Impeachment

A partir de quinta-feira, parlamentares começam a decidir não apenas o futuro da presidenta afastada Dilma Rousseff, mas os rumos do Brasil, em uma sessão que pode se estender por seis dias e se encerrar somente no dia 30. Ainda em agosto, brasileiros saberão se a presidente fica no cargo, inocentada de suposto crime de responsabilidade, ou se será afastada definitivamente, naquele que pode ser o segundo impeachment desde a redemocratização. Se o “sim” vencer, o presidente interino Michel Temer assume definitivamente o mandato. Caso o “não” prevaleça, Dilma retorna imediatamente ao cargo. O Estado de Minas entrevistou especialistas para esclarecer o que acontece com o país a partir do julgamento da presidente Dilma (confira quadro). “O Senado vai notificar a presidente afastada e o presidente interino sobre o resultado. O presidente da sessão (Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal) vai estabelecer o prazo para ou Temer voltar à vice-presidência ou para que Dilma tome ciência da condenação”, explica o professor de direito constitucional da pós-graduação da PUC Minas José Alfredo de Oliveira Baracho. De acordo com as denúncias da acusação, reforçadas pelo relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), Dilma teria cometido crime de responsabilidade ao editar três decretos de créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional. Também são citadas entre as irregularidades o atraso de repasses ao Banco do Brasil para o pagamento do programa Plano Safra, em manobra fiscal popularizada como “pedaladas fiscais”. Embora o mérito do processo não estivesse ainda em discussão, a votação do último dia 10, em que por 59 votos a 21, os senadores definiram que Dilma deveria ir a julgamento por crime de responsabilidade, já sinaliza que não será fácil para a presidente reverter o resultado. O afastamento ocorre definitivamente se 54 senadores votarem pela condenação da petista, que tem lançado mão de todos os recursos para voltar à Presidência. (Estado de Minas)

Impeachment I

A três dias do início do julgamento final de seu processo de impeachment no Senado, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou na madrugada desta segunda-feira (22), em entrevista ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), que não tem a menor intenção de renunciar ao mandato. "Não tenho a menor intenção de, em nenhum momento, renunciar. Não dou esse presente para eles", afirmou a petista na entrevista, em referência ao grupo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), a quem chamou de "usurpador golpista". Embora aliados de Dilma digam que ela já dá seu impeachment como certo, a presidente afastada declarou que lutará "até o fim" para se manter no cargo. "Realisticamente, lutarei até o fim", disse. "Jamais eu jogo a toalha". Dilma afirmou que tem conversado com senadores e vê a possibilidade de conseguir os 28 votos para se salvar. Para ela, o grupo de Temer trabalhou para antecipar a votação final do impeachment, porque tem "medo" de alguma delação premiada que mostre o "grau de comprometimento" do governo interino. Ela, que promete ir pessoalmente ao Senado para fazer sua defesa afirmou ser uma pessoa "extremamente tranquila" quando enfrenta situações adversas. O julgamento final do impeachment está previsto para começar na próxima quarta-feira (24) e pode se estender por cinco dias. (Agência Estado)

Lava Jato

Ao longo dos últimos meses, por ordem do juiz federal Sergio Moro e a pedido da força-tarefa da Lava Jato, o empreiteiro Marcelo Odebrecht teve cerca de R$ 24 milhões bloqueados em bens, entre eles uma casa de R$ 8,6 milhões em São Paulo. O empresário foi preso em 19 de junho de 2015. Condenado a 19 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa, ele negocia um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. O pedido de confisco de bens de Odebrecht foi feito pelo Ministério Público Federal em novembro de 2015. A decisão de Moro saiu em abril deste ano. Ao despachar sobre o confisco de bens, Moro afirmou que o empreiteiro foi "o principal responsável pelo pagamento das propinas" na empresa. Os confiscos estão sendo executados desde então. Além da casa de Odebrecht, também foram confiscados sete carros da família avaliados em R$ 688 mil. Moro bloqueou ainda R$ 14,5 milhões em saldo de conta, ações e aplicações bancárias. Procurada pela reportagem, a Odebrecht não se manifestou sobre o assunto. (O Tempo)

