Coronavírus
O Brasil registrou 1.283 novas mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados atualizados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério da Saúde. O país chega, agora, a 220.161 vítimas da doença. No mesmo intervalo, foram registrados 63.520 casos do novo coronavírus no Brasil, elevando o total de registros para 8.996.876. Recuperaram-se 7.877.337 pessoas e estão em acompanhamento 899.378. (Agência Brasil)
Pandemia
O Brasil foi apontado como o país que pior geriu a pandemia de covid-19 no mundo por um estudo publicado pelo Lowy Institute de Sydney, na Austrália, nesta quinta-feira. O relatório analisou a crise sanitária em 98 países, com base em seis critérios, e ainda classificou a Nova Zelândia como a melhor gestão pública. Segundo a organização, para elaborar os rankings foram feitos cálculos matemáticos entre as nações que disponibilizam informações públicas e que podem ser comparadas - a China, por exemplo, ficou de fora porque não informa de maneira confiável a quantidade de testes realizados diariamente. Para elaborar a pontuação, foram analisados o número de casos e mortes confirmados, a quantidade de casos e mortes confirmadas por milhão de pessoas, a quantidade de casos confirmados em relação à quantidade de testes feitos e a quantidade de testes por mil pessoas. O período examinado foram as 36 primeiras semanas depois de que cada país confirmou seu centésimo caso da covid-19 em território nacional. "Esses indicadores pontuaram quão bem ou mal os países geriram a pandemia", diz o documento. (Ansa)
Pandemia I
Com o cálculo, a Nova Zelândia conseguiu 94.4 pontos no ranking (que vai até 100). O país de Jacinda Ardern - que tem cerca de 2,3 mil casos e 25 mortes entre seus cinco milhões de moradores - é seguido por Vietnã (90.8) e Taiwan (86.4). O primeiro europeu a aparecer na lista é a Islândia, na sétima posição, com 80.1 pontos, e o primeiro país da América do Sul é o Uruguai (75.8) na 12ª colocação. Já a Itália, a nação mais afetada em números totais na União Europeia, está na 59ª colocação, com 40.4 pontos. O Brasil obteve apenas 4.3 pontos no cálculo dos seis critérios, sendo superado ainda por México (6.5), Colômbia (7.7), Irã (15.9) e Estados Unidos (17.3). "Apesar do surto de coronavírus ter começado na China, os países da Ásia-Pacífico, na média, foram os que tiveram maior sucesso na contenção da pandemia. Em contraste, a rápida disseminação da covid-19 ao longo das principais artérias da globalização rapidamente atingiu primeiro a Europa e depois os Estados Unidos. Porém, a Europa também registrou a maior melhora no tempo do que qualquer outra região", ressalta ainda o estudo. (Ansa)
Minas
Em apenas um dia, 216 mineiros perderam a batalha contra a Covid-19. A média é de nove mortes por hora, o que elevou para 14.544 os óbitos provocados pela doença no Estado. Os números divulgados ontem são críticos, reforçam especialistas, que lançam alerta para a proximidade do Carnaval. Não haverá festa nas cidades, mas aglomerações são esperadas, o que pode derrubar ainda mais o isolamento social. Mesmo com recorde diário de vidas perdidas, o Estado flexibilizou o Minas Consciente plano elaborado para garantir a retomada segura da economia durante a pandemia. Todos os comércios e eventos estão liberados na onda vermelha, que tem, atualmente, dez regiões na lista. Dentre elas, a Central. Lá, está a Serra do Cipó, distrito de Santana do Riacho. A localidade, porém, endureceu as regras na tentativa de barrar o acesso de turistas e conter o avanço da Covid-19. O destino, um dos mais procurados pelos mineiros, terá “lockdown” nos dias em que seriam comemorados o Carnaval. Uma barreira sanitária será montada no acesso ao local. Pousadas deverão permanecer fechadas, assim como bares e restaurantes. Só os serviços essenciais – supermercados, farmácias e postos de combustíveis, dentre outros – poderão abrir as portas. E, mesmo nos estabelecimentos com autorização de funcionamento, não será permitida a venda de bebidas alcoólicas. Conforme o Estado houve uma “modernização” do Minas Consciente. Apesar do funcionamento de todas as atividades, independente da onda, restrições mais duras serão adotadas em todas as fases. Por exemplo, na onda vermelha, será permitido 50% da ocupação de hotéis e atrativos culturais. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, a alteração no plano regulamenta o funcionamento e intensifica o controle por parte dos órgãos públicos. A fiscalização será feita pelas prefeituras, que poderão contar com o apoio da Polícia Militar. (Hoje em Dia)
