Davos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na manhã desta terça-feira durante o painel "Shaping the Future of Advanced Manufacturing", realizado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), que o grande inimigo do meio ambiente é a pobreza. "Destroem porque estão com fome", justificou o brasileiro. Em outro momento do mesmo evento, ele disse que o mundo precisa de mais comida e salientou que é preciso usar defensivos para que seja possível produzir mais. "Isso é uma decisão política, que não é simples, é complexa", afirmou. Ainda sobre o tema, ele disse que a busca dos humanos é sempre pela criação de vidas melhores. Ele ressaltou, porém, que "somos animais que escapamos da natureza". O ministro disse que o Brasil está criando um ambiente melhor para os negócios e que é preciso qualificar as pessoas para terem um emprego no sistema, que está mais tecnológico. "Num país como o Brasil, que está um pouco atrás [em relação às inovações], temos um pouco de preocupação", afirmou, acrescentando que a primeira ação a ser feita é acabar com os "obstáculos". (Agência Estado)

Davos I

Ele também falou sobre os centros que o Brasil está criando para se aproximar das atividades do Fórum Econômico Mundial. Um é ligado à promoção da educação, da pesquisa acadêmica e a ligação com as pessoas de negócios. O outro é um acelerador de qualificações. "Há habilidades para ampliar como as coisas estão se colocando no mundo. Estamos aderindo ao comitê do Fórum e basicamente trazendo pessoas que estão na fronteira", comentou. Para Guedes, a inovação tem ocorrido por meio de um processo descentralizado, mas a busca é fazer com que o Brasil se integre a esse sistema. "Para um país como o Brasil é ainda mais crucial, pois precisamos ter a certeza de que teremos um ambiente de negócios, acadêmico, que permita conhecimento", salientou. (Agência Brasil)

Glenn

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o jornalista Glenn Greenwald e outros seis investigados no âmbito da Operação Spoofing, que apura invasão e roubo de mensagens de celulares de procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato e do então juiz Federal Sérgio Moro. No que se refere à responsabilização de Greenwald, o MPF ressalta que o jornalista não era alvo das investigações. Ocorre que, durante a análise de um MacBook apreendido - com autorização da Justiça - na casa de Walter Delgatti, foi encontrado um áudio de um diálogo entre Luiz Molição e o jornalista. A conversa foi realizada logo após a divulgação, pela imprensa, da invasão sofrida pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. "Nesse momento, Molição deixa claro que as invasões e o monitoramento das comunicações telefônicas ainda eram realizadas e pede orientações ao jornalista sobre a possibilidade de 'baixar' o conteúdo de contas do Telegram de outras pessoas antes da publicação das matérias pelo site The Intercept. Greenwald, então, indica que o grupo criminoso deve apagar as mensagens que já foram repassadas para o jornalista de forma a não ligá-los ao material ilícito", diz o MPF. Para o MPF, ficou comprovado que Glenn auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante o período das invasões. Ainda segundo os procuradores, essa atitude do jornalista caracteriza "clara conduta de participação auxiliar no delito, buscando subverter a ideia de proteção a fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos". (Agência Estado)

Glenn I

As sete pessoas foram denunciadas por crimes relacionados à invasão de celulares de autoridades brasileiras. São apontadas a prática de organização criminosa, lavagem de dinheiro, bem como as interceptações telefônicas engendradas pelos investigados. A denúncia assinada pelo procurador da República Wellington Divino de Oliveira relata que a suposta organização criminosa executava crimes cibernéticos por meio de três frentes: fraudes bancárias, invasão de dispositivos informáticos (como, por exemplo, celulares) e lavagem de dinheiro. A peça não explora os crimes de fraudes bancárias. Nesse sentido a finalidade ao citá-los é apenas a de caracterizar o objetivo dos envolvidos e explicar as suas ligações. Uma ação penal apresentada posteriormente tratará tais crimes. As apurações realizadas esclareceram os papéis dos denunciados. Walter Delgatti Netto e Thiago Eliezer Martins Santos atuavam como mentores e líderes do grupo. Danilo Cristiano Marques era "testa-de-ferro" de Walter, proporcionando meios materiais para que o líder executasse os crimes. Gustavo Henrique Elias Santos era programador, desenvolveu técnicas que permitiram a invasão do Telegram e perpetrava fraudes bancárias. (Agência Brasil)

