Temer
A discussão e votação do parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que é contra a admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral, Moreira Franco, vão dominar os debates desta semana na Câmara dos Deputados. A votação do parecer, que foi aprovado na Comissão de Constituição e de Justiça (CCJ) por 39 votos a 26, com uma abstenção, está prevista para quarta-feira (25), e a sessão começa às 9h. Na denúncia apresentada pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot, em setembro, o presidente da República é acusado de ser um dos líderes de uma organização criminosa que atuava na Câmara. Os dois ministros são apontados como integrantes do grupo. Embora o governo precise de 172 votos, ou seja, o voto de um terço mais um dos 513 deputados, para impedir que a Câmara autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigar o presidente da República e os ministros, líderes aliados do governo intensificam os trabalhos em busca de um número expressivo de apoios ao parecer de Bonifácio de Andrada, que é contra a autorização de abertura de investigação. Os governistas também trabalham para que compareça à votação um grande número de deputados. (Agência Brasil)
Temer I
O governo está disposto a retaliar os deputados da base aliada que não apoiarem o presidente Michel Temer na votação da segunda denúncia contra ele, marcada para quarta-feira, no plenário da Câmara. Em reunião realizada na noite desse domingo, com Temer, no Palácio da Alvorada, ministros e líderes governistas avaliaram que a votação representará o mais importante teste de fidelidade da base e servirá para medir com quem o Palácio do Planalto pode ou não contar de agora em diante. Embora a ameaça não esteja sendo feita publicamente, auxiliares de Temer afirmam que os infieis perderão cargos no governo, o que pode levar à necessidade de uma reforma ministerial. O diagnóstico é que a pressão do Palácio do Planalto servirá para parlamentares indecisos reavaliarem posições, porque os partidos não vão querer perder postos estratégicos às vésperas de um ano eleitoral. (Agência Estado)
Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em entrevista ao jornal espanhol El Mundo, que vai propor um referendo revogatório de "muitas das medidas aprovadas" pelo governo de Michel Temer, como uma proposta para recuperar o País caso seja eleito presidente em 2018. "É criminoso ter uma lei que limite durante 20 anos o investimento do Estado. No Brasil, ainda faltam coisas básicas, como saneamento, tratamento de água casas", disse. Questionado sobre a boa repercussão no mercado do governo Michel Temer, Lula disse que isso é claro, uma vez que querem privatizar o País. Na entrevista, ele disse que quer voltar a ser presidente para mostrar ao mundo que o País pode funcionar. "Não há ninguém que saiba governar o povo mais necessitado como eu faço", afirmou. O ex-presidente creditou a crise vivida no País à perda de credibilidade, algo que, segundo ele, foi efeito das manifestações iniciadas em junho de 2013. (Agência Estado)
Acrônimo
A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito da Operação Acrônimo e indiciou oito pessoas, entre os quais o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho e a primeira-dama de Minas Gerais Carolina Oliveira, mulher do governador Fernando Pimentel (PT). O relatório foi revelado no domingo (22) pelo colunista do jornal "O Globo" Lauro Jardim. O governador mineiro – apontado pela PF como coordenador da "organização criminosa" – não foi indiciado por ter direito a foro privilegiado. Os policiais, entretanto, encaminharam o relatório com os indícios contra Pimentel ao gabinete do ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A PF aponta no inquérito que o governador de Minas atuou com a ajuda de Luciano Coutinho para favorecer o Grupo Casino em sua fusão com o Grupo Pão de Açúcar. Foram indiciados, além de Coutinho e da mulher de Pimentel, o consultor Mario Rosa e o ex-diretor do grupo Casino Ulisses Kameyama. De acordo com o relatório da Polícia Federal, Coutinho auxiliou Pimentel quando era ministro da Indústria e Comércio, no governo Dilma Rousseff. Os dois, segundo os policiais federais, atuaram para prejudicar o empresário Abílio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, que vivia em guerra societária com o grupo Casino. (G1)
Acrônimo I
