Lava Jato

Policiais federais fazem, nesta quinta-feira (3), uma operação contra doleiros no Brasil e no Uruguai, um desdobramento da Lava Jato. Estão sendo cumpridos 43 mandados de prisão preventiva e dois de prisão temporária em Minas Gerais, outros três Estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul) e Distrito Federal - e também no Paraguai e Uruguai, além de 51 mandados de busca e apreensão.Em Minas, os mandados são cumpridos em Belo Horizonte, Contagem e Nova Lima. Policiais buscam possíveis clientes e de doleiros relacionados à lavagem de dinheiro do ex-governador Sérgio Cabral (MDB). O esquema, conforme a delação dos doleiros Vinícius Vieira Barreto Claret, Juca Bala e Cláudio Fernando Barbosa (Tony), teria lavado R$1,6 bilhão por meio de um sistema chamado Bank Drop, formado por 3 mil offshores, em 52 países. Em conjunto com o Ministério Público Federal e por determinação do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, a ação tem por objetivo desarticular um esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa. A operação conta com o apoio da Receita Federal e de autoridades uruguaias. (Hoje em Dia)

Pimentel

O processo de impeachment contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), está paralisado. Isso porque o deputado estadual Lafayette Andrada (PRB), que presidiu a sessão plenária nesta quarta-feira, suspendeu o prazo para formar a comissão especial que podia analisar o processo de impedimento. O deputado estadual Durval Ângelo (PT), líder do governo na Casa, também entrou com recurso contra a abertura do processo, pedindo o arquivamento e a anulação dele. A Mesa Diretora vai avaliar a decisão de Andrada e deve se pronunciar na próxima semana. O pedido de impedimento do governador foi protocolado pelo advogado Mariel Marra. Ele argumenta que há hipótese de crime de responsabilidade no atraso de repasse de recursos pelo governo a prefeituras e aos poderes Legislativo e Judiciário. (Rádio Itatiaia)

Foro privilegiado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski votou nesta quarta-feira (2) a favor da restrição ao foro por prerrogativa de função, conhecido como foro privilegiado, para deputados e senadores. Dez ministros já votaram, todos a favor da restrição do foro, mas falta o voto de Gilmar Mendes para o encerramento do julgamento, que foi suspenso e será retomado somente nesta quinta (3). Apesar de 10 ministros terem votado a favor da restrição do foro privilegiado, há divergêcias em relação ao marco temporal. Com o voto de Lewandowski, há maioria de 7 votos a 3 favor do entendimento de que os parlamentares só podem responder a um processo na Corte se as infrações penais ocorreram em razão da função e cometidas durante o mandato. Caso contrário, os processos deverão ser remetidos para a primeira instância da Justiça. No entendimento de Lewandowski, o caso não poderia ser julgado por meio de uma questão de ordem em uma ação penal, instrumento utilizado pelo relator caso, Luís Roberto Barroso, para levar a questão para julgamento do plenário. No entanto, decidiu aderir aos votos dos ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, com uma restrição menos ampla. Além disso, o ministro afirmou que foro não é um privilégio aos parlamentares, mas uma forma garantir independência dos julgamentos e retirar os processos do Judiciário local, longe do reduto eleitoral do investigado. O ministro alertou que a decisão da Corte terá impactos no sistema de foro de juízes e promotores, por exemplo. (Agência Brasil)

Desabamento

O Corpo de Bombeiros iniciou hoje (3) nova estratégia para a retirada dos escombros do edíficio Wilton Paes de Almeida, que desabou em um incêndio ocorrido na madrugada do dia 1º em São Paulo. Duas escavadeiras, um trator e caminhões começaram a auxiliar os integrantes das equipes de resgaste, após 48 horas do desabamento do edífício. "Informamos que completadas as 48 horas do colapso estrutural do edifício no Largo do Paissandu, o Corpo de Bombeiros já entrou com máquinas para auxiliar na remoção dos escombros. Cumpre salientar que isso não quer dizer que descartamos encontrar vítimas com vida, mesmo com as máquinas, o trabalho continuará cuidadoso”, informou a corporação, em nota divulgada no Twitter. O Corpo de Bombeiros trabalha, desde o início da manhã, com 62 homens e 20 viaturas no local. O protocolo internacional, em casos de desmoronamento, estipula em 1% a 3% as chances de encontrar sobreviventes após 24 horas. As chances de encontrar pessoas vivas após 48 horas são mínimas. As equipes de resgate buscam quatro pessoas desaparecidas - um morador, chamado pelos vizinhos de Ricardo, que tentava ser resgatado pelos bombeiros no momento do desabamento, uma mulher e dois filhos, considerados desaparecidos pelo ex-marido. Até o início da noite de ontem (2), cães farejadores utilizados pelas equipes de resgate não detectaram nenhum sinal de pessoas sob a montanha de escombros que restou do edifício. Segundo os bombeiros, a reação dos cães indicava que as buscas terão de ser aprofundadas com o uso de máquinas pesadas, que começou a partir das 3h de hoje. (Agência Brasil)

Radares

Quatro novos radares entraram em operação em diferentes pontos de Belo Horizonte nesta quinta-feira. São dois equipamentos que controlam avanço de sinal na Avenida Cristiano Machado, esquina com Avenida Saramenha, sendo um no sentido Bairro/Centro e outro Centro/Bairro. Os outros dois controlam a velocidade e estão fixados na Via Expressa (próximo aos viadutos 77 e 73). (Rádio Itatiaia)

Tempo seco

A Defesa Civil Municipal alertou nesta quarta-feira sobre a baixa umidade em Belo Horizonte. Segundo o órgão, uma massa de ar seco contribui para a situação pelo menos até as 18h de quinta (3). Neste período, o índice deve ficar em torno dos 30%. O percentual abaixo a esse é enquadrado pela Organização Mundial de Saúde como "estado de atenção". Segundo a OMS, o nível ideal é acima de 60%. (Rádio Itatiaia)

Febre Amarela

Minas Gerais está diante da maior epidemia de febre amarela já registrada no Estado. Com 166 mortes confirmadas pela doença, o período de monitoramento atual – que vai de julho de 2017 a junho deste ano – supera todas as medições já realizadas pela Secretaria de Saúde (SES-MG). Até então, o recorde era de 162 óbitos, registrado entre julho de 2016 e junho de 2017. Em número de casos, Minas tem hoje 475 confirmações, mesmo número do balanço anterior. Para especialistas, o avanço da doença no território mineiro é um sinal de que os cuidados preventivos precisam ser ainda mais rigorosos. O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano Silva, afirma que o alerta serve tanto para os órgãos públicos quanto para a sociedade. “Será necessária uma efetividade maior nos cuidados. A razão principal para chegarmos a esse patamar está ligada a falhas nesses procedimentos básicos”, avalia. Segundo ele, a vacinação é a forma mais eficaz de proteção. Ainda assim, o médico acredita que em 2019 os casos de febre amarela começarão a sofrer queda no Estado. “Muitas pessoas já foram vacinadas, incluindo idosos e quem tem problemas de saúde muito específicos. Portanto, se não houve redução das notificações agora, poderá ser notado nas próximas medições”, explica. (Hoje em Dia)