Coronavírus

Em 24 horas, foram registrados 87.471 casos de Covid-19 e 133 mortes associadas a complicações em consequência da infecção pelo novo coronavírus. Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada na noite desta quarta-feira (12). Os dados mostram a evolução da curva de casos de Covid-19 no país. Há uma semana, o número de diagnósticos positivos foi 27.267, três vezes menor do que o registrado hoje. Com os dados desta quarta-feira, a soma de pessoas contaminadas pelo vírus chegou a 22.716.931. Ainda há 402.496 casos em acompanhamento de pessoas que tiveram o quadro de Covid-19 confirmado.  Até essa terça-feira, 21.694.064 pessoas se recuperaram da doença. Com as mortes por Covid-19 confirmadas nesta quarta, o total de pessoas que não resistiram à doença desde o início da pandemia chegou a 620.371.  Ainda há 2.984 falecimentos em investigação, dado que não vem sendo atualizados nos últimos dias. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi Covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores. Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta quarta. A atualização reúne informações sobre casos e mortes enviadas pelas secretarias estaduais de Saúde. (Hoje em Dia)

Ômicron

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou uma nota técnica nessa quinta-feira (12) em que informa que um terço das unidades da federação e 10 capitais encontram-se nas zonas de alerta intermediário e crítico, segundo análise das taxas do dia 10 de janeiro em comparação com a série histórica e considerando a ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS).  De acordo com o Observatório Covid-19 da Fiocruz, entre as capitais, Fortaleza (88%), Recife (80%), Belo Horizonte (84%) e Goiânia (94%) estão na zona de alerta crítico e Porto Velho (76%), Macapá (60%), Maceió (68%), Salvador (68%), Vitória (77%) e Brasília (74%) na zona de alerta intermediário. Segundo a análise, até o momento, o patamar de leitos é diferente do verificado em 2021, mas a fundação alerta para um crescimento nas taxas de ocupação de leitos de UTI diante da ampla e rápida proliferação da variante Ômicron no Brasil. Entretanto a Fiocruz avalia que “menções a um possível colapso no sistema de saúde, neste momento, são incomparáveis com o que foi vivenciado em 2021”. De acordo com os pesquisadores do Observatório Covid-19, o número de internações em UTI hoje ainda é predominantemente muito menor do que aquele observado em 2 de agosto do ano passado, por exemplo, quando leitos começavam a ser retirados, mas ressalta que o grande volume de casos já está demandando de gestores atenção e o acionamento de planos de contingência. (Agência Brasil)

Ômicron I

“Sem minimizar preocupações com o novo momento da pandemia, consideramos fundamental ratificar a ideia de que temos um outro cenário com a vacinação e as próprias características das manifestações da covid-19 pela Ômicron. Não podemos deixar de considerar o fato de a ocupação de leitos de UTI hoje também refletir o uso de serviços complexos requeridos por casos da variante Delta e casos de Influenza”, disseram os pesquisadores. Os pesquisadores alertam ainda que é importante também reorganizar a rede de serviços de saúde por conta dos desfalques de profissionais afastados por contrair a infecção, garantir a atuação eficiente da atenção primária em saúde no atendimento a pacientes empregando, por exemplo, teleatendimento, e prosseguir com a vacinação da população. (Agência Brasil)

OMS

"Existem muitas, muitas pessoas no mundo inteiro, agora mesmo, no hospital, na UTI e em respiradores", disse o diretor do programa de Emergências da Organização Mundial da saúde (OMS), Mike Ryan, nesta quarta-feira (12/1). Ryan havia respondido a uma pergunta sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), que declarou hoje que a variante ômicron é uma "coisa boa". "A ômicron, que já se espalhou pelo mundo todo, como as próprias pessoas que entendem de verdade dizem, tem uma capacidade de difundir muito grande, mas é de letalidade muito pequena. Dizem até que seria um vírus vacinal. Deveriam até... Segundo algumas pessoas estudiosas e sérias, e não vinculadas à farmacêuticas, a ômicron é bem-vinda e pode, sim, sinalizar o fim da pandemia", apontou o presidente, sem mencionar quem seriam as fontes. Mike Ryan voltou a afirmar sobre os perigos da variante: "Não estou ciente de tais afirmações, mas acho que o diretor-geral [Tedros Adhanom] foi claro em seu discurso: embora a Ômicron possa ser menos grave como vírus individual, infecção em um indivíduo, isso não significa que seja doença branda”, apontou. O diretor ainda destacou a importância do combate ao coronavírus e pontuou que agora"não é hora de desistir". "Não é a hora de declarar que este é um vírus bem-vindo. Nenhum vírus que mate pessoas é bem-vindo”. (Estado de Minas)

