Coronavírus

A média móvel diária de mortes por covid-19 no Brasil ficou, nessa quarta-feira (17), pela primeira vez acima de 2 mil, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. O número, de 2.031, significa que, somados os óbitos da última semana e divididos por sete dias, cada dia teve o equivalente a dois milhares de vítimas. A média está batendo recordes consecutivos há 19 dias. O Brasil vive o pior momento da pandemia, com avanço em casos e óbitos, além de uma pressão inédita sobre o sistema de saúde nacional. A média desta quarta-feira é 52,4% maior se comparada com o dado registrado há 14 dias. Ao longo da última semana, 14.219 pessoas morreram em decorrência da doença, maior quantidade para um período como esse desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, o País registrou 2.736 novas mortes pela doença, segundo dados do consórcio reunidos junto às secretarias estaduais de Saúde. O número de vítimas desta quarta é o segundo mais alto de toda a pandemia, ficando atrás dos 2.798 vítimas desta terça-feira, 16. As onze maiores marcas diárias de óbitos aconteceram no mês de março. No total, o Brasil alcançou hoje 285.136 óbitos pelo novo coronavírus. (Estadão)

Coronavírus I

O número de mortos pela Covid-19 pode chegar a 4 mil por dia até o fim de abril. A previsão é da Rede Análise Covid – que reúne especialistas de diferentes áreas para interpretar os dados oficiais sobre a pandemia. Nesta quarta-feira, 17, a média de óbitos pela doença ultrapassou pela primeira vez a marca de dois mil. A análise coincide com avaliação da Fiocruz. Em mais um boletim extraordinário, divulgado na noite de terça-feira, 16, a instituição afirmou que o Brasil vive “o maior colapso sanitário e hospitalar da história”. Para reduzir o impacto da tragédia, defendem os especialistas, medidas severas de restrição de circulação precisam ser adotadas imediatamente. (Estadão)

Coronavírus II

“Como a doença veio de fora, ela chegou de avião, inicialmente às principais capitais e começou a se espalhar de cidade em cidade. Na metade do ano passado, muitas capitais estavam sofrendo, mas havia muitas cidades do interior em que não havia sequer um caso da doença; a distribuição dos casos era muito díspare”, explicou Scharstzhaup. “Agora, desde a virada do ano, a tendência de aumento é geral; o que muda de um Estado para o outro é apenas a velocidade de transmissão.” Segundo o especialista, apenas a adoção de medidas severas de restrição de mobilidade por todo o País, de forma coordenada, pode deter a pandemia. Segundo ele, ações pontuais são inócuas. “Não adianta fazer lockdown de fim de semana, de sete dias”, explicou. “O ciclo de contágio do vírus é de 14 dias. Os países que adotaram o lockdown mais rigoroso só começaram a ver resultados a partir do décimo-quarto, décimo-quinto dia.” (Estadão)

Goiás

O ex-governador de Goiás Helenês Cândido, de 86 anos, morreu de Covid-19, na noite de quarta-feira (17), quando estava sendo transferido de ambulância do hospital em que estava internado para um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Caldas Novas, na região sul de Goiás. Segundo a família, ele aguardava pela vaga há três dias. O G1 entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por e-mail, às 7h50 desta quinta-feira (17), e aguarda retorno sobre a demora para conseguir uma UTI para o paciente. Advogado e amigo de Helenês, Murilo Falone contou que o ex-governador testou positivo para a Covid-19 no início de março, junto com a esposa, Lila Morais. Assim que diagnosticados, os dois foram internados em um hospital particular em Goiânia. Após uma semana, apresentaram melhora, receberam alta e voltaram para Morrinhos, onde moram. Porém, na última sexta-feira (12), o ex-governador voltou a apresentar sintomas e precisou ser internado em um hospital da cidade. Por apresentar piora, no dia seguinte, foi entubado e transferido para uma semi-UTI no Hospital de Campanha (HCamp) em Santa Helena de Goiás. (G1)

BH

O colapso no sistema de saúde já é uma realidade na capital e em algumas cidades mineiras. Na rede privada de BH não há mais vagas para o tratamento de pacientes com a Covid-19. No interior, a falta de oxigênio é o novo drama de hospitais abarrotados de doentes. O sufoco é reflexo da explosão de casos do coronavírus no Estado, que nesta quarta-feira (18) bateu recorde de mortes confirmadas em 24 horas – 314 óbitos. No mesmo intervalo, a metrópole criou mais vagas nas terapias intensivas, mas o reforço não foi suficiente para amenizar a situação. A taxa de ocupação geral está em 96,6% no SUS e nas unidades particulares. Das atuais 746 vagas, 720 estão com doentes graves. Ou seja, restam apenas 26. (Hoje em Dia)

