Covid-19

O número de mortes em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19) chegou a 2.741, conforme novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira. Já os casos confirmados subiram para 43.079. O índice de letalidade da doença subiu de 6,3% para 6,4%. Nas últimas 24h, foram 166 falecimentos em relação a segunda (20), quando foram registradas 2.575 vítimas. Houve um crescimento de 2.498 novos casos em comparação aos últimos dados, quando foram contabilizadas 40.581 pessoas infectadas. São Paulo concentra o maior número de falecimentos (1.093). O estado é seguido por Rio de Janeiro (461), Pernambuco (260), Ceará (215) e Amazonas (193). Além disso, foram registradas mortes no Maranhão (60), Paraná (51), Bahia (47), Minas Gerais (44), Pará (38), Santa Catarina (35), Espírito Santo (34), Paraíba (33), Rio Grande do Norte (28), Rio Grande do Sul (27), Distrito Federal (24), Goiás (19), Alagoas (19), Piauí (14), Amapá (13), Acre (8), Mato Grosso (6), Mato Grosso do Sul (6), Sergipe (5), Rondônia (4), Roraima (3) e Tocantins (1). O Brasil registrou, até segunda-feira (20), 22.991 pessoas recuperadas da covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde. O número foi divulgado sem detalhamento por estado. A taxa nacional de recuperação da doença encontra-se em 56,7%, uma pequena melhora em relação aos 55% registrados em 14 de abril, quando o ministério começou a divulgar o número de recuperados. (Agência Brasil)

Covid-19 I

Minas Gerais possui a quinta menor taxa de óbitos por coronavírus no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, o estado é um dos que apresentam menor índice de mortalidade por cada cem mil habitantes. A taxa de letalidade (número de mortes por casos confirmados) em Minas Gerais é 31,5% menor que a média dos demais estados brasileiros, e cerca de 50% menor que a taxa do país. Segundo dados do Ministério da Saúde, a taxa de óbitos a cada cem mil habitantes, em Minas, é de 0,18. O levantamento foi feito com o número de mortes e casos confirmados até o dia 19 de abril. Segundo o último balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), divulgado nesta terça-feira, Minas Gerais possui 1.230 casos e 44 mortes confirmadas pelo coronavírus. De acordo o governador Romeu Zema, os números representam o sucesso nas medidas adotadas pela gestão estadual na prevenção e combate à pandemia. Entre elas se destacam o isolamento social, a suspensão das aulas, as campanhas de conscientização da população, a desinfecção de espaços públicos e os investimentos na criação de novos leitos e compra de equipamentos. “Minas Gerais teve tempo de se preparar e estamos conseguindo importantes resultados. Estes números positivos são fruto das medidas e ações que temos tomado. Seguimos trabalhando para conter a proliferação da doença no estado”, afirmou o governador. (Rádio Itatiaia)

Testes

Mesmo atrasado para entrega da primeira leva de testes para o novo coronavírus prometidos, de 23,9 milhões de unidades, o Ministério da Saúde quase dobrou a meta e quer distribuir 46,2 milhões de exames durante a crise. Até agora, no entanto, a pasta só enviou aos estados 2 milhões de testes rápidos, recomendados para aplicação em profissionais de saúde, e 524,3 mil testes do tipo RT-PCR – mais caro, rápido e preciso. A ideia de dobrar a meta de testes foi anunciada segunda-feira (20) pelo novo ministro da Saúde, Nelson Teich. Ele afirmou que a medida é um pilar do projeto “que já está sendo feito” de revisão do distanciamento social. O fim das quarentenas é uma bandeira do presidente Jair Bolsonaro. Opor-se a ideia foi um dos motivos para a demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM). “Teste em massa não significa testar a população toda. A gente vai usar teste de forma que pessoas examinadas vão refletir a população brasileira”, disse Teich em vídeo enviado pela equipe de comunicação do ministério. O ministério também ampliou a capacidade de análise de testes. Em contrato com o Grupo Dasa, a pasta espera processar 30 mil exames por dia. A Coreia do Sul realiza de 10 a 15 mil testes diários. Técnicos da pasta dizem que mesmo com maior capacidade de processamento no Brasil, há dificuldade para encontrar exames confiáveis no mercado. Outro ponto que dificulta a entrega é o atraso da Fiocruz na produção. Em boletim epidemiológico divulgado no fim de semana, o ministério afirma que recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para testagem em massa, sem alerta para os países se equiparem, fez sumir o produto do mercado. (Agência Estado)

Testes I

Os testes rápidos já entregues pelo governo foram doados pela mineradora Vale. Já exames do tipo RT-PCR distribuídos são de compras feitas com a Fiocruz, o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) e doação da Petrobras. O governo fechou recentemente também uma compra de 10 milhões de testes RT-PCR por meio de parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A previsão é de que cerca de 500 mil testes comecem a chegar na próxima semana e, depois, cerca de 800 mil a cada semana. Segundo integrantes do ministério, há forte pressão do Palácio do Planalto para ampliar o número de testes no País. A Saúde tem sinalizado que pretende ampliar o público-alvo para exames de diagnóstico rápido. Antes a pasta recomendava apenas a aplicação de testes rápidos para quem atua na “linha de frente” do combate à covid-19, como profissionais da saúde. Em boletim publicado no fim de semana, no entanto, o ministério afirma que deseja “progressivamente” incluir idosos, portadores de condições de risco para complicações da covid-19 e a população economicamente ativa na rotina de testagem. A ideia seria também aumentar a “carteira” de curados e imunes à doença que poderiam retornar ao trabalho, dizem integrantes do governo. (Agência Estado)