BH
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou na tarde desta quarta-feira (27) que a reabertura gradual do comércio está sendo analisada pelo Comitê de Enfrentamento da Pandemia. "Eu acredito que, se Deus ajudar, a gente vai começar a pensar nisso semana que vem. Nós já estamos com uma reunião marcada para amanhã e uma para sexta-feira", disse o prefeito. Por decreto, desde 11 de janeiro apenas as atividades essenciais podem funcionar na capital mineira. A decisão foi tomada por causa do avanço de casos da Covid-19. Em entrevista coletiva após a eleição da nova diretoria da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel), o prefeito fez referências à situação de Manaus, no Amazonas, que enfrenta uma grave crise no abastecimento de oxigênio. “Agora não é questão de CTI ou intubação. Agora não tem oxigênio. Estamos chegando à praia. A vacina realmente está chegando. Não tem que se enganar que tem que vacinar a população toda não. Quando tirarmos, dos hospitais, o pessoal de risco, e os profissionais de saúde e idosos estiverem vacinados, vamos cair, como o mundo está mostrando, cerca de 60% no número de casos”, afirmou Kalil. Os três indicadores de monitoramento da pandemia seguem em queda pelo segundo dia seguido em BH. Segundo dados do boletim epidemiológico divulgado nessa quarta (26), o número médio de transmissão por infectado, o RT, caiu pelo sétimo balanço consecutivo. Com isso, o índice está em 0,97, na fase controlada da escala de risco. A ocupação de leitos de UTI está em 80%, ainda na zona de alerta. O indicador caiu seis pontos percentuais em comparação ao boletim anterior. Vagas de enfermaria, têm 62,5% de ocupação. (Hoje em Dia)
Vacina
A Secretaria de Saúde de Minas desenvolveu uma ferramenta de monitoramento do número de pessoas vacinadas contra a covid-19 no estado: o vacinômetro. Por meio dele, qualquer cidadão pode acompanhar quantas pessoas já foram imunizadas e a quantidade de doses distribuídas: coronavirus.saude.mg.gov.br/vacinometro. Conforme dados inseridos no painel pelos municípios até o início da tarde desta quarta-feira (26), há 115.219 mil vacinados em Minas. Essa é a maior operação de vacinação da história do estado. Para que a ferramenta apresente dados corretos, é preciso que os municípios alimentem a ferramenta diariamente, na mesma lógica do boletim com os números relacionados à pandemia. “A transparência na comunicação é um valor para nós. Por isso, reforço o pedido de que os municípios preencham os dados com a maior agilidade possível para que o vacinômetro reflita a realidade”, pede o secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. (Rádio Itatiaia)
Idosos
Médicos estão receosos quanto à ausência de datas concretas para disponibilização de doses suficientes de vacinas contra covid-19 para imunizar os grupos de risco, principalmente os idosos. O cenário se agrava devido à chegada do outono, estação de transição para o inverno, quando há predomínio de clima frio e aumento das infecções respiratórias. A médica Cláudia Murta de Oliveira, infectologista da Santa Casa de Belo Horizonte, ressalta que além da covid-19, também preocupam os casos de influenza e de pneumonias bacterianas. “No clima frio as pessoas ficam mais juntas, as casas mais fechadas e a circulação de ar é menor”. Murta destaca: “A importância de vacinarmos os idosos antes da mudança de estação para fazer com que eles estejam mais protegidos”, ressaltando ainda a importância da participação deles nas campanhas de vacinação. Apesar da chegada da vacina, contudo, a especialista ressalva: não é o momento de abrir mão dos cuidados. “Importante que todas as pessoas entendam que neste primeiro momento não vamos poder diminuir os cuidados. É preciso manter o distanciamento social, uso de máscaras, já que a população não estará totalmente vacinada”, alerta. (Rádio Itatiaia)
Desemprego
O desemprego no Brasil teve a segunda queda seguida em 2020, ficando em 14,1% no trimestre encerrado em novembro, apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, ele ainda atingia cerca de 14 milhões de brasileiros. Na pesquisa anterior, referente ao trimestre encerrado em outubro, a taxa de desemprego havia apresentado o primeiro recuo do ano, ficando em 14,3%, 0,6 ponto percentual (p.p.) a menos que no trimestre terminado em setembro. De acordo com o IBGE, a taxa de 14,1% foi a mais alta para um trimestre terminado em novembro desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Na comparação com o mesmo trimestre de 2019, quando a taxa ficou em 11,2%, houve aumento de 2,9 p.p. do indicador. O número de desempregados variou pouco na comparação com o trimestre terminado em outubro - cerca de 100 mil a menos. Já na comparação com igual trimestre do ano anterior, essa população aumentou em cerca de 2,2 milhões de pessoas. O que explicaria o recuo da taxa é o aumento do número de pessoas ocupadas. (G1)
