Paris
A comoção causada pelo atentado à sede do jornal satírico Charlie Hebdo motivou milhares de pessoas a se reunir espontaneamente em várias cidades da França para homenagear os 12 mortos, prestar solidariedade às famílias das vítimas e repudiar o ataque - que já é apontado por alguns veículos de imprensa franceses como um dos mais graves de toda a história do país. Em Paris, onde a mobilização foi convocada por sindicatos, entidades de classe e partidos políticos, uma multidão está concentrada na Praça da República, que fica próxima ao local do atentado. Muitas pessoas portam cartazes e faixas com a frase, em francês, “Eu sou Charlie”. “As pessoas não entendem o que aconteceu”, disse à Agência Brasil a jornalista Karima Saidi, que esteve na vigília e, depois, acompanhou um grupo que marchou até a prefeitura parisiense. “O que mais me chamou a atenção foi o silêncio. Às vezes, algumas pessoas gritavam algo em defesa da liberdade de expressão, mas, na maior parte do tempo, o silêncio era completo. É um ambiente muito pesado.” (Agência Brasil)
Paris I
O ataque à revista Charlie Hebdo na última quarta-feira (7), no coração de Paris, abalou o mundo do cartum, provocando a indignação entre aqueles que utilizam as charges como forma de contestação e satirização do poder e da sociedade. Mostrou que o semanário não havia sido esquecido pelos radicais islâmicos, que desde 2006 perseguem e ameaçam os profissionais do veículo pelas publicações de charges sobre o islã e o profeta Maomé. Perseguição que não irá enfraquecer a atuação dos demais cartunistas, segundo a opinião de vários deles ouvidos pelo Hoje em Dia. A morte dos franceses põe em discussão, mais uma vez, a liberdade de expressão mas, acima de tudo, o extremismo e o radicalismo que põem em risco a vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Vejam algumas manifestações aqui. (Hoje em Dia)
Fujimori
O Tribunal Constitucional do Peru ratificou a condenação a 25 anos de prisão aplicada em 2009 ao ex-presidente Alberto Fujimori por crimes contra a humanidade. A medida está em uma uma resolução publicada nessa quarta-feira (7) pelo tribunal. A decisão foi tomada em 14 de outubro, mas conhecida apenas ontem no Peru. A Justiça recusou recurso apresentado pela defesa de Fujimori para anular outra resolução sobre umhabeas corpusque foi negado e no qual era pedida a anulação da condenação por falta de provas. Na medida, publicada na página do tribunal na internet, os juízes consideram que não lhes compete determinar se o condenado deve ser libertado, porque não representa um perigo para a sociedade, ou que a sentença deve ser anulada “sob a alegação abstrata” do seu estado de saúde e idade avançada. Por outro lado, acrescentam, o lugar onde Fujimori cumpre a sentença é “competência da administração judiciária”. Fujimori, de 75 anos, foi condenado em 2009 a 25 anos de prisão. (Agência Brasil)
Comércio
O movimento do comércio varejista cresceu 3,7% em 2014, de acordo com levantamento da Serasa Experian. O balanço, divulgado nesta quarta-feira, foi feito com base em consultas feitas por 6 mil empresas à base de dados da consultoria. A expansão foi a menor para o setor nos últimos 11 anos. Em 2013 o comércio teve aumento de 5,2% em suas atividades. Os setores com melhores resultados foram supermercados, alimentos e bebidas – com alta de 3,9% –, e vestuário e calçados – crescimento de 3,4%. O ramo de combustíveis e lubrificantes registrou expansão de 1,2% e o segmento de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática teve alta de 0,9%. O único resultado negativo foi das lojas de materiais de construção, com queda de 6,5% no movimento ao longo de 2014. Segunda a Serasa, o “fraco” desempenho do comércio no último ano foi causado pela alta nos juros e na inflação, especialmente na primeira metade do ano. A queda na confiança dos consumidores e endividamento das famílias também contribuíram para o resultado, de acordo com a análise da consultoria. (Rádio Itatiaia)
Poupança
O Banco Central (BC) informou hoje (7) que os brasileiros depositaram R$ 24,033 bilhões a mais do que retiraram da caderneta de poupança em 2014. A captação da poupança caiu 66,17% em relação ao saldo de 2013, quando fechou o ano em R$ 71,047 bilhões. A captação é a menor desde os R$ 14,186 bilhões contabilizados em 2011. No mês de dezembro, a poupança ficou positiva em R$ 5,428 bilhões, ante R$ 11,201 bilhões em igual período de 2013. Apesar de positivo, o valor também é o menor para meses de dezembro desde 2011. No mês passado, os depósitos na caderneta somaram R$ 179,3 bilhões, enquanto os saques chegaram a R$ 173,8 bilhões. O valor total nas contas ficou em R$ 662,7 bilhões em dezembro. O volume dos rendimentos creditados nas cadernetas dos investidores alcançou R$ 3,57 bilhões. Do estoque das cadernetas de poupança, R$ 522,3 bilhões pertencem ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos e R$ 140,3 bilhões à poupança rural. Pela regra atual, quando a taxa Selic é maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a Taxa Referencial (TR), que é variável. Essa fórmula está em vigor desde agosto do ano passado, quando a Selic foi reajustada para 9% ao ano. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR. (Agência Brasil)
Coletivo
