Moro

Existe a máxima de que político desgastado não pode aparecer em estádio de futebol. Em meio à crise provocada pela divulgação, pelo site The Intercept, de conversas com procuradores da força-tarefa da Lava-Jato, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, vestiu, na semana passada, a camisa do Flamengo no Mané Garrincha, na partida contra o CSA. Foi aplaudido. Passou no teste de popularidade. Mas a grande prova ainda está por vir. Enquanto os diálogos dos chats do Telegram de Moro e de procuradores são publicados a conta-gotas pela equipe do jornalista Glenn Greenwald, Moro precisa sobreviver politicamente numa arena ainda mais hostil que o campo de futebol: o Congresso Nacional. Nesta quarta-feira, está prevista uma sabatina ao ex-juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Moro aceitou um convite para falar sobre a suposta colaboração indevida ao trabalho dos procuradores de Curitiba. A audiência foi marcada por sugestão do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, e anunciada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O líder ressaltou que a iniciativa de esclarecer os fatos partiu do próprio Moro. Mas é certo que esta foi uma opção política. O Senado é considerado um ambiente mais sóbrio, diferente da Câmara. Lá, o ministro da Justiça terá condições de argumentar sem tantos constrangimentos. “O Senado é mais ponderado, mais experiente. O ministro Moro vai se sair bem”, acredita o vice-líder do governo no Senado, Izalci Lucas (PSDB/DF). Ele ressalta que a iniciativa de participar da audiência foi positiva porque, se Moro não se oferecesse para prestar esclarecimentos, poderia ser convocado, o que representaria um constrangimento. (Correio Braziliense)

Moro I

Se tudo correr dentro do script do governo, Moro pode interromper o processo de criação de uma CPI para tratar do assunto, que está sendo chamada de “Vaza-Jato”. Também está agendada uma audiência na Câmara dos Deputados, em 26 de junho, um dia depois do julgamento na 2ª Turma do STF que definirá o destino do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A principal força de Moro é a aprovação popular à Lava-Jato. Por isso, o desempenho dele no Congresso pode definir a própria permanência no governo Bolsonaro, carimbar a nomeação para o Supremo Tribunal Federal e ainda rejeitar ou não a tese de ativismo político contra Lula no caso da denúncia do tríplex do Guarujá. Um importante magistrado que conhece os bastidores no Judiciário disse ao Correio que o desfecho já está sacramentado. Segundo ele, pelo que já veio à tona, Moro perdeu a condição de exercer a função de ministro da Justiça e virou um “fantasma”. Por isso, a chance de o STF declarar a suspeição de Moro também seria grande. (Correio Braziliense)

BNDES

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu neste domingo (16) demissão do cargo. Em mensagem enviada ao ministro da Economia, Paulo Guedes, Levy solicitou desligamento da presidência do banco e disse esperar que o ministro aceite. "Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda. Agradeço ao ministro o convite para servir ao País e desejo sucesso nas reformas", disse. Levy agradeceu ainda os funcionários do BNDES, "que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco, possibilitando que ele responda plenamente aos novos desafios do financiamento do desenvolvimento, atendendo às muitas necessidades da nossa população e confirmando sua vocação e longa tradição de excelência e responsabilidade". No sábado (15), Bolsonaro disse que Levy estava "com a cabeça a prêmio há algum tempo. Estou por aqui com o Levy”, afirmou o presidente em frente ao Palácio da Alvorada, pouco antes de embarcar para um evento no Rio Grande do Sul. O motivo do descontentamento, afirmou Bolsonaro, foi a nomeação do advogado Marcos Barbosa Pinto para o cargo de diretor de Mercado de Capitais do BNDES, responsável pelos investimentos do BNDESPar, braço de participações acionárias do banco de fomento, que administra carteira superior a R$ 100 bilhões. O presidente pediu que Levy demitisse o diretor. Para Bolsonaro, o nome não era de confiança, e “gente suspeita” não poderia ocupar cargo em seu governo. Ainda na noite desse sábado, Barbosa Pinto entregou sua carta de renúncia ao cargo. Ele foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. (Hoje em Dia)