Backer

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas divulgou novo boletim nesta terça-feira que aponta 22 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol. Desses, 19 pessoas são do sexo masculino e três do sexo feminino. Quatro casos foram confirmados e os 18 restantes continuam sob investigação, uma vez que apresentaram sinais e sintomas compatíveis com o quadro de intoxicação por dietilenoglicol e com relato de exposição. Quatro casos evoluíram para óbito. Uma das mortes está entre os quatro casos em que foi confirmada a presença da substância dietilenoglicol no sangue. Trata-se de um homem, que esteve internado em hospital de Juiz de Fora e faleceu dia 7 de janeiro. Até o momento, foram registradas intoxicações nas cidades de Belo Horizonte, Capelinha, Nova Lima, Pompéu, São João Del Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa. Com base nos resultados da análise pericial realizada pela Polícia Civil, a Vigilância Sanitária Estadual determinou a interdição cautelar dos lotes L1 1348 e L2 1348 da cerveja Backer Belorizontina. A interdição nacional dos mesmos lotes foi determinada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em decorrência das últimas evidências obtidas a recomendação vigente é de que, por precaução, nenhuma cerveja produzida pela Cervejaria Backer, independente de marca e lote, seja consumida. A SES-MG também orienta à população de Minas que, caso tenha em sua residência cervejas de qualquer marca ou lote produzida pela Cervejaria Backer, não a descarte em pias ou vasos sanitários, nem as coloque no lixo comum, pois outras pessoas podem pegar e consumir esses produtos. Estas cervejas devem ser identificadas com alguma inscrição do tipo: “Não ingerir. Produto impróprio para o consumo”, armazenadas separadamente dos demais alimentos até que você possa entregá-los nos pontos de recepção (Vigilância Sanitária de sua cidade, Núcleos Estaduais de Vigilâncias Sanitárias ou Procons). (Rádio Itatiaia)

Dengue

Boletim divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde apresentou mais um quadro preocupante em relação à dengue, com números que superam até mesmo os do ano passado, quando Minas Gerais enfrentou uma epidemia da doença. É exatamente o que ocorre com a quantidade de mortes suspeitas da enfermidade até 21 de janeiro: três em investigação até essa data em 2020, contra duas em 2019. Na comparação com o boletim da semana passada, o relatório atual traz, ainda, uma explosão dos casos prováveis, isto é, a soma dos suspeitos com os prováveis: um salto de 677 para 2.246, crescimento de 231%. Vale lembrar que nem todos os diagnósticos sob suspeição aconteceram no período de sete dias, mas sim que eles passaram a fazer parte do levantamento nesse intervalo de tempo. As três mortes ainda investigadas pela dengue em Minas Gerais neste ano estão distribuídas pelas cidades de Medina (Vale do Jequitinhonha), Além Paraíba (Zona da Mata) e Campo Belo (Centro-Oeste), sendo que essa última era a única que já constava no boletim de semana passada. O município da Região Centro-Oeste, além disso, é, ao lado de Jampruca (Vale do Rio Doce), os únicos do estado com incidência alta de casos: mais de 300 por 100 mil habitantes nas últimas quatro semanas epidemiológicas. Outras 10 localidades têm taxa muito alta de casos prováveis no mesmo período, ou seja, mais de 500/100 mil: Josenópolis, Bandeira, Inhaúma, Tocantins, São Pedro dos Ferros, São José da Varginha, Tumiritinga, Rodeiro, Pingo d'Água e Leme do Prado. Há, ainda, 10 cidades em média incidência, 255 em baixa e 576 sem casos prováveis. (Estado de Minas)

Vírus da China

Transmitido pelo ar ou simples aperto de mão, o misterioso vírus que provocou mortes na China e doentes em outros países já colocou Minas em alerta. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) emitiu comunicado para que todas as unidades regionais reforcem a vigilância em torno do coronavírus, que pode causar uma espécie de pneumonia atípica. Autoridades garantem que ainda não há circulação por aqui. Porém, para especialistas, a chance de disseminação é extremamente alta. O temor é que a enfermidade chegue ao Estado durante o Carnaval, quando milhares de foliões, inclusive do exterior, vêm curtir a festa momesca em BH e cidades históricas. Exemplos de surtos e epidemias mundo afora atestam o risco das doenças respiratórias. Casos da H1N1 (na América do Norte), aviária (Ásia) e sarampo (Europa). “A gripe suína surgiu em fevereiro de 2009, no México. Em junho do mesmo ano, já estava em praticamente todo o planeta”, lembra o ex-presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Carlos Starling. A grande preocupação, reforça o médico, é o contágio rápido e fácil em meio à população que circula por vários locais. “Hoje, qualquer doença pode ser propagada. E, como o coronavírus pode ser transmitido de pessoa a pessoa, por via respiratória, oferece um risco ainda maior”, alerta Starling. (Hoje em Dia)

Brumadinho

A Vale se pronunciou sobre a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais relacionada à tragédia em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A empresa afirmou estar perplexa com as acusações de dolo (intenção), ressaltou que outros órgãos também investigam o caso e que é prematuro apontar que a mineradora assumiu o risco de provocar o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão. A defesa do ex-presidente da Vale Fabio Schvartsman declarou que as investigações continuam e que a denúncia é açodada e injusta porque desconsidera os documentos apresentados às autoridades, segundo os quais a presidência da mineradora não recebeu qualquer comunicado sobre problemas em Brumadinho. A empresa responsável pelo laudo de segurança da estrutura, Tüv Süd, declarou que coopera com as autoridades para esclarecer as causas da tragédia. Nessa terça-feira (21), o Ministério Público acusou de homicídio doloso duplamente qualificado 16 pessoas, entre Schvartsman e cinco executivos da Tüv Süd. A tragédia, que deixou 270 mortos, completará um ano neste sábado. (Rádio Itatiaia)