Navios

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou nessa quarta-feira (12) a suspensão definitiva da temporada de navios de cruzeiro no Brasil. A medida foi tomada após verificação do “aumento exponencial” de casos de covid-19 nessas embarcações, principalmente entre os tripulantes. A recomendação foi encaminhada ao Ministério da Saúde e à Casa Civil.  A agência vinha monitorando os casos de contaminação pela covid-19 nesse tipo de embarcação, graças a protocolos definidos por ela própria para operação dos navios no país. Segundo a Anvisa, esses protocolos foram fundamentais para a identificação de uma alteração no número de casos a bordo. No último dia de 2021, a agência recomendou a suspensão provisória da temporada de cruzeiros. Nos dias que antecederam a decisão, o navio MSC Splendida, atracado no Porto de Santos (SP) e o navio Costa Diadema, atracado em Salvador, interromperam as atividades devido a surtos de covid-19 a bordo. Desde a suspensão temporária, a Anvisa avaliava o cenário epidemiológico e, diante do aumento de casos, tanto no setor de cruzeiros quanto no país como um todo, decidiu recomendar a suspensão definitiva. “A Anvisa entende que o cenário atual é desfavorável à continuidade das operações dos navios de cruzeiro. Nesse sentido, com fundamento no princípio da precaução e a partir de todos os dados disponíveis, recomendou a suspensão definitiva da temporada de navios de cruzeiro no Brasil, como ação necessária à proteção da saúde da população”, informou, em nota. (Agência Brasil)

Navios I

Segundo a agência, até o dia 6, foram reportados 1.177 casos positivos de covid-19 entre tripulantes e passageiros, caracterizando um forte aumento de casos nos navios. “Esse aumento pode ser confirmado pelos dados disponíveis, que dão conta da detecção de 31 casos de covid-19 nos 55 dias iniciais da temporada (de 1º/11 a 25/12), com uma explosão acentuada a partir do dia 26/12, tendo sido registrados 1.146 casos em apenas 12 dias (de 26/12 a 6/1), o que representa um aumento de 37 vezes nesse período”. O Brasil vem registrando uma curva acentuada no aumento dos casos de covid-19. Em 24 horas, foram registrados 87.471 casos de covid-19. Há uma semana (5), o número de diagnósticos positivos foi 27.267 foi três vezes menor do que o registrado nessa quarta-feira (12). No último dia de 2021 houve o registro de 10.282 casos de covid-19 no Brasil em 24 horas. (Agência Brasil)

Vacina

Chegaram ao Brasil, às 4h45 desta quinta-feira (13), as primeiras vacinas contra covid-19 destinadas a crianças de 5 a 11 anos. A remessa com 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer foi descarregada no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (São Paulo). O lote será distribuído a estados e municípios para iniciar a aplicação. A previsão é que o Brasil receba em janeiro um total de 4,3 milhões de doses da vacina. A remessa é a primeira de três que serão enviadas ao país. Segundo o Ministério da Saúde, durante o primeiro trimestre devem chegar ao Brasil quase 20 milhões de doses pediátricas, destinadas ao público-alvo de 20,5 milhões de crianças. Em fevereiro, a previsão é que sejam entregues mais 7,2 milhões, e em março, 8,4 milhões. Na semana passada, o ministério anunciou a inclusão dos imunizantes pediátricos no plano de operacionalização do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Segundo a pasta, a criança deve ir aos postos de vacinação acompanhada dos pais ou responsáveis ou levar uma autorização por escrito. O esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. (Agência Brasil)

Vacina I

Belo Horizonte aplica nesta quarta-feira (12) a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para pessoas de 55 anos, cuja data da segunda dose tenha completado quatro meses. Para receber o imunizante, o morador deve comparecer a um ponto de vacinação portando documento com foto, CPF, cartão de vacina com a dose anterior e comprovante de endereço. O horário de funcionamento dos locais de vacinação é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, para pontos fixos e extras, e das 8h às 16h30 para o drive-thru (veja aqui os endereços). Há também quatro pontos de vacinação com horário noturno. Os públicos elegíveis para se vacinar nesse período são exclusivamente os convocados para o dia em questão. (Hoje em Dia)

