Covid-19

O Brasil registrou nesta quarta-feira, em atualização da plataforma do Ministério da Saúde, 6.836 casos confirmados da Covid-19, transmitida pelo novo coronavírus. Foram 1.119 novas confirmações nas últimas 24 horas. As mortes pela doença chegam a 240, com aumento de 39 óbitos em relação à ultima contagem. A taxa de mortalidade continua em 3,5%. As mortes estão assim distribuídas pelos estados brasileiros: São Paulo (164), Rio de Janeiro (28), Ceará (8), Pernambuco (8), Piauí (4), Rio Grande do Sul (4), Paraná (3), Amazonas (3), Distrito Federal (3), Minas Gerais (3), Bahia (2), Santa Catarina (2), Rio Grande do Norte (2), Alagoas (1), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (1), Goiás (1), Paraíba (1) e Rondônia (1). (Agência Estado)

Covid-19 I

Segundo nota técnica divulgada nesta quarta por um grupo de especialistas da PUC-RJ e da Fiocruz, a epidemia está evoluindo de forma mais controlada no Brasil do que em outros países, como China, Itália, Espanha e Estados Unidos. Esse crescimento mais lento no número de casos estaria relacionado ao fato de o país ter tomado as medidas de contenção logo no início da epidemia. No entanto, alertam especialistas, pode ser atribuído também à subnotificação e à demora na notificação dos casos. Para conter o avanço da epidemia no país, o Ministério da Saúde recomenda medidas de isolamento social, que também são defendidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Sob pressão de seus ministros próximos, o presidente Jair Bolsonaro, que vinha defendendo explicitamente o fim do isolamento, baixou o tom em pronunciamento na terça-feira e pôs a preocupação com a "vida" no mesmo patamar que o "emprego". Pediu, ainda, a união do Parlamento, Judiciário, governadores e prefeitos para enfrentar a pandemia. (Agência Estado)

Saúde

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu mais uma vez o isolamento social em função do coronavírus. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (1º), Mandetta ressaltou que está tendo dificuldades para adquirir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) com empresas chinesas e pediu maior atenção com os cuidados, sobretudo com pessoas que pertencem ao grupo de risco. Mandetta divulgou detalhes das 241 mortes informadas nesta quarta. A grande maioria dos óbitos, na base de 90%, ocorreram com pessoas acima dos 60 anos. Ao todo, 127 pessoas enfrentavam problemas cardíacos, outras 84 tinham diabetes e 36 com enfermidades no pulmão. “Não é hora de fraquejar. Não é hora de relaxar. É hora de redobrar o cuidado. O vírus está mostrando para que veio. Precisamos proteger essas pessoas”, declarou Mandetta. O ministro revelou dificuldades ao adquirir EPIs com empresas chinesas, como luvas, máscaras e equipamentos, como respiradores. Para diminuir a demanda de uso dos itens, Mandetta pediu que a população redobre o esforço com o isolamento, mas negou que o Brasil estivesse em lockdown, quando empresas em massa param de funcionar. “Se você aumenta o número de casos, a taxa de letalidade cai. Hoje, o número de casos confirmados está muito menor do que aquele que está circulando dentro da nossa sociedade, o que aumenta, e muito, a necessidade de a gente ter muito mais cuidado para segurar, porque se não tivéssemos esse cuidado, provavelmente hoje teríamos espiral de casos”, disse. (Estado de Minas)

Renda emergencial

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, na tarde desta quarta-feira (1º), a Medida Provisória (MP) que cria uma renda básica emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. A informação foi confirmada pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência, Jorge Oliveira, em uma postagem no Twitter. A medida teve a votação concluída no Senado na segunda-feira (30) e agora será regulamentada por meio de um decreto. O líder do governo no Senado Federal, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), informou que o texto sancionado por Bolsonaro contém três vetos, que ainda não foram publicizados pela Presidência da República. A liberação dos recursos também depende da abertura de um crédito extraordinário no Orçamento federal. O pagamento será efetuado ao longo de três meses, com operacionalização pelas redes dos bancos públicos federais: Caixa Econômica Federal, casas lotéricas, Banco do Brasil (BB), Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Nordeste (BNB), após o cruzamento de dados para definir quem tem direito ao benefício. Pelas regras contidas no projeto de auxílio emergencial aprovado pelo Congresso, os trabalhadores deverão cumprir alguns critérios, em conjunto, para ter direito benefício, como não ter emprego formal; não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família; ter renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70. (Agência Brasil)