Odebrecht

O conselho de administração da holding do grupo Odebrecht, conhecida pela sigla ODB, deve formalizar hoje o aval para um pedido de recuperação judicial. A expectativa é que a petição seja levada à Justiça ainda nesta segunda-feira, com um volume total listado superior a R$ 80 bilhões em compromissos, conforme o Valor apurou com fontes próximas a essa operação. Será a maior recuperação judicial já realizada no Brasil, acima da homologada no início de 2018 pela empresa de telefonia Oi, com R$ 64 bilhões renegociados. Dentro do valor total, mais de R$ 50 bilhões são as dívidas concursais detidas ou garantidas pelas holdings e outras subholdings do grupo que serão alvo de renegociação. O volume completo inclui, ainda, diversos compromissos dentro do próprio grupo, de empréstimos entre companhias. A Odebrecht e seus assessores financeiros e legais ainda estão trabalhando na formatação da petição inicial que listará as dívidas, conforme o Valor apurou. Os valores exatos ainda não estavam definidos até o fechamento desta edição. O processo está sendo conduzido pela RK Partners, de Ricardo Knoepfelmacher, e pelo escritório E. Munhoz Advogados, de Eduardo Munhoz. Os principais grupos de credores que estarão na recuperação judicial são os seis maiores bancos brasileiros, os detentores de bônus emitidos fora do Brasil e garantidos pela OEC (Odebrecht Engenharia e Construção) e também agências de crédito do Peru, com destaque para seguradoras. (G1)

Tecnologia

O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (16) que o governo federal estuda a possibilidade de reduzir impostos cobrados sobre a importação de produtos do setor de tecnologia da informação, entre eles, computadores e celulares. Por meio de sua conta no Twitter, Bolsonaro afirmou que a redução poderia ser de 16% para 4%. "Para estimular a competitividade e inovação tecnológica, o governo estuda, via secretaria do Ministério da Economia, a possibilidade de reduzir de 16% para 4% os impostos sobre importação de produtos de tecnologia da informação, como computadores e celulares", disse. O presidente disse que também está sendo avaliada a redução de impostos para jogos eletrônicos. (Agência Brasil)

IRPF

A Receita Federal começa a pagar hoje (17) as restituições do Imposto de Renda Pessoa Física 2019. Serão depositados R$ 5,1 bilhões nas contas de 2.573.186 contribuintes. Neste lote, receberão a restituição os 245.552 contribuintes idosos acima de 80 anos, 2.174.038 contribuintes entre 60 e 79 anos e 153.596 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave. Ao todo, serão desembolsados R$ 4,99 bilhões, do lote deste ano, a 2.551.099 contribuintes. A Receita também pagará R$ 109,6 milhões a 20.087 mil contribuintes que fizeram a declaração entre 2008 e 2018, mas estavam na malha fina. As restituições terão correção de 1,54%, para o lote de 2019, a 109,82% para o lote de 2008. Em todos os casos, os índices têm como base a taxa Selic (juros básicos da economia) acumulada entre a data de entrega da declaração até este mês. O dinheiro será depositado nas contas informadas na declaração. O contribuinte que não receber a restituição deverá ir a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para os telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para ter acesso ao pagamento. (Agência Brasil)

Sisu

Hoje (17) é o último dia para que os estudantes selecionados na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) façam a matrícula nas instituições de ensino superior públicas nas quais foram aprovados. Aqueles que não foram selecionados têm também até esta segunda-feira para aderir à lista de espera do programa. Cabe aos estudantes verificar os horários e locais de atendimento definidos por cada instituição em edital próprio. O resultado da chamada única do Sisu foi divulgado no último dia 10 e está disponível no site do programa. Os estudantes selecionados podem pleitear auxílio para pagar transporte, moradia e outras despesas nas próprias instituições de ensino superior, de acordo com determinados critérios, como renda familiar. Os programas de assistência estudantil são implementados diretamente pelas instituições. (Agência Brasil)

Barão de Cocais

A movimentação do talude norte da cava da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas, bateu recorde, atingindo o maior índice desde que o problema começou, há pouco mais de um mês. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foi registrado índice de 56 centímetros por dia, na manhã deste domingo. Ainda segundo a corporação, a tendência é de escorregamento lento e desagregado para o fundo da cava. Os alertas em relação à estrutura começaram no último dia 12, quando análises da Valedetectaram movimentação no talude. A expectativa inicial era de que ele caísse entre os dias 19 e 25 de maio, podendo afetar a Barragem Sul Superior, localizada a 1,5 quilômetro do problema. Isso porque a represa está com nível 3 de alerta (o ponto máximo e o último previsto pela mineração antes de vazamento), desde março. Com a barragem fragilizada em sua estabilidade, a vibração da queda poderia ser o estopim para o rompimento da Sul Superior. A movimentação começou com 10cm/dia e foi aumentando aos poucos. Contraindo as previsões iniciais, porções do talude começaram a se desprender gradativamente no último dia 31, deixando mais longe a hipótese de rompimento da barragem. A estrutura continua sendo monitorada 24 horas pela Vale e a Defesa Civil, que informou que o aparato de emergência montado em Barão de Cocais só será retirado quando a estabilidade da represa for garantida. (Estado de Minas)

