Febre amarela

Subiu de 23 para 48 o número de pessoas com suspeita de febre amarela em Minas Gerais nos primeiros dias de 2017. Do total de registros, 16 são casos prováveis da doença, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e o resultado de um primeiro exame deu positivo para o vírus. O boletim foi divulgado nessa quarta-feira pela Secretaria de Saúde do estado. Entre os caso suspeitos de febre amarela, foram notificados 14 óbitos suspeitos, sendo que oito também tiveram um primeiro exame positivo para o vírus. O governo mineiro, em parcerIa com o Ministério da Saúde, anunciou medidas adotadas em surtos da doença, como vacinação domiciliar e mudança da idade mínima para a imunização de nove meses de idade para seis. A orientação é que todos que moram no estado se imunizem contra a doença. No Brasil, o vírus da febre amarela é transmitido por mosquitos silvestres. Os sintomas iniciais da doença são calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. O índice de mortalidade, em estágio grave, alcança de 20% a 50% dos doentes. (Agência Brasil)

Sistema penitenciário

De 2007 a 2016, apenas 16.534 vagas foram criadas com recursos do governo federal em presídios do País, segundo levantamento do Estado com base em relatórios do Ministério da Justiça. Se mantiver a taxa anual de criação de 1.650 vagas (4,5 por dia) dos dez anos, o Brasil precisará de 151 anos para acabar com o atual déficit de 250 mil lugares no sistema penitenciário. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) tem 114 obras atualmente contratadas com recursos federais, que representam um investimento de R$ 1,22 bilhão para a criação de 45.883 vagas. A maioria dos presídios brasileiros é construída com apoio do governo federal. A discussão voltou a ganhar força após a morte de 97 presos em cadeias de Roraima e Amazonas. Nesta quarta-feira, 11, o Conselho Nacional de Procuradores Gerais determinou a realização de auditorias operacionais no sistema penitenciário da Região Norte para coletar dados sobre estrutura e custos de cadeias. Conforme informou reportagem de terça-feira, para acabar com o atual déficit seria necessário um investimento de pelo menos R$ 10 bilhões, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em documento enviado à presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, o conselho estimou que seriam necessárias 500 novas unidades penais com 500 vagas cada. (Agência Estado)

Manaus

Dezessete presos foram transferidos ontem (11) de estabelecimentos prisionais do Amazonas para presídios federais de segurança máxima. Segundo o Comitê Estadual de Gerenciamento de Crise do Sistema Penitenciário, que reúne representantes dos órgãos do sistema de Segurança Pública e de Administração Penitenciária, os detentos remanejados são suspeitos de ter comandado e participado dos assassinatos de pelo menos 60 internos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) nos primeiros dias do ano. As transferências foram autorizadas pela Justiça Federal. Quatorze presos cumpriam pena no Compaj e três na UPP. As autoridades públicas estaduais não confirmaram à Agência Brasil para quais presídios federais cada preso foi levado. Veja abaixo a relação nominal dos 17 transferidos. Entre os presos transferidos está Márcio Ramalho Diogo. Conhecido pelo apelido de Garrote, Diogo já havia sido citado pelo titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros, delegado Ivo Martins, como um dos primeiros sete primeiros detentos identificados como “autores intelectuais e também materiais” da chacina do Compaj. Além disso, já em 2015, quando deflagrou a operação La Muralla, uma das maiores ações contra o tráfico de drogas já realizadas no Brasil, a Polícia Federal identificou Diogo como um dos líderes da facção criminosa Família do Norte, que disputa o controle do narcotráfico na região Norte do país. Garrote aparece em uma foto tirada pelos próprios presos, dentro de uma cela do Compaj, exibindo armas e comemorando o assassinato de presos de uma organização rival. (Agência Brasil)

PMMG

O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, coronel Marco Antônio Badaró Bianchini, pediu exoneração do cargo para o governador de Minas, Fernando Pimentel. O pedido foi feito nessa terça-feira (10), durante uma reunião entre o chefe da Polícia mineira e o governador. O motivo, de acordo com o coronel Bianchini, seria o tempo de serviço prestado. “Já atingi os 31 anos de serviço prestado. Foram dois anos de muito trabalho a frente da corporação, agora é a vez de dar oportunidade a outros militares”, disse. Bianchini comandou a PM por dois anos. Durante sua gestão realizou a modernização de viaturas, sistemas de monitoramento e vigilância, além de aumento de efetivo em todo o Estado. “A corporação sabe da importância que exerce frente à segurança no Estado. Este é o nosso maior legado”, reforça. O coronel Hebert Figueiró é o nome mais cotado para assumir a chefia da corporação. “É um nome indicado por mim e de agrado do governador. Será um grande comandante”, completa. (Hoje em Dia)

