Hackers

A Polícia Federal (PF) informou hoje (24), em coletiva de imprensa, que mil números telefônicos diferentes podem ter sido alvo da quadrilha suspeita de hackear o aplicativo de mensagens Telegram do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e de outras autoridades. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também pode estar entre as vítimas. "Aparentemente, mil números telefônicos diferentes foram alvo desse mesmo modus operandi dessa quadrilha. Há possibilidade, ainda não temos uma identificação e nem começamos a fazer isso, mas há possibilidade de um número muito grande de possíveis vítimas desse mesmo tipo ataque que está sendo investigado agora", disse o coordenador geral de Inteligência da PF, João Vianey Xavier Filho.  A PF investiga se o ministro da Economia foi vítima do mesmo grupo. "No momento da busca e apreensão, no celular de um dos indivíduos estava uma conta no aplicativo de mensagens vinculada com o nome Paulo Guedes. A gente tem que confirmar isso de forma pericial, mas é forte indicativo de que a conta seja realmente a do ministro", explicou o diretor do Instituto Nacional de Criminalística, Luiz Spricigo Júnior. De acordo com Filho, os números telefônicos supostamente atacados serão identificados para que se possa aferir a extensão exata dos ataques. A PF vai encaminhar ainda nesta quarta-feira um ofício para o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) solicitando uma reunião para buscar formas de sanar as fragilidades encontradas na investigação. (Agência Brasil)

Lava Jato

A prisão dos suspeitos de invadir telefones de Sergio Moro (Justiça) e outras autoridades, como o procurador Deltan Dallagnol, fortalece o discurso público do ex-juiz, mas não dá fim aos questionamentos que ele e investigadores de Curitiba estão enfrentando na Justiça e em conselhos de classe. Esta é a avaliação de ministros do STF e de integrantes da cúpula do Congresso. A ala do Supremo crítica à Lava Jato sustenta que o cerne do problema permanece –e está no conteúdo das conversas. A captura pela PF dos suspeitos de invasão dos telefones foi vista como salutar por todas as alas do Supremo. Mostra, dizem, a força do aparato estatal e desestimula novos ataques. Mas as concordâncias param por aí. A ação da PF deu musculatura à narrativa de Moro, que vincula a divulgação de suas conversas à ação de criminosos. O conteúdo foi obtido pelo The Intercept, que sempre informou tê-lo recebido de fonte anônima, sem jamais comentar a origem. O fato de quatro pessoas terem sido presas suspeitas do crime fez o ministro de Bolsonaro dobrar a aposta nessa linha de argumentação –e é dela que se alimenta o grupo do STF ultra alinhado à Lava Jato. (Folha de S. Paulo)

Lula

A Justiça do Distrito Federal absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por dois crimes no processo que apura um esquema de corrupção em Angola, mas decidiu manter grande parte da ação penal contra o petista. O ex-presidente continua réu por corrupção passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro - que envolveram cerca de R$ 7,7 milhões e US$ 355 mil. Responsável pela decisão, o juiz da 10.ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, afirmou que há suporte de provas mínimo que amparam a continuidade do processo. "Não se trata de especulação, mas de acusação com provas basilares constantes da fase investigatória", afirmou o magistrado. Também foram acusados no Esquema Angola o empresário Marcelo Odebrecht, o sobrinho de Lula, Taiguara Rodrigues, e outros sete investigados. Em relação a Marcelo, o juiz suspendeu a ação penal por causa do acordo de colaboração fechado entre o delator e o Ministério Público Federal. Vallisney deu razão à defesa de Lula, preso e condenado na Lava Jato, em relação a duas acusações do Ministério Público Federal (MPF). Uma delas apontou o crime de lavagem na assinatura dos contratos entre a Odebrecht Angola e a Exergia Brasil, criada por Taiguara. Segundo o magistrado, como Lula não teve participação nas assinaturas, não há como responsabilizar o petista. "Há ainda evidências de que não executou nem acompanhou a obra, não estando devidamente clara a descrição do delito e suas circunstâncias", afirmou Vallisney. Os outros nove investigados também foram beneficiados nessa questão, entre eles Taiguara e Marcelo. De acordo com o magistrado, a denúncia apontava lavagem de cerca de R$ 20 milhões, mas, para Vallisney, o MPF deixou de expor "os fatos criminosos com todas as suas circunstâncias", o que gerou "dúvida e falta de clareza quanto à conduta de cada um dos acusados". (Agência Estado)

FGTS

Anunciada como possibilidade de dar mais liberdade para o trabalhador, a medida provisória que libera os saques de parte da conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e das cotas do Fundo do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) pretendem injetar até R$ 42 bilhões na economia até o fim de 2020. Desse total, R$ 28 bilhões do FGTS e R$ 2 bilhões do PIS/Pasep serão liberados este ano. Os R$ 12 bilhões restantes, ano que vem. Segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, as medidas anunciadas hoje poderão gerar crescimento adicional do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos) de 0,35 ponto percentual até o fim de 2020. A medida tem o potencial de criar 2,9 milhões de empregos com carteira assinada nos próximos dez anos. Isso porque, segundo a pasta, reduz a rotatividade no emprego e aumenta os investimentos em treinamento, elevando a produtividade. O modelo tradicional de saques permanecerá. Cada trabalhador terá a liberdade de escolher se quer deixar o dinheiro parado no FGTS ou sacá-lo uma vez por ano, a partir do mês de aniversário. Em relação aos cotistas do Fundo do PIS/Pasep, que atendia a trabalhadores com carteira assinada antes da Constituição de 1988, o governo pretende permitir o saque de R$ 2 bilhões, de um estoque total de R$ 23 bilhões. A medida provisória ainda precisa ser votada pelo Congresso Nacional depois do recesso parlamentar. (Agência Brasil)