O advogado de Fernando Pimentel, Eugenio Pacelli, disse em nota que o governador de Minas Gerais "repele veementemente" a conclusão do relatório da Polícia Federal no âmbito da Operação Acrônimo. "Nem tudo que reluz é ouro. A Acrônimo se tornou anacrônica, do ponto de vista das provas", comentou Pacelli sobre as acusações de que o petista teria atuado para favorecer o Grupo Casino. Para a defesa de Carolina de Oliveira, mulher de Pimentel, o relatório "é mais uma tentativa de manter de pé uma investigação frágil e eivada de irregularidades, que se arrasta há mais de 2 anos e que jamais encontrou qualquer ligação ilícita entre os envolvidos". "Refutamos veemente as conclusões da autoridade policial neste inquérito e reafirmamos nossa confiança na Justiça, que saberá examinar com a necessária isenção e, ao final, rejeitar as acusações, todas elas desprovidas de qualquer fundamento", comentou o advogado Thiago Bouza ao Estado. Já o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho afirmou que todas as decisões tomadas por ele envolvendo a tentativa de fusão entre Carrefour e Pão de Açúcar "estiveram dentro da mais absoluta legalidade e lisura" e que "nunca recebeu qualquer tipo de vantagem decorrente do referido processo nem tem conhecimento de que alguma outra pessoa o tenha feito". De acordo com Coutinho, a cláusula contratual que exigia inexistência de litígio entre o Pão de Açúcar e o Grupo Casino "não foi inserida pelo então presidente do banco e sim determinada pelo comitê de enquadramento e crédito do BNDES". Segundo o ex-presidente, "trata-se de cláusula usual e prudente em negócios com potencial de litígio, o que naturalmente pode inviabilizar a transação". Além disso, ele alega que a contratação da MR Consultoria foi feita posteriormente à definição da cláusula. (O Tempo)
Goiás
A juíza plantonista Mônica Cézar Moreno Senhorello acatou o pedido do Ministério Público de Goiás e determinou na noite deste sábado (21/10), a internação provisória, pelo prazo de 45 dias, do adolescente que atirou contra colegas de classe no Colégio Goyases, em Goiânia. Dois estudantes foram mortos e quatro ficaram feridos. Conforme decisão, o jovem deverá se apresentar ao Juizado da Infância e Juventude nesta segunda-feira, 23. Desde sexta-feira, 20, data do atentado na unidade educacional, ele está na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai). (Agência Estado)
Enem
Fórmulas, teorias e regras gramaticais não devem ser o único foco de quem está se preparando para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova costuma abordar também assuntos do cotidiano, tanto em perguntas específicas como em textos que subsidiam as questões. Por isso, a sugestão dos professores é que os alunos acompanhem de perto os principais acontecimentos no Brasil e no mundo. “Para a prova do Enem, saber do mundo é tão importante quanto o que vemos em sala de aula. Os acontecimentos na nossa história atual tem a capacidade de nos questionar constantemente sobre o que significa ser humano e viver em sociedade”, diz a professora de história Alba Cristina, da plataforma de ensino Me Salva! O coordenador de história do Grupo Etapa, Thomas Wisiak, lembra que em qualquer disciplina os assuntos de atualidades podem aparecer ou servir de motivos para algum exercício. “Os alunos devem estar a par dos grandes acontecimentos acompanhando um ou mais meios de comunicação confiáveis”, orienta o professor. Ele também recomenda que os alunos fiquem atentos aos grandes temas da atualidade no Brasil, que costumam ser mais abordados no Enem. O professor de Geografia e Atualidades do curso Anglo, Axé Silva, aconselha os alunos a fazerem uma auto-avaliação crítica sobre seus conhecimentos em atualidades e aperfeiçoar o que não estiver com segurança. “Diante desses temas, eles devem pensar um pouco na essência de cada um deles, e se ele se sente seguro sobre cada assunto. O que atrapalha muito os candidatos é ele não confiar nele mesmo, é ter algumas inseguranças sobre alguns assuntos”. Ele também alerta para o cuidado com as notícias falsas e orienta os alunos a procurar sempre as fontes primárias de informações, como órgãos oficiais. (Agência Brasil)
Meio Ambiente
Em meio a índices para medir o crescimento econômico, taxas de emprego, desemprego e inflação, o Brasil terá também um sistema para mensurar o patrimônio natural. Será o Produto Interno Verde (PIV) que levará em conta recursos naturais como florestas, águas e fontes de energia. Na última quarta-feira (18), o presidente Michel Temer sancionou um projeto de lei aprovado no Congresso Nacional e tornou lei o cálculo do PIV. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Olindo, o PIV fará parte de um extenso sistema macroeconômico de contas do país. Para obtê-lo, será necessária uma descrição detalhada dos recursos naturais como florestas, água e fontes de energia de forma a tornar possível mensurar o impacto das atividades produtivas e do crescimento econômico do país sobre esse patrimônio ecológico. Com base em tais informações, serão traçadas estratégias de desenvolvimento sustentável. Olindo informou que o levantamento das riquezas naturais será feito em parceria entre o IBGE e órgãos de cada setor como a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Serviço Florestal Brasileiro e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entre outros. “O PIV vai refletir a economia, o que é gerado no ano, porém, considerando o quanto se consumiu não só de máquinas e de equipamentos, mas o quanto se consumiu de recursos naturais, o que é uma informação-chave para o planejamento”, explicou. (Agência Brasil)
Furto
