Sucessão municipal - empate técnico em BH
A divulgação da pesquisa DataTempo/CP2que mostra Alexandre Kalil (PHS) em vantagem numérica pela primeira vez em relação a João Leite (PSDB) acirrou os ânimos das duas campanhas. A apenas duas semanas das urnas, os dois candidatos irão intensificar o trabalho de desconstrução da imagem um do outro. De um lado, Kalil disse que os números refletem o sentimento das ruas. De outro, a equipe do tucano viu com desconfiança a evolução do adversário.
O levantamento mostra um empate técnico, com o candidato do PHS chegando a 33,9% das intenções de voto, contra 32,7% de João Leite. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos. (O Tempo)
Crise no PT
Sem acordo com a ala majoritária sobre a forma de escolha da nova direção e, principalmente, sobre o rumo que o PT deve seguir para tentar uma reconstrução, dirigentes da esquerda petista já admitem um racha no partido.
A crise na legenda ficou exposta na sexta-feira (14), quando o Muda PT, grupo que reúne as cinco maiores correntes de esquerda do partido, divulgou um documento no qual anuncia a realização de uma série de plenárias em algumas das principais cidades do País. (O Tempo)
Procurador alerta para a PEC 241
O procurador regional dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal em Minas Gerais, Edmundo Antônio Dias Netto Júnior, acusa o aumento das desigualdades sociais e a afronta à Constituição, caso a PEC 241, ou PEC dos gastos, passe pelo Congresso. Medida que limita os gastos públicos ao índice inflacionário, a Proposta de Emenda Constitucional foi alvo de uma carta técnica da Procuradoria-Geral da República. Em Minas, é a primeira vez que um integrante do Ministério Público Federal se pronuncia.
Em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia, Edmundo Dias diz que a matéria é “perdidamente inconstitucional”. Defensor de direitos humanos e sociais, Edmundo tem tido participação efetiva em ações relacionadas aos povos tradicionais em Minas Gerais, ao direito à moradia, à educação e saúde. (Hoje em Dia)
Delação de Odebrecht
O comportamento amistoso do empresário Marcelo Odebrecht, mantido desde o início da negociação de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato, mudou nas últimas duas semanas. Quem frequenta a carceragem da Polícia Federal em Curitiba diz ter encontrado o "Príncipe" - como o empreiteiro é conhecido pelos colegas de cárcere - colérico. A mudança de comportamento seria reflexo das dificuldades de seus advogados em fechar o acordo de delação nos moldes como o empresário planejou.
Três pontos travam o acerto para uma colaboração premiada com a Lava Jato. O primeiro é o tempo de prisão. Marcelo Odebrecht diz já ter permanecido tempo demais preso. Por isso, em troca do acordo, pediu para ficar dois anos e meio preso, descontado o um ano e quatro meses já cumprido. A proposta foi rejeitada pela força-tarefa da Lava Jato. Para eles, o empresário precisa ficar pelo menos mais dois anos e meio em regime fechado. (Hoje em Dia)
Brics
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou que foi "bastante positivo" o resultado da VIII Cúpula dos países membros dos Brics. "Vamos reforçar o desenvolvimento do banco dos Brics, com uma agência na África do Sul que está voltada para o financiamento de atividades de energia limpa", citou. "Foi também firmado um acordo de cooperação e pesquisa de agricultura e agropecuária com bastante profundidade para os próximos anos."
De acordo com Serra, foi firmado memorando de entendimento de ações conjuntas na área de saúde. "A Índia trouxe a ideia de práticas tradicionais de medicina e nos (coube) a parte de medicamentos. A ideia é poder desenvolver mais a produção de medicamentos de alto custo que são essenciais", disse.
O ministro destacou que a Índia é o principal parceiro do Brasil dentro dos Brics em relação ao setor de medicamentos. Ele apontou que o país produz cerca de 70% das matérias primas farmacêuticas mundiais. Segundo ele, a intenção é avaliar produtos patenteados, que têm um preço muito alto, e poder produzi-los a preços mais baixos. (Hoje em Dia)
Economia
A frustrada recuperação da economia neste segundo semestre continua afetando a arrecadação de impostos do governo federal, o que pressiona ainda mais as já combalidas finanças públicas.
Depois de um agosto ruim, quando a arrecadação da União recuou 10% ante o mesmo mês do ano passado, o pior resultado em sete anos, o recolhimento de impostos federais voltou a cair em setembro.
Levantamento feito pelos economistas José Roberto Afonso e Vilma da Conceição Pinto, da FGV, com base em registros do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) do governo federal, indica que a queda foi menos intensa do que em agosto.
Mas os dados reforçam sinais de que a recuperação da atividade econômica ainda é muito fraca para confirmar as expectativas de que o país está perto de sair da recessão. (Folha de São Paulo)
Combate à corrupção
Se a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 do teto dos gastos públicos tramita em tempo recorde na Câmara dos Deputados, atendendo metas traçadas pelo governo Michel Temer (PMDB-SP), mais de uma dezena de propostas tão ou mais importantes, como a que acaba com o foro privilegiado dos servidores dos três poderes da República – inclusive do Ministério Público –, um instrumento essencial contra a corrupção e a impunidade, seguem emperradas no Congresso. São propostas que tramitam há mais de 11 anos na Casa, mas nunca chegam ao plenário. A primeira delas foi apresentada ainda em 2005, sob os efeitos do escândalo do mensalão – esquema de pagamento de propina a parlamentares da base aliada do primeiro governo Lula em troca de aprovação de projeto de interesse do governo –, mas ficou nisso.
O assunto parece mesmo ser um tabu na Câmara dos Deputados. O novo presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), respondeu com evasivas sobre a possibilidade de essa PEC ser colocado em pauta. Em julho, logo depois de tomar posse na presidência, disse ainda não ter opinião formada sobre o tema. “Não conheço o projeto. Há um clamor da sociedade que a princípio procede. Não há nenhum tema intransponível. Assim que for aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), vamos levar para discussão com os líderes partidário”, afirmou.
Maia, no entanto, omitiu que pelo menos uma das PECs foi a plenário em 2009 e recebeu o voto contrário do atual presidente da República. À época, Michel Temer estava no comando da Casa e levou à apreciação do plenário, que rejeitou a proposta. Teve apenas 260 votos dos 308 necessários. Outros 121 deputados foram contrários e 31 abstiveram-se. Apenas PSDB, DEM e PV orientaram seus deputados a votar contra o projeto. (Estado de Minas)