Caminhoneiros

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse ontem (24) que um acordo com os caminhoneiros deve ser fechado na próxima semana. A proposta envolve a realização de "acordos coletivos" entre a categoria e transportadoras e embarcadores para resolver uma das principais reivindicações dos caminhoneiros, um ajuste no piso mínimo de frete de transporte rodoviário de cargas para prever a possibilidade de lucro para os caminhoneiros autônomos. Segundo a categoria, a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), suspensa na segunda-feira (22), só trazia a previsão do custo mínimo para o frete, deixando de fora a remuneração do caminhoneiro autônomo pela carga transportada. As reuniões da próxima semana estão marcadas para ocorrer de segunda (5)  a quarta-feira (7). A ideia é fazer uma espécie de acordo coletivo entre os segmentos. Pela proposta em negociação, alguns itens seriam revistos na tabela para incluir custos, que de acordo com os caminhoneiros não foram considerados. Na outra ponta, os representantes do segmento fariam um acordo sobre o percentual de remuneração a ser aplicado no cálculo do frete. (Agência Brasil)

Linha chilena

O adolescente Gabriel Lucas Alves, de 15 anos, que teve a perna esquerda cortada por uma linha chilena, passou por uma cirurgia de amputação do membro nesta quarta-feira no Hospital Regional de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em entrevista coletiva, o cirurgião vascular Fernando de Assis afirmou que os médicos se emocionaram com o caso. “Por mais que a gente esteja há 20, 30 anos dando essas notícias, cada caso é um caso diferente. Ele [Gabriel] é apaixonado por futebol. A primeira coisa que ele falou é ‘nunca mais eu vou poder jogar bola’. A gente fica sensibilizado. Eu falei ‘com a prótese eu tenho certeza de que você vai jogar e vai me chamar para assistir seu jogo’”, disse o profissional de saúde. Segundo o médico, a vítima chegou ao hospital com risco de morte devido ao sangramento intenso. A previsão é que o adolescente tenha alta em quatro dias.No sábado (20), Gabriel voltava do treino de futebol e estava na calçada esperando para atravessar a rua quando foi gravemente ferido por uma linha chilena na altura dos joelhos. Conforme testemunhas, a linha estava no chão, enrolou na roda de um ônibus e atingiu o adolescente. O ferimento foi muito profundo, atingindo nervos, artérias e veias. Até esta quarta, o garoto já tinha sido submetido a duas outras cirurgias. A Polícia Civil investiga o caso e procura o motorista do ônibus e quem jogou a linha no chão. (Rádio Itatiaia)

Brumadinho

Seis meses depois do mais grave desastre humano na história da mineração no Brasil, que deixou 248 mortos e mantém outros 22 desaparecidos em meio ao mar de lama liberado pela Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o poder público ainda não conseguiu se mobilizar em torno de uma vigilância eficaz para afastar o risco de novas tragédias. Não houve incremento significativo na fiscalização federal comandada pela Agência Nacional de Mineração (ANM), mas o órgão sustenta que adotou determinações importantes de segurança, enquanto a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) garante que superou a meta e vistoriou 340 atividades minerárias e 88 barragens de janeiro a junho deste ano. Na avaliação de especialista do setor, a fiscalização só progride empurrada pela pressão popular e o avanço mais concreto em termos de segurança para quem vive no entorno de 43 reservatórios de rejeitos construídos pelo método do alteamento a montante – formato que oferece o maior risco – ainda é uma promessa: diz respeito à obrigação de descomissionamento desses reservatórios até fevereiro de 2022, com base em lei estadual, e até 2023 segundo determinação federal. Com a necessidade de aguardar quase três anos para que a ameaça das barragens de montante seja totalmente eliminada, os esforços do poder público se voltaram nos últimos meses para os reservatórios que tiveram elevação do fator de risco e chegaram ao nível 3 de segurança, o mais alto fator pré-rompimento. Hoje, quatro barragens, todas da Vale, estão nessa condição. Tanto a ANM quanto a Semad sustentam que acompanham de perto as ações desenvolvidas para mitigar os riscos nas represas: B3/B4, em Macacos (comunidade de Nova Lima), Forquilhas I e III, em Ouro Preto, e Sul Superior, em Barão de Cocais. (Estado de Minas)

Meio ambiente

Foi sancionada a lei que proíbe a distribuição de canudos plásticos em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a nova legislação, o item só poderá ser disponibilizado caso seja feito de papel biodegradável ou reciclável. O estabelecimento que não cumprir a orientação estará sujeito a penalidades, que ainda serão regulamentadas em um prazo de seis meses. Na semana passada, os canudos de plásticos foram proibidos em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Em Belo Horizonte, o assunto é alvo de debate há algum tempo. Um projeto de lei, de autoria do vereador Elvis Côrtes (PHS), tramita na Câmara Municipal. Ele foi aprovado em primeiro turno na casa e aguarda nova votação, que deverá acontecer em agosto, após o recesso parlamentar. Se novamente aprovado, o projeto será encaminhado para sansão do prefeito Alexandre Kalil (PSD). (Rádio Itatiaia)

Água

Vai faltar água em centenas de bairros de Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, Raposos, Sabará e Santa Luzia no próximo domingo (28).  De acordo com a Copasa, o abastecimento será interrompido para a manutenção no Sistema Rio das Velhas. A pausa no abastecimento vai começar 7h de domingo. A previsão é que seja normalizado, gradativamente, a partir de 15h do mesmo dia.  O consumidor que quiser mais informações pode ligar o telefone 155. Veja aqui onde pode faltar água. (Rádio Itatiaia)