Chapecoense

A polícia de Antioquia, departamento onde caiu o voo que levava a Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, deu por encerradas as buscas na região onde se encontram os destroços da aeronave e disse ter retirado os corpos de 71 pessoas. Apenas seis sobreviveram ao acidente. Inicialmente, a própria polícia local havia anunciado que haviam 76 mortos. Esse número foi corrigido três vezes, depois que foram localizados com vida o zagueiro Neto, da Chapecoense, e Erwin Tumiri, técnico da aeronave. O goleiro Danilo, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Agora, o número é novamente corrigido, passando a levar em consideração que quatro pessoas que estavam entre as 81 que deveriam ter embarcado na verdade não entraram na aeronave na viagem para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e continuaram no Brasil. Assim, faleceram 19 dos 22 jogadores que a Chapecoense levava para a primeira partida da decisão. Seguem internados em hospitais da região de Medellín o zagueiro Neto, em estado crítico, o goleiro Follmann, que teve uma perna amputada, e o lateral-direito Alan Ruschel. Da mesma forma, embarcaram 21 profissionais de imprensa, dos quais apenas um sobreviveu: o jornalista Rafael Henzel, da Rádio Oeste Capital. Entre as vítimas estão seis profissionais da Fox Sports, entre eles o comentarista Mario Sérgio Pontes de Paiva, ex-jogador da seleção brasileira e campeão mundial pelo Grêmio em 1981, além de três da TV Globo. Dos 71 mortos, apenas sete não eram brasileiros, mas bolivianos, uma vez que a companhia aérea, LaMia, originalmente originária da Venezuela, é registrada na Bolívia, de onde partiu a aeronave que caiu. Além de Tumiri, também sobreviveu a auxiliar de voo Ximena Suárez. (Agência Estado)

Chapecoense I

Presidente em exercício da Chapecoense após a tragédia que atingiu o clube, Ivan Tozzo falou em nome do clube pela primeira vez na tarde desta terça-feira, na Arena Condá, e revelou que pretende realizar um velório coletivo no estádio. Ainda não há, porém, uma data de quando isso aconteceria. "Depois, a nossa ideia é fazer o velório coletivo aqui no estádio. Trazer todos os mortos para cá. Todas as pessoas querem dar apoio, dar um abraço. Depois disso, se fará a logística para ir a cada uma das cidades", disse Tozzo, que é vice-presidente da Chapecoense. Ele também falou que existe a possibilidade de que os corpos sejam trazidos ao Brasil para que as famílias os identifiquem em São Paulo. Exceto os nove tripulantes, dois dos quais sobreviventes, todos os demais passageiros do voo avião que caiu nas proximidades de Medellín eram brasileiros, a grande maioria deles residente em Chapecó. No voo estava quase toda a diretoria da Chapecoense, que agora será comandada por Tozzo e pelo vice-presidente do conselho deliberativo, Gelson Dalla Costa. "A diretoria está aqui, o resto dos nossos companheiros foi. Eu estava na lista, mas não quis ir. Me deu um pressentimento e não quis ir. As pessoas me ligando... Que era para ficar na história, mas eu não fui", comentou Tozzo. (Agência Estado)

Chapecoense II

A combinação de pouco combustível e um imprevisto com outra aeronave nos céus da Colômbia podem ter contribuído para a queda do avião que transportava o time da Chapecoense e matou 71 pessoas próximo ao aeroporto de Rionegro, ao lado Medellím. Ao longo da tarde desta terça-feira (29), a tese que ganhou mais força no meio aeronáutico é de que o Avro RJ85, de fabricação britânica, se baseava no fato de esse tipo de aeronave sair de fábrica com tanques de combustível capazes de cumprir apenas médias distâncias. A rota entre a cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e Meddellín, na Colômbia, num total de 2.900 km, estava, dessa forma, perto da capacidade de voo do Avro. Ainda assim, no último mês a mesma aeronave realizou dois voos semelhantes entre Bolívia e a Colômbia. O mais longo destas viagens durou 4 horas e 32 minutos. Já o voo que vitimou o time da Chapecoense, durou 4 horas e 42 minutos. Para analisar o gasto de combustível de uma aeronave em pleno voo, devem ser levado em conta ainda outros fatores como condição do vento e o peso de carga. "É uma possibilidade que está sendo muito aventada. Se esses parâmetros forem realmente próximos [autonomia da aeronave e distância entre as cidades], um voo desses não poderia ser feito sem uma escala para reabastecimento", diz Rodrigo Spader , piloto e presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas. Para o especialista em aviação Lito Sousa, a falta de combustível pode ser uma das causas contribuintes para o acidente a serem investigadas. Para ele, no entanto, dificilmente um piloto apresentaria um plano de voo que previsse uma margem de segurança tão pequena. (Hoje em Dia)