BH I

Por nota, a prefeitura informou que Belo Horizonte se encontra em uma situação grave, “assim como todo o país”. Além das UTIs, os outros dois indicadores – enfermaria Covid e índice de transmissão – estão em nível máximo de alerta. Na última sexta-feira, a PBH anunciou novas medidas de restrições para conter o avanço do vírus, além de ter aderido à Onda Roxa do Minas Consciente. No primeiro dia em que as regras mais duras entraram em vigor, a movimentação de carros e pedestres foi pequena na cidade, mas, mesmo assim, alguns comerciantes insistiram em abrir as lojas, com as portas pela metade. A administração municipal disse que reforçou a fiscalização. (Hoje em Dia)

Toque de recolher

A primeira noite de vigência do decreto que prevê “toque de recolher” entre 20h e 5h da manhã em Belo Horizonte foi de ruas praticamente vazias em toda a cidade. A medida é um das restrições da onda roxa, a mais rigorosa do Programa Minas Consciente, do governo Zema, e tem objetivo de combater a alta de casos do novo coronavírus na capital e em todo o estado. A reportagem da Itatiaia percorreu vários pontos da capital para averiguar se a população respeitou o decreto.Veja aqui. (Rádio Itatiaia)

Lista

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) confirmou na noite dessa quarta-feira (17) ter recebido do governo estadual uma lista de 1.852 servidores de superintendências regionais da Secretaria Estadual de Saúde vacinados contra a covid-19. O documento será encaminhado aos membros da CPI dos Fura-Fila, da ALMG, que investiga a imunização antecipada de funcionários públicos. Em nota, a Assembleia criticou o modo como a lista foi enviada pelo Governo de Minas. “O novo documento foi encaminhado por e-mail, o que não é usual, especialmente em decorrência da seriedade e gravidade do assunto”, afirmou a Casa. Trata-se de uma segunda lista enviada pelo Governo de Minas. Na primeira, constavam os nomes de 828 servidores administrativos da Secretaria Estadual de Saúde e de outras áreas, além do então secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, e do então secretário-adjunto de Saúde, Marcelo Cabral. Os dois foram demitidos por causa do episódio. (Rádio Itatiaia)

Igrejas

Com aval do presidente da República, Jair Bolsonaro, deputados federais rejeitaram um veto do próprio chefe do Planalto para anular dívidas tributárias de igrejas acumuladas após fiscalizações e multas aplicadas pela Receita Federal. Agora, a votação depende do Senado, o que deve ocorrer ainda nesta quarta-feira, 17. O valor do "perdão" seria de quase R$ 1 bilhão. Documento enviado pela liderança do governo aos parlamentares nesta semana estima a renúncia tributária de R$ 1,4 bilhão nos próximos quatro anos. De estoque acumulado em anos anteriores, deixariam de ser cobrados R$ 221,94 milhões. A proposta alvo do veto exclui as igrejas do rol de contribuintes da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), ampliando o alcance da imunidade prevista na Constituição. Além disso, perdoa as dívidas acumuladas com esse tributo no passado. (Estadão)

Igrejas I

Bolsonaro vetou a medida com o argumento de que o dispositivo foi aprovado sem compensação fiscal e a sanção poderia ser classificada como crime de responsabilidade - dando margem para um processo de impeachment. Mas, por outro lado, se manifestou favorável à não tributação de templos e estimulou a derrubada do próprio veto. Na época do veto, em reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, Bolsonaro demonstrou receio em cometer crime de responsabilidade, embora tenha dito que pessoalmente concordava com o perdão e quisesse sancionar a medida. (Estadão)

Copom

Pressionado pela alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a Selic (a taxa básica da economia) em 0,75 ponto porcentual, para 2,75% ao ano. Depois de sete meses com os juros no menor nível da história, essa é a primeira elevação na Selic desde julho de 2015. A previsão do mercado é de que a taxa continue avançando, terminando 2021 em 4,5% ao ano e 2022 em 5,5% ao ano. Na prática, quanto menores os juros básicos da economia, mais barato fica o crédito para empresas e famílias, o que possibilitou o crescimento dos financiamentos no auge da crise e ajudou a segurar as quedas na atividade e no emprego. Ao voltar a subir os juros, o Copom mira a inflação de médio e longo prazo, tentando evitar que alta dos preços se dissemine na economia. (Estadão)

Mega-Sena

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do sorteio da Mega-Sena, realizado nesta quarta-feira (17), no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo. Os números sorteados no concurso 2.353 foram 03, 19, 34, 41, 48 e 53. O prêmio estimado para o próximo sorteio, no sábado (20), é de R$ 45 milhões. A quina teve 71 ganhadores, com prêmio individual de R$ 45.966,00. Foram 5.457 apostas ganhadoras da quadra e o prêmio para cada uma é R$ 854,36. As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50. (Agência Brasil)