Transição
A primeira semana de trabalho da equipe econômica de transição definiu as prioridades do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. Na lista estão a reforma da Previdência, as privatizações, medidas de ajuste fiscal, a autonomia do Banco Central (BC) e a confirmação do nome que irá comandar a instituição. Por determinação de Bolsonaro, a reforma da Previdência deve priorizar, no Congresso Nacional, as propostas infraconsticionais, aquelas que não alteram a Constituição nem impedem a continuidade da intervenção federal na segurança no estado do Rio de Janeiro. O presidente eleito está negociando diretamente com os parlamentares em busca de acordo e consenso. Na semana passada, ele conversou durante toda uma manhã com deputados de vários partidos. Para Bolsonaro, a fixação de idade mínima para homens e mulheres se aposentarem é fundamental. Ao optar pelas medidas infraconstitucionais, o governo eleito tenta garantir que as propostas sejam aprovadas ainda este ano, pois quando há modificações na Constituição, o processo de votação passa por duas etapas na Câmara e no Senado, exigindo também um quórum de dois terços dos parlamentares. O economista Paulo Guedes, confirmado para ocupar o Ministério da Economia (que deve reunir Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços), recomenda que a discussão sobre o novo sistema para a Previdência seja ancorada na capitalização.(Agência Brasil)
Moro
As regras atuais de posse de arma são restritivas, disse o juiz Sérgio Moro, que assumirá o Ministério da Justiça no ano que vem na gestão Bolsonaro. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, exibida na noite deste domingo, 11, o magistrado afirmou que esse "não pode ser um motivo de preocupação" para as pessoas. Em sua opinião, o que está em questão com a liberação da população para que mantenha armas em casa não é "redução ou não da criminalidade", mas o cumprimento de uma promessa de campanha de Bolsonaro. "O presidente eleito tem um compromisso com os eleitores", afirmou. Questionado sobre a legalidade de posições do governador do Rio de Janeiro eleito, Wilson Witzel (PSC), que defendeu o "abate" de qualquer pessoa que porte um fuzil de criminosos, Moro respondeu que é preciso "conversar com mais cautela e ponderação (com Witzel) para saber o que se pretende". A opinião do juiz da Operação Lava Jato, no entanto, "é que não parece razoável que um policial tenha que esperar um criminoso atirar nele com uma metralhadora ou com um fuzil antes de tomar qualquer providência". Ele disse ainda ter dúvidas se a legislação já não garante a liberdade de atirar em supostos criminosos em situações de risco, mas que estudará uma reformulação legal, se necessário. (Agência Estado)
Moro I
O futuro ministro da Justiça disse que acredita não ser possível "construir uma política criminal baseada em confronto de tiroteios". E que o Estado tem que ter ações mais firmes contra as organizações criminosas e que não tem condições de se comprometer com porcentual de redução de homicídios. Sobre a redução da maioridade penal, Moro afirmou que "não existe uma posição fechada do governo. "Tem que ser discutido." Bolsonaro gostaria que a idade fosse revista para 16 anos, mas o juiz apresenta resistência. "Existe uma necessidade de proteger o adolescente, por isso se coloca a maioridade penal em 18 anos. Mas também acho que é razoável a afirmação de que mesmo um adolescente entre 16 e 18 anos já tem a compreensão de que é errado matar", acrescentou. Moro ainda negou que Bolsonaro persiga minorias, como a população homossexual. "O fato da pessoa ser heterossexual, homossexual, branco, negro, asiático... isso é absolutamente indiferente. E nada vai mudar. Eu tenho grandes amigos que são homossexuais. Algumas das melhores pessoas que eu conheço são homossexuais", disse o juiz. (Agência Estado)
BNDES
