Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro desembarca hoje (6) em Buenos Aires, na Argentina, em visita de Estado ao país, o principal parceiro comercial do Brasil na América Latina. Além do encontro com o presidente Maurício Macri, Bolsonaro se reunirá com as principais autoridades argentinas. É a primeira visita ao país vizinho e a segunda a um país sul-americano. Em março, Bolsonaro foi ao Chile, em um dos primeiros giros internacionais que fez depois que tomou posse. A corrente de comércio entre o Brasil e a Argentina (a soma de exportações e importações) atingiu US$ 26 bilhões em 2018. Embora tenha apresentado uma redução de 3,9% em relação ao ano anterior, a Argentina se manteve como o terceiro país com maior fluxo de comércio com o Brasil, atrás da China e dos Estados Unidos. A previsão é que a comitiva presidencial desembarque na capital argentina por volta das 10h (horário de Brasília), onde será recebida com honras militares. (Agência Brasil)

Lula

A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva diz que, além de ter feito a interceptação telefônica do escritório de advocacia representante do petista, a Lava Jato produziu relatórios que detalharam ao menos 14 horas de conversasentre os defensores do ex-presidente, em uma afronta à legislação. Essa é a base da principal aposta de Lula para tentar anular no STF (Supremo Tribunal Federal) a condenação do ex-presidente no caso do tríplex de Guarujá (SP). O petista está preso desde abril de 2018, após ser condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro nesse caso. Em abril deste ano, a pena foi reduzida para 8 anos, 10 meses e 20 dias pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), abrindo caminho para uma progressão ao regime semiaberto aindaneste ano. A defesa do ex-presidente, porém, ainda tenta a anulação do processo no STF com base em uma ação ingressada no ano passado e que traz como base um relato do advogado Pedro Henrique Viana Martinez. O defensor não faz mais parte da equipe contratada pelo petista, mas diz ter visto na 13ª Vara Federal de Curitiba os relatórios produzidos a partir das interceptações telefônicas do ramal-tronco do escritório Teixeira Martins & Advogados, responsável pela defesa técnica de Lula. (Folha de S. Paulo)

Beto Richa

O Ministério Público Federal no Paraná denunciou nesta quarta-feira, 5, o ex-governador Beto Richa (PSDB), seu irmão, José Richa Filho, "Pepe Richa", seu primo, Luiz Abi Antoun, e seus aliados Ezequias Moreira, Dirceu Pupo Moreira, Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller por corrupção de cerca de R$ 7,5 milhões. A força-tarefa da Operação Lava Jato afirma que, ao longo de 2014, "os acusados cometeram crimes de corrupção ativa e passiva fraude licitatória e lavagem de dinheiro, relacionadas à licitação para Parceria Público Privada para exploração e duplicação da PR-323, que liga Maringá a Francisco Alves, no noroeste do Paraná". As informações foram divulgadas pela Procuradoria. De acordo com a denúncia, Richa, Ezequias e "Pepe", em conluio com Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller, fraudaram a licitação em favor do Consórcio Rota das Fronteiras, composto, entre outras, pela empresa Tucumann Engenharia e pela Odebrecht. Em menos de um ano, entre 2018 e 2019, o tucano foi preso três vezes, alvo da Procuradoria da República e do Ministério Público do Estado do Paraná. Em março passado, Richa foi detido preventivamente, sob suspeita de obstrução de Justiça, corrupção fraude à licitação e organização criminosa - na ocasião, ele foi capturado na fase 4 da Operação Quadro Negro, por supostos desvios de R$ 22 milhões de escolas. Richa havia sido capturado também na Operação Radiopatrulha e, ainda, pelos agentes da Operação Integração, desdobramento da Lava Jato na Justiça Federal. Em todas as vezes ele acabou beneficiado por decisões judiciais e ganhou liberdade. (Agência Estado)

