Números divulgados pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) indicam que subiu a quantidade de representações envolvendo infrações cometidas por jovens nas cinco regiões do país. Segundo o estudo Ministério Público, Um Retrato, eram 96 mil casos em 2011 contra 102,7 mil em 2012, um acréscimo de 7%. As representações são oferecidas pelo Ministério Público quando os crimes são mais graves, como latrocínios (roubo seguido de morte) ou assassinatos. Geralmente, as representações resultam em recolhimento do menor em centros de internação. A alta foi puxada por duas regiões do país. No Nordeste, foram 19 mil representações em 2011 contra 26,9 mil em 2012, enquanto no Sudeste o número subiu de 43,2 mil para 47,3 mil. Nas demais regiões houve queda, a mais acentuada no Norte, de 9,6 mil para 6,5 mil. (Jornal do Commercio)
Em meio à onda de protestos em todo o Brasil, um dos mais violentos ocorreu no sábado em Belo Horizonte, a Polícia Militar prevê confrontos “contundentes” com ativistas nas imediações do Mineirão, na próxima quarta-feira, quando irão jogar Brasil e Uruguai pelas semifinais da Copa das Confederações. “Eu dou o confronto como certo”, afirmou o comandante geral da PM de Minas Gerais, Márcio Sant’ana.
Em coletiva no domingo de manhã, na 1ª Região Integrada de Segurança Pública (Risp), no centro da capital mineira, Márcio Sant’ana cogitou, inclusive, o auxílio de tropas do Exército e da Companhia de Missões Especiais do Interior para garantir a realização da partida. “O jogo será realizado normalmente”, respondeu após ser questionado sobre o enfrentamento considerado inevitável com os manifestantes. Segundo o comandante, a expectativa de um confronto mais violento ainda ocorre em razão da experiência dos conflitos de sábado. No sábado, 60 mil pessoas participaram dos protestos em Belo Horizonte, mas apenas um grupo enfrentou a polícia. (O Tempo)
Dilma Rousseff vai voltar atrás parcialmente na decisão que tornou sigilosos todos os dados sobre gastos de viagens presidenciais, anunciada no fim de maio. Pressionada pelos protestos em todo o país, que exigem transparência no gasto público, a presidente vai anunciar, juntamente com outras medidas, que serão liberadas as informações sobre suas despesas, do vice Michel Temer, de ministros e assessores. Ficarão sob sigilo apenas os custos e as informações relativas à segurança. (Uol)
Líderes partidários na Câmara e no Senado foram convocados a elaborar uma nova pauta a ser votada em breve. Todas as sugestões já pensadas dizem respeito a bandeiras erguidas durante as manifestações. Entre elas, a medida provisória que destina 100% dos royalties do pré-sal para a educação, o Plano Nacional de Educação e a ampliação de isenções para empresas de transporte coletivo. Um dos alvos da onda de manifestações, o projeto que limita o poder de investigação do Ministério Público deve ser colocado em votação no dia 3 de julho, antes do recesso, segundo o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB). Porém, nos bastidores, o comentário é que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37 pode ser engavetada, em resposta aos protestos populares. O mesmo pode ocorrer com o projeto da chamada “cura gay”, aprovado na semana passada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
O Congresso pretende também fazer um amplo debate sobre mobilidade urbana. “Independentemente de Copa da Fifa, nós temos de criar um conjunto de propostas que visem a acabar com o caos urbano que tumultua a vida dos brasileiros das cidades médias e grandes há tanto tempo”, disse o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE). (O Tempo)
A Receita Federal negou, em nota, que tenha sido atacada por crackers, pessoas mal-intencionadas que quebram os esquemas de segurança e invadem redes de computadores. Segundo a Receita, a informação circulou por meio de alguns veículos de comunicação, dando conta de que uma lista com dados pessoais e patrimoniais de diversos políticos tinha sido “vazada”. No momento em que se discute, cada vez mais, o acesso indevido de dados na internet, a Receita assegura que os sistemas utilizados pelo órgão têm tecnologia “que garante o total sigilo dos dados dos contribuintes, com autenticação por certificado digital e senha”. O Fisco informou que o acesso aos sistemas “só pode ser feito por meio de equipamentos da Receita, e não por computadores particulares”. (Estado de Minas)