O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy será o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Atual diretor financeiro do Banco Mundial, Levy já está esvaziando suas gavetas na sede da instituição multilateral, em Washington (EUA), para se mudar para o Rio, substituindo Dyogo Oliveira no comando do banco de fomento brasileiro. Segundo uma fonte que acompanha a formação da equipe de governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, Levy assumiria o cargo sob promessa de ampliar a interação do BNDES com os organismos multilaterais, como o próprio Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Eventuais parcerias para o banco brasileiro captar recursos junto a essas instituições permitiriam ampliar o montante a ser devolvido ao Tesouro no próximo ano. A oficialização do nome de Levy para o cargo deve sair entre esta segunda e terça-feira. O economista, que mora hoje nos Estados Unidos, estava em dúvida se aceitava o convite por conta da família - que não deve voltar ao Brasil de imediato -, mas acabou dizendo sim. (Correio Braziliense)
Niterói
Subiu para 15 o número de mortos no desabamento do Morro da Boa Esperança, em Niterói. A vítima mais recente é o menino Arthur Caetano Carvalho, de 3 anos. Ele foi uma das 11 pessoas resgatadas com vida dos escombros e estava internado, em estado grave, no Hospital Estadual Azevedo Lima, que confirmou a morte em nota. De quarta-feira até sexta-feira (9), fortes chuvas atingiram o Estado do Rio, incluindo a região metropolitana, mas não houve registro de acidentes graves em outras localidades além de Niterói. Entre os mortos há cinco mulheres, dois homens, duas crianças e um bebê de dez meses de idade. Pelo menos nove casas foram atingidas pelo deslizamento no Morro da Boa Esperança, na chamada região oceânica de Niterói, mais afastada do Centro da cidade. Moradores relataram que o acidente ocorreu por volta das 4 horas da manhã. O Corpo de Bombeiros do Rio foi acionado às 5h08, segundo a assessoria de imprensa do órgão. "Choveu muito nos últimos dois dias. Niterói estava em estágio de atenção e alerta de acordo com a área e as comunidades estavam avisadas dessa situação, com recomendação para buscarem locais seguros", disse à TV GloboNews o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Roberto Robadey Costa Júnior. Sete equipes de cinco quartéis do Corpo de Bombeiros, num total de 80 homens, atuam no resgate a feridos. Moradores do local se juntaram às equipes para ajudar, voluntariamente, no trabalho de resgate. Conforme o comandante Robadey, o trabalho de remoção dos escombros e resgate das vítimas ou busca por mortos poderia levar até 48 horas. (Agência Estado)
Enem
No segundo domingo de provas, 1.610.681 estudantes faltaram ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o que representa 29,2% dos 5.513.726 inscritos. O índice é maior do que o do domingo passado, que foi de 24,9%, mas é menor que as taxas registradas no segundo dia de provas em 2016 e 2017. O ministro da Educação, Rossieli Soares, afirmou ser normal o aumento de ausências no segundo dia do exame. “O número de ausências foi menor que nos últimos anos, mas é um pouco maior do que no primeiro dia, o que é normal. Às vezes, o aluno não tem o desempenho que deseja ou imagina e acaba não indo no segundo dia”, argumentou. Neste domingo, 66 estudantes foram eliminados, a maioria por descumprimento das regras gerais do edital, como sair antes do horário permitido, usar material impresso e não atender a orientações dos fiscais. Dois foram eliminados na revista no detector de metais e por recusa na coleta dos dados biométricos. Em nenhum local, a aplicação da prova foi suspensa. “A logística da aplicação funcionou maravilhosamente bem. Foi a melhor aplicação da história do Enem”, afirmou o ministro. Os 1.752 participantes afetados, no domingo passado (4), pela interrupção de energia elétrica, em Porto Nacional (TO) e Franca (SP), têm direito à reaplicação, dia 11 de dezembro, das provas de linguagens, redação e ciências humanas. As provas para pessoas privadas de liberdade serão aplicadas dias 11 e 12 de dezembro. (Agência Brasil)
Combustivel