CBF

Em razão da tragédia com a delegação da Chapecoense, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adiou a última rodada do Campeonato Brasileiro para o dia 11 de dezembro. Os jogos finais do torneio seriam realizados neste fim de semana, dia 4. A CBF também comunicou que as atividades do futebol brasileiro foram suspensas por uma semana, tempo em que a entidade ficará de luto. A rodada derradeira da competição será importante para decidir o último clube rebaixado (Inter, Sport e Vitória tentam se livrar da queda) e duas vagas na pré-Libertadores (Atlético-PR, Botafogo, Corinthians e Grêmio têm possibilidades de entrar na maior competição de clubes da América do Sul). A CBF também adiou a finalíssima da Copa do Brasil. O jogo seria disputado nesta quarta-feira, às 21h45, na Arena, em Porto Alegre. A nova data do jogo entre Grêmio e Atlético ainda não foi divulgada. O Galo perdeu o jogo de ida no Mineirão por 3 a 1. O time mineiro precisa vencer a partida de volta por mais de três gols de diferença para ser campeão. Vitória alvinegra por dois gols leva o jogo para os pênaltis. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, lamentou o episódio. "Neste momento de imensa dor e tristeza, manifesto meu sentimento de solidariedade a todas as pessoas atingidas pelo acidente ocorrido com a delegação da Associação Chapecoense de Futebol, em especial às famílias das vítimas. Estamos vivendo uma das mais trágicas páginas da história do esporte brasileiro e lamento, profundamente, a perda de jogadores, comissão técnica, profissionais da imprensa, dirigentes e tripulação. A Confederação Brasileira de Futebol está tomando todas as providências no sentido de prestar seu apoio aos sobreviventes, às famílias, ao clube, à comunidade de Chapecó e aos desportistas brasileiros em geral. Que todos tenhamos muita força e muita luz para ultrapassar este momento". (Estado de Minas)

Corrupção

Em uma votação que varou a madrugada desta quarta-feira (30) o plenário da Câmara aprovou uma série de mudanças no pacote de medidas contra corrupção proposto pelo Ministério Público Federal. Para o relator do projeto, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o pacote foi completamente desconfigurado. Apesar de terem desistido de incluir no pacote a anistia à prática do caixa 2, os deputados incluíram medidas polêmicas e retiraram do textos propostas consideradas essenciais do projeto. O projeto seguirá agora para a apreciação do Senado. "O objetivo inicial do pacote era combater a impunidade, mas isso não vai acontecer porque as principais ferramentas foram afastadas. O combate à corrupção vai ficar fragilizado e, com um agravante, que foi a essa intimidação dos investigadores", disse o relator. Ao final da votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o resultado e disse que se tratou de uma decisão "democrática do plenário". "Mesmo que não tenha sido o que alguns esperavam, isso foi o que a maioria decidiu", disse. Desde que o projeto foi votado na comissão especial na semana passada, líderes partidários não esconderam o descontentamento com o relatório elaborado por Lorenzoni. Segundo os parlamentares, o projeto contemplava apenas os interesses do Ministério Público. Na madrugada desta quarta, o chamado texto-base do projeto foi aprovado praticamente por unanimidade, mas depois disso diversas modificações no projeto foram aprovadas. A primeira delas foi a inclusão no pacote da previsão de punir por crime de abuso de autoridade magistrados, procuradores e promotores. A emenda, que obteve o apoio de 313 deputados, foi vista como uma retaliação por membros da força-tarefa da Operação Lava Jato. Muitos dos que votaram a favor da medida são investigados por conta do esquema de corrupção da Petrobras. (Agência Estado)