Serra

Após seis horas e meia de trabalho, o Corpo de Bombeiros resgatou o operário soterrado em uma obra na rua Palmira, no bairro Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. “Saiu com os sinais vitais estáveis, consciente, orientado. Ele foi levado diretamente para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII”, informou o cabo Cristiano Wardil. Três equipes estavam no local desde às 14h, após dois homens, com idades entre 40 e 50 anos, ficarem soterrados. Vizinhos ouviram gritos de socorro e acionaram os bombeiros. De acordo com os militares, por volta das 15h40 uma equipe médica contatou a morte de um deles. Para salvar a vida do outro, as equipes fizeram o escoramento da estrutura para retirá-la em segurança. O homem já estava com a cabeça e membros superiores liberados, mas, por conta da instabilidade terreno, a operação foi feita com muita cautela e durou mais de seis horas. (Hoje em Dia)

Chuva

Os estragos causados pela chuva no último domingo podem se repetir nesta sexta-feira (24) em Belo Horizonte caso se concretize a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A meteorologia projeta um volume de 100 mm, valor igual ao registrado no domingo, com a diferença de que, na sexta, os 100 mm estariam concentrados na capital. O volume em BH no domingo foi de 48 mm, sendo que o restante choveu em Contagem, na região metropolitana. Até o momento, o maior volume registrado no ano foi na última sexta-feira (17), quando choveu 72 mm. A Defesa Civil emitiu um comunicado nesta terça-feira (21), alertando para a possibilidade de chuvas fortes até a noite de sábado (25). No período, deve chover, em média, 150 mm. A maior chuva já registrada em Belo Horizonte, em 101 anos de dados históricos, aconteceu em 14 de fevereiro de 1978, quando choveu 164 mm em 24 horas, conforme o meteorologista Cleber Sousa, do Inmet. As chuvas deste mês já superam a média histórica de janeiro em Belo Horizonte, que é de  329,1 milímetros (mm). Segundo o Inmet, só até esse domingo (19), o acumulado foi de 492,1 mm, chegando perto do ano de maior registro de precipitações deste período, em 2004. No primeiro mês daquele ano, o acumulado foi de 502,9 mm e, até o final desta semana, o índice deve ser superado. (Hoje em Dia)

Profissões

Medicina, direito, engenharia, pedagogia e licenciaturas estão entre as carreiras mais procuradas por estudantes de 15 anos em 41 países. No Brasil, quase dois a cada três estudantes pretendem seguir as dez profissões mais citadas no questionário do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2018 por aqueles que fizeram as provas. Os resultados estão no estudo “Empregos dos sonhos? As aspirações de carreira dos adolescentes e o futuro do trabalho”, divulgado hoje (22) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A publicação analisa, entre outras, as respostas à pergunta: “Qual profissão você espera ter aos 30 anos de idade?”, feita aos participantes do Pisa. O levantamento analisa ainda os resultados dos países que participaram da edição do exame em 2000 e em 2018. “As aspirações profissionais dos jovens são importantes”, diz o estudo. “As aspirações de carreira dos adolescentes são um bom preditor dos empregos que os alunos podem ocupar quando adultos”, observa. A intenção é mostrar também como essas aspirações mudaram ao longo do tempo. (Agência Brasil)

Trump

O julgamento do impeachment do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump teve início com forte divisão sobre as regras que vão reger os procedimentos. O julgamento começou no Senado dos EUA nessa terça-feira (21). A Câmara dos Representantes, controlada pelos Democratas, aprovou o impeachment de Trump no mês passado, sob acusações de abuso de poder e obstrução do Congresso. Trump foi acusado de abuso de poder por ter pressionado, visando ganho político e pessoal, a Ucrânia a investigar Joe Biden, ex-vice-presidente dos EUA e líder na disputa por uma indicação para disputar a presidência pelo Partido Democrata. O caso avançou para o Senado, onde membros da Câmara vão atuar como promotores, liderados pelo presidente da Comissão de Inteligência Adam Schiff. No primeiro dia, o advogado de Trump, Pat Cipollone, destacou a determinação da equipe de defesa de afirmar a inocência do presidente. Ele disse que "a única conclusão será de que o presidente não fez absolutamente nada de errado". O líder do impeachment, Adam Schiff, disse que "a maioria dos americanos não acredita que haverá um julgamento justo. Eles acreditam que o resultado já foi previamente definido". Schiff afirma que testemunhas, incluindo o ex-secretário de Segurança Nacional John Bolton, deveriam receber permissão para depor. (Agência Brasil)