco político Dharma, Wajngarten parece fazer parte de uma estratégia de transformar o general Pazuello em um "bode expiatório" do governo, já que o objetivo da CPI é "encontrar um culpado pelo estado das coisas" no combate à pandemia;"A sala ficou montada para a espera do bode expiatório", diz Souza. "Há uma preocupação do próprio Pazuello com a possibilidade de ser transformado nesse bode expiatório, até por isso ele tentou escapar do depoimento." Pazuello não compareceu ao seu depoimento, que estava marcado na semana passada, alegando ter tido contato com pessoas contaminadas por covid. Seu depoimento foi adiado para o dia 19. (Estado de Minas)
Orçamento Secreto
Ofícios enviados por parlamentares aliados do governo para o Ministério do Desenvolvimento Regional indicavam exatamente onde deveriam ser alocados recursos públicos do chamado "orçamento secreto" revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Deputados de oposição e o subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediram nesta segunda-feira (11) a investigação das suspeitas de um suposto orçamento paralelo de R$ 3 bilhões que o governo estaria usando para atender a aliados em troca de apoio no Congresso. A reportagem de "O Estado de S. Paulo" apontou um conjunto de 101 ofícios enviados por deputados e senadores ao Ministério do Desenvolvimento Regional, comandado pelo ex-deputado Rogério Marinho. A TV Globo teve acesso aos ofícios, que não estão disponíveis para acesso público. Parte do dinheiro foi usada para comprar tratores e equipamentos agrícolas por preços superfaturados, acima da tabela de referencia do governo, e também para obras em que o Tribunal de Contas da União apontou suspeitas de irregularidades e, por isso, não deveriam mais estar recebendo verbas públicas. O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, pediu que a corte apure o caso. No pedido, o procurador afirma que o caso requer "atuação do Tribunal de Contas da União no cumprimento de suas competências constitucionais de controle externo de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da administração pública federal, a fim de que sejam apurados os atos do Poder Executivo que porventura venham — contrariando as regras isonômicas previstas para a aprovação e liberação de emendas parlamentares individuais — favorecendo determinados parlamentares, em retribuição a apoio aos projetos do governo". A bancada do PSOL no Congresso enviou pedido para que o Ministério Público Federal também investigue a denúncia. No Congresso, já há pedido de abertura de comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o suposto esquema de criação de um orçamento paralelo pelo governo. O pedido foi feito pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA), aliado do presidente Jair Bolsonaro. Agora, ele precisará colher a assinatura de pelo menos 27 senadores apoiando a abertura da CPI antes que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), analise o requerimento. (G1)
Toffoli
A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de investigação contra o ministro do STF Dias Toffoli para apurar supostos repasses ilegais ao magistrado envolvendo a venda de decisões judiciais. O pedido da PF, feito com base na delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, está sob análise do relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin. A informação foi revelada pelo jornal “Folha de S. Paulo” e confirmada pelo Estadão por fontes que acompanham o caso. Em um dos trechos da delação premiada, Cabral acusa Toffoli de receber cerca de R$ 4 milhões para ajudar dois prefeitos do Estado do Rio em processos que tramitavam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro atuou na Corte Eleitoral de 2012 a 2016. De acordo com o delator, os pagamentos teriam sido efetuados pelo ex-secretário de obras do Rio Hudson Braga e teriam alcançado o escritório da advogada Roberta Rangel, mulher de Toffoli. No início do ano passado, Fachin homologou o acordo de colaboração premiada firmado por Cabral com a PF, alvo de críticas da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da força-tarefa da Lava Jato no Rio, que alegam que o delator não apresentou fatos novos. O acordo foi validado pelo Supremo por envolver autoridades com prerrogativa de foro privilegiado, como políticos e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Após homologar o acordo e autorizar a abertura de 12 inquéritos, Fachin encaminhou a Toffoli os processos para que o então presidente do STF analisasse se seria o caso de redistribuí-los para outro integrante da Corte. Toffoli pediu um parecer da PGR, que opinou então pelo arquivamento das investigações. (Estadão)