IPTU

Os pedidos de revisão no valor do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) de 2017 em Belo Horizonte dobraram no início do ano com relação ao começo de 2016. Nos primeiros sete dias de atendimento do ano, a Prefeitura de BH abriu 3.587 processos com base nas solicitações da população, número que é 116,1% maior do que as 1.660 solicitações dos mesmos sete primeiros dias de atendimento no ano passado. Essa corrida em busca de uma revisão no valor cobrado pelo IPTU foi motivada por um recadastramento de mais de 65 mil imóveis, ou 7% dos tributados, feita antes do lançamento do imposto em 2017. Desse total, a prefeitura não conseguiu entrar em cerca de 15 mil, o que inviabilizou a vistoria para alterar os valores. Nesse caso, a atualização, que chegou a 2.000%, foi feita apenas com base em imagens produzidas por levantamentos aéreos dos imóveis. A PBH está convocando essas pessoas a agendarem uma vistoria de suas casas, sob pena de o valor que está incomodando boa parte da população não ser revisto. (Estado de Minas)

Copom

Pela terceira vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu ontem (11) a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano. A decisão surpreendeu os analistas financeiros, que previam o corte de 0,5 ponto percentual. Com a decisão de hoje, a Selic está no menor nível desde abril de 2015, quando estava em 12,75% ao ano. Mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história, de outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia. Em comunicado, o Copom informou que a demora na recuperação da economia contribuiu para a autoridade monetária acelerar o corte dos juros. “O conjunto dos indicadores sugere atividade econômica aquém do esperado. A evidência disponível sinaliza que a retomada da atividade econômica deve ser ainda mais demorada e gradual que a antecipada previamente”, destacou o texto. O Copom ressaltou que as incertezas externas ainda não trouxeram efeitos sobre o Brasil e que o comportamento da inflação, que fechou 2016 abaixo das expectativas, favoreceu a redução maior da Selic. “A inflação recente continuou mais favorável que o esperado. Há evidências de que o processo de desinflação mais difundida tenha atingido também componentes mais sensíveis à política monetária e ao ciclo econômico. A inflação acumulada no ano passado alcançou 6,3%, bem abaixo do esperado há poucos meses e dentro do intervalo de tolerância da meta para a inflação estabelecido para 2016”, acrescentou o Banco Central. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA fechou 2016 em 6,29%, o menor nível desde 2013 (5,91%). (Agência Brasil)

Dólar

Depois de interromper a sequência de quedas ontem (10), a moeda norte-americana voltou a cair ontem (11) e fechou no menor valor em dois meses. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (11) vendido a R$ 3,192, com queda de R$ 0,007 (-0,22%). A cotação está no menor nível desde 8 de novembro (R$ 3,167). O dólar tinha começado o dia em alta, mas reverteu a tendência a partir das 14h30, após a primeira entrevista coletiva do presidente eleito norte-americano, Donald Trump. A divisa acumula queda de 1,78% nos primeiros dias de 2017. Na entrevista, o futuro presidente dos Estados Unidos não anunciou medidas econômicas. A possibilidade de que Trump eleve os gastos públicos pode fazer a maior economia do mundo aumentar os juros para segurar a inflação. Juros mais altos nos países desenvolvidos estimulam a fuga de capitais financeiros de países emergentes, como o Brasil. Como nos últimos dias, o mercado de câmbio operou sem intervenções do Banco Central. Desde 13 de dezembro, a autoridade monetária não compra nem vende dólares no mercado futuro. No mercado de ações, o dia foi de ganhos. Em alta pelo segundo dia seguido, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu 0,51%, para 62.446 pontos. O indicador está no maior nível desde 28 de novembro. As ações da Petrobras, as mais negociadas, subiram 2,50% (papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionista). Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) fecharam com valorização de 1,16%. (Agência Brasil)

EUA

O plano do presidente eleito Donald Trump de se separar de seu império imobiliário mundial não atende aos padrões mínimos recomendados pelos órgãos éticos de vigilância. Se Trump insistir nesse plano, ele poderá violar a Constituição dos Estados Unidos (EUA) no seu primeiro dia no cargo, de acordo com estudiosos do direito ouvidos pela revista Time. Em entrevista nessa quarta-feira, o presidente eleito anunciou que vai transferir o controle operacional da Organização Trump para seus dois filhos mais velhos - Eric e Donald Jr - a fim de ficar fora de novos negócios com parceiros estrangeiros. Ele disse também que evitará discutir assuntos da empresa e que vai nomear um conselheiro de ética independente para examinar novas oportunidades de investimentos, evitando com isso conflitos de interesse. De acordo com a revista Time, Sherri Dillon, um dos advogados do presidente eleito, afirmou que Trump está voluntariamente renunciando ao controle gerencial da empresa que construiu porque "quer que não haja dúvidas do público americano de que ele está se isolando completamente de seus interesses comerciais". Entrevistados pela revista, estudiosos do direito afirmaram que essa decisão é insuficiente. (Agência Brasil)