Nos últimos sete dias, o Brasil registrou uma média diária de 1.036 mortes por covid-19. É a quarta semana seguida em que o número de óbitos anunciados pelas secretarias estaduais de Saúde fica acima de mil. Ao divulgar os dados da pandemia, o Estado calcula uma média móvel de ocorrências, levando em conta sempre os dados dos sete dias anteriores. A média resulta da soma de mortes dos últimos sete dias e da divisão do resultado por sete. Assim, os dados divulgados diariamente sempre incluem todos os dias da semana (de domingo a sábado, de segunda a domingo e assim por diante). Essa forma de acompanhar a evolução da pandemia dilui as oscilações bruscas provocadas pelo represamento dos dados em feriados e fins de semana, por exemplo. Aos domingos, os números absolutos de casos e mortes costumam ser menores, por atrasos nos registros das informações. Nos dias seguintes, esse atraso é compensado, o que acaba inflando os dados em dias úteis. A média móvel compensa essas variações. Neste domingo (12) o Brasil registrou 659 óbitos causados pelo novo coronavírus. Foram mais 25.364 testes positivos de infecção segundo o levantamento realizado pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. No total, 72.151 brasileiros já perderam a vida por causa da covid-19, segundo os dados do consórcio. (Agência Estado)
Mandetta
Em debate realizado neste domingo, no canal Globonews, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a tendência é que o Brasil tenha ainda alguns surtos de COVID-19 tão logo supere o pico de contaminações e até que uma vacina seja disponibilizada em massa para imunizar a população. O Brasil atingiu neste domingo 1.864.681 casos confirmados de COVID-19, com 72.100 óbitos, segundo o Ministério da Saúde. A taxa de incidência da doença é de 887 pessoas a cada 100 mil habitantes e a taxa de mortalidade é de 34 infectados a cada 100 mil habitantes. A taxa de letalidade do vírus no país é de 3,9%. “Talvez o que a gente vá assistir agora seja isso, uma epidemia com um grande pico, uma grande montanha, e depois uma sequência de pequenos morrotes até que a gente tenha uma vacina e dê uma imunidade coletiva que a gente consiga superar. Mas isso ainda no campo da suposição, ainda no campo do ‘esperamos que seja assim’”, disse Mandetta, destacando que a COVID-19 ainda não é totalmente conhecida. (Estado de Minas)
Flórida
As novas infecções pela covid-19 ficaram em 15.299 na Flórida no sábado (11), o maior aumento na comparação diária de qualquer Estado dos Estados Unidos desde o início da pandemia, enquanto dezenas de outros Estados também registravam avanços dos novos registros da doença. No sábado, o número de infecções diárias superou 60 mil pelo terceiro dia seguido nos EUA, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. A universidade aponta que o país tem quase 3,25 milhões de casos. Na sexta-feira, a Flórida havia registrado quase 5 mil novos casos. Também no sábado, Califórnia, Texas e Arizona reportaram números diários próximos de seus recordes. Apesar do cenário, a Disney levou adiante seus planos e reabriu seu parque em Orlando. O parque temático estava fechado desde 15 de março e agora voltou a operar com checagens de temperatura, capacidade reduzida e medidas de distanciamento físico. (Agência Estado)
EUA
No afã de se ver livre da pandemia do novo coronavírus, agindo como se ela não representasse um obstáculo à sua reeleição, o presidente Donald Trump lidera um processo de fritura do principal epidemiologista dos EUA, o prestigiado Anthony Fauci. Transfere para ele a responsabilidade pelo fracasso no controle da doença, questionando publicamente a competência do veterano infectologista, que, aos 79 anos, já trabalhou com cinco de seus antecessores. O descompasso entre Trump e Fauci era evidente nas entrevistas diárias concedidas inicialmente na Casa Branca até que elas foram suspensas. Agora que a epidemia não dá sinais de arrefecer nem desce do patamar de 60 mil novos casos diários, o presidente e outros integrantes de seu governo desqualificam o maior especialista em doenças infecciosas do país e o jogam para escanteio. É mais um tiro no pé. A confiança dos americanos em Fauci se mostra inabalável: 67% dos entrevistados na última pesquisa New York Times/Sienna College acreditam e seguem as orientações que ele fornece sobre o coronavírus; apenas 26% confiam nos conselhos de Trump. (G1)
