Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter, neste domingo (21/7), para dizer que não criticou o povo nordestino, mas os governadores da região, especificamente Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão. E, na mesma mensagem, atacou o general da reserva Luiz Rocha Paiva, que condenou as declarações do presidente. "'Daqueles GOVERNADORES... o pior é o do Maranhão'. Foi o que falei reservadamente para um ministro. NENHUMA crítica ao povo nordestino, meus irmãos. Mas o melhor de tudo foi ver um único general, Luiz Rocha Paiva, se aliar ao PCdoB de Flávio Dino, p/ me chamar de antipatriótico", escreveu Bolsonaro, suprimindo alguns trechos de sua fala, como o uso do termo "paraíba". Em seguida, o presidente publicou um segundo tuíte, chamando Paiva de "melancia", termo comumente usado por militares da direita para se referir aos de esquerda, que seriam verdes por fora (cor da farda) e vermelhos por dentro. "Sem querer descobrimos um melancia, defensor da Guerrilha do Araguaia, em pleno século XXI". Na última sexta-feira (19/7), ao receber jornalistas estrangeiros para um café da manhã no Palácio do Planalto, Bolsonaro falou reservadamente com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, aparentemente sem perceber que o microfone da TV Brasil captava sua fala. "Daqueles governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão; tem que ter nada para esse cara", afirmou. Flávio Dino lamentou a declaração e pediu explicações. Segundo o governador, o comportamento do presidente teria sido incompatível com a Constituição. (Estado de Minas)
Multa do FGTS
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo que poderá rever no futuro o percentual da multa do FGTS paga ao empregado demitido sem justa causa. Atualmente, o trabalhador recebe 40% do fundo. Ele disse também que o anúncio da liberação das contas ativas e inativas do FGTS deverá acontecer na próxima quarta-feira (24). "O valor não está na Constituição, mas o FGTS está no artigo 7º, acho que o valor é uma lei, vamos pensar lá na frente. Mas antes disso a gente tem que ganhar a guerra da informação, eu não quero manchete amanhã dizendo 'o presidente está estudando reduzir o valor da multa'. O que eu estou tentando levar para o trabalhador é o seguinte: menos direitos e emprego. Todos os direitos e desemprego", disse. Para alterar o valor da multa, o presidente precisará encaminhar ao Congresso uma proposta de lei complementar para regulamentar o tema já que a multa é uma cláusula pétrea da Constituição. (Agência Estado)
Multa do FGTS I
Na sexta-feira (19), o presidente criticou a multa, mas no sábado (20) ele afirmou que não pretende extingui-la. Ele repetiu a explicação de que sua fala se deu no contexto da criação da penalidade, no governo Fernando Henrique Cardoso. "Eu critiquei a multa, o presidente era o Fernando Henrique Cardoso, eles resolveram para não aumentar o desemprego, eles resolveram aumentar o valor da multa. Então em um primeiro momento, você não manda ninguém embora, mas também não contrata" disse. A jornalistas, ele ressaltou que as medidas econômicas de seu governo estão avançando e citou como exemplo a aprovação do primeiro turno da reforma da Previdência na Câmara. "Aprovação da reforma da Previdência fez a bolsa de valores se estabilizar acima dos 100 mil pontos", disse. (Agência Estado)
Saque
O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que "pequenos acertos estão sendo feitos" para a liberação das contas ativas e inativas do FGTS. "Nós não queremos desidratar a questão do Minha Casa, Minha Vida, que é importante para quem precisa de uma casa. E não queremos ser irresponsáveis", afirmou Bolsonaro no Palácio da Alvorada. "A palavra final é com Paulo Guedes", disse quando os jornalistas o questionaram sobre detalhes da medida. Guedes é o ministro da Economia. A proposta do Ministério da Economia é permitir que os trabalhadores saquem entre 10% e 35% dos recursos das contas ativas do FGTS dependendo do tamanho do saldo que possuem no fundo. A equipe econômica também defende que a mesma proporção seja aplicada às contas inativas (de contratos de trabalhos anteriores). Outra medida em estudo é limitar os saques para os demitidos sem justa causa. Hoje, é possível resgatar todo o saldo do fundo nessa situação. A equipe econômica defende colocar um limite e, para compensar, permitir que, todo ano, seja possível sacar uma parcela no mês de aniversário. O anúncio da liberação estava previsto para quinta-feira, quando o governo Bolsonaro completou 200 dias, mas foi adiado para a quarta-feira da semana que vem. O setor de construção pressionou o governo porque teme que os saques das contas diminua o uso do FGTS como fonte para os financiamentos à casa própria com juros menores. (Agência Estado)
Amazônia