Expominas

O hospital de campanha que está sendo erguido no Expominas, em Belo Horizonte, deve ficar pronto no final deste mês e pode contar com médicos da reserva da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros. As informações são do porta-voz da PM, major Flávio Santiago. As obras são executadas por empresa privada com o apoio de militares da PM e do Corpo de Bombeiros. “Essa primeira fase de estruturação termina nesta semana e na próxima já vamos iniciar a questão da mobília”, explica o major Flávio Santiago. De acordo com ele, serão, inicialmente, 700 leitos de enfermaria e 42 de estabilização para pacientes com diagnóstico de Covid-19. “A ideia é que ele esteja em condições de recepcionar todas as pessoas, já completo e sem a necessidade de qualquer obra, no momento do colapsamento do sistema”, diz o major. Instalação utilizada em guerras, o hospital de campanha tem como característica a capacidade de manobra para atender a uma sobrecarga de pacientes. (Agência Estado)

OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou preocupação com o rápido avanço global do coronavírus. Em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, o líder da entidade afirmou que, nos próximos dias, o número de casos da doença deve chegar à marca de 1 milhão, com 50 mil mortes. Os casos de mortes no mundo em decorrência da Covid-19 chegam a 40.598, segundo boletim apresentado nesta quarta-feira pela OMS. Os dados apontam também um total de 823.626 infecções registradas no planeta. "Nas últimas cinco semanas, vimos um crescimento quase exponencial no volume de novos casos, alcançando quase todos os países, territórios e áreas", destacou.Tedros salientou que, por ser a primeira pandemia de coronavírus da história, o comportamento da Covid-19 ainda é desconhecido. "Estamos trabalhando duro com pesquisadores em todo o mundo para gerar evidências sobre quais medicamentos são mais efetivos no tratamento da doença", disse. (Agência Estado)

OMS I

Tedros Adhanon Ghebreysus propôs nesta quinta-feira (2) a criação de estações de higienização com água limpa e sabão em áreas mais pobres. "Reconhecemos a necessidade de adaptar nossa orientação para diferentes contextos, especialmente nas comunidades mais pobres e vulneráveis", disse Ghebreysus. Para isso, a OMS recomendou que governos criem estações públicas de higienização das mãos, com oferta de água limpa e sabão para que todos possam manter a higiene adequada e evitar a propagação do vírus Sars-Cov-2. Ele explicou que as recomendações de sempre lavar as mãos e manter o distanciamento social têm que acompanhar "soluções inovadoras" em locais com pouca infra-estrutura para a distribuição de água limpa. (G1)


Tóquio

Autoridades do governo metropolitano de Tóquio afirmam que mais 97 pessoas foram confirmadas infectadas pelo novo coronavírus na capital japonesa. O número desta quinta-feira (2) é o mais alto até agora entre casos diários registrados em Tóquio. A notícia veio após o recorde diário anterior ter registrado 78 casos, na terça-feira (1º). Autoridades dizem que 21 dos novos casos são relacionados ao Hospital Geral Eiju, no distrito de Taito, onde suspeita-se que tenha ocorrido a infecção de mais de 100 pessoas internamente. As autoridades dizem que outros 13 casos são relacionados ao Hospital da Universidade Keio, no distrito de Shinjuku. O número total de casos em Tóquio aumentou para 684. (Agência Brasil)

EUA

Os Estados Unidos (EUA) registraram nessa quarta-feira (1º) novo recorde diário de mortes. Pelo menos 884 pessoas morreram e houve registro de mais 25.200 pessoas infectadas. O país é, de longe, o local com maior número de infecções do mundo, com um total de 216 mil pessoas afetadas. Nas últimas 24 horas, os Estados Unidos registaram um recorde diário de 884 mortes e 25.200 pessoas infectadas. De acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins, há 216.722 casos confirmados no país desde o início da epidemia e 5.137 mortes. Uma das mais recentes vítimas do novo coronavírus nos Estados Unidos foi um bebê de seis semanas, no Connecticut. “Os testes deram resultado positivo para o novo coronavírus. "Acreditamos que foi um dos mais novos do mundo a morrer de complicações devido à Covid-19”, disse o governador Ned Lamont no Twitter. (Agência Brasil)

EUA I

O presidente Donald Trump disse que está considerando um plano para interromper voos para locais nos Estados Unidos mais afetados pelo coronavírus, em uma batalha para conter uma pandemia prevista para matar pelo menos 100 mil pessoas no país. "Certamente estamos analisando, mas uma vez que você faz isso, está realmente reprimindo uma indústria que é desesperadamente necessária", afirmou. É possível que esse plano interrompa o tráfego nos aeroportos de Nova York, Nova Orleans e Detroit. "Estamos olhando para a coisa toda", disse ele sobre a restrição de voos domésticos já bastante reduzidos à medida que a demanda diminui. Esta semana, Trump e os médicos que o aconselham disseram que entre 100 mil e 240 mil pessoas provavelmente morrerão de Covid-19 nos EUA nas próximas semanas, mesmo que os norte-americanos sigam rigorosamente as diretrizes para ficar em casa em abril. O presidente disse que se reunirá com importantes executivos de empresas de petróleo dos EUA na sexta-feira (3) . Uma queda nos preços da gasolina, motivada pelo excesso global, tem pressionado as companhias petrolíferas. (Agência Brasil)