AÉCIO NEVES

O senador Aécio Neves (PSDB) está de volta ao jogo político em Minas Gerais e começa, em fevereiro, a se dedicar a reuniões e visitas a pelo menos 10 regiões do estado em busca de reconstruir seu campo político para lançar uma candidatura ao governo. Como candidato ao Palácio Tiradentes ou ao Senado, o tucano afirma que sua principal missão nas eleições de 2018 será vencer o governador Fernando Pimentel (PT) nas urnas. Vindo de duas derrotas no estado, o tucano aposta na comparação da atual gestão com os 12 anos em que o governo estadual foi comandado por seu grupo para defender a mudança. Em entrevista ao Estado de Minas, Aécio não poupou críticas a Pimentel. “A situação de Minas é das mais caóticas hoje do Brasil”, disse. Ele também prometeu responder aos mineiros, por onde for, sobre as acusações que enfrenta na Operação Lava-Jato. “Vou enfrentar isso com altivez, olhando nos olhos dos mineiros de forma muito clara”. (Estado de Minas)

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O ano legislativo começa com temperatura elevada em 2018. Logo nos primeiros dias de fevereiro, mês que os parlamentares voltam do recesso, o governo federal vai tentar emplacar as negociações sobre a reforma da Previdência Social para conseguir os votos que ainda faltam. Apesar disso, há um consenso no Congresso de que a tarefa está longe de ser fácil. Marcada a votação para 19 de fevereiro pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), a proposta será discutida no primeiro mês pós-recesso e de carnaval, que interrompe as atividades. Fora isso, a data é uma segunda-feira, dia da semana que, costumeiramente, não há quórum na Casa. Apesar dos entraves, o presidente Michel Temer garantiu que “empenho não faltará” para que o texto seja aprovado. De acordo com o chefe do Executivo, faltam alguns votos para alcançar os 308 necessários para que o governo saia vitorioso no primeiro turno na Câmara. O discurso foi feito na última sexta, quando empossou o mais novo ministro, o secretário de Governo, Carlos Marun, que será encarregado de fazer a articulação com o Congresso. O ministro diz que a data para apreciação do texto é “extremamente adequada”. (Estado de Minas)

RODOVIAS MINEIRAS

A saída para as festas de Natal e Ano-Novo vão exigir a atenção redobrada dos motoristas. Minas Gerais tem ao menos 24 trechos de rodovias totalmente interditados ou com restrição no tráfego. Os principais motivos são erosões, abatimento da pista e problemas estruturais em pontes. Para complicar ainda mais, com a incidência da chuva, o desgaste do asfalto já é visível e se torna um desafio extra. Esse é o caso da BR-381, uma das rotas preferidas dos mineiros que vão para Espírito Santo e conhecida como Rodovia da Morte devido aos graves acidentes que marcam a via. Além do traçado sinuoso, as obras de duplicação e o tráfego intenso, buracos na pista aumentam o risco de batidas. Medidas para minimizar as avarias já foram tomadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas o perigo continua visível. Os sinais de desgastes aparecem na BR-381 logo na saída de Belo Horizonte. Em Caeté, caminhões vão para o acostamento para desviar das avarias. No km 429, uma depressão no asfalto surgiu depois de dias de chuva. Segundo o Dnit, dispositivos de drenagem ficaram sobrecarregados, provocando o problema estrutural. Para a realização do reparo no local, o trânsito teve que ser totalmente interditado por mais de uma hora. (Estado de Minas)

PREVISÃO DO TEMPO

A semana será de tempo parcialmente nublado em Belo Horizonte e região metropolitana. Até a próxima quarta-feira (20), não há previsão de chuva. De acordo com o TempoClima Puc Minas, só deve chover a partir da próxima quinta-feira (21) e a possibilidade de chuvas permanece até o fim de semana, incluindo o Natal. A previsão é também que os dias sejam quentes ao longo de toda a semana com a temperatura variando entre 16ºC e 30ºC. Já para o Estado, a mínima deve ser de 13ºC no Sul, e a máxima de 35º no Triângulo Mineiro. Para o Sul de Minas, Triângulo Mineiro, Oeste e Noroeste há previsão de pancadas de chuva ao longo de toda semana. (OTempo)