Acusado pelo presidente Jair Bolsonaro de estar agindo "a serviço de alguma ONG", o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Magnus Osório Galvão, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que ficou escandalizado com as declarações que, para ele, parecem mais "conversa de botequim". Galvão, que dirige o instituto desde setembro de 2016, se manifestou na manhã deste sábado sobre os comentários feitos na sexta por Bolsonaro em café da manhã com a imprensa estrangeira. Na ocasião, o presidente questionou os dados fornecidos pelo Inpe sobre as taxas de desmatamento da Amazônia e disse que eles são mentirosos. "Se toda essa devastação de que vocês nos acusam de estar fazendo e ter feito no passado, a Amazônia já teria sido extinta seria um grande deserto", disse Bolsonaro. "A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos", afirmou. "Até mandei ver quem é o cara que está a frente do Inpe para vir se explicar aqui em Brasília, explicar esses dados aí que passaram na imprensa", disse. "No nosso sentimento, isso não condiz com a realidade. Até parece que ele está a serviço de alguma ONG, que é muito comum." (Agência Estado)
Amazônia I
Os alertas dispararam nos últimos meses. Em junho, a perda, de acordo com o Deter, foi de 932,1 km?, contra 488,4 km? em junho do ano passado. Em maio já tinha sido de 738, 4 km?, contra 550 km? em maio de 2018. As declarações do presidente ocorreram um dia depois de a imprensa destacar que dados do sistema Deter-B, do Inpe, que faz alertas em tempo real de focos de desmatamento para orientar a fiscalização, mostraram que a área perdida de floresta até meados deste mês já é a segunda maior da série histórica, medida desde 2015. Na quinta, os alertas indicavam um desmatamento de 981 km? neste mês de julho. Nesta sexta, às 19h, conforme observado pelo Estado, o número já tinha saltado para 1.209 km? e atingiu o valor mais alto de perda em um mês desde 2015. É também 102% maior do que o observado em julho do ano passado, que viu uma perda de 596,6 km. (Agência Estado)
Hacker
A líder do governo no Congresso Nacional, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou que teve o celular clonado na madrugada deste domingo (21). Em vídeo publicado em suas redes sociais, a parlamentar diz ter recebido ligações de seu próprio número, como ocorreu com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que teve o celular invadido em junho. Joice afirmou também que já está comunicando as autoridades sobre o ocorrido. Para ela, o criminoso responsável pelo ataque é "provavelmente da mesma gangue que invadiu o celular de Moro" e de procuradores da República. No vídeo, a deputada relata que houve encaminhamento de mensagens em seu nome pelo aplicativo Telegram. "Procuraram um jornalista bastante conhecido no Brasil o jornalista Lauro Jardim", disse. Joice também disse que não usa o aplicativo de mensagens desde a época da campanha. "Acontece que eu não uso o Telegram, não uso o Telegram para fazer ligações, tem uma ligação internacional aqui que eu não faço ideia de onde seja, e algumas ligações aqui de mim para mim mesma, exatamente o que aconteceu com Sergio Moro", afirmou, contando ainda que já comunicou o presidente Jair Bolsonaro e Moro sobre o ocorrido. A deputada pediu ainda que "fiquem de olhos e ouvidos atentos" sobre qualquer mensagem que possa circular em seu nome, já que, para Joice, vão "usar todo o tipo de sujeira para tentar manchar" o seu nome. (Agência Estado)
Frio
A massa de ar frio que atua em Minas Gerais deve começar a perder força a partir desta segunda-feira (22), com tendência de trégua no frio. Até a próxima quarta-feira (24), a mínima na capital mineira será de 12 graus e a máxima deve chegar aos 24. Até o momento, não há previsão de chuva para a cidade. Nesse sábado (20), a temperatura oscilou entre 10 e 22 graus na capital mineira. (Rádio Itatiaia)
Virada Cultural
A Virada Cultural em Belo Horizonte foi aprovada por quem frequentou as mais de 400 atrações entre as noites desse sábado e domingo na capital mineira, após dois anos sem a realização do evento. As atrações foram do axé, passaram pelo rap e funk e chegaram aos games digitais. O público total que compareceu nas 24 horas de atrações não foi divulgado. Contudo, somente no show de Djonga, na Praça da Estação no encerramento da Virada, a Polícia Militar estimou que cerca de 40 mil pessoas estavam no entorno da Avenida dos Andradas. A reportagem do Hoje em Dia acompanhou algumas das centenas de intervenções programadas para a Virada no sábado à noite e durante o domingo. Em conversa com quem foi às ruas, o HD observou uma aprovação do aparato de segurança. Até a publicação desta matéria, não havia sido registrada nenhuma ocorrência criminal de destaque. “Até as 6h de domingo contabilizamos 42 ocorrências de furto. Os números de domingo ainda serão contabilizados, mas o balanço é extremamente positivo”, informou o tenente Abílio de Moura, do 1º Batalhão da Polícia Militar. O militar foi responsável por chefiar a dispersão do público na Praça da Estação nesse domingo. Ele explicou que as equipes da corporação atuaram de maneira diferente em cada período. No domingo de manhã, inclusive, a reportagem identificou que nenhuma equipe da PM foi vista nos arredores da Praça da Estação, Parque Municipal, avenida Assis Chateaubriand e Viaduto Santa Tereza. Por outro lado, no período da noite durante o show do rapper Djonga, centenas de policiais se distribuíram pelo hipercentro para a dispersão da multidão. “Durante o dia e de madrugada o policiamento foi lançado à pé e à noite recebemos um reforço das equipes de Tático Móvel de outros batalhões”, explicou o tenente. (Hoje em Dia)