Previdência

Preocupados com a possível exclusão dos estados da reforma da Previdência, governadores se reúnem em Brasília na terça-feira (11) e planejam a divulgação de manifesto conjunto. Ao intensificar a articulação no Congresso, eles tentam convencer deputados a aprovarem uma reforma que também tenha validade para servidores estaduais. Governadores ouvidos pela Folha dizem que, com o encontro, eles pretendem mostrar "unidade em torno da necessidade de aprovar uma reforma por completo". A ideia é que um texto assinado pelos chefes dos Executivos estaduais dê força ao discurso uníssono. O encontro em Brasília acontece depois de os governadores constatarem, em encontro com suas bancadas, que há forte rejeição na Câmara à proposta de validar uma reforma que tenha efeito imediato para os estados e municípios. Embora o déficit previdenciário dos estados ultrapasse os R$ 90 bilhões por ano, líderes da Câmara se recusam a aprovar regras mais duras para aposentadorias de servidores estaduais e municipais. No Congresso, a avaliação é que governadores e prefeitos também assumam o desgaste político de aprovar medidas impopulares nos órgãos legislativos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, já defendeu a permanência de estados e municípios na reforma da Previdência. (Folha de S. Paulo)

Dependência química

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei aprovada pelo Congresso que autoriza a internação involuntária, sem consentimento, de dependentes químicos. A medida ainda gera divergências entre profissionais responsáveis pelo tratamento. O texto foi publicado nesta quinta-feira (5) no Diário Oficial da União. Além de endurecer a política nacional antidrogas, a lei fortalece as comunidades terapêuticas, instituições normalmente ligadas a organizações religiosas. Proposto pelo deputado Osmar Terra (MDB-RS), atual ministro da Cidadania, o projeto foi aprovado pela Câmara em 2013 e encaminhado naquele ano ao Senado, onde só foi aprovado em 15 de maio. A Lei de Drogas em vigor não trata da internação involuntária de dependentes químicos. Com a nova lei, que vale já a partir desta quinta-feira, passa a haver um clara distinção da internação voluntária e da involuntária. A lei sancionada por Bolsonaro também estabelece que a internação involuntária depende de avaliação sobre o tipo de droga consumida pelo dependente e será indicada "na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde". Pelo texto, a família ou o representante legal do paciente poderão solicitar a interrupção do tratamento "a qualquer tempo". Além disso, a lei determina que tanto a internação involuntária quanto a voluntária devem ser indicadas somente quando "os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes". (G1)

Violência

A violência de gênero é um desafio para as autoridades de segurança do Brasil. Em Minas Gerais não é diferente. Enquanto os assassinatos em geral vêm caindo durante os anos, o homicídio feminino sobe no estado. Entre 2016 e 2017, as mortes de mulheres – negras, na maioria – tiveram alta de 3,4%. Em todo o país, a alta foi de 6,3%. No mesmo período, as denúncias de assassinatos de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais triplicaram no território mineiro. Os dados fazem parte do Atlas da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado ontem. Especialistas apontam que é necessário o aprimoramento de políticas públicas, tanto para os agressores quanto para as vítimas, e dizem que o aumento das ocorrências também está ligado ao surgimento de novos canais de denúncias. (Estado de Minas)

Violência I

O estudo leva em conta os dados oficiais do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS), entre 2007 e 2017. Nos 12 meses de 2017 foram registradas 388 ocorrências de assassinatos de mulheres, 13 a mais do que em 2016, quando houve 375 casos. Em 2015, foram 415 registros, e em 2014, 403. Em todo o país, os números também cresceram. De janeiro a dezembro de 2017, foram em média 13 assassinatos por dia. Em 28,5% dos casos as mortes foram dentro de casa, o que o Ipea relaciona a possíveis casos de feminicídio e violência doméstica. Do total de mulheres assassinadas em Minas Gerais em 2017, 67,2% eram negras. Nesse grupo específico, houve alta de 5,7% nas mortes entre 2016 e 2017, com 247 e 261 casos, respectivamente. Os pesquisadores que participaram do estudo que deu origem ao Atlas da Violência de 2019 ressaltam que não há como definir se houve aumento nos registros de feminicídios – homicídio contra a mulher motivado por menosprezo, discriminação ou por violência doméstica – pelas polícias ou diminuição da subnotificação. “A Lei do Feminicídio (Lei 13.104, de 9/3/2015) é relativamente nova, de modo que pode haver processo de aprendizado em curso pelas autoridades judiciárias”, indicaram. Dados da Polícia Civil de Minas Gerais mostram que em 2018, foram registradas 157 ocorrências de feminicídio, e neste ano, de janeiro a abril, 42. (Estado de Minas)

