Carnaval em BH
O Carnaval mal acabou e a Prefeitura de BH já tem um desafio pela frente: se valer de eventuais falhas cometidas neste ano para aprimorar o evento de 2016. O presidente da Belotur, Mauro Werkema, admitiu, por exemplo, que os banheiros químicos foram mal distribuídos. Por outro lado, elogiou o serviço de limpeza urbana que, na opinião dele, foi exemplar. “Fizemos todo o planejamento para atender à população, mas ainda temos muito a aprender. A cada ano, faremos as adequações necessárias”, disse. Além da disposição das cabines sanitárias – principal queixa até o momento –, Werkema citou a aproximação com os blocos como uma meta para o próximo Carnaval. Ao saber antecipadamente de um encontro, a prefeitura pode organizar a infraestrutura que será oferecida. Mais sintonia com os outros órgãos públicos envolvidos na festa é outro desafio para a Belotur. Um desentendimento com o Corpo de Bombeiros, por exemplo, atrasou a saída das 100 mil pessoas que participavam do bloco Baianas Ozadas, na última segunda-feira. “Também percebemos que será preciso aumentar a fiscalização, sobretudo em relação aos ambulantes não cadastrados”. Uma visita às cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, que têm mais experiência na festa, podem evitar novos deslizes, afirmou Werkema. “De qualquer forma, acredito que, agora, a capital já se inseriu nos roteiros dos grandes carnavais. As primeiras estimativas, segundo ele, dão conta que 1,3 milhão de pessoas estiveram nas ruas da capital participando da festa. O número oficial só será divulgado amanhã. Uma pesquisa da Secretaria de Estado de Turismo feita durante o Carnaval irá traçar o perfil dos turistas e moradores da cidade que participaram da folia na capital.
Carnaval em BH I
Superintendente de limpeza urbana da SLU, Vítor Valverde, informou que 1,6 mil contêineres de lixo e 300 latas para recicláveis serviram a cidade durante os quatro dias. Além dos funcionários que já estavam escalados, equipes ficaram de plantão para atender eventuais demandas. “Posso dizer que fizemos a limpeza de 200 eventos, imediatamente após o encerramento das festas. Em dois casos, não foi possível fazer o serviço porque as pessoas não iam embora. De qualquer forma, voltamos ao local para deixar tudo limpo”, destacou. Ele ressaltou que a faxina na cidade foi feita com água reutilizada de uma piscina da UFMG. Outro ponto positivo da festa foi a segurança pública. Segundo Werkema, a Polícia não registrou nenhuma grande ocorrência. “Só houveram prisões por furtos e brigas”. (Hoje em Dia)
Trânsito
Belo Horizonte é a terceira capital do país que mais mata no trânsito. A cada 100 mil habitantes, a taxa da cidade é de 22,5 óbitos, colocando a cidade mineira atrás apenas de Recife (PE) e Fortaleza (CE). É o que aponta o estudo “Retrato da Segurança Viária no Brasil”, realizado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e Falconi Consultores de Resultado, concluído no fim do ano passado. O levantamento ainda coloca Minas Gerais como o segundo mais mortal, em números absolutos, com 4.654 mortes. Os registros só perdem para São Paulo, com 7.256 óbitos. A pesquisa pretende auxiliar a elaboração de políticas de combate à insegurança viária no Brasil. O estudo aponta que o país está entre aqueles com maior quantidade de óbitos no trânsito do mundo, com uma média de 23,6 mortes em cada 100 mil habitantes. A evolução dos números mostra que o problema só aumenta. De 2001 a 2012, o número de mortes devido a acidentes viários aumentou 48,7% em todo o país, somando 453.779 vítimas, o que significa um óbito a cada 12 minutos. Segundo o diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho, é necessária a criação de uma agência líder que atue na coleta e organização de dados e na coordenação de todos os órgãos ligados ao trânsito. “Desta maneira, será possível estabelecer estratégias em âmbito nacional, estadual e municipal, guiadas por metas ousadas e factíveis. É fundamental ainda trabalhar em várias frentes, buscando vias e veículos mais seguros e cidadãos mais conscientes para o trânsito”, explica. A pesquisa levou em conta os últimos dados disponíveis de diversos órgãos, ou seja, entre 2001 e 2012. O material foi elaborado a partir do cruzamento de informações de fontes como a Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), da Confederação Nacional do Transporte (CNT), do Datasus – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para conhecer o conteúdo completo do estudo, clique aqui. (Hoje em Dia)
Energia
A Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace) já prepara uma ação contra os encargos que elevam o preço da eletricidade no Brasil. A previsão é que a tarifa suba 53% para o setor industrial neste ano. Levantamento realizado pela associação aponta que somente com o Encargo de Serviço do Sistema haverá um acréscimo de R$ 20 por megawatt/hora na conta das empresas. O presidente da Anace, Carlos Faria, disse que o governo está repassando para a indústria custos que deveriam ser pagos por todos os consumidores. A crise no setor elétrico coloca em xeque as possibilidades de recuperação do setor industrial, que encerrou 2014 com redução na produção e também nos postos de trabalho. “O crescimento da economia como um todo é afetado pela crise de energia. Mas a indústria já vem de uma situação difícil”, destaca o presidente Carlos Faria. E completa: “No ano passado, o consumo de energia cresceu 3,7% no Brasil e foi puxado pelas demandas residenciais e dos setores de comércio e serviços. A demanda da indústria diminuiu 3%, o que mostra queda da produtividade”. (O Tempo)
Lava Jato
A pedido da presidente Dilma Rousseff, o Ministério da Justiça rebateu em nota afirmações do juiz Sérgio Moro, que classificou em decisão como "intolerável" que advogados dos executivos presos pretendam discutir o processo judicial com autoridades políticas. Segundo o Ministério, é "dever" do ministro José Eduardo Cardozo receber os advogados. "Em decorrência da decisão judicial proferida", diz a nota, o Ministério da Justiça "esclarece e reitera que é dever do Ministro da Justiça e de quaisquer servidores públicos receber advogados no regular exercício da profissão conforme determina o Estatuto da Advocacia". O Ministério afirma ainda no texto não ter recebido em nenhum momento "qualquer solicitação" de advogados para que atuasse no sentido de "criar qualquer obstáculo ao curso das investigações em questão ou para atuar em seu favor em relação à medidas judiciais decididas pelos órgãos jurisdicionais competentes". Caso uma solicitação desse tipo tivesse sido recebida, o Ministério afirma que teria "tomado de pronto as medidas apropriadas para punição de tais condutas indevidas". (Agência Estado)
João Paulo Cunha
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-deputado do PT João Paulo Cunha a cumprir em regime aberto o restante da pena recebida no processo do mensalão. Atualmente no regime semiaberto, Cunha pode sair durante o dia para trabalhar, mas retorna à noite para a prisão. Ao progredir para o regime aberto, ele poderá cumprir em prisão domiciliar a pena imposta por peculato e corrupção passiva. Condenado a seis anos e quatro meses de prisão, o ex-deputado petista é o único do núcleo político do mensalão que ainda não havia recebido a progressão de regime. Desde o ano passado, o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, já cumprem pena em casa. Antes de deixar a prisão, Cunha deverá passar por uma audiência na Vara de Execuções das Penas e Medidas Alternativas (Vepema) do Distrito Federal, onde irá receber as orientações para cumprimento da pena em regime aberto. As audiências acontecem às terças-feiras em Brasília. (Agência Estado)
Levy
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou a cerca de 185 investidores, na manhã desta quarta-feira, que o Brasil vai conseguir cumprir a meta de superávit primário de 1,2% este ano e que o crescimento econômico está desacelerando e pode ser negativo em 2015, por conta do declínio no investimento. "A consolidação vai continuar", disse Levy, destacando que a administração de Dilma Rousseff está comprometida em entregar a meta fiscal de 1,2% de superávit primário. O ministro prometeu ter em sua gestão o maior diálogo possível com o mercado, além de transparência na política fiscal. Levy afirmou que o objetivo é criar um ambiente de confiança e que favoreça decisões de investimento. Inicialmente, ele falou dos avanços na educação do Brasil, destacando que o número de pessoas em faculdade dobrou nos últimos anos. "O Brasil tem coisas que precisam ser feitas imediatamente, mas tem passado por transformação", afirmou Levy logo no inicio de seu discurso. "Há muito ainda a ser feito no Brasil, estamos longe de onde gostaríamos." Levy fez uma apresentação de mais de uma hora na manhã desta quarta-feira para investidores e economistas, organizado pela Americas Society/Council of the Americas, pelo Brazil Investimentos e Negócios (Brain) e pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A agenda oficial do ministro nos EUA começou ontem com uma apresentação fechada para cerca de 50 pessoas em Washington. Levy deve voltar ainda hoje ao Brasil. (Agência Estado)
Plataforma
