Coronavírus
O Brasil registrou 1.300 novas mortes por covid-19, elevando o total de óbitos pela doença a 74.133, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 14, pelo Ministério da Saúde. Nas últimas 24 horas, 41.857 casos do novo coronavírus foram confirmados. Com isso, o número total de casos no País chega a 1.926.824. Desse total, 1.209.208 (62,8%) correspondem ao número de recuperados e 643.483 (33,4%) doentes ainda em acompanhamento. O dado do ministério não significa que todas as mortes ocorreram nas últimas 24h. Os casos, no entanto, estavam em investigação e foram confirmados neste período. Há ainda cerca de 3.928 mortes em investigação. O Estado de São Paulo tem 386.607 casos do novo coronavírus e 18.324 mortes. O Ceará registra 139.437 casos da doença e 6.977 óbitos. O Rio de Janeiro tem 132.822 casos e 11.624 mortes. (Estadão)
Pico
Pouco mais de quatro meses após identificar pela primeira vez casos de COVID-19, Minas Gerais está no período mais crítico de enfrentamento da pandemia, segundo as projeções do governo estadual. Desde aquele 8 de março, 78.643 diagnósticos foram confirmados para a doença respiratória, dos quais 1.688 resultaram em mortes. Com o passar do tempo, a velocidade de propagação do vírus aumentou e fez crescer a demanda na rede pública de saúde. Nos últimos sete dias, o estado tem registrado média diária de 2.535 casos de contaminação e 58 óbitos decorrentes da infecção, detectada oficialmente em 759 dos 853 municípios mineiros (88,9% do total). De acordo com os técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o pico pode ser alcançado hoje. Porém, ainda há incertezas entre os especialistas sobre o comportamento da curva de infecções e até mesmo a confirmação ou não da data prevista para o ápice da pandemia. Ontem, o secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, mencionou a possibilidade de Minas passar, nas próximas semanas, por um período de platô, em que o número de novos contaminados continua alto, mas não há aceleração descontrolada da doença. “É possível que esse aumento de casos perdure por um tempo como um platô, antes de vislumbrarmos uma queda na transmissão. Com isso, é muito importante, mais do que nunca, usar a máscara, lavar as mãos e manter o máximo de distanciamento”, frisou. A possível chegada do pico aumenta a preocupação das autoridades com a capacidade do sistema de saúde. Segundo a administração estadual, 71,45% das unidades de terapia intensiva (UTIs) e 60,77% dos leitos de enfermaria da rede mineira do Sistema Único de Saúde (SUS) estão ocupados. São 2.603 pessoas com COVID-19 ou suspeita da doença internados em centros públicos de saúde. A tendência é de que o número aumente nas próximas semanas. Ainda assim, o governo entende que não haverá falta de atendimento aos pacientes. (Estado de Minas)
BH
Belo Horizonte registrou 288 mortes por Covid-19 até esta terça-fera (14), 18 a mais do que no dia anterior, de acordo com novo boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura. Agora, Venda Nova passou a ser a regional da capital com maior número de pessoas que perderam a vida, com 42 óbitos. Em seguida, aparece a região Nordeste, com 40. As regionais com menos casos de mortes por Covid-19 são a Pampulha (com 24) e a Leste (com 29). Ainda há 97 óbitos na cidade que são investigados. Todas as mortes pela doença registradas na capital estão associadas a pelo menos um fator de risco ou comorbidade, além de 80% das pessoas que perderam a vida após contrair o vírus terem mais de 60 anos. O boletim epidemiológico mostra também que as regionais com maior números de casos confirmados da doença são Oeste, Barreiro e Nordeste. (Hoje em Dia)
Vacina
A vacina experimental da Moderna Inc contra o novo coronavírus foi considerada segura e provocou resposta imunológica em todos os 45 voluntários saudáveis em um estágio inicial, de acordo com informações divulgadas por pesquisadores nesta terça-feira, 14. Os voluntários que receberam duas doses da vacina desenvolveram níveis mais altos de anticorpos do que pessoas que se recuperaram da covid-19, segundo reportado pela equipe no periódico científico New England Journal of Medicine. Nenhum dos voluntários observaram efeitos colaterais graves, mas mais da metade relataram reações leves ou moderadas como fadiga, dor de cabeça, dores musculares ou dor no local da aplicação da injeção. Isso ocorreu mais após a segunda dose e nas pessoas com as maiores dosagens. Especialistas dizem que a vacina é necessária para encerrar a pandemia do novo coronavírus, que atingiu milhões e deixou cerca de 575 mil mortos em todo o mundo. A Moderna foi a primeira a começar a testa a vacina em humanos no dia 16 de março, 66 dias depois da divulgação do sequenciamento genético do vírus. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, cujos pesquisadores desenvolveram a vacina da Moderna, classificou os resultados como "boas notícias", destacando que o estudo não encontrou efeitos adversos sérios e a vacina produziu níveis "razoavelmente altos" de anticorpos capazes de neutralizar ou matar o vírus. (Agência Estado)
Vacina I