Gastos públicos

O plenário do Senado aprovou, em primeiro turno, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, conhecida como PEC do Teto dos Gastos Públicos. A proposta foi aprovada por 61 votos favoráveis e 14 contrários. A PEC impõe um teto máximo para os gastos públicos pelos próximos 20 anos equivalente ao valor gasto no ano anterior, corrigido pela inflação. O texto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e deverá passar ainda por votação em segundo turno no Senado. O cronograma previsto estabelece que os senadores farão nos próximos dias as três sessões de discussão necessárias antes do segundo turno. A última votação está marcada para ocorrer no dia 13 de dezembro e, se a PEC for aprovada sem alterações, ela será promulgada no dia 15 de dezembro. Se forem aprovadas emendas, no entanto, o texto deverá retorna para a Câmara dos Deputados. Os senadores rejeitaram todas as emendas ao texto. Foram apresentados três destaques para votação em separado. Um deles propunha retirar a saúde e a educação do teto de gastos. Assim, o limite de gastos para os próximos 20 anos valeria para todas as outras áreas, exceto para essas duas. (Agência Brasil)

Calero

A Polícia Federal informou que enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as transcrições de conversas gravadas do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero com autoridades do governo federal. O teor de uma das transcrições foi confirmado nesta terça-feira pelo secretário de Assuntos Jurídicos da Presidência da República, Gustavo Rocha. “O que eu falei foi aquilo mesmo que você viu”, disse Rocha à Agência Brasil, após consultar a transcrição no celular de uma pessoa que estava em seu gabinete no Palácio do Planalto. Na transcrição, Gustavo Rocha diz a Calero que irá protocolar um recurso no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Calero responde que conversou com o presidente Michel Temer e acrescenta que não quer "se meter nessa história". Rocha diz, então, que o presidente o orientou a encaminhar o caso para a Advocacia-Geral da União (AGU). Calero diz que fará "uma reflexão" e muda de assunto. A Casa Civil divulgou nesta terça-feira nota na qual Rocha explica que, na conversa com Calero, teria dito que encaminharia recurso ao Iphan, de autoria de outro advogado, que fora "deixado equivocadamente" em seu gabinete. Ele acrescenta ainda: "O ministro havia dito que não tomaria nenhuma decisão, mesmo tendo competência para isso. Por isso, usei a expressão 'dando entrada.' Contudo, jamais se deu seguimento a tal ação, já que o recurso foi devolvido a seu autor". Marcelo Calero pediu demissão no último dia 18 e deu entrevista alegando que sofreu pressão por parte do então ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, para liberar a construção de um edifício de alto padrão em Salvador embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Na última sexta-feira (25), Geddel entregou ao presidente Michel Temer carta de demissão onde diz que “avolumaram-se as críticas” contra ele e que, diante da dimensão das interpretações dadas, pedia desculpas aos que estavam sendo por elas alcançados. (Agência Brasil)

Combustível

De outubro para cá, a Petrobras anunciou dois cortes no preço da gasolina. Agora, finalmente o consumidor começa a sentir os preços, mas a justificativa não é a medida da estatal, mas sim a própria concorrência entre os postos de combustível. Em Belo Horizonte, no corredor das avenidas Tereza Cristina e Via Expressa – conhecido pelos menores preços da capital – o litro, que até semana passada custava cerca de R$ 3,36, agora está sendo vendido por R$ 3,30. Na avaliação do presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) Paulo Miranda, a verdade é que os postos não têm conseguido comprar gasolina mais barato. “O setor não compra direto da refinaria, mas sim das distribuidoras. Mas elas não reduziram os valores e culpam o etanol. Portanto, esses preços menores estão mais relacionados à concorrência, que é muito acirrada”, explica Miranda, lembrando que o setor tem liberdade para cobrar os preços, que são definidos pela concorrência. Atualmente, o etanol representa 27% da mistura da gasolina, o que influencia diretamente no preço. (O Tempo)