Maculosa

Belo Horizonte e Contagem investigam 63 casos suspeitos de febre maculosa, doença com alta letalidade que é transmitida pelo carrapato-estrela. Na capital mineira são 31 notificações, sem registro de morte até o momento. Já na cidade da região metropolitana, até esta quarta-feira (5), a prefeitura foi informada que 32 pessoas teriam sido infectadas pela doença. Deste total, duas mortes foram confirmadas e duas são investigadas. A febre maculosa mata quatro a cada dez infectados. A enfermidade é mais comum entre junho e novembro, conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Nesses meses, a população de carrapatos-estrela, transmissores da bactéria, aumenta devido ao ciclo de vida da espécie. A doença provoca febre alta, manchas na pele e dores no corpo. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) de BH reforça que o tratamento imediato é fundamental para a cura da doença. "Havendo suspeita, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, com uso de antibióticos, coleta de sangue para exame e notificação do caso para investigação", explica a pasta. Nos últimos 12 anos, a capital teve 494 casos notificados de febre maculosa, sendo 20 confirmados "o que representa 4,25% confirmação das suspeitas", expõe a SMSA. A cidade da Grande BH já admitiu que enfrenta surto da doença. Todos os casos suspeitos são moradores da região do Nacional e teriam participado de um mutirão de capina no bairro Vila Boa Vista. No total, 128 pessoas entraram na mata e podem ter sido picadas e infectadas pelo carrapato-estrela. Ele fica hospedado em animais de grande porte, como cavalos e capivaras. (Hoje em Dia)

Brumadinho

O corpo praticamente intacto, encontrado nessa terça-feira (4), após 131 dias do rompimento da barragem em Brumadinho, já foi identificado e seus familiares já foram comunicados na manhã desta quarta-feira (5). Trata-se, de acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, de Cristiano Jorge Dias, de 42 anos, que trabalhava como terceirizado da Vale, na empresa Reframax. De acordo com a equipe do Corpo de Bombeiros que atuou no resgate, outros três corpos devem ser encontrados no mesmo local. "A partir do cruzamento de dados com pessoas que trabalhavam no local e com os estudos de fundo de lama, a gente conseguiu restringir esse local e a estratégia mostrou-se acertada. Acreditamos que, na mesma região em que o corpo foi encontrado, iremos encontrar cerca de três corpos desaparecidos. Só não podemos precisar se estarão no mesmo estado de conservação", afirmou o porta-voz da corporação, Pedro Aihara. O corpo foi encontrado a cerca de 10 metros de profundidade, segundo Aihara. Ele acredita que esse seja o motivo para a preservação do cadáver, mesmo com tantos dias de exposição ao solo. Isso porque os corpos encontrados em localidades em que a concentração de minério é maior tendem a ter um melhor processo de conservação. (O Tempo)

