Impeachment

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff vota nesta segunda-feira (11) o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento. A previsão é de que às 10h tenha início a reunião, na qual 25 líderes terão a palavra antes de ser encaminhada a votação. Sendo ou não aprovado o parecer, ele será analisado pelo Plenário da Casa. A expectativa é de que o relatório seja lido na primeira sessão plenária após a votação na comissão. Depois de lido, ele será publicado, o que deve ocorrer quarta-feira (13), dando início ao prazo de 48 horas para que seja votado pela plenária. Com isso, as discussões serão iniciadas sexta-feira (15) e a previsão é de que a votação seja concluída no domingo (17). Na última sexta-feira (8), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que a discussão tenderá a ser lenta. “O impeachment do Collor foi feito em dois dias. São 513 parlamentares, o que pode resultar em oito horas de votação. Prevejo, no mínimo, três dias de sessão. Não quer dizer que vá acabar no domingo. Pode acabar na segunda. Isso já aconteceu várias vezes na Casa”. (Agência Brasil)

Datafolha

Pesquisas recentes divulgada pelo Datafolha mostram que 61% das pessoas querem o impeachment de Dilma e 63% dos entrevistados avaliaram o governo ruim ou péssimo. Em relação ao levantamento anterior, feita no mês passado, houve melhora para a presidente nos dois quesitos: 68% eram favoráveis ao impeachment e 69% tinham uma avaliação negativa do governo. A pesquisa repercutiu de forma diversa entre governistas e oposicionistas do Congresso Nacional. Segundo o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), os números representam uma “sinalização” do início de uma “curva descendente da rejeição ao governo”. Para Antônio Imbassahy (BA), líder do PSDB na Câmara, a avaliação da população sobre o governo continua negativa e “não altera em nada a marcha do processo de impeachment". Segundo o levantamento feito nos dias 7 e 8 de abril, publicado na edição de domingo da Folha de S.Paulo, 60% das pessoas querem a renúncia tanto de Dilma como de Temer. Enquanto 61% se dizem favorável ao impeachment da presidente, 33% se dizem contrário a tal processo e 58% acham que Michel Temer deve sofrer impeachment. Na pesquisa anterior, feita nos dias 17 e 18 de março, a situação estava pior para o governo: 68% eram favoráveis ao impeachment de Dilma e 27% eram contrários. A pesquisa mostra que a avaliação sobre o governo de Dilma continua bastante negativa, mas apresentou uma melhora, na comparação com o levantamento feito em março. Na última pesquisa, 63% dos entrevistados avaliaram seu governo como ruim ou péssimo; 24% como regular; e 13% como ótimo ou bom. No mês anterior estes índices estavam em 69%, 21% e 10%, respectivamente. Todos os levantamentos apresentam a mesma margem de erro: dois pontos percentuais para cima ou para baixo. (Agência Estado)

Datafolha I

A pesquisa do Instituto Datafolha mostrou ainda que 77% dos brasileiros e brasileiras querem a cassação do mandado do deputado Eduardo Cunha (PMDB) que ocupa hoje a presidência da Câmara dos Deputados. O levantamento que mostra também que 11% são contrários à cassação e 9% não responderam foi divulgado neste domingo (10/04) pelo jornal Folha de São Paulo. Na última pesquisa, realizada em março deste ano, 80% queriam a cassação do deputado e 8% eram contrários. Além de ser réu na Operação Lava-Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, Eduardo Cunha é investigado no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. O parlamentar mentiu à CPI da Petrobras quando declarou não ter contas não declaradas no exterior. Ele foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) em um inquérito que aponta que ele é proprietário de contas secretas na Suíça. (Estado de Minas)

