Coronavírus
O Brasil registra, até o momento, 422.340 mortes por covid-19. Em 24 horas, foram confirmados 1.024 óbitos e 38.911 novos casos. No total, 15.184.790 casos foram diagnosticados no país. O número de pessoas recuperadas totalizou 13.714.135 - 90,3% do total de infectados pelo novo coronavírus. Existem 3.722 mortes em investigação por equipes de saúde, dados relativos a ontem, porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente. Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado no fim da tarde deste domingo (9). O balanço é elaborado a partir dos dados sobre casos e mortes levantados pelas autoridades locais de saúde. O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (100.799), Rio de Janeiro (46.427) e Minas Gerais (36.011). As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (1.546), Amapá (1.582) e Acre (1.589). Em relação aos casos confirmados, São Paulo também lidera, com mais de 3 milhões de casos. Minas Gerais, com 1,4 milhão, e Rio Grande do Sul, com pouco mais de 1 milhão de casos, aparecem na sequência. O estado com menos casos de covid-19 é o Acre, com 79,3 mil, seguido por Roraima (98,3 mil) e Amapá (107,7 mil). (Agência Brasil)
Terceira onda
Nos meses de março e abril de 2021, 15.438 moradores de Minas Gerais perderam a vida por causa da Covid-19. Esse número corresponde a 44,3% de todos os óbitos registrados em 14 meses de pandemia, deixando claro que a segunda onda foi mais devastadora do que a primeira, ocorrida em meados do ano passado. Os indicadores estão melhorando pouco a pouco, mas a população não pode relaxar, acreditando que o pior já passou. Mas o Estado poderá vivenciar uma terceira onda da doença ainda mais mortal em breve, de acordo com Unaí Tupinambás, infectologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. A previsão de um pico ainda pior entre final de junho e início de julho está baseada nos dados da atualidade, ainda em patamares muito altos. Temos ainda muitas pessoas suscetíveis à infecção e temos uma variante (P1) que tem possibilitado uma transmissão mais fácil. E as pessoas estão cansadas e flexibilizando. Você vê, infelizmente, muitas festas e flexibilizações ainda desnecessárias”, diz o infectologista. Ele lembra ainda que o ritmo da vacinação está muito lento ainda no país. E, mesmo nos países em que a imunização acontece de maneira mais acelerada, o nível de transmissão do coronavírus ainda não está totalmente controlado. “Mesmo nos Estados Unidos ainda há muitos casos. O Chile, país que mais vacinou na América Latina, teve de fazer uma restrição de mobilidade por causa do aumento de casos. A vacinação sozinha não vai dar conta de segurar a terceira onda. Temos que ter vacina e medidas de segurança, como o uso de máscaras, duas se possível”, explica Tupinambás. (O Tempo)
Terceira onda I
O alerta é válido para todo o país. Uma projeção elaborada pelo Departamento de Saúde Pública do Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), da Universidade de Washington, em Seattle, indica que o Brasil poderá atingir a marca de 600 mil mortes por Covid. Neste momento, foram confirmados mais de 422 mil óbitos, segundo o Ministério da Saúde. Para o secretário de Saúde do Estado de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, a possibilidade de uma nova onda no meio do ano é real, mas ele acredita que ela não terá um número de casos e mortes superior ao registrado entre março e abril. “Estamos atentos a essa possibilidade. Eu, pessoalmente, não acredito em uma terceira onda com pico tão alto quanto o que vivenciamos agora, pelo crescimento da vacinação. Mas acredito que pode, sim, haver novo pico, pelo comportamento da população, porque todos estão muito cansados, e estamos preparando o Estado para esse momento”, diz o secretário, acrescentando que a pasta já se adiantou em relação às demandas por UTIs, kits para intubação e oxigênio. Segundo o secretário de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, o município tem insumos, leito e pessoal disponíveis para enfrentar uma possível terceira onda. (O Tempo)
Pfizer