Toffoli I
Na delação, que segue mantida sob sigilo, Cabral se comprometeu a devolver aos cofres públicos R$ 380 milhões recebidos como propina enquanto foi governador. Diferentemente de delações fechadas pela PGR, a PF não estabeleceu previamente os prêmios a serem concedidos ao colaborador. O relator da Lava Jato no STF, no entanto, determinou que o acordo não poderá ser usado para reduzir penas já decretadas pela Justiça. O ex-governador fluminense já foi condenado a penas que ultrapassam 340 anos de prisão. Preso desde novembro de 2016, Cabral admitiu ter recebido propina durante seu governo no início em 2019, quando chegou a dizer que seu ‘apego a poder e dinheiro é um vício’. Desde então o ex-governador passou a confessar crimes cometidos em depoimentos à Justiça, chegando a citar os ex-prefeitos Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos). Em nota divulgada pelo STF, Toffoli disse “não ter conhecimento dos fatos mencionados e disse que jamais recebeu os supostos valores ilegais”. O ministro também refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções. O gabinete de Fachin não se manifestou. (Estadão)
Saudades
O homem de 18 anos que invadiu uma creche e matou cinco pessoas há cerca de uma semana em Saudades, no Oeste catarinense, recebeu alta hospitalar na manhã desta quarta-feira (12). Segundo o delegado regional de Chapecó, Ricardo Casagrande, ele está preso e será encaminhado a uma unidade prisional na região. O ataque a creche aconteceu na manhã de 4 de maio. Três crianças e duas mulheres, sendo uma professora e a outra agente educacional, morreram. Uma quarta criança ficou ferida, foi hospitalizada e recebeu alta no domingo (9). O assassino foi preso em flagrante no dia do ataque e levado ao hospital após dar golpes contra o próprio corpo. Ele estava internado no Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, na mesma região. Dias depois, a Justiça determinou a prisão preventiva dele. Na segunda segunda-feira (10), ainda no hospital, ele prestou depoimento. Segundo a Polícia Civil, a conversa durou cerca de uma hora, mas detalhes não foram divulgados para não atrapalhar as investigações. Familiares e amigos das cinco vítimas mortas no ataque a creche em Saudades, no Oeste catarinense, realizaram uma homenagem em frente à unidade infantil nesta terça-feira (11), uma semana após as mortes. (G1)
Rio-Paris
O Tribunal de Apelações de Paris ordenou nesta quarta-feira (12) que as empresas Air France e Airbus sejam julgadas por homicídio culposo na França devido a responsabilidades indiretas no acidente com o voo 447 Rio Paris, em 2009, que caiu no mar e matou 228 pessoas. A decisão acolhe um pedido um pedido da Procuradoria-Geral da República e de familiares das vítimas e reverte uma decisão de 2019 a favor da companhia aérea franco-holandesa e da fabricante europeia de aeronaves. Os parentes das vítimas receberam a notícia com emoção. Os advogados da Airbus afirmaram que pretendem apelar ao Tribunal Supremo francês e que a decisão é "injustificável". O advogado da companhia aérea, Francois Saint-Pierre, afirmou que "a Air France nega ter cometido uma falha penal que tenha provocado este acidente terrível". No dia 1º de junho de 2009, um Airbus A330 da Air France, que viajava do Rio de Janeiro para Paris, caiu no Oceano Atlântico. Todos os passageiros e integrantes da tripulação — 228 pessoas de 34 países — morreram no acidente, o pior da história da companhia aérea francesa. As caixas-pretas só foram encontradas dois anos depois, a quase 4 mil metros de profundidade. Segundo a investigação, o congelamento de sensores externos da aeronave — os tubos de pitot — levou ao fornecimento de dados errados de velocidade e foi o elemento que desencadeou o acidente. A falha desorientou os pilotos durante a travessia noturna do Atlântico e eles perderam o controle do avião em menos de quatro minutos. Veja aqui detalhes do relatório final do acidente. (G1)