ECA
No Brasil de 1990, uma em cada cinco crianças e adolescentes estava fora da escola, e uma em cada dez, entre 10 e 18 anos, não estava alfabetizada. A cada mil bebês nascidos vivos no país naquele ano, quase 50 não chegavam a completar um ano, e quase 8 milhões de crianças e adolescentes de até 15 anos eram submetidas ao trabalho infantil. Para pesquisadores e defensores dos direitos dessa população, o país deu um passo importante para mudar esse cenário naquele ano, quando foi publicado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completa 30 anos hoje (13). Passadas três décadas, o percentual de crianças e adolescentes fora da escola caiu de 20% para 4,2%, a mortalidade infantil chegou a 12,4 por mil, e o trabalho infantil deixou de ser uma realidade para 5,7 milhões de crianças e adolescentes. O estatuto considerado parte desses avanços é fruto de um tempo em que a concepção sobre os direitos das crianças e adolescentes mudou no país e no mundo. O coordenador do Programa de Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mario Volpi, conta que o Brasil participou ativamente das discussões internacionais que culminaram, em 1989, na Convenção Sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), assinada por 196 países. (Agência Brasil)
Pesquisadora
Laboratório fechado, estudos em risco, prejuízo milionário. A pandemia impactou seriamente a rotina da pesquisadora Carolina de Aguiar Ferreira, de 32 anos, que faz pós-doutorado em Boston, nos Estados Unidos. Mas, em meio ao caos, ela tem uma boa notícia para o Brasil e o mundo na área da saúde. A mineira de Belo Horizonte ganhou o primeiro lugar do prêmio de jovem pesquisador da Sociedade de Medicina Nuclear e Imagem Molecular (SNMMI), com sede na cidade norte-americana de Reston. A pesquisa desenvolve uma forma não invasiva de detectar efeitos colaterais no tratamento de câncer. Carolina vem subindo ano a ano no pódio da SNMMI, entidade internacional que existe há seis décadas e tem mais de 20 mil membros de 65 países, entre médicos, farmacêuticos e técnicos. Em 2018, participando pela primeira vez da premiação, ela ficou em terceiro lugar. Na edição seguinte, assumiu a segunda posição. Em 2020, enfim, recebeu o título de jovem pesquisadora na categoria inovação em imagem molecular. Em dinheiro, o prêmio é quase simbólico, no valor de US$ 500. (Estado de Minas)
Naja
O estudante de medicina veterinária picado por uma cobra da espécie naja, no Distrito Federal, recebeu alta, neste domingo (12), da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular. Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, está internado desde o dia 7 de julho. A informação foi confirmada pelo G1 por fontes ligadas ao hospital. Ao deixar a UTI, o jovem foi levado para o quarto, onde se recupera. Ele chegou a ficar em coma e recebeu soro antiofídico, por causa da picada da serpente – considerada uma das mais venenosas do mundo, que é originária de regiões da África e da Ásia. (G1)
Calor
Belo Horizonte e Grande BH amanhecem com céu limpo nesta segunda-feira. E o dia deve ter temperaturas em elevação devido à atuação de uma massa de ar seco. Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as máximas podem chegar aos 28 ºC na parte da tarde. A tendência é que o tempo permaneça assim até quarta-feira (15), quando a chegada de uma frente fria favorecerá o aumento da nebulosidade e consequente queda nas temperaturas. Uma das mudanças sentidas com a chegada dessa nova frente fria será a melhora na qualidade do ar. Os índices de umidade relativa do ar podem se aproximar dos 30% nesta segunda e terça-feira (14).
Apesar do aumento na nebulosidade, não há previsão de chuva. (Rádio Itataiaia)