Desemprego

O Brasil dos desempregados já tem quase a mesma população de Portugal: beira os 10 milhões de habitantes. Por hora, 282 brasileiros passam a fazer parte desse contingente, segundo cálculos do economista e blogueiro do Estado Alexandre Cabral. É gente como Adeíldo dos Santos, pai de três filhos, que está sem emprego há seis meses; como o haitiano Vito Pharius, que chegou a São Paulo há um ano, sem a família, e até hoje não conseguiu assinar a carteira de trabalho. É gente como André Vernilo, de 21 anos, que acabou de pegar o diploma de relações públicas, mas não consegue achar uma vaga na área; ou como Wagner Soares, ex-funcionário de uma fábrica de autopeças, hoje vendedor ambulante no viaduto Santa Ifigênia, em São Paulo. A estimativa é de que, até o fim do ano, serão 12 milhões de histórias como essas no País. Vai ser cada vez mais difícil não conhecer alguém que esteja desempregado. E, para quem já está sem emprego, a dificuldade será encontrar portas onde bater. "Isso é muito grave, porque com exceção da agricultura, não há mais nenhum setor livre do fantasma do desemprego", diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados. "E não se trata de uma crise conjuntural, com uma queda temporária. O problema é estrutural." (Agência Estado)

Rodovias mineiras

Em tempos de corte de gastos públicos, o governo mineiro vai lançar, no segundo semestre deste ano, o edital de licitação para privatizar 12% das rodovias estaduais. Segundo a Secretaria de Transportes e Obras Públicas de Minas Gerais (Setop), 3.516 km já estão prontos para ser licitados, num total de 28,7 mil km da malha rodoviária de Minas Gerais. O governo já sinalizou que vai priorizar o regime de concessão integral e, caso não apareça interessados, estudará concessões via Parceria Público Privada (PPP). Mas já existem propostas de 14 empresas, formalizadas desde novembro de 2015 no Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI). De acordo com a Setop, a fase de análises técnicas vai terminar ainda no primeiro semestre. O desejo de transferir para a iniciativa privada os custos da manutenção das estradas sob gestão do Estado foi anunciado em maio do ano passado. Na ocasião, Fernando Pimentel estimou que haveria interesse para pelo menos 12 mil km. (O Tempo)

Samarco

A Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, deverão apresentar ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em uma reunião com o órgão na próxima terça-feira, novas medidas para conter o vazamento do complexo de Germano, em Mariana, na região Central de Minas, que continua a contaminar com rejeitos a Bacia do Rio Doce. A data é a mesma em que vence o prazo de cinco dias dado pela Justiça para que as mineradores solucionem o problema. O encontro entre as empresas e o MPMG foi confirmado ontem pelo promotor e coordenador do Núcleo de Conflitos Ambientais do órgão, Carlos Eduardo Ferreira Pinto. Ele disse que a reunião foi um pedido das mineradoras. “Estamos preparando uma equipe técnica para visitar o local, mas já temos informações preliminares de que a Samarco não conseguiu controlar o vazamento”, disse. Caso seja comprovado que a empresa não conteve a lama, ela estará sujeita a uma multa de R$ 1 milhão por dia, valor que será revertido para o fundo de auxílio às vítimas da tragédia, que matou 19 pessoas – o corpo de uma delas ainda não foi localizado. (O Tempo)

H1N1

A procura pela vacina contra a gripe H1N1 tem provocado filas em clínicas particulares em todas as regiões do País, mesmo em Estados sem registros de mortes em decorrência da doença. Do Recife a Santa Catarina, faltam imunizantes para atender à demanda e estabelecimentos passaram a agendar o atendimento para evitar a espera na porta. Com 71 mortes confirmadas no País até sexta-feira, o Ministério da Saúde deixou a cargo dos Estados a antecipação da campanha de vacinação, prevista para começar no dia 30. Estados com mais mortes até agora, São Paulo e Santa Catarina começaram a imunizar profissionais de saúde na semana passada. Nesta segunda 11, começa a vacinação para os grupos considerados prioritários: crianças de 6 meses a 5 anos, idosos e gestantes. Mesmo sem nenhuma morte pela doença registrada em Pernambuco, a procura pela imunização no Recife é grande desde o início do mês. A dentista Samanta Guerra, de 31 anos, moradora do Recife, tentou por três vezes na última semana vacinar os gêmeos Lucas e Daniel, de 2 anos. Decidiu viajar para a Paraíba em busca da imunização. (Agência Estado)