Quase duas semanas após o aumento de 8,5% das passagens de ônibus em Belo Horizonte, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que entrará com ação cautelar nesta semana para suspender o reajuste. A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público alega que não recebeu informações detalhadas sobre os índices que justificaram o aumento. A suspeita é que o novo valor da tarifa, de R$ 3,10, esteja acima do permitido no contrato com as empresas de ônibus. O promotor Eduardo Nepomuceno disse que solicitou à Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), ainda no ano passado, a relação dos fatores que compõem a fórmula de reajuste previsto no contrato. “A BHTrans respondeu nosso ofício sem detalhar os índices utilizados para se chegar ao aumento praticado. Como ele ficou bem acima da inflação, há uma suspeita nossa de que não foi respeitado o permissivo contratual”, explicou Nepomuceno. (O Tempo)
Metalúrgicos
Os metalúrgicos da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, fazem uma paralisação de 24 horas, em protesto contra a demissão de funcionários. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, 244 empregados foram demitidos no final de ano. A empresa confirma que houve demissões, mas não cita números. Na Volkswagen, também no ABC Paulista, funcionários entram no segundo dia de greve contra a demissão de 800 metalúrgicos. De acordo com o sindicato, a reivindicação é que as demissões sejam revertidas, por isso, a paralisação continua por tempo indeterminado. Os trabalhadores têm feito assembleias antes da entrada dos turnos de manhã, tarde e noite. A Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo emprega 11 mil pessoas: 1,2 mil delas estavam em licença remunerada. Parte desses metalúrgicos foi demitida e outra parcela teve a licença renovada até 30 de abril, segundo a empresa. Já a Volkswagen emprega 13 mil funcionários. Desde o ano passado, a empresa adota medidas como férias coletivas e suspensão temporária de contrato de trabalho (lay-off) na fábrica. Segundo a empresa, os funcionários demitidos entrarão em licença remunerada por 30 dias e depois serão desligados. (Agência Brasil)
Canela
Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União, determina a interdição cautelar do Lote 03/2014 (validade até 03/2016) do produto canela moída pura, marca Pachá, embalagem de 30g, fabricado pela empresa Arcos Com. Imp. Ltda. De acordo com o texto, laudo do Instituto Octávio Magalhães, da Fundação Ezequiel Dias, apresentou resultado insatisfatório na pesquisa de matéria estranha macroscópica e microscópica por causa da presença, acima do limite de tolerância estabelecido, de pelo de roedor. Por meio de nota, a empresa Arcos Com. Imp. Ltda. salientou que é fracionadora e empacotadora do produto e que ele é adquirido já moído e pronto para ser envasado. “O fornecedor do produto já foi informado sobre o caso e a empresa está aguardando um posicionamento", informou. Ainda de acordo com o comunicado, assim que tomou conhecimento do resultado do laudo, a Arcos tomou providências para o recolhimento imediato das unidades do lote em questão. (Rádio Itatiaia)
Raios
Minas Gerais é um dos estados que mais registra ocorrência de raios por ano. Em 2014, foram 1,1 milhão de descargas atmosféricas. O dado alarmante é que o Estado é o segundo no número de mortes. Foram 130 óbitos entre 2000 e 2013, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A última vítima, que ainda não engrossou o balanço, foi de William Carvalho, de 44 anos. Ele trabalhava em um fazenda no povoado de São José das Rosas, em Santo Antônio do Montes, região Centro-Oeste, quando foi atingido por uma descarga elétrica. O caso ocorreu em outubro de 2014 e foi o primeiro do atual período chuvoso, que se estende até abril deste ano. De acordo com o meteorologista da Cemig, Arthur Chaves, a incidência de descargas atmosféricas durante o período chuvoso é maior devido as pancadas de verão. Conforme ele, devido as condições geográficas, os raios são mais comuns nas regiões Sul, Zona da Mata e Região Metropolitana de Belo Horizonte. Antonio Saraiva, pesquisador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe, orienta que em caso de relâmpagos, as pessoas evitem ficar em locais abertos, mesmo quando ainda não há uma tempestade em curso. (Hoje em Dia)
Chikungunya
O número de casos de Febre Chikungunya no Brasil aumentou 65% num período de um mês e meio. Boletim divulgado recentemente, com registros até 27 de dezembro, mostra que até agora foram contabilizados 2.258 pacientes com a doença, provocada por um vírus transmitido pela picada dos mosquitos Aedes aegypi e Aedes albopictus. No boletim anterior, com dados até 15 de novembro, haviam sido contabilizadas 1.364 contaminações. Além 894 casos, o boletim mostra que a doença se alastra. Agora infecções ocorreram no Amapá (1.146 casos), Bahia (1.015), Mato Grosso do Sul (um), Mato Grosso do Sul (um). O Distrito Federal agora também aparece nas estatísticas, com três casos. Chamada de "prima da dengue", a febre Chikungunya provoca febre alta, dor muscular e nas articulações e manchas pelo corpo. Raramente a doença provoca a morte. No entanto, uma parcela dos pacientes, em razão das dores intensas nas articulações, precisam se submeter durante meses a tratamentos de fisioterapia. (Rádio Itatiaia)