Superfungo

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) confirmou hoje o terceiro surto de Candida auris em um hospital da rede pública no Recife. A espécie foi detectada na urina de um paciente. Conhecido como "superfungo", ele resiste a medicamentos e, de acordo com a agência, é considerado uma ameaça séria à saúde pública. A infecção por C. auris pode ser fatal, principalmente para pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades. Os dois primeiros casos foram confirmados em Salvador em 2020. A agência alertou ainda que há outro caso suspeito em investigação laboratorial, em um paciente do mesmo hospital. De acordo com a Anvisa, desde a identificação da suspeita, uma força-tarefa nacional, composta por diversos órgãos, foi acionada para monitorar e controlar o surto. A instituição pediu que os laboratórios de microbiologia intensifiquem a vigilância e, diante de um caso suspeito ou confirmado, notifiquem o serviço de saúde e acionem um dos Lacens (Laboratório Central de Saúde Pública). Covid-19 pode ter criado condições para 'superfungo'. Um estudo publicado no ano passado sugere que o caos hospitalar criado pela pandemia da Covid-19 pode ter criado as condições ideais para a proliferação da Candida auris. (Folha de S. Paulo)

Superfungo I

Arnaldo Colombo, coordenador o Laboratório Especial de Micologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e líder da pesquisa, explica que os fungos do gênero Candida (com exceção da C. auris) fazem parte da microbiota intestinal humana e só costumam causar problemas quando há um desequilíbrio no organismo. O mais comum é o surgimento de infecções superficiais na mucosa da vagina (candidíase) ou da boca (sapinho), geralmente associadas à espécie C. albica. Em alguns casos, porém, o fungo invade a corrente sanguínea e desencadeia um quadro de infecção sistêmica —conhecido como candidemia— semelhante ao da sepse bacteriana. A invasão da corrente sanguínea e a resposta exagerada do sistema imune ao patógeno podem causar lesões em diversos órgãos e até mesmo levar à morte. As evidências científicas apontam que, quando a candidemia ocorre em pacientes infectados pela C. auris, até 60% não sobrevivem. "Essa espécie rapidamente se torna resistente a múltiplos fármacos, sendo pouco sensível a produtos desinfetantes utilizados em centros médicos. Dessa forma, consegue persistir no ambiente hospitalar, onde coloniza profissionais de saúde e, posteriormente, pacientes críticos que necessitam de internação prolongada, a exemplo dos portadores de formas graves da Covid-19", diz Colombo. Diversos fatores tornam os pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 alvos ideais para a C. auris, entre eles a internação prolongada, o uso de sondas vesicais e cateteres para acesso venoso central (uma porta de entrada para a corrente sanguínea), corticoides (que suprimem a resposta imune) e antibióticos. (Folha de S. Paulo)

Capitólio

Três peritos criminais de Belo Horizonte vão nesta quinta-feira (13) a Capitólio, no Sul de Minas, para apurar as causas do desabamento de um paredão que matou 10 pessoas no último sábado (8). A previsão é que os profissionais saiam da capital ainda nesta manhã. No último sábado, quatro lanchas foram atingidas por rochas que desmoronaram na região turística e 10 pessoas morreram. As vítimas se conheciam e estavam hospedadas em uma pousada em São José da Barra, também no estado mineiro. Elas eram ocupantes da lancha Jesus, segundo a Polícia Civil. A localização dos corpos foi concluída no domingo (9). Além das vítimas fatais, pelo menos outras 31 pessoas precisaram de atendimento médico. Vinte e três foram atendidas na Santa Casa de Capitólio. Outras quatro vítimas foram atendidas na Santa Casa de São José da Barra. Outras duas estão internadas em Piumhi com fratura exposta. Outras duas estão na Santa Casa de Passo com situação estável. Uma tromba d´água na parte alta da represa teria provocado o deslizamento de parte do cânion. A tragédia é investigada. (Rádio Itatiaia)

Três Marias

A abertura gradual das comportas da Usina Hidrelétrica (UHE) Três Marias, na região Central de Minas Gerais, que estava prevista para começar nesta quarta-feira (12) e precisou ser adiada devido ao grande volume de chuva que atingiu o Estado nos últimos dias, deverá acontecer a partir desta sexta-feira (14). Segundo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), as chuvas que causaram estragos em diversos municípios foram ocasionadas pela formação de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), fenômeno que, segundo a empresa, já se encontra em processo de enfraquecimento. Com isso, a expectativa é que as vazões dos afluentes do São Francisco comecem a reduzir já a partir desta quinta-feira (13). "Desta forma, considerando a tendência de redução das vazões no rio São Francisco no trecho entre a foz do rio Abaeté e a cidade de Pirapora, será possível iniciar a abertura de comportas na UHE Três Marias a partir de sexta-feira, sem o agravamento da condição de cheia já vivenciada neste trecho", afirma a Cemig. A abertura das comportas acontecerá de forma escalonada, conforme alinhamento da Companhia junto ao ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Atualmente, a vazão do reservatório está em 850 m³/s e o aumento gradual irá até o dia 17 de janeiro. Entretanto, a empresa não descarta novas aberturas de corportas depois disso. (O Tempo)