Aborto

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem (29) descriminalizar o aborto no primeiro trimestre da gravidez. Seguindo voto do ministro Luís Roberto Barroso, o colegiado entendeu que são inconstitucionais os artigos do Código Penal que criminalizam o aborto. O entendimento, no entanto, vale apenas para um caso concreto julgado pelo grupo nesta terça-feira. A decisão da Turma foi tomada com base no voto do ministro Luís Roberto Barroso. Para o ministro, a criminalização do aborto nos três primeiros meses da gestação viola os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, o direito à autonomia de fazer suas escolhas e o direito à integridade física e psíquica. No voto, Barroso também ressaltou que a criminalização do aborto não é aplicada em países democráticos e desenvolvidos, como os Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido e Holanda, entre outros. “Em verdade, a criminalização confere uma proteção deficiente aos direitos sexuais e reprodutivos, à autonomia, à integridade psíquica e física, e à saúde da mulher, com reflexos sobre a igualdade de gênero e impacto desproporcional sobre as mulheres mais pobres. Além disso, criminalizar a mulher que deseja abortar gera custos sociais e para o sistema de saúde, que decorrem da necessidade de a mulher se submeter a procedimentos inseguros, com aumento da morbidade e da letalidade”, decidiu Barroso. Apesar de admitir a descriminalização do aborto nos três primeiros meses, Barroso entendeu que a criminalização do procedimento pode ser aplicada a partir dos meses seguintes. (Agência Brasil)

Bento Gonçalves

A Justiça de Mariana desbloqueou cerca de R$10 milhões dos R$475 milhões que haviam sido bloqueados em fevereiro deste ano das empresas controladoras da Samarco, Vale e BHP Billiton Brasil. Boa parte desse dinheiro será usado para reconstruir a cidade de Bento Rodrigues, que foi destruída após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em novembro de 2015. Segundo o promotor do Ministério Público de Minas Gerais Guilherme de Sá Meneghin, a decisão foi tomada durante uma audiência realizada na tarde desta segunda-feira (28), no Fórum de Mariana. Participaram da sessão as empresas Samarco, Vale e BHP mais o Ministério Público de Minas Gerais, acompanhado dos atingidos de Mariana. Durante a audiência ficou acordado que R$ 6.559.194,69 serão liberados para que a Samarco compre os terrenos para a reconstrução de Bento Rodrigues e para o pagamento de antecipações de indenização, como indenizações pela perda de veículos e indenizações parciais pela perda de residências. Também foram desbloqueados R$ 2.902.7492,24 para implementação do projeto de assistência técnica gerida pela Cáritas, entidade formada por instituições que realizam projetos beneficientes, e R$ 500.000,00 a título de reembolso à Samarco, em razão da antecipação feita à Cárirtas. De acordo com o promotor, outro item definido na sessão foi a suspensão de aplicação do cadastro socioeconômico formulado pela Samarco, até que haja resposta ao parecer a ser apresentado pelo Ministério Público, com apoio da assistência técnica junto à Cáritas. A finalidade é permitir a formulação coparticipativa do cadastro e defender aos interesses dos atingidos. (Hoje em Dia)

Dengue

Começam na próxima terça-feira, em Belo Horizonte, os testes com a vacina da dengue. O trabalho será coordenado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e vai contar com a participação de 1,2 mil voluntários. Eles vão receber a dose no Centro de Saúde do Bairro Jardim Montanhês. Na segunda-feira, no mesmo local, haverá uma cerimônia oficial para marcar a inauguração da fase de testes na capital mineira. O evento contará com a presença do presidente do Instituto Butantan. Nessa etapa, dois terços das pessoas vão receber doses do medicamento, enquanto um terço restante receberá placebo. De janeiro deste ano até a última segunda-feira, Minas Gerais registrou 526.060 casos prováveis de dengue, quase três vezes mais do que o registrado em 2015, e 245 mortes estão sob investigação. Belo Horizonte registra o maior número de mortes no estado, totalizando 56, e Juiz de Fora, na Zona da Mata, está em segundo lugar, com 48 mortes sob suspeita. (Estado de Minas)

Chuva

A chuva que atingiu diferentes regiões de Belo Horizonte na noite dessa terça-feira provocou pânico e causou transtorno para motoristas e pedestres. A Região de Venda Nova foi uma das mais atingidas. O córrego vilarinho transbordou e inundou ruas e avenidas da região. Carros ficaram submersos e foram arrastados pela enxurrada. A estação do metrô vilarinho, as avenidas Padre Pedro Pinto e Vilarinho foram os pontos mais atingidos. Homens do Corpo de Bombeiros resgataram pelo menos cinco pessoas que ficaram ilhadas, entre elas uma criança de nove anos. Ninguém ficou ferido. Segundo a Defesa Civil de Belo Horizonte, as regiões mais atingidas pela chuva foram a de Venda Nova (82 milímetros), a Norte (com 68,2) e a Nordeste (com 59,6 milímetros). (Rádio Itatiaia)