Um furto de quase R$ 1 milhão em joias e dinheiro numa mansão no Mangabeiras, Centro-Sul de Belo Horizonte, no começo da tarde deste domingo, mobilizou policiais militares do 22º Batalhão da PM, a procura dos ladrões. De acordo com as apurações, em pouco mais de uma hora os bandidos entraram no imóvel, sem serem percebidos pelos moradores vizinhos e levaram um cofre, entre outros objetos de valor. As informações divulgadas pela Polícia Militar é de que os criminosos fugiram num veículo de cor escura, aparentemente um Fiat Punto. Mas não foram revelados detalhes sobre quantos bandidos ou mesmo se a placa do veículo foi anotada. Imagens de câmeras de segurança dos imóveis vizinhos registraram a fuga dos bandidos e serão fundamentais nas investigações. As apurações ficarão a cargo da Polícia Civil, na 3ª Delegacia Sul, onde o boletim de ocorrência da PM foi registrado com relatos iniciais dos moradores e descrição do material furtado. Na mansão moram um homem de 80 anos e suas filhas de 60 e 52. Por volta das 12h30 deste domingo, segundo a PM, os três deixaram o imóvel. Às 13h45, quando retornaram, perceberam que a porta principal estava arrombada. A polícia foi então acionada mas, chegando no local, os militares perceberam que os ladrões tinham fugido. (Estado de Minas)
Argentina
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, comemorou, na madrugada de hoje (23), a maior vitória desde que chegou à Casa Rosada em dezembro de 2015. A coalizão governista de centro-direita Cambiemos (Mudemos) foi a mais votada nos cincos principais distritos, nas eleições legislativas desse domingo (22) – inclusive na província de Buenos Aires, a maior e mais rica do pais. “Não ganhou um partido. Ganhou a certeza de que podemos mudar a história”, disse Macri, ao obter os primeiros resultados. Nos últimos dois anos, ele governou com minoria no Congresso e, com essa eleição, sai fortalecido para implementar sua política de abertura econômica e, dependendo dos resultados, se candidatar à reeleição em 2019. A ex-presidente Cristina Kirchner, sua antecessora e principal rival, voltou ao cenário politico: ela foi eleita senadora por Unidad Ciudadana (Unidade Cidadã), o partido que criou para essa eleição e que promete transformar “na base para fundar uma nova oposição”. Como parlamentar, ela garantiu a imunidade, num momento em que é acusada de corrupção, em oito processos judiciais diferentes. “Chegamos para ficar”, disse Cristina. O governo ainda é minoria no Congresso, mas com essa eleição se fortaleceu, aumentando suas bancadas. Ficará com 25 dos 72 senadores e 108 dos 257 deputados. Para aprovar suas políticas, terá que negociar – mas tem a seu favor a divisão dos peronistas em pelo menos três facções, uma delas liderada por Cristina Kirchner. (Agência Brasil)
Japão
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, prometeu hoje (23) "medidas contundentes" em relação à Coreia do Norte, após a sólida vitória da coalizão governante que lidera nas eleições gerais de ontem. A informação é da Agência EFE. "A partir do apoio popular que recebemos, estamos capacitados para pôr em marcha medidas contundentes frente à ameaça norte-coreana", disse Abe, em entrevista hoje em Tóquio para avaliar os resultados das eleições antecipadas. O líder conservador informou que o problema da Coreia do Norte será um dos temas principais que tratará com o presidente americano, Donald Trump, durante a visita que ele pretende fazer ao Japão entre os dias 5 e 7 de novembro. "Falei hoje com Trump e decidimos que, quando vier, dedicaremos um tempo significativo para discutir como fazer frente a esse desafio", declarou Abe, na sede do Partido Liberal Democrata (PLD) em Tóquio. Abe acrescentou que discutirá com "outros líderes do Leste asiático uma solução para o problema e para incrementar a pressão sobre a Coreia do Norte", referindo-se particularmente aos presidentes da Rússia e da China, Vladimir Putin e Xi Jinping. (Agência Brasil)
EUA
Os Estados Unidos estão "totalmente preparados" para responder às ameaças de Pyongyang, segundo declaração do presidente americano Donald Trump em uma entrevista divulgada neste domingo (22), na qual também destacou a sua "excelente relação" com o governo chinês. "Estamos tão preparados que você não acreditaria", disse Trump em um programa matutino da rede televisiva Fox News, em referência às tensões com a Coreia do Norte, envolvendo o programa nuclear de Pyongyang. "Ficaria espantado em ver o quão preparado estamos, caso precisemos estar", informou o presidente americano, que nos últimos meses vem protagonizando uma dura troca verbal com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un. "Seria melhor não fazê-lo? A resposta é sim. Será isso que vai acontecer? Vai saber", disse Trump, aparentemente querendo evitar a opção militar. Nos últimos meses, a Coreia do Norte realizou uma série de lançamentos de mísseis e seis testes nucleares, desafiando várias sanções impostas pela ONU. Questionado também a respeito de sua política com a China, o mais antigo aliado de Pyongyang, Trump elogiou Pequim por "ajudar" os Estados Unidos a reforçar as sanções contra a Coreia do Norte. (O Tempo)