Veja

Irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a jornalista Andrea Neves chorou em um vídeo gravado por ela no qual rebate a acusação de que teria recebido propina da Odebrecht em uma conta bancária nos Estados Unidos. "Pra mim, como disse meu irmão ontem à noite, pouco interessa agora quem mentiu, quem é o mentiroso, se o delator ou a fonte da revista. O que interessa é a mentira. Eu não sei o que está acontecendo para tanto ódio e tanta irresponsabilidade, atacar de forma tão covarde a vida das pessoas", disse Andrea. Em reportagem publicada na última sexta-feira, a revista "Veja" revelou parte do conteúdo do que seria a delação de Benedicto Junior, ex-­pre­sidente da Odebrecht Infraestrutura. Segundo a semanal, Junior teria afirmado na delação - já homologada no Supremo Tribunal Federal - que os repasses a Aécio foram "contrapartida" ao atendimento de interesses da empreiteira em obras como a da Cidade Administrativa, em Minas, e da usina de Santo Antônio, em Rondônia, onde a Cemig (estatal mineira) integrou um consórcio. Sábado, o senador Aécio Neves convocou uma entrevista coletiva e também gravou um vídeo para rebater a reportagem. Segundo ele, o advogado do delator que teria feito as acusações teria desmentido o depoimento."Estou solicitando ao ministro (Edson) Fachin (relator da Lava Jato na corte) que abra as delações. Esses vazamentos seletivos são criminosos. Tem que parar e ser punidos", afirmou o tucano. (Agência Estado)

Dilma-Temer

O primeiro julgamento de uma chapa presidencial da história do Brasil está marcado para começar na manhã desta terça-feira (4). Caberá a sete ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinar se os então candidatos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) abusaram do poder político e econômico na campanha eleitoral de 2014. Como a petista sofreu impeachment e perdeu o cargo no ano passado, a ação pode agora levar à cassação de seu vice, tornar Dilma e Temer inelegíveis, ou poupá-los. Após a sentença, no entanto, as partes ainda poderão recorrer da decisão. Movida pelo Diretório Nacional do PSDB, a Ajie (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) de número 1943-58 foi ajuizada dias depois do segundo turno das eleições daquele ano. O primeiro ato do julgamento, que deve ter início às 9h, será a leitura do relatório da ação pelo ministro Herman Benjamin, relator do processo e corregedor-geral da Justiça Eleitoral. Sem juízo de valor, o documento, de 1.086 páginas, traz um resumo das investigações, citando trechos dos 52 depoimentos colhidos ao longo das investigações e as provas coletadas. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", o relatório aponta que ele votará pela cassação da chapa e contra a punição para tornar os dois candidatos inelegíveis. (Uol) http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/03/1871036-relator-quercassar-chapa-e-indica-manter-dilma-e-temer-elegiveis.shtml

Lava Jato

Em tempos de operações de combate à corrupção que atingem os políticos mais poderosos do Brasil, o Ministério Público (MP) não é atacado apenas por deputados e senadores, que tentam diminuir o poder de fogo das investigações. Fora da esfera institucional, as ameaças ao MP vêm do mundo virtual: o órgão é alvo de mais de 100 mil ataques cibernéticos todos os dias – e eles aumentaram significativamente após o início da Operação Lava-Jato. Existe até um mercado ilegal de contratação de hackers para invadir sites oficiais e roubar dados. Com o MP em evidência, como agora, quando todos querem ter acesso à “lista do Janot”, que pede abertura de inquérito contra vários parlamentares e ministros citados na delação premiada da empreiteira Odebrecht, os ataques se multiplicam. As informações são do procurador Marcelo Caiado, chefe da Divisão de Segurança da Informação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Apesar dessa realidade, ele afirma que as instituições brasileiras pouco investem na área. “A presidência é omissa; o gabinete de Segurança Institucional tinha que ser mais atuante”, critica. Ele conta que os ataques são de todas as ordens, desde os mais graves, como tentativas de roubo de dados e de derrubar o servidor de órgãos do estado, até o chamado script kiddie, quando curiosos, muitas vezes sem maldade, baixam programas que representam ameaça. Uma aventura on-line, porém, pode acabar com uma visita incômoda da Polícia Federal, como já ocorreu em São Paulo e no Rio de Janeiro. A Lava-Jato, maior investigação de combate à corrupção da história do país, é um desafio para a PGR. Caiado não sabe quantificar em quanto aumentaram os ataques, mas garante que eles se multiplicaram significativamente, a ponto dele ter de trocar o sistema de segurança da informação no Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, onde trabalha a força-tarefa do caso. “A operação cresceu rapidamente e tivemos que atualizar o equipamento de segurança de lá. Tivemos que fazer um trabalho muito ágil para que os procuradores pudessem continuar os trabalhos”, conta. (Estado de Minas)

Crédito

A partir deste mês, os consumidores que não conseguirem pagar integralmente a tarifa do cartão de crédito só poderão ficar no crédito rotativo por 30 dias. A nova regra, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em janeiro, entrará em vigor nesta segunda-feira (3). A medida consta da reforma microeconômica anunciada pelo governo no fim do ano passado. Os bancos tiveram pouco mais de dois meses para se adaptarem à nova regra, que obrigou as instituições financeiras a transferirem para o crédito parcelado, que cobra taxas menores, os clientes que não conseguirem quitar o rotativo do cartão de crédito nos primeiros 30 dias. Durante esse período de quase dois meses, os bancos definiram as novas taxas para o crédito parcelado. De acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a medida tem o potencial de reduzir pela metade os gastos com juros em 12 meses. (Agência Brasil)

