Apoio na Câmara à Kalil

O prefeito eleito Alexandre Kalil (PHS) está diante de uma Câmara Municipal ainda dividida. A tendência é de que vereadores de pelo menos 11 dos 22 partidos do novo Legislativo se declarem como oposição à próxima gestão. Ao longo do primeiro turno, foram muitos os parlamentares que declararam apoio a João Leite (PSDB). Após a vitória da noite desse domingo (30), porém, alguns vereadores disseram que ainda vão definir seu posicionamento na Casa.

Para Gabriel Azevedo, vereador eleito pelo PHS e um dos principais coordenadores da campanha de Kalil, o cenário ainda está sendo construído. “É hora de acabar com essas disputas partidárias e entender que a nossa cidade precisa ser cuidada. Temos que colocar a capital mineira acima dos partidos, e chamar todo mundo que quiser fazer Belo Horizonte funcionar para trabalhar em conjunto”, afirmou.

Segundo Gabriel, a intenção é trabalhar com todos os parlamentares que “refutam o antigo modelo de ‘toma lá, dá cá’”. “Eu já conversei com mais da metade dos vereadores, e há uma expectativa única: o atual presidente da Câmara (Wellington Magalhães, do PTN) não permanece reeleito. Ainda não temos um nome, mas ele não fica presidente no novo governo”. (O Tempo)

Voto obrigatório

Presente em Belo Horizonte, nesse domingo (30), para votar, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia, afirmou ao site Uol que ficou “surpresa” com os altos índices de abstenção, votos nulos e brancos nas eleições municipais deste ano.

Apesar disso, a magistrada defendeu que seja mantida a obrigatoriedade do voto até que a população tenha “suficiente informação” para escolher seus governantes. “Sou favorável ao voto obrigatório até que educação no Brasil garanta que todo mundo tenha suficiente informação para poder se posicionar com liberdade absoluta”, disse Cármen Lúcia. (O Tempo)

Aécio perde força

A terceira derrota consecutiva em Minas do grupo político liderado pelo senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, foi um balde de água fria às pretensões do tucano ao Palácio do Planalto em 2018. Com o correligionário João Leite vencido nas urnas pelo empresário Alexandre Kalil (PHS), o neto do ex-presidente Tancredo Neves, que assedia pelo menos desde 2010 a cadeira hoje ocupada por Michel Temer (PMDB), mostrou que perdeu definitivamente a influência que exercia na política mineira.

É certo que o PSDB foi o grande vencedor nas urnas em todo o país, fato exaltado nesse domingo (30) por Aécio ao acompanhar o afilhado político na votação em Belo Horizonte. “Uma segunda onda azul está tomando conta do país, assim como já tinha acontecido no primeiro turno. O PSDB será, na história do Brasil, o partido político que governará o maior número de brasileiros”, disse o líder tucano em entrevista, ao ignorar a votação na capital mineira. (O Tempo)

Financiamento de campanha

Principal mudança nas regras das eleições deste ano, a proibição do financiamento empresarial resultou em redução de mais da metade do valor arrecadado por candidatos, segundo informou neste domingo (30) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes.


O total de doações eleitorais foi de R$ 6 bilhões em 2012 para R$ 2,8 bilhões neste ano. "Ninguém pode negar que a campanha eleitoral se tornou mais barata. Houve significativa redução da presença do dinheiro na campanha, esse é um dado positivo. Se isso é replicável para 2018, isso é algo que se responde depois", afirmou.

Ele, porém, defendeu mudanças na legislação eleitoral e citou como dado negativo o alto número de cidades em que o resultado ainda está sub judice.

Segundo dados do TSE, eleitores de 147 municípios poderão ter de voltar às urnas nos próximos meses para uma nova eleição para prefeito. Isso porque há candidatos que foram os mais votados nas eleições municipais de 2016, mas possuem recursos pendentes na Justiça Eleitoral. (Hoje em Dia)

Abstenções , brancos e nulos

Nas três principais capitais em que houve disputa em segundo turno hoje (30), a soma das abstenções e dos votos brancos e nulos superou o total de votos recebidos pelos prefeitos eleitos. Assim como havia ocorrido no primeiro turno em São Paulo, quando o prefeito eleito, João Dória (PSDB), teve menos votos (3.085.187) do que a soma dos brancos, nulos e abstenções (3.096.304), agora, no segundo turno, isso se repetiu no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Porto Alegre.

Em Curitiba, a soma das abstenções, brancos e nulos ficou um pouco abaixo do total de votos recebidos pelo prefeito eleito Rafael Greca (PMN). Greca recebeu 461.736 votos e a soma dos votos nulos (117.920), brancos (44.834) e abstenções (259.399) atingiu 422.153 votos.

No Rio de Janeiro, por exemplo, não compareceram às urnas 1.314.950 eleitores, 149.866 votaram em branco e 569.536 anularam os votos. Ou seja, 2.034.352 optaram por não votar nem em Marcelo Crivella (PRB), que venceu a disputa com 1.700.030 votos, nem em Marcelo Freixo, que conquistou 1.163.662 votos. (Agência Brasil)

Apenas uma mulher é eleita neste segundo turno

Apenas uma das 57 cidades que tiveram segundo turno hoje (30) elegeu uma mulher para a prefeitura. As candidatas eram minoria nas disputas nesta etapa do pleito, com apenas seis representantes. Dessas, apenas Raquel Lyra (PSDB) teve êxito nas urnas neste domingo, em Caruaru (PE). Ela venceu o peemedebista Tony Gel e será a primeira mulher a governar o município pernambucano.

De acordo com levantamento feito pela Agência Brasil, apenas 5,3% dos 114 políticos que concorreram ao segundo turno eram mulheres. As capitais Florianópolis e Campo Grande, que também tinham mulheres na disputa, viram Gean Loureiro (PMDB) e Marquinhos Trad (PSD) derrotarem, respectivamente, Angela Amin (PP) e Rose Modesto (PSDB). No primeiro turno, Teresa Surita (PMDB) foi a única candidata vitoriosa em uma capital, na roraimense Boa Vista.

Em Canoas (RS), o candidato Busato (PTB) conseguiu virar a disputa em 2 de outubro e venceu Beth Colombo (PRB). Os eleitores da mineira Juiz de Fora preferiram colocar na prefeitura Bruno Siqueira, que concorria com a petista Margarida Salomão. Já em Guarujá (SP), o candidato Dr Valter Suman (PSB) derrotou Haifa Madi (PPS) por uma margem pequena de votos: a diferença entre os dois foi 2.600 eleitores. (Agência Brasil)