Mesmo com redução no mês de novembro de 10% no preço da gasolina nas refinarias, o percentual repassado ao consumidor nos postos de Belo Horizonte foi de apenas 1,15%. É o que mostra pesquisa divulgada nesta segunda-feira (12) pelo site de pesquisas Mercado Mineiro. Com isso, o 'desconto' no litro do combustível foi de seis centavos: caiu de R$ 4,88 para R$ 4,82. Confira a pesquisa completa aqui!O levantamento de preços de combustíveis foi feito entre os dias 5 a 8 de novembro de 2018 em 130 postos em Belo Horizonte e Região Metropolitana.Entre os postos de Belo Horizonte, o menor preço encontrado da gasolina comum foi R$4,655 e o maior R$5,299, variação de 13.83%. O menor preço médio da gasolina é encontrado na Região Norte: R$4,72 e o maior preço médio está na Zona Sul: R$4,93. O preço médio do litro da gasolina em Betim é de R$4.84. Já em Contagem é de R$4.76. No caso do Etanol, o valor praticado pelos postos caiu 0,61%, sendo que o valor médio fechou a semana em R$ 3,07. Com o resultado, o álcool segue a melhor opção para o bolso do consumidor. Hoje o valor médio do litro de Etanol corresponde a 64% do valor médio da Gasolina comum. O menor preço encontrado entre os postos pesquisados foi de R$2,77, enquanto o maior ficou em R$3,699, variação de 33.20%. (Rádio Itatiaia)
Inadimplência
A taxa de inadimplência ao crédito do sistema financeiro no Brasil chegou a 3,04%, ou em termos absolutos R$ 96,6 bilhões de um saldo total de R$ 3,168 trilhões. Os dados preliminares, relativos ao mês de setembro, são do Banco Central (BC). Os valores não discriminam as contas em vermelho de empresas e pessoas físicas. A inadimplência diz respeito a dívidas em atraso há mais de 90 dias. A dívida a bancos, operadores de cartão de crédito, financeiras e leasing aflige metade (52%) dos brasileiros com “nome sujo” no Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC Brasil. Conforme o birô de crédito, em setembro, 62,6 milhões de pessoas estavam “negativados”, equivalente à população da Itália ou pouco menos de um terço da população adulta com 20 anos ou mais - conforme cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 209 milhões de brasileiros,194 milhões com idade a partir de 20 anos (conforme cálculo estimado na última quinta-feira,8). Em relação às instituições financeiras, tabela das Estatísticas Monetárias de Crédito, disponível para download na página do BC, a inadimplência junto a essas instituições equivalem a 2,7% dos saldos. No caso das instituições financeiras privadas nacionais, a proporção é de 3,8%. Para as instituições financeiras estrangeiras, o percentual é de 2,6%. A maior parte do montante da inadimplência é devida aos bancos públicos (46,27%). Em segundo lugar, às instituições privadas de capital nacional (41,28%). Em terceiro lugar, às instituições de capital estrangeiro (12,45%). (Agência Estado)
Holocausto
Na noite do dia 9 para o dia 10 de novembro de 1938 o governo alemão, sob o regime nazista, autorizou o ataque físico aos judeus. Sinagogas, casas e lojas foram depredadas e queimadas. Mais de 30 mil judeus foram presos e 100 assassinados. O episódio ficou conhecido como a Noite dos Cristais pelos cacos das vitrines e janelas que cobriam as ruas no dia seguinte. Os 80 anos da data são lembrados nesta noite desta segunda-feira (12) em uma cerimônia no Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto no Bom Retiro, região central da capital paulista. A instituição foi inaugurada há um ano e já recebeu mais de 15 mil visitas. O ato pretende reunir a comunidade judaica, sobreviventes do Holocausto e autoridades. Na oportunidade, serão lançados o terceiro e quarto volume da coleção Vozes do Holocausto das pesquisadoras Maria Luiza Tucci Carneiro e Rachel Mizrahi. As obras trazem mais de 300 relatos de refugiados do nazifascismo e de sobreviventes do massacre dos judeus. As autoras fazem parte do Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação (LEER) da Universidade de S. Paulo (USP). Também será lançado o livro de fotos Sobreviventes do Holocausto do fotógrafo e membro da curadoria do memorial Luiz Rampazzo. (Agência Brasil)