Juros

O congelamento dos juros básicos da economia não está chegando ao consumidor final. Enquanto a taxa Selic está em 14,25% ao ano desde julho do ano passado, os juros para os tomadores de crédito não pararam de subir no período. As taxas foram encarecidas pela inadimplência, que impulsionou o spread bancário – diferença entre as taxas que os bancos pagam para captar recursos e as que cobram dos consumidores. Somente num intervalo de 12 meses, o spread médio subiu 9,2 pontos percentuais. Em junho, segundo os dados mais recentes divulgados pelo Banco Central (BC), o spread atingiu 39,7% ao ano. Esse é o nível mais alto registrado desde que a autoridade monetária mudou a metodologia de apuração das taxas de juros do sistema de crédito, em 2011. Se for considerado apenas o crédito para as pessoas físicas, a diferença entre os juros de captação e aplicação correspondeu a 58,5% ao ano, alta de 13,4 pontos percentuais entre junho de 2015 e junho deste ano. Em relação aos empréstimos para as empresas, o spread atingiu 18,2% ao ano, alta de 3,2 pontos percentuais na mesma comparação. A conta inclui apenas as linhas de crédito operadas com juros livres, sem financiamentos com taxas subsidiadas como as do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou com recursos da poupança. A diferença pode ser observada quando se compara a evolução das taxas usadas na captação – quando as instituições financeiras pegam dinheiro emprestado dos correntistas e oferecem juros em aplicações como poupança e CDB – e os juros cobrados na concessão de crédito. (Agência Brasil)

Construção civil

O cimento ficou em média 1,98% mais barato em relação em agosto na comparação com o mês de julho. É o que mostra pesquisa do Procon da Assembleia de Minas que acompanha mensalmente a variação de 14 tipos de materiais de construção. Apesar da redução no preço do cimento, outros materiais encareceram 0,37%. Foram consultadas 73 revendas de cimento e outras 45 de materiais de construção entre os dias 17 e 18/8/16. O consumidor deve ficar atento também à variação de preços de um mesmo produto, dependendo do estabelecimento. Essa diferença pode ser superior a 100%, como no caso da telha de amianto e do bloco de concreto. Com relação ao cimento, as marcas que ficaram mais em conta foram a Nacional secagem lenta, com -3,45%, e a Campeão secagem rápida, com -2,81%. Todas as nove regiões da Capital pesquisadas apresentaram redução nos preços, com exceção da Noroeste, onde os preços subiram em média 2,22%. A região que registrou a maior queda percentual nos preços médios do cimento foi a Pampulha, com -6,03%. Para os materiais de construção em geral, houve queda de -6,02% na região Leste e de -5,44% na Norte. Já no Barreiro os preços subiram em média 7,52%. Os produtos que mais encareceram foram a telha de amianto, cujo aumento chega a 5,71%, e o bloco de concreto vazado, com alta de 2,39%. Por outro lado, tornaram-se mais em conta o tijolo maciço (-2,27%) e o tijolo furado (-1,54%). (Rádio Itatiaia)

Temperatura

A chegada de uma massa de ar frio polar voltou a derrubar as temperaturas na Grande BH e em outras regiões de Minas Gerais nesta segunda-feira. A tendência é de que o frio continue ao longo da semana. Segundo o instituto PUC Minas TempoClima, a menor temperatura do estado foi registrada em Maria da Fé, 4 graus. Em Belo Horizonte, a mínima foi de 13 graus e a máxima deve chegar aos 25, com umidade relativa do ar a 50%. A melhora no clima se deve tanto à massa de ar frio quanto à passagem de uma frente fria pela região Sudeste do país. Nesta segunda há previsão de chuva na Zona da Mata e nos vales do Rio Doce, Jequitinhonha e Mucuri. O calor continua no Norte de Minas, com máxima de 33 graus. A partir de amanhã, Minas terá sol entre nuvens em todas as regiões, sem possibilidade de chuva. (Estado de Minas)