O Ministério da Saúde começa a distribuir a partir desta segunda-feira (10) mais um lote com 1,12 milhão de doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech. As doses são destinadas para a primeira aplicação em pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência permanente. Segundo o ministério, todos os estados e o Distrito Federal receberão o imunizante de forma proporcional e igualitária. Na semana passada, o governo distribuiu o primeiro lote de vacinas da Pfizer com 1 milhão de doses. De acordo com a pasta, a logística de distribuição das vacinas da Pfizer foi montada levando em conta as condições de armazenamento do imunizante. No Centro de Distribuição do ministério, em Guarulhos, as doses ficam armazenadas a uma temperatura de -90°C a -60°C. Ao serem enviadas aos estados, as vacinas estarão expostas à temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de +2 a +8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias. “Em função disso, o Ministério da Saúde orienta que, neste momento, a vacinação com o imunizante da Pfizer seja realizada apenas em unidades de saúde das 27 capitais brasileiras, de forma a evitar prejuízos na vacinação e garantir a aplicação da primeira e segunda doses com intervalo de 12 semanas entre uma e outra”, informou o ministério. A vacinação contra a covid-19 começou no país no dia 18 de janeiro. Até o momento, contando com esse novo lote, foram destinadas a todas as unidades da Federação aproximadamente 75,4 milhões de doses de imunizantes. (Agência Brasil)
Butantan
O Butantan entrega nesta segunda-feira (10) mais 2 milhões de doses CoronaVac, vacina contra Covid produzida pelo Instituto em parceria com o laboratório Sinovac, ao Ministério da Saúde. Com o novo carregamento, o total de vacinas oferecidas por São Paulo ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) chega a 45 milhões de doses desde o início das entregas, em 17 de janeiro. Na quarta (12), serão enviados mais 1 milhão de doses. Os novos lotes permitirão ao Butantan concluir o primeiro contrato firmado com o governo federal para o fornecimento de 46 milhões de doses, que sofreu atraso de algumas semanas após problemas com a entrega de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) vindos da China. O governador João Doria (PSDB) esteve no local e acompanhou o carregamento dos caminhões. Durante coletiva de imprensa nesta manhã, Doria voltou a criticar as falas do presidente Jair Bolsonaro em relação ao governo chinês. Ele defendeu que tal postura dificulta a liberação dos insumos e o avanço da produção da vacina no Brasil. Na semana passada, o diretor do Instituto, Dimas Covas, alertou sobre o risco de o país ficar sem receber o insumo e que tal problema seria consequência das declarações desastrosas da gestão Bolsonaro. A China é fornecedora de insumos para a produção tanto da CoronaVac, do Instituto Butantan, como da vacina de Oxford, produzida pela Fiocruz. A CoronaVac representa mais de 75% das vacinas aplicadas no país. (G1)
Vacinação
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) amplia, a partir desta segunda-feira, os pontos de vacinação contra covid-19 para pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas na capital. A mudança ocorre após registros de filas enormes no último sábado (8), quando pessoas de 57, 58 e 59 anos foram vacinadas em 18 pontos fixos exclusivos. Nesta segunda-feira, serão 36 postos para imunizar pessoas com comorbidades de 55 e 56 anos completos até 31 de maio.A vacinação ocorrerá das 8h às 16h. Veja aqui os endereços!De acordo com a PBH, 102.039 pessoas com comorbidades e 12.221 gestantes e puérperas fizeram o cadastro até 3 de maio. Os dados excluem duplicidade, erros de preenchimento e residentes de outros municípios. A prefeitura informa que o cadastro desse público será reaberto assim que a Secretaria Municipal de Saúde receber informações de novas remessas para vacinar esses grupos. “O grupo de pessoas com comorbidades será vacinado de forma gradativa e condicionado ao recebimento de novas remessas de vacinas. Além de ter preenchido o cadastro no site, é necessário reunir documentos como exames, receitas, relatório médico e/ou prescrição médica. Esses documentos devem conter o número do registro do respectivo conselho de classe, de forma legível, e ter sido emitido em até 12 meses antes da data do cadastro”, reforça nota da PBH. A prefeitura destaca que todas as declarações apresentadas são de total responsabilidade da pessoa e de quem os emitiu. Além disso, o cadastro será enviado aos órgãos de controle externo e, em caso de informações inverídicas, ficarão sujeitos às responsabilizações administrativas, civis e penais aplicáveis. (Rádio Itatiaia)
CPI