Neymar

A modelo Najila Trindade Mendes Souza, de 26 anos, suposta vítima de estupro de Neymar, confirmou sua versão em entrevista ao SBT na noite desta quarta-feira. Diante da pergunta se havia sofrido estupro ou se a relação tinha sido consentida, confirma a acusação que a levou a registrar um Boletim de Ocorrência na 6ª Delegacia de Defesa da Mulher na última sexta-feira. "Fui vítima de estupro", afirmou. Quando questionada se havia sido estupro ou apenas uma agressão, ela confirmou: "Agressão juntamente com estupro". Ela também comentou sobre a mudança de advogado nos últimos dias em meio à repercussão do caso. O escritório de advocacia Fernandes e Abreu Advogados, contratado por ela, rescindiu o contrato com a cliente. A alegação é de que ela havia relatado agressão, sem mencionar estupro, no primeiro relato. A modelo afirmou que o primeiro advogado não estava acreditando nela. "Ele não estava acreditando totalmente em mim. Eu senti preconceito da parte dele. Ele disse para mim que 'você vai ter de cortar a unha, a gente vai ter de levar isso para a frente'. Deu a entender que eu não fui estuprada. 'Você fez porque você quis. Eu vou isentar essa parte. Vou falar agressão porque eu tenho as provas, você me mostrou as provas'", afirmou a modelo, ao citar o advogado. "Ele só acreditou porque viu a foto que o próprio Neymar mandou para mim. Minha foto machucada." (Agência Estado)

Neymar I

Na entrevista, ela também confirma que Neymar pagou as despesas de viagem a Paris. O crime teria ocorrido no dia 15 de maio, na capital francesa, depois que eles se conhecerem pela rede social Instagram. "Eu falei com ele como uma pessoa comum. Era um intuito sexual, era um desejo meu. Acho que isso ficou claro para ele desde o começo", explicou a modelo. "Ele disse quando eu poderia ir e eu disse que não poderia ir por questões financeiras. E também a questão da minha agenda e do meu trabalho. Aí, ele sugeriu que eu posso resolver isso", contou ela. Segundo a modelo, a discussão começou por causa do uso de preservativo. "Eu perguntei se ele havia trazido preservativo. Eu disse que não. Então eu disse que não ia acontecer nada além daquilo. Então ele me virou, cometeu o ato. Enquanto ele cometeu o ato, ele começou a me bater violentamente", declarou. No fim da noite de sábado, Neymar decidiu se manifestar em sua página no Instagram e, na tentativa de provar sua inocência, decidiu divulgar trechos da conversa que teve com a acusadora. Entre as conversas, ele divulgou também algumas das fotos íntimas que ela o enviou. O pai do jogador saiu em defesa do filho e da divulgação das fotos. Na segunda-feira, o Instagram decidiu remover o vídeo, por violar as regras da rede social. (Agência Estado)

Neymar II

O presidente Jair Bolsonaro declarou apoio a Neymar nesta quarta-feira. O atacante da seleção brasileira é acusado de estupro por uma mulher, em crime que teria acontecido em Paris, na França, no dia 15 de maio, em um hotel de luxo da cidade. O presidente declarou também que pretende ir ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, para acompanhar o amistoso entre Brasil e Catar, nesta quarta, para abraçá-lo. "Hoje devo estar no jogo do Brasil, espero dar um abraço no Neymar antes do jogo. Está em num momento difícil, mas acredito nele. Neymar, hoje à noite estamos juntos", declarou o presidente em Aragarças (GO), a 380 quilômetros de Goiânia, durante o lançamento do projeto Juntos pelo Araguaia, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (Agência Estado)

Copa América

O atacante Neymar está fora da Copa América. Em nota oficial divulgada em seu site, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) comunicou que exames constataram a ruptura ligamentar no tornozelo direito do craque. De acordo com a CBF, por causa da gravidade da lesão, "Neymar não terá condições físicas e tempo de recuperação suficiente para participar da Copa América". A partir desta quinta-feira, a comissão técnica da Seleção Brasileira iniciará a definição de um substituto. Escalado como titular para o amistoso com o Catar, Neymar sofreu uma torção no tornozelo direito aos 15 minutos do primeiro tempo e acabou substituído por Everton. O atacante foi para o vestiário com uma bolsa de gelo no local da lesão e, ainda durante o jogo, seguiu a uma clínica para realizar exames. A Seleção Brasileira venceu o amistoso por 2 a 0. (Estado de Minas)