Coronavírus

O Brasil atingiu nesta quarta-feira, 23, um novo recorde de casos do coronavírus, com 114.139 testes positivos registrados nas últimas 24 horas. Ao mesmo tempo, o País teve 2.343 novas mortes pela doença. A alta de novas infecções se deu principalmente pelo represamento de dados e nova metodologia na contagem do Rio Grande do Norte, responsável por 36.274 das novas infecções contabilizadas nessa quarta-feira (23). A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 1.915, abaixo dos 1.962 registrados na véspera, mas em patamar ainda considerado "alto" por especialistas. No total, o Brasil tem 507.240 mortos e 18.170.778 casos da doença, a segunda nação com mais registros, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados diários do Brasil são do consórcio de veículos. O estado de São Paulo continua registrando um número alto de mortes por coronavírus, com 724 vítimas fatais nas últimas 24 horas. Outros cinco Estados também superaram a barreira de 100 óbitos no dia: Minas Gerais (413), Rio de Janeiro (210), Rio Grande do Sul (144), Paraná (119) e Bahia (113). Nessa quarta-feira (23), o Ministério da Saúde informou que foram registrados 115.228 novos casos e mais 2.392 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. No total, segundo a pasta, são 507.109 óbitos e 18.169.881 pessoas infectadas. (Estadão)

Janssen

O Ministério da Saúde definiu nesta quarta-feira (23) a distribuição das vacinas da Janssen contra a covid-19 aos Estados. Para Minas Gerais, serão enviadas cerca de 150 mil doses do imunizante. Os medicamentos chegaram de avião e foram recebidos pelo ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Apesar de já se encontrar em solo brasileiro, ainda não há confirmação por parte do Ministério de quando os imunizantes serão distribuídos. A imunização com a vacina da farmacêutica Janssen é realizada com apenas uma dose. Dessa forma, a vacinação com ela permite uma imunização mais rápida. (Rádio Itatiaia)

BH

Sessenta e três mil belo-horizontinos, de 53 a 55 anos, receberão a AstraZeneca, vacina contra a Covid-19, a partir desta quinta-feira (24). Após 18 dias, a capital voltou a ampliar a imunização por faixa etária com o recebimento de novas doses do produto fabricado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nesta quinta, os moradores de BH de 55 anos, completados até 30 de junho, receberão a proteção inicial. Amanhã, é a vez daqueles com 54. Depois, no sábado, das pessoas com 53. A aplicação será das 7h30 às 16h30, nos pontos fixos, e das 8h às 16h30 para o drive-thru. (clique aqui e confira os locais). (Hoje em Dia)

Covaxin

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quarta-feira (23) que, por determinação do presidente Jair Bolsonaro, o governo vai mandar a Polícia Federal (PF) investigar declarações do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) sobre supostas irregularidades na contratação de 20 milhões de doses da vacina Covaxin. O imunizante contra a covid-19 é produzido pela farmacêutica indiana Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos. "Quero alertar ao deputado Luís Miranda que o que foi feito hoje é, no mínimo, denunciação caluniosa. E isso é crime tipificado no Código Penal", afirmou Lorenzoni em coletiva de imprensa convocada pelo Planalto para abordar a situação. "O senhor presidente da República determinou ao ministro-chefe da Casa Civil que a PF abra uma investigação sobre as declarações do deputado Luís Miranda, sobre as atividades do seu irmão [Luís Ricardo Fernandes Miranda], servidor público do Ministério da Saúde, e sobre todas essas circunstâncias expostas no dia de hoje. Iremos solicitar um procedimento administrativo-disciplinar junto à CGU [Controladoria-Geral da União, um PAD [procedimento administrativo-disciplinar], para investigar a conduta do servidor", acrescentou. (Agência Brasil)