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), falou nesse domingo (9) em "promiscuidade" por parte da gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello à frente da Saúde e defendeu que essa condução pelo general não seja confundida com a imagem do Exército brasileiro. "Fui deixar muito claro para que não queiram envolver uma instituição como o Exército brasileiro nessa promiscuidade que foi a gestão dele na Saúde. Para deixar claro isso", disse o senador ao comentar o adiamento do depoimento de Pazuello à CPI, que foi comunicado a ele pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. O senador também descartou, neste momento, convocar Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao historiador Marco Antonio Villa divulgada neste domingo no Youtube, Aziz disse que a situação que envolveu a remarcação do testemunho de Pazuello já é "ponto superado", e condenou a forma como o presidente Jair Bolsonaro se porta diante das relações com a China. "O governo não é eterno, tem mandato de quatro anos, pode ser renovado por mais quatro, mas um dia sai. Agora, nossa relação com o povo chinês é histórica. E começa aí o problema. Estamos cutucando onça com vara curta. O presidente, que é o chefe maior de uma nação, comandante de uma nação, nesse momento, o equilíbrio dele é importante para que a gente possa sair dessa pandemia", avaliou o senador. (Estadão)
CPI I
Sobre a ida de Pazuello à CPI, cujo depoimento foi remarcado para o dia 19 de maio, Aziz disse ainda que não irá discutir a "palavra" do comandante do Exército, responsável por comunicar a ele sobre a necessidade de ex-ministro entrar em quarentena após ter tido contato com infectados pela covid. "Para mim, a palavra do general Paulo Sergio tem fé pública, não vou discutir, e não quero provas, se general me falou nisso, tenho que acreditar no comandante do Exército", declarou Aziz. "Quem foi lá foi o Onyx Lorenzoni, ministro da Secretária-Geral da Presidência, que tem que estar preocupado em não contrair covid. Eu digo isso a todos que foram lá visitá-lo", afirmou também o senador sobre a visita - revelada pelo Estadão, de Onyx a Pazuello dias depois de pedir o adiamento da oitiva. Para Aziz, Bolsonaro não pode querer fazer "guerra" contra a CPI. Nesse sábado (8), o chefe do Executivo voltou a reclamar dos trabalhos da comissão, que chamou de "vexame". No dia anterior, Bolsonaro havia direcionado um recado aos membros do colegiado: "Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok?". "A nossa guerra, de todos nós, é contra o vírus, contra a covid. 'Ah, o presidente vai ser 'impeachmado'. Não, não tem nada disso. Presidente não está sendo investigado, até porque nós não podemos nem investigar o presidente. O que está sendo investigado são atos que o Ministério da Saúde ou por omissão ou por erro ou por vontade política não fez a coisa certa", respondeu Aziz sobre as críticas do presidente. (Estadão)
Minas
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada pela Assembleia Legislativa para apurar possíveis irregularidades na aplicação de vacinas contra a COVID-19 em servidores da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) está perto de obter aquele que pode ser o mais revelador depoimento da fase de interrogatórios. Os deputados estaduais se programam para ouvir o ex-chefe da pasta, Carlos Eduardo Amaral, amanhã. O médico comandava a SES-MG à época da imunização em massa e acabou demitido quando o escândalo veio à tona, no início de março. O relator do comitê, Cássio Soares (PSD), evita antecipar as recomendações a ser dadas pelos deputados, com a apuração seguindo à reta final dos trabalhos, para punição de eventuais responsáveis por vacinação irregular de trabalhadores da área administrativa. Ao Estado de Minas, o deputado disse que somente será possível decidir pelo pedido de indiciamento de pessoas — prerrogativa das investigações mantidas por casas legislativas — após o recebimento de documentos solicitados ao governo mineiro. “Com eles, vamos conseguir ‘fechar’ todas as informações solicitadas. Aí, sim, vamos poder falar em seguir para indiciamento ou qualquer outro tipo de sanção”. Para embasar parte das perguntas feitas a Carlos Amaral, os deputados aguardavam o envio, por parte do Palácio Tiradentes, de ofício detalhando suposta norma que autoriza o uso, em servidores da saúde, de vacinas destinadas à reserva técnica — doses utilizadas em casos extraordinários, como acondicionamento inadequado ou extravio. (Estado de Minas)