O corpo de um dos quatro funcionários brasileiros que desapareceram depois da explosão no navio-plataforma Cidade de São Mateus foi encontrado terça-feira (17). A informação foi divulgada em nota nesta terça-feira a noite pela empresa BW Offshore, que opera a plataforma a serviço da Petrobras. Com isso, sobe para seis o número de mortos no acidente. As buscas pelos três desaparecidos continuam. Cinco pessoas continuam internadas em hospitais da região metropolitana de Vitória, em situação estável. O presidente da BW Offshore, Carl Arnet, reuniu-se ontem com famílias das vítimas e dos desaparecidos no acidente e com membros da tripulação do navio-plataforma Cidade de São Mateus. Ontem (18), representantes da empresa se encontram com o Conselho Regional de Engenharia do Espírito Santo para esclarecer dúvidas acerca do registro na entidade. Ainda segundo a nota da empresa, o navio-plataforma está estável, com o casco íntegro. (Agência Brasil)
Energia
O ano mal começou, mas os impactos da falta de chuvas acenderam o alerta para um possível desabastecimento de energia no país em 2016. De acordo com o relatório de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) junto aos organismos de controle e operação do sistema elétrico nacional, aprovado no dia 4 deste mês, o risco de déficit de geração de energia no ano que vem seria de 8,13%, acima portanto do limite máximo de segurança de 5% estabelecido para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em 2017, o risco subiria para 9,74%. Os números oficiais divulgados pelo ONS, no entanto, apontam que os riscos de déficit para o mesmo período estão dentro dos limites de segurança. De acordo com o Plano da Operação Energética do órgão, o risco é de apenas 2,2% para o próximo ano e de 4,2% para 2017 no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país. Para especialistas em energia, as projeções feitas pelo TCU são até modestas perto do risco real vivido pelo país. O Diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico para o Setor Energético (Ilumina), Roberto D’araújo, explica que há equívocos nos cálculos feitos pelo ONS para estipular a quantidade de água necessária para geração de energia no Brasil. “Se somarmos a reserva de energia das regiões que mais consomem no país e dividirmos pela carga que elas geram, vamos concluir que só temos o suficiente para o próximo mês. Um problema sério dos cálculos é contabilizar anos como 1983, em que choveu muito acima da média. Não é possível considerar períodos como esse dentro da média histórica”, alerta. Outra grande preocupação de estudiosos do setor é a falta de incentivos das autoridades quanto ao uso inteligente da água e da energia. O Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde José de Castro, explica que a conscientização da população é a única medida de curto prazo que pode amenizar o problema. (Hoje em Dia)
EUA
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em deu discurso ontem (18) na Cúpula Internacional sobre a Violências e o Extremismo, que vai até esta quinta-feira (19), em Washington, manteve o tom de separar as ações dos grupos extremistas, como o Estado Islâmico (EI), do islamismo em geral. “Não estamos em guerra contra o Islamismo, mas contra aqueles que pervertem o Islamismo”, disse. Durante a sua participação no evento, que reúne representantes de 60 países – dentre os quais 14 são nações árabes, Obama voltou a combater a ideia de que a fé muçulmana, por si só é extremista. “Os terroristas não falam por um bilhão de muçulmanos”. Segundo ele, o próprio EI se beneficia do pensamento de que os muçulmanos são radicais. “Eles [EI] tentam retratar-se como líderes religiosos, guerreiros e santos em defesa do Islã”, disse. E acrescentou: “Esta é uma premissa mentirosa e não devemos conceder a esses terroristas, uma legitimidade religiosa”. Obama pediu ainda a união de países ocidentais e líderes muçulmanos para derrotar o extremismo. Uma das preocupações entre os países ocidentais e árabes, que condenam a ação do EI, é de os jovens estrangeiros recrutados regressem aos países de origem e cometam atentados terroristas. (Agência Brasil)
Buenos Aires
Promotores e políticos da oposição lideraram nesta quarta-feira (18) uma grande passeata em silêncio, um mês depois da misteriosa morte de um promotor que acusou o Irã pelo atentado antissemita de 1994 e a presidente Cristina Kirchner por acobertar os suspeitos. "Foram mais de 400 mil pessoas na marcha" em Buenos Aires, disse uma fonte da Polícia Metropolitana. Batizada nas redes sociais de "a marcha dos guarda-chuvas", pela forte chuva que caía, a grande passeata transcorreu sem incidentes e em tranquilidade, no trajeto que separa o Congresso de Buenos Aires e a Praça de Maio, em frente à sede do governo. O ato foi convocado por seis promotores opositores ao governo de Cristina Kirchner. Sob uma forte chuva, um mar de guarda-chuvas protegia a multidão nos arredores do Congresso argentino, onde os seis promotores que convocaram a homenagem ao promotor Alberto Nisman, encontrado morto mês passado em seu apartamento, foram recebidos com aplausos, bandeiras da Argentina e cartazes que pedia "justiça e verdade". Em outras cidades argentinas, como Santa Fé e Mar del Plata, centenas de cidadãos também aplaudiam nas praças em solidariedade. (O Tempo)