Cartão de vacina

Está faltando cartão de vacina nos postos de saúde e maternidades de Belo Horizonte. O problema dificulta o acompanhamento dos pais, que estão tendo que improvisar, escrevendo os nomes das vacinas em papéis. O cartão, um dos primeiros documentos dos recém-nascidos, é distribuído pelo Ministério da Saúde. Mãe de gêmeas, a hoteleira Manoela Lutke ficou surpresa e decepcionada com a falta de um documente básico e tão importante para os recém-nascidos. “Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Já tive um filho de quatro anos e sai da maternidade já com o cartão. Desta vez, realmente, eu fiquei revoltada e achei um absurdo”, lamentou. “Já fazem quase 40 dias e nada de cartão. Já tentei em postos de saúde e em outras maternidades e não tem”, acrescentou Manoela. Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informa que a caderneta de saúde da criança é fornecida pelo Ministério da Saúde. Ainda de acordo com a PBH, a quantidade recebida tem sido inferior à demanda. Já o Governo Estadual afirma que a distribuição dos cartões para Belo Horizonte não passa pela Secretaria Estadual de Saúde, por ser de responsabilidade do próprio Ministério da Saúde. (Rádio Itatiaia)

Mega-Sena

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 1807 da Mega-Sena sorteadas no sábado (9), em São Domingos (SC). De acordo com a Caixa Econômica Federal, o prêmio acumulado para o próximo concurso deve chegar a R$ 50 milhões. Os números sorteados foram: 01, 15, 16, 22, 25 e 43. Pela quina, 94 apostadores receberão R$ 41.428,63 individuais. Outras 7.609 apostas levarão R$ 731,14 individuais pelo prêmio da quadra. O concurso 4055 da Quina também acumulou e ninguém acertou as cinco dezenas. A quadra teve 41 acertadores, que ganharão o prêmio individual de R$ 11.280,01. No terno, houve 3.025 ganhadores, que receberão cada um R$ 218,40. Os números sorteados foram: 11, 18, 66, 69 e 78. (O Tempo)

Hiroshima

Os chefes da diplomacia do G7 (que reúne os países mais industrializados e desenvolvidos do mundo) pediram hoje um mundo sem armas nucleares na chamada Declaração de Hiroshima, após a visita histórica do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, ao memorial da cidade japonesa símbolo da bomba atômica. “Reafirmamos o compromisso de procurar um mundo mais seguro para todos e de criar as condições para um mundo sem armas nucleares, de forma a promover a estabilidade internacional”, afirmaram os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, ao final de uma reunião de dois dias. Eles citaram, entre os desafios, “as repetidas provocações da Coreia do Norte”. “Esta tarefa tornou-se mais complexa com a deterioração do ambiente de segurança em uma série de regiões, como a Síria e a Ucrânia e, principalmente, pelas repetidas provocações da Coreia do Norte”, acrescentaram. Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 (Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Japão, Itália e Estados Unidos) destacaram a importância do encontro em Hiroshima, “71 anos depois da 2ª Guerra Mundial, teatro de um horror sem precedentes no mundo”. “Ao longo dos anos tem havido uma redução significativa dos arsenais dos Estados dotados de arma nuclear”, lembraram os ministros, apelando por mais “transparência”. Um pouco antes da Declaração de Hiroshima, os chefes de diplomacia do G7, incluindo o secretário de Estado norte-americano, visitaram o memorial do Parque da Paz de Hiroshima, em homenagem às vítimas da bomba. (Agência Brasil)