Izidora

O prefeito Alexandre Kalil (PHS) garantiu neste domingo que nenhum morador da ocupação Izidora vai perder a moradia. Kalil visitou o local na manhã deste domingo. Formada pelas comunidades Rosa Leão, Esperança e Vitória, na região de Venda Nova, a Izidora é a maior ocupação urbana recente da América Latina, com aproximadamente 8 mil famílias. Kalil disse que cumpriu sua promessa de campanha, de não despejar ninguém do local. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) retirou recentemente duas ações de reintegração de posse da área ocupada. O prefeito ressaltou que o próximo desafio é urbanizar a área, mas não fez promessa nesse sentindo. “Agora, nós temos problema para resolver aqui: temos que urbanizar, temos que ver se temos condições, né?”, ressaltou Kalil, que quer 'viabilizar limpeza urbana, centro de saúde, escola e asfalto' na ocupação. “Tínhamos duas lutas: a primeira luta era que isso aqui tivesse paz para viver. Aqui não tem nem gato, nem galinha. Aqui é gente, gente pobre, gente que precisa. Prometi na campanha que aqui ninguém iria entrar, ninguém ia invadir. Isso já está cumprido. Agora o poder público tem responsabilidade sobre quase seis mil famílias que estão nessas ocupações”. (Rádio Itatiaia)

Montes Claros

Moradores de Montes Claros, na região Norte do Estado, voltaram a relatar tremores na cidade neste domingo. O Corpo de Bombeiros informou que não houve nenhuma ocorrência em função do tremor. Mesmo assim, várias pessoas usaram as redes sociais para relatar o ocorrido. O estudante Marcelo Oliveira, 20, mora no bairro Edgar Pereira e conta que por volta das 15h40 estava no quarto quando sentiu o chão tremendo e escutou um forte barulho. Ele relata que inicialmente não percebeu o que tinha acontecido, mas que depois escutou vizinhos comentando que havia ocorrido um tremor. O jovem diz que já tinha sentido outros terremotos na cidade e que este foi mais forte que os anteriores, embora tenha sido mais rápido. "Esse foi um baque só, os outros costumam ser mais demorados, durar uns 3 ou 4 segundos. (O Tempo)

Embaixatriz

A ex-embaixatriz Lúcia Flecha de Lima morreu neste domingo, em Brasília, aos 76 anos, vítima de um câncer. Mineira de Belo Horizonte, ela era casada com o diplomata aposentado Paulo Tarso Flecha de Lima, ex-embaixador brasileiro em Washington, Roma e Londres e ex-secretário geral do Ministério das Relações Exteriores. O corpo é velado neste domingo e será cremado nesta segunda-feira, na capital federal. O presidente Michel Temer lamentou a morte em sua conta na rede social Twitter. “Recebi com grande pesar notícia do falecimento da embaixatriz Lúcia Flecha de Lima. Meus sentimentos ao embaixador Paulo de Tarso e a sua família neste momento triste”, disse Temer. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, também lamentou a morte da ex-embaixatriz, que já foi secretária de Turismo e dirigente da Casa do Candango. “A cidade lamenta a morte da ex-embaixatriz Lucia Flecha de Lima, que prestou muitos serviços a Brasília e ao país em sua função pública de embaixatriz do Brasil nas principais capitais do mundo”, afirmou o governador. (Agência Brasil)

Equador

O Equador saiu dividido do segundo turno das eleições presidenciais, realizadas nesse domingo (2). Uma hora antes do anúncio dos resultados preliminares, que lhe davam estreita margem de vantagem, o candidato governista, Lenin Moreno, anunciou a vitória. “Serei o presidente de todos os equatorianos”, disse. Em seguida, ele pediu ao seu concorrente, o oposicionista Guillermo Lasso, que aceitasse a derrota – mas isso não aconteceu. No fim da noite, sem que a apuração das urnas tivesse terminado, Lasso anunciou que nesta segunda-feira (3) vai pedir a impugnação de todos os votos e uma segunda contagem. Ele disse ter provas de que houve fraude e pediu aos seus simpatizantes que façam uma vigília, para “evitar que se instale um governo ilegítimo no Equador”. Enquanto partidários de Lasso convocavam uma “paralisação geral cívica”, o presidente Rafael Correa comemorava a vitória de seu candidato. Com 95.64% das urnas apuradas, Moreno obteve 51.11% dos votos e Lasso 48.89 %. “A revolução voltou a triunfar no Equador. A direita derrotada, apesar de seus milhões e sua imprensa”, escreveu Correa no Twitter. (Agência Brasil)

Colômbia

Já passa de 200 o número de mortos no deslizamento de terra e nas enchentes que ocorreram entre a noite da última sexta-feira (31) e a madrugada de sábado (1º) na cidade de Mocoa, no sul da Colômbia. No entanto, o balanço tende a aumentar, já que há dezenas de desaparecidos e 220 feridos. O último balanço oficial dos órgãos de resgate contabiliza 238 vítimas, das quais pelo menos 43 são menores de idade – menos da metade dos mortos foram identificados até o momento. A tragédia foi causada pelas fortes chuvas que atingem o departamento de Putumayo, cuja capital é Mocoa, que tem cerca de 45 mil habitantes. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, já visitou a região e ordenou que as Forças Armadas ajudem a enfrentar a emergência. "É uma tragédia que lamentamos muitíssimo, e pedimos ajuda", disse o prefeito de Mocoa, José Antonio Sánchez, à rádio . Segundo ele, 17 bairros foram afetados, e o município está sem água e energia elétrica, "totalmente isolado". Ao todo, três rios transbordaram e arrastaram carros, destruíram casas e derrubaram pontes. "Minha residência está destroçada, o barro está quase no teto", acrescentou Sánchez. O governo decretou estado de calamidade pública em Mocoa e mobilizou 1,1 mil agentes na busca por desaparecidos. (Rádio Itatiaia)