Olimpíadas

Em uma festa que reforçou o que tem de melhor e extrapolou as fronteiras fluminenses para falar da arte e cultura nacional, o Rio de Janeiro se despediu dos Jogos Olímpicos na noite deste domingo (21), em cerimônia realizada no Estádio do Maracanã. Em espetáculo pensado para ressaltar a criatividade do brasileiro e sua capacidade de criar com as próprias mãos, o tom foi de celebração e congraçamento. No Maracanã, os mais de 200 países que participaram da Olimpíada de 2016 deram adeus ao Rio de Janeiro em uma cerimônia realizada sob chuva e com direito mais uma vez a muita música brasileira, principalmene o samba. Em comparação à cerimônia de abertura, o encerramento teve orçamento e tempo reduzido, o que tradicionalmente acontece em Jogos Olímpicos. Além de receber um aporte financeiro menor, com cifras finais não reveladas pelos organizadores, a apresentação final também é mais curta. Enquanto a abertura se estendeu por quatro horas, o encerramento teve duração de 2h30. A grande quantidade de lugares vazios, especialmente os mais próximos do gramado, chamou a atenção. O Maracanã ficou bem mais vazio do que na final do futebol masculino, disputada no dia anterior no mesmo estádio. Além disso, outros empecilhos testaram os criadores do espetáculo: o ensaio geral das coreografias só pode ser realizado horas antes do início da cerimônia. O tempo também não colaborou, com chuva, frio e ventos fortes durante quase toda a cerimônia. (Agência Brasil)

Olimpíadas I

Foram 19 pódios para o Brasil nos Jogos Olímpicos, um recorde na história do país. Mas o número de medalhas não foi o necessário para se chegar à meta estabelecida pelo governo e pelo Comitê Olímpico do Brasil, de ficar entre os 10 primeiros países noranking de total de medalhas. Em 2012, quando foi estabelecido pelo governo o Plano Brasil Medalhas, a meta era investimento de R$ 1 bilhão de recursos públicos em bolsas para atletas, investimento em equipes técnicas e participação em torneios internacionais e também na construção de centros de treinamentos. O Brasil terminou os Jogos do Rio em 13º no ranking com total de medalhas. Com sete ouros, o país bateu o recorde de Atenas 2004, quando foram conquistadas cinco medalhas. Ainda superou o número de medalhas de prata, com seis conquistas. Nos Jogos do Rio 2016, 358 dos 465 dos atletas brasileiros (77%) receberam apoios diretos do governo com o Bolsa Atleta. Para os esportistas, foram estabelecidas quatro tipo de bolsas: nacional (R$ 925 mensais), internacional (R$ 1.850), olímpica (R$ 3.100) e pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil). Cada bolsa é definida de acordo com os resultados dos atletas. Em 2016, está previsto o gasto de R$ 80 milhões para este benefício. Além deste incentivo, 145 atletas que estiveram nos Jogos também eram apoiados pelo Programa Atletas de Alto Rendimento das Forças Armadas, que incorporou esportistas em destaques como 3º sargento temporário nas três forças, com soldo de R$ 3.200 reais. Esses atletas conquistaram 14 medalhas na Rio 2016. Em 2016, o programa tem previsão orçamentária de R$ 43 milhões. (Agência Brasil)

Madre Teresa

O papa Francisco nomeou o arcebispo de Sarajevo (Bósnia-Herzegovina), o cardeal Vinko Pulic, como enviado especial à missa que irá celebrar a canonização da beata Madre Teresa de Calcutá em Skopje, sua cidade natal na Macedônia. A missa será no próximo dia 11 de setembro, sendo que a canonização está prevista para o dia 4, na Praça São Pedro, no Vaticano. Este é um dos eventos mais importantes do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A informação foi divulgada pela Santa Sé. Nascida em 1910, em Skopje, Madre Teresa, ou Anjezë Gonxhe Bojaxhiu, morreu em 1997, em Calcutá, na Índia, onde passou boa parte de sua vida. Sua atuação como missionária rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979, mas também a antipatia do regime de Enver Hoxha na Albânia, país ao qual pertencia Skopje na época de seu nascimento. Ela deixara a nação quando tinha apenas 18 anos e só conseguiu retornar em 1989, quando o comunismo começava a desmoronar. Seus parentes já tinham morrido, mas Madre Teresa rezou sobre seus túmulos -- e também sobre o do ditador que a separara de sua família. A futura santa morreu em setembro de 1997, seis anos antes de ser beatificada pelo papa João Paulo II. (Agência Brasil)