Covaxin I

Lorenzoni se referia às declarações dadas pelo parlamentar a diferentes veículos de imprensa de que teria levado pessoalmente a Bolsonaro, no dia 20 de março, informações sobre problemas relacionados à compra da vacina, inclusive com documentos. Na ocasião, ele estaria acompanhado de seu irmão, Luís Ricardo Fernandes Miranda, que é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Ainda de acordo com o deputado, seu irmão teria sofrido pressão de superiores para acelerar a aprovação do contrato na pasta. O contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos/Bharat Biotech foi assinado no dia 25 de fevereiro, com investimento total de R$ 1,614 bilhão. O imunizante ainda aguarda autorização de uso concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado na população brasileira. "Não houve favorecimento a ninguém, e esta é uma prática desse governo, não favorecer ninguém. Segundo, não houve sobrepreço. Tem gente que não sabe fazer conta. Terceiro, não houve compra alguma. Não há um centavo de dinheiro público que tenha sido dispendido do caixa do Tesouro Nacional ou pelo Ministério da Saúde", acrescentou Lorenzoni. "Por que, depois de três meses, esse cidadão vem a público e fala isso? Isso caracteriza a má-fé, denunciação caluniosa, a interesse de quem e por quê? Não vai ser um qualquer, que inventa mentiras, falsifica documentos, e assaca contra um presidente e um governo. Senhor Luís Miranda, Deus está vendo. Mas o senhor também vai pagar na Justiça tudo o que fez hoje. Que Deus tenha pena do senhor", continuou o ministro. Onyx Lorenzoni também afirmou que há indícios de que o documento entregue pelo deputado Luís e seu irmão ao presidente da República tenha sido adulterado, e que uma perícia da PF deverá ser realizada para comprovar eventual fraude. (Agência Brasil)

CPI

A CPI da Covid ouvirá nesta quinta-feira, a partir das 9h, o epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal, que deve esclarecer dúvidas dos senadores sobre a relevância das medidas não farmacológicas no enfrentamento da pandemia. O colegiado também convocou Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil e representante do Movimento Alerta, que deve discorrer sobre dados coletados sobre mortes ocorridas por covid-19. Hallal e Werneck afirmam que número de mortes seria menor se governo seguisse recomendações de especialistas em saúde. Os depoimentos estavam previstos inicialmente para a sexta-feira (25), mas foram antecipados pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). Com a decisão, a audiência do assessor do Palácio do Planalto Filipe Martins, previsto para a quinta-feira, foi adiado. Os requerimentos são de autoria do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). Na justificação, ele explica que Pedro Hallal conhece a situação brasileira em relação à pandemia e as políticas públicas a serem adotadas nessa situação. “Por ser gestor e médico, acadêmico e cientista de grande respeitabilidade nacional e internacional, certamente contribuirá para que os integrantes desta comissão possam avaliar os fatos com a profundidade que merecem”, ressaltou. (Agência Senado)

CPI I

Já em relação a Jurema Werneck, Renan classifica sua participação como “necessária” para subsidiar os membros da comissão com informações e esclarecimentos vinculados ao seu objeto. Ele explicou no requerimento que o Movimento Alerta é formado por entidades da sociedade civil, como Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Oxfam Brasil, Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), Anistia Internacional Brasil e Arquidiocese de São Paulo, que trabalharam na consolidação de dados e informações acerca das mortes ocorridas durante a pandemia. “Nesse sentido há, inclusive, estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP), que faz levantamento e cálculo do excesso de mortalidade em cada estado da federação e analisa as internações e óbitos por covid-19, com foco nas falhas e problemas de qualidade de atendimento no sistema de saúde”, informou Renan no requerimento. (Agência Senado)

Ricardo Salles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) exonerou Ricardo Salles do cargo de ministro do Meio Ambiente. A demissão, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (23), ocorreu, segundo o documento, a pedido de Salles. Na mesma publicação, Bolsonaro nomeia Joaquim Álvaro Pereira Leite como o novo chefe do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A gestão de Ricardo Salles na pasta foi marcada por polêmicas, incluindo o episódio gravado em vídeo em abril do ano passado que mostra o então ministro sugerindo a Bolsonaro que o governo "aproveitasse" a pandemia de Covid-19 para "passar a boiada", em referência à flexibilização de regras ambientais. Além disso, Salles é alvo de inquérito que apura supostos impedimentos do ex-ministro a investigações sobre apreensão de madeira, situação que ele nega. (Hoje em Dia)