Unaí
Nesta quinta-feira (28), se completa 17 anos da Chacina de Unaí, crime brutal que tirou a vida de três auditores do trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho em uma emboscada na zona rural de Unaí, no Noroeste de Minas. Passado todo esse tempo, todos os envolvidos tiveram condenações pesadas, mas que não se traduziu em punição. Os quatro mandantes do crime não cumpriram nenhum tipo de pena após serem condenados pela Justiça. Os pistoleiros, conseguiram, recentemente, benefícios como prisão domiciliar. O ex-delegado do Trabalho, Carlos Calazan, faz um desabafo emocionado 17 anos depois. "Todos os acusados foram condenados a mais de 100 anos de prisão, sendo eles quatro mandantes e cinco executores. Os quatro mandantes não cumpriram um dia sequer das suas condenações e os executores todos já conseguiram progressão de pena. Não há luta mais difícil, mais doída, do que a por justiça. O crime de Unaí não pode fica impune", afirma Calazan. (Rádio Itatiaia)
Enem
A primeira edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital começa neste domingo (31). O exame será aplicado de forma piloto para um número reduzido de participantes, mas já poderá ser usado para concorrer a vagas no ensino superior. Embora seja feito pelo computador, os candidatos deverão ir até os locais de prova e, assim como no Enem impresso, levar caneta esferográfica de cor preta.“É interessante lembrar que os participantes se deslocam até o local onde existe computador - a escola, universidade, faculdade, que se cadastrou antecipadamente - e que devem levar caneta preta porque vão fazer redação em papel ainda este ano. Foi uma opção para não ter uma mudança ainda tão radical”, explica o diretor de Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Camilo Mussi, em entrevista à Agência Brasil. Ao todo, 96.086 pessoas se inscreveram no exame, mas com o cancelamento das provas no Amazonas, por causa do agravamento da pandemia do novo coronavírus, esse número caiu para 93.217 inscritos em 104 cidades brasileiras. Os inscritos no Amazonas farão o exame impresso na data da reaplicação, dias 23 e 24 de fevereiro. (Agência Brasil)
Tempo
Era 28 de janeiro de 2020. Em menos de três horas, o volume da "chuva de mil anos" ultrapassou metade do esperado para todo o mês só na região Centro-Sul de Belo Horizonte, a mais atingida. O resultado: a barragem Santa Lúcia não suportou tanta água e transbordou. Os ribeirões e córregos esquecidos por décadas abaixo do asfalto tomaram conta das vias, entre a avenida Prudente de Morais e a rua São Paulo, já no Centro da capital. Comércios, prédios e casas foram completamente alagados e tomados por lama. Os danos se acumularam em toda a região. A empresária Andrea Bahia, que tem uma pastelaria na Praça Marília de Dirceu, teve um prejuízo de quase R$ 300.000. "As três portas de ferro não suportaram a força da água, que entrou em grande volume na loja. Perdemos 12 computadores, freezers, máquina de gelo e mobiliário. Até hoje, não recuperamos, porque logo depois veio a pandemia", relata. Aquele janeiro entraria para a história de Belo Horizonte como o mês mais chuvoso desde que as medições começaram – os volumes alcançaram quase 1.000 milímetros, quando a média é de 329,1 milímetros. Em todo o ano de 2019, por exemplo, choveu pouco mais de 998 milímetros, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Um ano depois, mesmo com os fortes temporais nas primeiras semanas do mês que voltaram a assustar a capital e provocar estragos em locais como a avenida Tereza Cristina, a expectativa é de volumes abaixo do esperado para o restante do mês. "A previsão para os últimos dias de janeiro é sem chuva na região de Belo Horizonte. Claro que pode haver pancadas isoladas e rápidas, mas as chances são baixas, uma vez que os índices de umidade estão na casa dos 30%. Essa condição vai persistir, com céu claro a parcialmente nublado e temperaturas elevadas", explica o meteorologista da Geoclima, Heriberto dos Anjos. Conforme o especialista, a situação é provocada por conta da atuação de uma massa de ar quente e seca, relacionada a um sistema de alta pressão. "Não é algo muito comum de ocorrer no auge do verão", acrescenta. As máximas podem ficar acima dos 30ºC. (O Tempo)