Barragem

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, esteve ontem (19) em Belo Horizonte (MG) para tratar de ações para reparar os danos provocados pelo rompimento da Barragem Fundão, em Mariana (MG), em novembro do ano passado. O ministro disse que está sendo discutida a prorrogação do prazo para quitação da primeira parcela de indenização a ser paga pelas empresas responsáveis pelo rompimento. “A declaração do ministro sinalizou que é possível anuir com a prorrogação de prazo solicitada pelas empresas. Porém, este ajuste ainda não foi concretizado”, informou a AGU por meio de nota. Uma liminar concedida pela Justiça determinou uma primeira parcela de R$ 2 bilhões, conforme solicitado pela União e estados na ação civil pública. Na última segunda-feira (18), representantes do governo federal e dos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo se reuniram para debater um acordo judicial com as empresas responsáveis pelos danos. Após o rompimento da barragem da mineradora Samarco, os governos estaduais e federal entraram na Justiça com uma ação civil pública pedindo indenização de pelo menos R$ 20 bilhões pelos danos. O rompimento da Barragem de Fundão derramou 32 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração no Rio Doce. O episódio causou a morte de 17 pessoas, destruiu municípios e continua causando impactos ambientais graves no rio e no oceano. (Agência Brasil)

Barragem I

Estudo encomendado pela mineradora Samarco a pedido da Justiça e obtido pelo jornal Folha de São Paulo mostra que o possível rompimento das barragens Germano e Santarém, em Mariana, poderia resultar em uma enxurrada de lama muito maior do que a da tragédia de novembro, causando destruição da fauna e da flora e atingindo moradias que ficaram preservadas. As estruturas das foram danificadas após a barragem de Fundão se romper e deixar um rastro de destruição que chegou ao litoral do Espírito Santo. A mineradora diz que os reservatórios remanescentes estão 'estáveis', mas que trabalha para reforçá-los. O novo estudo considera a possibilidade de vazamento de 105 bilhões de litros de rejeitos em caso de rompimento das barragens que continuaram de pé em Mariana –a estimativa é que 40 bilhões tenham sido despejados da estrutura de Fundão. Além do assoreamento e da mudança do curso de rios, a destruição afetaria áreas de preservação ambiental, acabaria com a vida animal, interromperia os fornecimentos de água e luz e inundaria propriedades urbanas e rurais. O estudo não aponta quais providências concretas seriam tomadas em cada cenário. (Rádio Itatiaia)

Mateus Leme

Um deslizamento de terra assustou, nesta terça-feira, moradores próximos a uma mina de extração mineral em Serra Azul, distrito de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O terreno pertence à mineradora Mineirita. Inicialmente, a suspeita era de que um dique de uma das barragens tivesse se rompido. De acordo com a Prefeitura de Mateus Leme, a erosão ocorreu "quando parte de uma encosta natural cedeu". O motivo é a chuva que persiste desde a semana passada nas cidades da Grande BH. O local fica em uma região de difícil acesso, nos limites entre os municípios de Mateus Leme, Itatiaiuçu e Igarapé. Ainda segundo informações da prefeitura, "até o momento foi apontado que acúmulo de água da chuva fez com que a encosta cedesse e desviasse parte da enxurrada que era direcionada para um dique na mineração". A água atingiu pelo menos duas propriedades rurais, mas ninguém ficou ferido. De acordo com a Defesa Civil de Mateus Leme, não houve transbordamento de água. Casas não foram atingidas. Segundo informações da Mineirita, o terreno onde houve o deslizamento de terra não está próximo de nenhuma das três barragens da mineradora. (Rádio Itatiaia)

Chuva

Minas Gerais já contabiliza 30 cidades afetadas neste período chuvoso, e o número tende a crescer uma vez que a previsão é de que a chuva não dê trégua pelo menos até nesta quinta. Três delas decretaram situação de emergência, e várias sofreram danos estruturais, principalmente ligados a desabamentos, inundações e alagamentos. De acordo com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), em Minas já são 1.636 desalojados e 625 desabrigados. A última cidade afetada foi Santana do Riacho, na região Central do Estado. No município, o Corpo de Bombeiros resgatou uma família, que ficou ilhada pela água do rio Paranaúna. Além disso, as ocorrências continuam em Belo Horizonte, onde, nesta terça, um barranco desabou na avenida Raja Gabaglia, no bairro Santa Lúcia, na região Centro-Sul. Ninguém se feriu. Em Santana do Riacho, o Corpo de Bombeiros resgatou uma senhora ilhada nesta terça. A chuva também comprometeu uma ponte da cidade. (O Tempo)

Eduardo Campos

O cansaço de Marcos Martins, piloto do avião que caiu em Santos (SP), em 13 de agosto de 2014, matando o então candidato do PSB e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e outras seis pessoas, foi um dos fatores contribuintes para o desastre, que teve uma sequência de falhas humanas, conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo. O relatório com o resultado das investigações realizadas nos últimos 17 meses pelo Cenipa - Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos será apresentado nesta terça-feira, às 13 horas aos familiares de todos que estavam no voo e, em seguida, às 15h30, para a imprensa. Além do uso de "atalho" para acelerar o procedimento de descida na Base Aérea de Santos, outro problema detectado durante os trabalhos foi a falta de treinamento do piloto, específico para aquela aeronave, um Cessna 560 XL, que levou à Aeronáutica, inclusive, a emitir uma recomendação de segurança à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), três meses depois do acidente. Durante as investigações foi detectado que a relação entre piloto e copiloto não era boa. Os dois tinham um histórico de atritos e o copiloto, Geraldo Magela Barbosa, teria pedido para não mais voar com Martins. O cansaço do piloto foi identificado pelo tom de voz de Martins no voo. Poucos dias antes do acidente o próprio Martins já havia relatado, em redes sociais, que estava "cansadaço". (Agência Estado)