Copa América

Apenas uma partida será disputada nesta segunda-feira (17) pela Copa América. O Japão e o Chile se enfrentam às 20h no Estádio do Morumbi, em São Paulo. A seleção japonesa é uma das equipes mais tradicionais da Ásia, sendo a principal campeã do continente, com quatro títulos. Em sua participação mais recente na Copa da Ásia, em janeiro, os japoneses perderam a final do torneio contra o outro convidado para a Copa América 2019, a Seleção Nacional do Catar. O Japão sediou a Copa do Mundo de 2002, junto com a Coreia do Sul, quando avançou para as oitavas de final. A equipe atual tem jogadores que participam de importantes competições europeias, como Takumi Minamino, Maya Yoshida e Yuya Osako. Conhecida como “La Roja”, a seleção chilena é a atual bicampeã da Copa América, após erguer o troféu em suas duas últimas edições (Chile 2015 e da Copa América Centenário, nos Estados Unidos em 2016). Esses são seus dois únicos títulos na competição. Dirigido pelo colombiano Reinaldo Rueda, o Chile tem ótimas referências para a seleção, como o goleiro Claudio Bravo, o meia Arturo Vidal e o atacante Alexis Sanchez. Dos 23 jogadores convocados, 11 disputaram a última edição da competição. (Agência Brasil)

Copa América I

A dupla de ataque do Uruguai formada por Cavani e Suárez justificou contra o Equador a fama de ser uma das principais da história da seleção. Com um primeiro tempo avassalador, o time de Oscar Tabárez marcou três gols com chances de fazer até mais. Ao final, o placar de 4 a 0 ficou barato para os equatorianos, que jogaram com um a menos desde os 25 minutos da etapa inicial do duelo disputado no Mineirão e válido pela primeira rodada do Grupo C da Copa América. Apesar da grande atuação, Cavani e Suárez, que marcaram um gol cada, foram comedidos nas declarações após a partida. O centroavante do Paris Saint-Germain disse que a vitória na estreia foi "um passo importante. "Sabíamos que seria um rival difícil. O mais importante era entrar concentrado e que cada um cumprisse sua obrigação. Concretizamos as chances no primeiro tempo. Eles ficaram com dez e também facilitou para a gente. Temos que continuar evoluindo", destacou Cavani. Suárez tratou de dividir os méritos da goleada. "Foi uma vitória do coletivo. Mesmo o placar de 4 a 0 foi um jogo difícil. Importante é que o time todo fez uma boa partida. Estreamos com os três pontos e isso é o mais importante", destacou Suárez. Quem também fez um bom jogo na etapa inicial foi o meia Lodeiro, que no Brasil defendeu o Botafogo e o Corinthians. O jogador abriu o caminho da vitória com um belo gol. Ele dominou na coxa, tirou do adversário sem deixar a bola cair e mandou para as redes. Cavani fez o segundo de voleio e Suárez, o terceiro, aproveitando escanteio. Mina (contra) fechou o placar na etapa final. O Uruguai volta a campo na quarta-feira contra o Japão, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O Equador vai pegar o Chile na segunda rodada. As equipes se enfrentam na sexta-feira, na Fonte Nova, em Salvador. (Agência Estado)

Seleção

O capitão e lateral-direito da seleção brasileira Daniel Alves voltou a comentar neste domingo sobre a relação entre a torcida e a equipe. Depois de na sexta-feira (14) criticar o silêncio do público e a falta de apoio no Morumbi durante a vitória por 3 a 0 sobre a Bolívia, pela Copa América, o jogador disse em Salvador que o comportamento de quem acompanha os jogos precisa esquecer o vínculo das paixões por clubes e passar a ser mais patriótico. O jogador mais experiente da seleção, de 36 anos, pediu para o público ser mais torcedor do Brasil e menos ligado aos seus respectivos clubes quando se está no meio de uma competição importante, como a Copa América. "O futebol no Brasil é religião e as pessoas são doutrinadas a seguir seus clubes, não sua seleção. Então, se tem um jogador do seu time, elas apoiam. Se não tiver, é o contrário. Elas levam esse sentimento", afirmou. "Mesmo se você não gosta de certo jogador, é a hora de união, que haja uma conexão", acrescentou. Na abertura da Copa América, além das vaias no intervalo, o jogo teve um ambiente mais morno. O estádio mais silencioso e de ambiente menos vibrante levou nomes como o próprio Daniel Alves, além do zagueiro Thiago Silva, a pedirem mais apoio. O Brasil venceu por 3 a 0, com gols no segundo tempo, marcados por Everton e Philippe Coutinho (duas vezes). (Agência Estado)