Coronavírus
Em novo recorde, o Brasil registrou 65.339 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. No mesmo período, o país contabilizou 1.293 óbitos decorrentes da doença. No total, 82.890 vidas já foram perdidas, segundo dados do levantamento realizado por veículos de imprensa. Com os 65.339 novos casos, o Brasil atinge a marca de 2.231.887 diagnósticos da doença. No dia 16 de julho, o país alcançou a marca de 2 milhões de casos de covid-19 e em menos de 6 dias foram mais de 207 mil novas infecções. Nos últimos sete dias, o Brasil registrou uma média diária de 1.052 óbitos por covid-19. O estado de São Paulo, que desde o início da pandemia é o epicentro da doença, tornou a bater um recorde de novos casos confirmados da doença nesta quarta-feira, com mais 16.777 infecções. Há 439.446 pessoas com a covid-19 no Estado, que hoje computou mais 361 mortes, chegando a um total 20.532 óbitos. Em números absolutos, São Paulo continua liderando o ranking nacional de mortes e casos confirmados da doença. O Rio de Janeiro vem na sequência da lista de Estados mais afetados, com 150 mortes registradas por covid-19 e 3.502 novos casos da doença no período de 24 horas. Agora são 12.443 mortes e 148.623 casos no total. Em plena pandemia da covid-19, o Ministério da Saúde completou 67 dias sem chefe titular nesta quarta-feira, 22. (Agência Estado)
Minas
No dia em que Minas bateu o recorde de mortes pela COVID-19, com 95 óbitos confirmados em 24 horas, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, concedeu entrevista exclusiva ao Estado de Minas na qual projetou início do desaceleração no número de novos registros em 15 dias, embora tenha destacado que não há certeza quanto a isso. “Essa curva no topo, ela pode ser a ponta de um pico ou um platô. Não me parece que esse platô vai ser por muito tempo, mas é impossível prevermos com certeza”, destacou. Ele creditou o alto número de mortes adicionadas ao boletim ontem a descompasso entre as datas dos óbitos e o lançamento nos resgistros. De acordo com o balanço de ontem, Minas tinha ontem 98.741 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. Desses, 2.166 resultaram em óbito, 71.478 se recuperaram e 25.097 pacientes continuam em acompanhamento. Disse ainda que, no momento em que se confirmar desaceleração da curva de transmissão, o governo pretende ampliar a testagem, que, de forma ideal, deveria ser realizada em 2% da população de 21 milhões de mineiros, mas depende da disponibilidade de insumos. Ao comentar a disputa judicial de bares e resturantes com a prefeitura de Belo Horizonte para reabrir (uma liminar obtida pelos estabelecimentos foi cassada ontem), aconselhou os estabelecimentos a não voltar a funcionar sem segurança. “Estamos reavaliando o Minas Consciente agora. Nós temos protocolos de cuidado e de manejo para todas atividades econômicas. Então, espero que aqueles que vierem a abrir sigam os protocolos adequados para não colocar ninguém em risco”, defendeu. Leia os principais trechos da entrevista. (Estado de Minas)
Vacina
Pesquisadores têm alcançado progresso no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, com alguns estudos em estágio avançado, mas o uso não é esperado até o início de 2021, disse o chefe do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, nessa quarta-feira. A OMS está trabalhando para garantir uma distribuição justa das vacinas, mas neste meio tempo é essencial conter a disseminação do novo coronavírus, disse Ryan, já que os novos casos diários estão quase em níveis recordes em todo o mundo. "Estamos fazendo um bom progresso", afirmou o especialista, observando que várias vacinas já estão em testes de Fase 3 e que até agora nenhuma fracassou em termos de segurança ou capacidade de provocar uma reação imunológica. "Realisticamente, só na primeira parte do próximo ano começaremos a ver as pessoas serem vacinadas", disse Ryan em um evento público nas mídias sociais. A OMS está empenhada em ampliar o acesso a possíveis vacinas e a ajudar a aumentar a capacidade produtiva, acrescentou. "Precisamos ser justos nisto, porque este é um bem global. Vacinas para esta pandemia não são para os ricos, não são para os pobres, são para todos." O governo dos Estados Unidos pagará US$ 1,95 bilhão por 100 milhões de doses de uma vacina contra covid-19 que está sendo desenvolvida pela Pfizer e pela empresa de biotecnologia alemã BioNTech, se ela se mostrar segura e eficiente, disseram as empresas. Mike Ryan também alertou as escolas a serem cautelosas com reaberturas, até a transmissão comunitária da covid-19 estar sob controle. (Agência Brasil)
Pesquisa
Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), da Universitat Jaume I, da Espanha, e do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) desenvolveram um tecido capaz de inativar o coronavírus SarS-CoV-2, agente causador da covid-19. O projeto teve ainda a participação de equipe da empresa Nanox, de nanotecnologia. O tecido, que deve servir principalmente para a fabricação de peças de roupas hospitalares e já está chegando ao mercado, é capaz de eliminar 99,9% do novo coronavírus em cerca de dois minutos. A composição deriva de uma mistura de poliéster com algodão, que se soma, por meio de um processo chamado pad-dry-cure, à camada de micropartículas de prata, fixada. A aplicação de pequenas partículas de prata consiste em uma técnica difundida há algum tempo entre os industriais, estando presente nos ramos têxtil, de cosméticos e de tintas. Conforme explicou à Agência Brasil o pesquisador Lucio Freitas Junior, que trabalha no laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do ICB, o projeto aproveitou a amostra de novo coronavírus que havia sido isolada e cultivada a partir da carga contraída por um dos primeiros pacientes diagnosticados com a doença, tratado no Hospital Israelita Albert Einstein. "Tínhamos o vírus isolado e armazenado no nosso laboratório, em grande quantidade. Nosso laboratório fornece vírus ao Brasil todo e ao exterior, para a realização de estudos", comentou. Para se certificar da eficácia do material, os pesquisadores cumpriram uma segunda etapa, de análise molecular. Além de testes para avaliação da atividade antiviral, antimicrobiana e fungicida, avaliaram outros aspectos importantes para que o produto pudesse ser liberado para comercialização, como assegurar que não desencadeia alergias ou outras reações adversas no organismo. (Agência Brasil)
Retomada
O plano de retomada de Belo Horizonte, apresentado na tarde desta quarta-feira pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH), prevê cinco fases de flexibilização. A proposta foi entregue ao vereador Léo Burguês (PSL), líder de governo na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), durante manifestação na Praça da Liberdade, região Centro-Sul da capital mineira. No documento, é sugerido que as mudanças sejam feitas a cada 15 dias, respeitando os níveis de transmissão do vírus e de ocupação máxima de 80% de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria. Fica estabelecido, ainda, que cada segmento apresentará à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) até sexta-feira (27) sugestões de protocolos para retomada. (Rádio Itatiaia)
Retomada I
A primeira das fases teria validade a partir da próxima segunda (27), com a reabertura de praças públicas e escritórios. A partir de 3 de agosto, seria permitido o funcionamento de atividades imobiliárias, comércios (de segunda a sexta de 10h as 16h e sábado de 9h as 13h), bares e restaurantes (de 11h as 20h), concessionárias, shoppings centers (terça a sábado de 12h as 19h), salões de beleza (terça a sábado, de 11h as 21h com agendamento), academias (sem restrições de horários com agendamento). Em 17 de agosto, seria ampliado o tempo de funcionamento: comércios (segunda a sexta de 10h as 18h e sábado de 11h as 20h), bares e restaurantes (11h às 21h), shoppings centers (terça a sábado de 11h as 20h), salões de beleza (sem restrição de horário). Em 1º de setembro, seria permitido o retorno de escolas e eventos sociais que movimentem até 300 pessoas. A última fase ainda não tem data definida e prevê o retorno de cinema, boates, teatros, casas de shows, eventos de grande porte, e demais atividades sem qualquer tipo de restrição. (Rádio Itatiaia)
Governo
O presidente Jair Bolsonaro retirou nesta quarta-feira (22) a deputada Bia Kicis (PSL-DF) da função de vice-líder do governo no Congresso Nacional. A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União". Bia Kicis é uma das principais aliadas de Bolsonaro na Câmara e está no primeiro mandato de deputada. A mensagem no "Diário Oficial" não explica o motivo da saída. A mudança foi feita um dia após a votação do Fundo de Desenvolvimento da Educação (Fundeb), pela Câmara. A parlamentar votou contra a renovação do fundo, enquanto Bolsonaro afirma que o governo mostrou "responsabilidade" ao, segundo ele, votar a favor da proposta. Conforme a colunista da GloboNews Natuza Nery, a saída de Bia Kicis tem relação com o resultado da votação. A jornalista informou ainda que a retirada de Bia Kicis atende a integrantes do Centrão. Os partidos, que integraram os governos Dilma Rousseff e Michel Temer, agora também integram o governo Bolsonaro. No início deste mês, a colunista do G1 Andréia Sadi também informou que o Palácio do Planalto decidiu trocar vice-líderes em meio ao cenário de avanço, no Supremo Tribunal Federal (STF), do chamado inquérito das fake news, que apura a disseminação de conteúdo falso na internet. (G1)