Desemprego

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que o número de desempregados crescerá em 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo este ano e em 1,1 milhão em 2017. Ou seja, em dois anos, 3,4 milhões de pessoas a mais farão parte do contingente global de desempregados. Do total de trabalhadores que passarão a integrar as estatísticas do desemprego em 2016, segundo a OIT, 700 mil serão brasileiros. Os dados estão no relatório World Employment and Social Outlook – Trends 2016 (Emprego no Mundo e Perspectiva Social – Tendências 2016), divulgado ontem (19) pelo organismo multilateral. Segundo a OIT, que é vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), as estimativas se baseiam nas projeções mais recentes de crescimento econômico. Na avaliação da entidade, a desaceleração econômica global ocorrida em 2015 tende a causar um impacto atrasado sobre os mercados de trabalho em 2016, resultando em um aumento nos níveis de desemprego, particularmente nas economias emergentes. A entidade destacou principalmente as economias da Ásia e América Latina. Especificamente na América Latina, a OIT informou que o Brasil, “maior economia da região”, está “entrando em uma severa recessão”. Conforme o organismo, o fenômeno de queda na atividade econômica no país e em outras economias emergentes reflete “uma combinação do declínio em preços de commodities (produtos básicos com cotação internacional) e fatores estruturais”. Como principal problema estrutural na América Latina, foram citados os baixos ganhos em produtividade. (Agência Brasil)

Novos radares

Trinta e um novos radares de avanço de semáforo estão previstos para serem instalados nas avenidas Cristiano Machado, Pedro I e Antônio Carlos, em Belo Horizonte. A operação dos equipamentos, contudo, não foi definida. Nesta terça-feira (19), o Secretário Municipal de Serviços Urbanos, Pier Giorgio Senesi Filho, publicou a homologação dos radares no Diário Oficial do Município (DOM). Na prática, isso significa que os locais indicados estão aptos para receber os equipamentos. Atualmente, segundo a BHTrans, a capital mineira conta com 151 radares de avanço de semáforo em operação. Clique aqui e confira a lista completa dos locais. (Hoje em Dia)

Zika

O Departamento de Saúde do estado da Flórida, Sul dos Estados Unidos, confirmou nesta terça-feira (19) que três pessoas foram diagnosticadas com o vírus Zika no país. Dois casos foram registrados no condado de Miami-Dade, com pacientes que estiveram na Colômbia em dezembro. O terceiro ocorreu no litoral Oeste do estado, com uma pessoa que esteve na Venezuela no mês passado. O vírus Zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo hospedeiro da dengue. A doença não é mortal, mas representa uma ameaça para as mulheres grávidas no começo da gestação. Estudos associam o vírus a casos de microcefalia. O vírus pode provocar febre, erupção cutânea com pontos brancos ou vermelhos e, às vezes, dores musculares e articulares. O vírus detectado nos Estados Unidos já havia sido encontrado no Brasil, Colômbia, El Salvador, Barbados, Guatemala, Guiana Francesa, Honduras, Martinica, México, Paraguai, San Martín, Suriname e Venezuela. (Agência Estado)

Japão

Yasutaro Koide, nascido em 13 de março de 1903, em Tsuruga, na província Fukui, no Japão, que foi reconhecido oficialmente como o homem mais velho do mundo no ano passado, faleceu nesta terça-feira, 19, na cidade de Nagóia.
Segundo informações do canal estatal japonês NHK, o idoso, que morou grande parte de sua vida em Nagóia, teria sido internado num hospital no começo de 2016, e acabou não resistindo. Em sua juventude, Koide trabalhou como ajudante de alfaiate em Tsuruga. Hoje em dia, mesmo com 112 anos, ainda caminhava sozinho dentro de casa, não usava dentadura e conseguia ler os jornais diários. Ele ganhou o título de homem mais velho do mundo em agosto de 2015, tomando o lugar do também japonês Sakari Momoi, que havia falecido nesse mesmo ano. Segundo o Guinness Book, Yasutaro Koide era uma pessoa muito reservada, e seu "segredo" para a longevidade era levar a vida sem estresse. (Estado de Minas)

Teste nuclear

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Han Min-koo, e o subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reuniram-se hoje (20) em Seul para definir uma resposta ao teste nuclear norte-coreano feito no último dia 6. “Apesar das contínuas advertências e das preocupações da comunidade internacional, a Coreia do Norte fez o seu quarto teste nuclear, o que representa grave ameaça à península coreana e à comunidade internacional”, disse Han na abertura do encontro, no Ministério da Defesa, em Pyongyang. A Coreia do Sul debate sanções multilaterais e em nível individual ao país vizinho, dentro da promessa da presidenta Park Geun-hye de fazer com que a Coreia do Norte pague preço proporcional [ao teste]", disse o ministro sul-coreano em declarações divulgadas pela agência Yonhap. O secretário de Estado norte-americano afirmou que Washington e Seul farão frente ao desafio, “em total solidariedade”, destacando a necessidade de que a comunidade internacional dê uma "forte resposta" ao teste. Antony Blinken chegou a Seul nessa terça-feira, como parte da viagem a três países do Nordeste asiático, a fim de coordenar uma reação à Coreia do Norte. O teste nuclear subterrâneo aumentou novamente a tensão na península coreana, gerando o protesto quase unânime da comunidade internacional e levando o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas a pedir novas e duras sanções contra o país. (Agência Brasil)