BANCO CENTRAL

O mercado financeiro continua a prever inflação abaixo do piso da meta para este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela quarta vez seguida, ao passar de 2,88% para 2,83%. A estimativa consta do boletim Focus, uma publicação divulgada semanalmente no site do Banco Central (BC) com projeções para os principais indicadores econômicos. A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem como centro 4,5%, limite inferior de 3% e superior de 6%. Quando a inflação fica fora desses patamares, o BC tem que elaborar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos do descumprimento da meta. No boletim da semana passada, as instituições financeiras já haviam reduzida a projeção para abaixo da meta. Em setembro, a estimativa também ficou abaixo do piso, mas depois voltou a ficar dentro do intervalo de tolerância. Se a estimativa se confirmar, será a primeira vez que a meta será descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015. Nos 11 meses do ano, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 2,5%, o menor resultado acumulado para o período desde 1998 (1,32%). Em janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai informar o resultado do IPCA neste ano. Para 2018, a projeção do mercado financeiro para o IPCA caiu de 4,02% para 4%. (Agência Brasil)


ENCERRAMENTO DO ANO LEGISLATIVO

Após a tentativa sem sucesso de aprovar a reforma da Previdência ainda em 2017, a Câmara dos Deputados encerra o ano legislativo nesta semana. Na pauta de votações, propostas como a regulamentação da atividade de lobby e o projeto de lei que cria metas de redução do número de mortes no trânsito. Oficialmente, o recesso parlamentar começa no próximo dia 23 e se estende até fevereiro. Nesta semana, a pauta concentra votações entre segunda (18) e terça-feira (19). A quarta-feira (20) será dedicada à análise de acordos internacionais. Foram convocadas sessões de debates e de homenagem e, na pauta das comissões, prevalecem audiências públicas e projetos menos polêmicos. O projeto que pretende mudar a legislação que trata dos planos de saúde não voltou à pauta. Da mesma forma, a comissão especial que analisa a polêmica proposta de emenda à Constituição (PEC 181) que considera a vida inviolável desde a concepção também não convocou reunião para concluir a votação da matéria, depois de várias tentativas. (Agência Brasil)

TSE

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou que a Corte deve discutir nesta segunda-feira (18) os limites do autofinanciamento de campanhas em 2018. Gilmar disse que vai verificar condições e que já havia pessoas no TSE que achavam que é necessário haver limite para doador comum. O TSE vai realizar nesta segunda uma sessão extraordinária para definir as resoluções que nortearão as eleições do ano que vem. O tema, no entanto, não estava nas minutas obtidas pela reportagem. "Vamos verificar e ver como vamos encaminhar. Já havia, no TSE, gente que achava que tinha que ser o mesmo limite do doador comum", disse Gilmar. Na semana passada, o Congresso derrubou um veto do presidente Michel Temer sobre reforma eleitoral e proibiu os candidatos de doarem às suas campanhas o valor que quisessem. (Rádio Itatiaia)

CHILE

O ex-presidente Sebastián Piñera volta ao poder do Chile após vencer no domingo, 17, o segundo turno das eleições presidenciais, em uma votação que muda o mapa político da América Latina. Piñera teve 54,5% dos votos, frente a 45% do governista Alejandro Guillier. Assim como Brasil, Argentina e Peru, os chilenos deram um giro à direita. As eleições se converteram, na prática, em um plebiscito às reformas de Michele Bachelet, a última mulher que ainda governa a América Latina. "No primeiro turno, conseguimos menos votos do que esperávamos e no segundo, mais votos do que acreditávamos", disse Piñera. O candidato de esquerda reconheceu que sofreu uma "derrota dura" e "mais profunda" que o esperado. O senador perdeu até mesmo em sua região, Antofagasta, no norte. (Estadão)