Pimentel
O ex-diretor-presidente de um dos braços do grupo Qualicorp, Elon Gomes de Almeida, delatou o suposto esquema de caixa 2 na campanha do senador José Serra (PSDB-SP) com repasses de R$ 5 milhões em notas de serviços dissimulados. As declarações do empresário serviram de base para a Operação Paralelo 23, deflagrada anteontem contra o tucano pela Operação Lava-Jato em São Paulo. O nome de Elon, contudo, já apareceu em outras investigações. Em 2018, o então presidente da Aliança Administradora, empresa majoritariamente controlada pela Qualicorp, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por participar de esquema semelhante, mas com um ator diferente: falsidade ideológica eleitoral por repasses de R$ 2,6 milhões à campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas, também em 2014. À época, Elon Gomes foi delatado por Benedito Rodrigues, o 'Bené', suposto operador do petista e colaborador da Acrônimo. Segundo Bené, o empresário teria feito os repasses por meio de notas fiscais fraudulentas, cobradas de empresas controladas por Elon: a Support Consultoria e a Gabe Administradora e Corretora de Seguros. Elon confessou o crime em depoimento à Polícia Federal e teve a pena atenuada pela Procuradoria. Meses depois, o empresário procuraria o Ministério Público Eleitoral de São Paulo para delatar o esquema envolvendo os pagamentos "por fora" para a campanha de Serra. (Agência Estado)
Mandetta
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta admitiu que pode ser candidato a presidente da República daqui a dois anos. "Em 2022, eu vou estar em praça pública lutando por algo em que eu acredito", afirmou ele em entrevista ao Programa Ponto a Ponto, do canal BandNews TV. "Se o Democratas [o DEM, partido ao qual é filiado] acreditar na mesma coisa, eu vou. Se o Democratas achar que ele quer outra coisa, eu vou procurar o meu caminho. Eu vou achar o caminho. Como candidato, ou carregando o porta-estandarte do candidato em que eu acreditar. Mas que eu vou participar ativamente das eleições, eu vou", seguiu Mandetta. Questionado se queria dizer que participaria como candidato a presidente, ele respondeu: "A presidente, a vice-presidente". Em seguida, o ex-ministro lembrou que outros cargos estarão em disputa em 2022, como o de governador, vice-governador e senador. E descartou a possibilidade de se candidatar a deputado federal -ele já cumpriu dois mandatos na Câmara dos Deputados. Em seguida, Mandetta passou a falar como candidato ao criticar a polarização política no Brasil. "Em 2022, polarização, com certeza, não. Se a gente conseguir um grande acordo, um grande caminho pelo centro democrático -não por esse centro fisiológico aí que está fazendo essa nova base de sustentação [ao governo de Jair Bolsonaro]", afirmou. "Mas um centro bacana, que respeite as individualidades, que eu não tenha que decidir se o cara é gay, se o cara é hetero, se o cara é alto, se o cara é baixo. Você tem que respeitar as pessoas nas suas questões individuais", continuou. "E promover a revolução de uma década. Porque essa, [de] 2010 a 2020, foi jogada na lata do lixo." Em agosto, o ex-ministro deve lançar um livro sobre a sua experiência como ministro da Saúde em meio à epidemia do novo coronavírus. Ele diz que pretende colocar o livro embaixo do braço e viajar pelo Brasil. (Folha de S. Paulo)
IRPF
A Receita Federal abre na próxima sexta-feira (24), às 9 horas, a consulta ao terceiro lote de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2020. O crédito bancário para 3.985.007 contribuintes será realizado no dia 31 de julho, totalizando o valor de R$ 5,7 bilhões. Desse total, R$ 2.056.423.308,19 são para contribuintes que têm prioridade legal de recebimento: 88.420 contribuintes idosos acima de 80 anos, 646.111 contribuintes entre 60 e 79 anos, 47.170 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou doença grave e 346.793 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. Foram contemplados ainda 2.856.513 contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 28 de março. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita Federal na internet. Na consulta à página da Receita, no Portal e-CAC, é possível acessar o serviço Meu Imposto de Renda e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora. A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com ele é possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF. (Agência Brasil)