Comércio

A flexibilização da abertura do comércio de Belo Horizonte durante a pandemia da covid-19 será discutida nesta quarta-feira (22) pelos vereadores da capital. A reunião especial será às 10h, com transmissão ao vivo pela internet. A ideia da reunião é discutir, com os vereadores e os convidados, as diversas repercussões do fechamento das atividades econômicas, tanto no que se refere aos interesses de micro, pequenos e grandes empresários, como dos funcionários dessas empresas. Além disso, será debatido o efeito da medida sobre os trabalhadores autônomos. A proposta de flexibilização que se pretende apresentar seria feita de forma gradual. São esperados para a reunião, com participação por videoconferência, a subsecretária de assistência social, Maíra Colares, a secretária de Política Urbana, Maria Caldas, o secretário de saúde, Jackson Machado, o secretário da Fazenda, Fuad Noman, entre outros. A população pode participar do debate enviando perguntas pelo formulário eletrônico disponível no portal da Câmara Municipal de Belo Horizonte. (Rádio Itatiaia)

Máscara

A partir desta quarta-feira (22) é  obrigatório do uso de máscaras por todos que precisarem circular pela capital mineira. A determinação está publicada em decreto assinado pelo prefeito Alexandre Kalil. O chefe do Executivo Municipal decretou ainda estado de calamidade pública em Belo Horizonte ontem, devido aos impactos econômicos, sanitários e sociais do coronavírus. A validade dele é até o dia 31 de dezembro. Dentre as normas, ficará a cargo dos comerciantes, por exemplo, fiscalizar que não está utilizando o Equipamento de Proteção Individual (EPI), sob risco de perder o alvará de funcionamento, caso alguém seja flagrado sem máscara dentro do estabelecimento. Além disso, em supermercados, por exemplo, só será permitido um adulto por carrinho de compra. Veja o que muda: É obrigatório o uso de máscaras ou cobertura sobre o nariz e boca em todos os espaços públicos, equipamentos de transporte público, estabelecimentos comerciais, industriais e de serviço; Estabelecimentos devem impedir a entrada e permanência em seu interior de pessoas sem máscaras; Serão afixados cartazes informativos sobre o número máximo de pessoas permitidas dentro dos locais; Em estabelecimentos autorizados a funcionar - como padarias, supermercados, açougues e farmácias - será permitida a permanência de, no máximo, uma pessoa a cada 13 m²; Em supermercados só será admitido um adulto por carrinho ou cesto de compras. Entrada de clientes deve ser controlada por método eletrônico, entrega de cartão numerado (devidamente higienizado com álcool) ou qualquer procedimento para controle da circulação; Em hospitais, clínicas e laboratórios deverá ser assegurado um raio mínimo de dois metros de distância entre as pessoas. A fiscalização ficará por conta dos donos dos estabelecimentos. Em caso de descumprimento, os estabelecimentos terão o Alvará recolhido pela Guarda Municipal e documentação suspensa. Não há por ora a previsão de multa para o cidadão que descumprir as regras. (O Tempo)

Economia

A pandemia provocada pelo novo coronavírus fará a economia brasileira encolher 5,2% neste ano, prevê a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Segundo o órgão, vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), a América Latina sofrerá a pior crise social em décadas, com milhões de pessoas passando por desemprego e pobreza. O número está próximo da previsão para o impacto na América Latina, cuja economia se contrairá 5,3% em 2020, o pior desempenho desde que começaram os levantamentos no continente, em 1900. Os principais impactos econômicos sobre a região virão da queda no valor das matérias-primas, da qual dependem as exportações de muitos países, inclusive o Brasil, e da paralisação de setores como o turismo. De acordo com a Cepal, os países mais afetados pela crise econômica provocada pela covid-19 serão Venezuela (-18%), México (-6,5%), Argentina (-6,5%), Equador (-6,5%), Nicarágua (-5,9%) e Brasil (-5,2%). No pelotão intermediário, estão Chile (-4%), Peru (-4%), Uruguai (-4%), Cuba (-3,7%), Costa Rica (-3,6%), Haiti (-3,1%), El Salvador (-3%), Bolívia (-3%) e países do Caribe (-2,5%). As economias menos impactadas pela pandemia serão Guatemala (-1,3%), Paraguai (-1,4%), Panamá (-2%), Colômbia (-2,6%) e Honduras (-2,8%). A República Dominicana, de acordo com as projeções, será o único país da América Latina e do Caribe a não registrar recessão, com variação de 0% no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país). (Agência Brasil)

Antidemocráticos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (21) atender ao pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, e abrir um inquérito para apurar "fatos em tese delituosos" envolvendo a organização de atos antidemocráticos. No último domingo, dia 19, o presidente Jair Bolsonaro participou de protesto em Brasília, marcado por faixas e palavras de ordem contra o Congresso Nacional e a favor de uma intervenção militar. Ao acionar o Supremo, Aras não cita especificamente o presidente Jair Bolsonaro, que participou de um ato em Brasília, mas justificou o pedido ao STF dizendo que os atos foram cometidos "por vários cidadãos, inclusive deputados federais". Cabe à Suprema Corte investigar pessoas com foro, como deputados. (Estadão)