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando para que nações latino-americanas vulneráveis recebam uma vacina contra a covid-19 "subsidiada" e a um preço "acessível", assim que uma imunização estiver disponível, disse a diretora regional da entidade para as Américas, Carissa Etienne. A América Latina se tornou o epicentro mais recente da pandemia e, na segunda-feira (13), o número de mortes pelo novo coronavírus na região ultrapassou a soma de óbitos nos Estados Unidos (EUA) e no Canadá pela primeira vez desde o início do surto. Muitas nações latino-americanas têm enfrentado dificuldades em seus sistemas de saúde para lidar com os 3,4 milhões de casos confirmados e as 146 mil mortes por covid-19 na região.Em entrevista virtual, Carissa disse que a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da OMS sediado em Washington, está trabalhando "para que os países latino-americanos mais vulneráveis da região recebam a vacina contra covid-19 de forma subsidiada e a um preço acessível". A corrida global por uma vacina e tratamentos contra o novo coronavírus se transformou em uma batalha entre as nações mais ricas do mundo, algumas das quais estão comprando estoques de remédios ou encomendando suprimentos futuros das vacinas mais promissoras. Nações latino-americanas com orçamentos pequenos terão dificuldade para competir, disseram especialistas. "Para que serve uma vacina se as pessoas não têm acesso a ela?", questionou Carissa Etienne. A Opas tem um mecanismo de cooperação chamado "Fundo Rotatório", por meio do qual vacinas, seringas e suprimentos relacionados são comprados em nome de seus Estados-membros, independentemente de tamanho ou condições econômicas. (Agência Brasil)
Flexibilização
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e comerciantes da capital sentam-se à mesa nesta quarta-feira (15), 13 dias após a última reunião. Em 2 de julho, os lojistas sugeriram ao Comitê de Enfrentamento da covid-19 um revezamento: portas abertas em quatro dias da semana e fechadas nos outros três. A prefeitura marcou coletiva pra depois do encontro com empresários e há expectativa de que possa ser anunciada uma nova etapa de reabertura do comércio da cidade. O encontro nesta quarta deve acontecer às 14h, conforme a assessoria da PBH. A reunião foi anunciada pelo prefeito, Alexandre Kalil (PSD), durante transmissão nas redes sociais nesta segunda-feira (13). Kalil disse que os números da capital estão melhorando e, nas entrelinhas, deu a entender que pode avançar no processo de flexibilização. O presidente do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), Nadim Donato, espera discutir com a prefeitura protocolos para funcionamento de atividades que seguem fechadas há mais de quatro meses, como lojas de vestuário, e galerias de comércio popular. “O Sindilojas encaminhou vários protocolos, por exemplo, de abertura de vestuários, de como abrir a Galeria do Ouvidor e vários outros. Então eu estou imaginando que seja, talvez, uma discussão de protocolos”, disse. (Rádio Itatiaia)
Escolas particulares
Distanciamento de pelo menos um metro, uso obrigatório de máscara, rodízio entre os estudantes, interdição dos bebedouros e aulas em ambientes abertos, como quadras esportivas. Essas são algumas das recomendações propostas pelo Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SinepMG) para o retorno das aulas presenciais. O documento com todas as diretrizes, que possui 32 páginas, foi apresentado nesta terça-feira (14) para os diretores das instituições privadas do Estado. Por causa da pandemia do novo coronavírus, mais de um milhão de alunos da rede particular, do ensino básico ao superior, estão afastados das escolas e faculdades. Por enquanto, ainda não há previsão dos órgãos municipais e estaduais de quando os estudantes vão poder retomar às aulas presenciais. No entanto, o Sinep distribuiu o documento para que as escolas se organizem e façam os ajustes necessários para quando as governantes autorizarem a abertura das unidades de ensino. Presidente do sindicato, Zuleica Reis destaca que não quer pressionar o governador Romeu Zema (Novo) nem o prefeito Alexandre Kalil (PSD) para liberar o funcionamento das escolas. "Não estamos querendo forçar nada. Sabemos que estamos no pior momento da pandemia, mas queremos que elas tenham condições de formular e colocar em prática tudo o que for preciso para que possam funcionar quando forem autorizadas", explicou. Por isso, durante assembleia com todas as instituições particulares, o documento com as orientações foi apresentado. Ele foi formulado em conjunto com a Associação Mineira de Epidemiologia e Controle de Infecções (Ameci) e, além de medidas sanitárias para evitar a contaminação pelo vírus, também traz orientações de como as escolas podem tratar a saúde mental, socioemocional e física dos alunos. Conforme Zuleica, são diretrizes básicas e cada instituição tem autonomia para adaptar para a sua realidade. Uma das propostas, que deve ser avaliada por cada escola, é o escalonamento dos estudantes. Em um dia, metade dos estudantes comparece às aulas presenciais enquanto o restante da turma assiste a mesma aula pela web. "Cada unidade de ensino tem as suas particularidades", frisou. (Hoje em Dia)
Amazônia
O vice-presidente Hamilton Mourão reúne ministros do governo federal na manhã desta quarta-feira (15), em Brasília, para a segunda reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal. Após o encontro, as autoridades devem falar à imprensa no Ministério das Relações Exteriores. Mourão comanda o conselho, criado em fevereiro pelo presidente Jair Bolsonaro. A reunião desta quarta ocorre em meio à pressão de investidores para que o Brasil ajuste a política ambiental. Na semana passada, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que junho teve o maior número de alertas de desmatamento para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2015. Dias depois, o governo exonerou a coordenadora-geral de Observação da Terra do Inpe, Lubia Vinhas. Observação da Terra é a área do instituto responsável, entre outras atribuições, pelo monitoramento da devastação da Amazônia, por meio do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Nesta terça, o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, negou que ela tenha sido apenas exonerada e disse que, com a reestruturação do Inpe, Lubia vai coordenar uma área importante do instituto. (G1)