Despejos

Por 38 votos favoráveis e 36 votos contrários, o Senado aprovou nessa quarta-feira (23) projeto que suspende medidas judiciais o despejo ou desocupação de imóveis até o fim de 2021, devido à pandemia de coronavírus. O texto suspende os atos praticados desde 20 de março de 2020, exceto aqueles já concluídos. O PL 827/2020, da Câmara dos Deputados, teve parecer favorável do senador Jean Paul Prates (PT-RN) e segue agora para sanção presidencial. A suspensão será aplicada somente a contratos cujo valor mensal de aluguel seja de até R$ 600 para imóveis residenciais e de até R$ 1,2 mil para imóveis não residenciais. A dispensa não vale no caso de imóvel ser a única propriedade do locador e o dinheiro do aluguel consistir em sua única fonte de renda. O texto retornará à Câmara, tendo em vista aprovação de destaque do senador Luís Carlos Heinze (PP-RS), que exclui os imóveis rurais do âmbito do projeto. O autor do destaque alegou que os efeitos da pandemia, em especial a diminuição da renda, concentraram-se no meio urbano, ao contrário do meio rural, onde a atividade produtiva teve que continuar operando com mais capacidade para atender a demanda e evitar o desabastecimento. O texto aprovado pelos senadores prevê que, em razão do estado de calamidade pública decorrente da pandemia de coronavírus, será suspenso até 31 de dezembro de 2021 o cumprimento de medida judicial, extrajudicial ou administrativa que resulte em ato ou decisão de despejo, desocupação ou remoção forçada coletiva de imóvel privado ou público, urbano ou rural, seja os de moradia ou para produção. A suspensão também vale para concessão de liminar em ação de despejo. (Agência Senado)

Racionamento

Diante da pior seca dos últimos 90 anos e com algumas das principais hidrelétricas do país correndo o risco de ficarem vazias, um fantasma que parecia estar no passado voltou a rondar o Brasil. Vinte anos depois de o governo federal adotar medidas de racionamento de energia devido ao risco de apagão, especialistas temem a necessidade de um novo racionamento, semelhante ao que aconteceu naquela época, quando os consumidores tiveram que cortar 20% do consumo de eletricidade para não ter um aumento na conta. Mesmo com o governo negando essa possibilidade, o país corre o risco de viver a próxima década com o medo constante do racionamento. “O país tem uma taxa de crescimento de energia elevada, em torno de 2% a 5% ao ano, a tendência que isso se mantenha. Se a economia se levantar no próximo ano, como já vem acontecendo, tudo indica que teremos problemas tão ou até mais sérios que em 2001 e podemos ter falta de energia elétrica em alguns pontos do sistema”, avalia Carlos Barreira Martinez, professor da Universidade Federal de Itajubá e do departamento de pós-graduação de engenharia mecânica da UFMG. “É possível que passemos os próximos dez anos sob risco de racionamentos e de sobressaltos com medo de uma falta de energia. Isso fica cada vez mais crítico a medida que o tempo passa e que o governo demora a tomar providências”, acrescenta o professor, que acredita que medidas já poderiam ter sido tomadas para atenuar a situação. (O Tempo)

Nova Lima

Barragens da mineradora Vale em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte, e em Itabirito, região Central de Minas, passarão por um simulado de emergência neste sábado (26). A medida foi determinada pelo Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEMB). As estruturas envolvidas são: Vargem Grande (Nova Lima) e Cianita I, II e III (Itabirito). Sirenes vão alertar os moradores que, às 10h, horário do treinamento, deverão seguir as rotas de fuga sinalizadas com placas. A ação terá impacto no trânsito da BR-356, entre os quilômetros 35 e 41. (Rádio Itatiaia)

Copa América

O Brasil teve nesta quarta-feira seu primeiro teste verdadeiro na Copa América. E sofreu bastante. Encarou uma forte marcação da Colômbia, levou um gol logo no início, penou para empatar e só virou aos 54 minutos do segundo tempo. Com a vitória por 2 a 1, a seleção continua com 100% de aproveitamento no Grupo B, com nove pontos após três partidas. Os planos da seleção brasileira se complicaram logo com 9 minutos de jogo. Foi quando a Colômbia saiu na frente no placar, com um gol de rara beleza. Cuadrado cruzou na direita e Luis Díaz, atrás da marcação, acertou um belíssimo voleio, sem chances para Weverton, que nesta quarta foi titular dentro do rodízio no instituído por Tite nesta Copa América. O gol permitiu à Colômbia maior conforto dentro de sua proposta de jogo. O técnico Reinaldo Rueda montou duas linhas de quatro e passou a se defender bem atrás. Dava campo para o Brasil até a intermediária, mas dali em diante era muito difícil passar. Neymar era marcado por até três adversários, o que dificultava suas arrancadas. As tabelas também eram desmanchadas. O jogo pelas beiradas não saía, porque os laterais colombianos jogavam bem atrás e os laterais brasileiros não tinham espaço para avançar. (Estadão)