Polícia Federal

O vice-líder do governo no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), alvo de operação da Polícia Federal nessa quarta-feira (14) em Boa Vista, escondeu dinheiro na cueca durante a abordagem dos policiais. A investigação, sob sigilo, apura desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de covid-19, oriundos de emendas parlamentares. A ordem de busca e apreensão foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Duas fontes que tiveram acesso a informações da investigação disseram à reportagem foram encontrados R$ 30 mil dentro da cueca do vice-líder do governo Jair Bolsonaro. Ao todo, os valores descobertos na casa do senador chegariam a R$ 100 mil. A investigação apura indícios de irregularidades em contratações feitas com dinheiro público, que teriam gerado sobrepreço de quase R$ 1 milhão. As informações oficiais da PF, dado o sigilo do caso, se limitam a dizer que foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão durante a operação, em Boa Vista, que busca a “desarticulação de possível esquema criminoso voltado ao desvio de recursos públicos, oriundos de emendas parlamentares”. A Controladoria-Geral da União (CGU), que também faz parte da investigação, disse que a operação Desvid-19, realizada em Roraima, apura o “desvio de recursos públicos por meio do direcionamento de licitações”. Ainda segundo a CGU, as contratações suspeitas de irregularidades, realizadas no âmbito da Secretaria de Estado da Saúde, envolveriam aproximadamente R$ 20 milhões que deveriam ser utilizados no combate ao novo coronavírus. (Agência Estado)

STF

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a decisão do presidente da Corte, Luiz Fux, que determinou a prisão do traficante internacional André do Rap, após o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) ter sido solto graças a uma liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello no sábado, 10. A polícia paulista agora suspeita que André do Rap, foragido, tenha ido para o Paraguai, onde a facção tem conexões. Todos os cinco ministros que votaram (além de Fux) no primeiro dia do julgamento sobre a suspensão da liminar apoiaram a posição de Fux, mas frisaram que presidentes do tribunal não têm o direito de caçar decisões de colegas, a não ser em situações excepcionais - como tem sido visto esse caso. Em audiência virtual, participaram dez ministros da Corte, pois Celso de Mello se aposentou na terça-feira, 13, e ainda não foi substituído. A sessão continua nesta quinta-feira, 15, começando pela ministra Cármen Lúcia. O julgamento iniciado nesta quarta discutiu se a decisão de Fux deve ser mantida, mas também deve servir para restringir a aplicação da recente mudança legislativa que Mello utilizou para soltar o chefe do PCC. Desde a aprovação da Lei Anticrime, em dezembro, a lei passou a prever que, quando há uma prisão preventiva em andamento, a Justiça deve “revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal”. (Estadão)

Chuva

Um temporal acompanhado de muita ventania, castigou boa parte de Belo Horizonte na noite desta quarta-feira (14). De acordo com a Defesa Civil de BH, todas as nove regionais da capital mineira registram chuva extremamente forte na noite desta quarta. Mais cedo, o órgão emitiu alerta para pancadas de chuva na cidade. A Defesa Civil chegou a registrar ventania de 98 quilômetros por hora na Estação Cercadinho, no Buritis, Região Oeste de BH. Entre 19h e 21h, a Defesa Civil registrou a maior quantidade de chuvas na Região Nordeste da cidade, onde caíram 37,6 milímetros. O valor equivale a 35,9% da média histórica esperada para o mês: 104,7 mm. A Regional com o menor acumulado no período foi Venda Nova, com 24 mm. Na Grande BH, houve registro de chuva forte em Contagem. No Bairro Eldorado, houve muita ventania, assim como na capital mineira. Ainda na Região Metropolitana de BH, a orla de Lagoa Santa registrou alagamento na altura do Bairro Praia Angélica. Mais cedo, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou para possível tempestade em BH e em cidades das regiões Central, Sul e Zona da Mata. A chuva que caiu nesta quarta era esperada pela população depois de recordes consecutivos de altas temperaturas em BH. Há exatamente uma semana, o Inmet computou a maior temperatura da história da capital mineira: 38,4°C. (Estado de Minas)

Coronavírus

O Brasil registrou 749 mortes por covid-19 em 24 horas, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 14, pelo Ministério da Saúde. O total de óbitos pela doença no País chegou a 151.747. De ontem para hoje, foram registrados 27.235 novos casos de covid-19, elevando o total de ocorrências no País para 5.140.863. Desses, 4.568.813 (88,9%) representam os recuperados, segundo o ministério. Outros 420.303 ainda estão em acompanhamento. Existem ainda 2.388 mortes em investigação. O Estado de São Paulo tem 1.045.060 casos do novo coronavírus e 37.541 mortes pela doença. A Bahia registra 329.787 casos e 7.214 óbitos. Minas Gerais tem 325.972 registros de covid-19 e 8.171 mortes. O Rio de Janeiro tem 285.205 casos e 19.440 óbitos. (Agência Estado)

BH

Belo Horizonte chegou a 1.372 mortes causadas pela covid-19, sendo 12 registradas nas últimas 24 horas. Os dados constam no boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira pela Prefeitura. São ainda 45.120 casos, desses, 264 foram registrados desde a última atualização. Já se recuperaram da doença 41.691 pessoas. O RT, índice que mede a velocidade de transmissão da doença segue no nível amarelo, mas caiu para 1. No balanço divulgado nessa terça (13), ele estava em 1,02. Segundo especialistas de saúde, o ideal é que esse número fique sempre abaixo de 1. As taxas de ocupação de leitos de terapia intensiva e de enfermarias estão abaixo dos 36%, na média entre leitos públicos e privados, portanto, em nível verde.(Rádio Itatiaia)

França

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quarta-feira, 14, que será decretado um toque de recolher noturno em nove cidades do país, incluindo Paris, por pelo menos um mês, diante de um novo aumento do número de casos de coronavírus. A medida deverá afetar quase um terço da população de 67 milhões do país. "O toque de recolher durará quatro semanas e iremos ao Parlamento para prorrogá-lo até 1º de dezembro. Seis semanas é o tempo que acreditamos ser necessário", disse Macron em uma entrevista na TV. O toque de recolher se aplicará entre as 21h e as 6h e entrará em vigor a partir de sábado, detalhou Macron. As pessoas que não cumprirem a medida receberão multa de € 135 (cerca de R$ 887). "Devemos agir" pois "a situação é preocupante", disse o chefe de estado francês, alertando que a segunda onda já está diminuindo no país. (Estadão)

França I

Além da capital, Paris, o toque de recolher se aplicará a Lille, Grenoble, Lyon, Aix-Marselha, Montpellier, Rouen, Toulouse e Saint-Etienne. Durante o dia, a vida dos franceses não mudará. "Vamos continuar trabalhando, nossa economia precisa disso, nós precisamos, nossos filhos vão continuar a ir à escola", explicou Macron. Também não haverá restrições ao movimento dentro do país. Em outra medida anunciada pelo presidente, as reuniões familiares não deverão ter mais do que seis pessoas ao redor da mesa, a não ser que sejam integrantes imediatos da família. A França, um dos países europeus mais atingidos pelo coronavírus já contabiliza cerca de 33 mil mortes por covid. O número de infecções aumentou de forma constante nas últimas semanas na França, especialmente desde o retorno das férias de verão. (Estadão)