Coronavírus
O total de pessoas que morrem de covid-19 desde o início da pandemia no Brasil chegou a 217.037, conforme balanço divulgado neste domingo (24) pelo Ministério da Saúde. Em 24 horas, foram registrados 592 óbitos e 28.323 casos confirmados por equipes de saúde. O número de pessoas infectadas no país subiu para 8.884.577. Há, segundo a pasta, 973.770 casos ativos em acompanhamento por profissionais de saúde – um aumento de 11% em relação ao boletim anterior. Na lista de estados com mais mortes por covid-19, São Paulo ocupa a primeira posição (51.502), seguido por Rio de Janeiro (28.833), Minas Gerais (14.279), Ceará (10.331) e Rio Grande do Sul (10.311). Já as unidades da Federação com menos óbitos pela doença são Roraima, Acre, Amapá, Tocantins e Rondônia. Em número de casos, São Paulo também lidera (1,69 milhão), seguido por Minas Gerais (690.853), Bahia (565.320), Santa Catarina (558.9075) e Rio Grande do Sul (528.045). (Estadão)
BH
Um a cada 30 belo-horizontinos já testou positivo para Covid-19. Até o momento, 81.654 confirmações da doença foram feitas na capital – que hoje tem cerca de 2,5 milhões de habitantes. O número de infectados impressiona, principalmente pelos óbitos que traz a reboque: 2.165, até a última sexta-feira. Mas não chega a 3% da população e está bem aquém da “imunidade de rebanho” – quando parte significativa das pessoas já foi contaminada, o que ajuda no controle de determinadas doenças. Para enfermidades conhecidas, esse índice chega a 70%. No caso do novo coronavírus, esperar atingir tal meta sem a vacinação de toda a população é colocar os moradores em um alto risco, afirma o clínico geral Roberto Debski. Atuando na linha de frente no combate à pandemia, o médico diz que, ao mesmo tempo que mais pessoas vão sendo infectadas, até 2% da população pode morrer. “São números catastróficos. A gente não pode depender da imunidade de rebanho pelo contágio. Precisamos de uma estratégia de imunização massiva”. Em Minas, a campanha de vacinação foi iniciada no dia 18. Nessa primeira fase, profissionais de saúde, índios que vivem em aldeias e idosos que estão em asilos integram o grupo prioritário. Até agora, o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) conseguiram aprovação do uso emergencial de imunizantes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (Hoje em Dia)
Manaus
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou na noite deste sábado (23) a Manaus e, de acordo com a assessoria da pasta, ficará no estado do Amazonas pelo "tempo que for necessário". No mesmo dia, a Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de um inquérito para investigar a conduta do ministro na crise da pandemia de Covid-19 no estado. Pazuello desembarcou junto com 132,5 mil doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. As doses fazem parte do carregamento de 2 milhões que o Brasil recebeu da Índia na sexta-feira (22). Manaus tem vivido dias de caos na saúde pública em decorrência da explosão no número de casos de Covid-19. Na semana passada, chegou a faltar oxigênio nas unidades de saúde, levando à morte pacientes que necessitavam de tratamento hospitalar para a doença. De acordo com o ministério da Saúde, somando todas as doses que vão ser enviadas ao Amazonas até este domingo (24), o estado terá recebido 458,5 mil doses de vacina. A conta inclui também a vacina CoronaVac.A estimativa do governo do Amazonas é imunizar 1,5 milhão de pessoas até o fim do primeiro trimestre. O estado tem população de 4,2 milhões.O Ministério da Saúde decidiu priorizar o Amazonas na distribuição da vacina. O estado foi o que mais recebeu doses na proporção de sua população. (G1)
Fiocruz
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) espera começar a produzir sua vacina contra a covid-19 nas próximas semanas, segundo a presidente da fundação, Nísia Trindade Lima. Ela participou na tarde deste sábado (23) da cerimônia de distribuição da primeira leva de vacinas desenvolvidas pela AstraZeneca com a Universidade de Oxford e importada da Índia. A chegada da vacina ao Brasil deveria ter acontecido no último dia 17, mas atrasou cinco dias. O atraso gerou críticas à equipe diplomática brasileira, que atribuiu a demora a pressões internas do país asiático para que, antes de ser encaminhada ao Brasil, a vacina fosse distribuída à sua população. (Estadão)
Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) voltou a bater recorde de abstenção neste domingo, 24. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 55,3% dos candidatos não fizeram a segunda rodada da prova, que ocorreu em meio à segunda onda da pandemia de covid-19. Em números absolutos, são 3 milhões de inscritos que deixaram de comparecer hoje aos locais de prova. Os números foram apresentados na noite deste domingo pelo presidente do Inep, Alexandre Lopes. Ele afirmou que, ainda que a abstenção tenha sido alta, a aplicação foi satisfatória. Lopes ressaltou que não houve incidentes no segundo domingo de provas. Diferentemente da semana passada, segundo Lopes, "não houve candidatos que não puderam fazer a prova por lotação nas salas". No domingo anterior, houve casos de estudantes barrados quando já estavam nos locais de prova por superlotação das classes. Segundo Lopes, os episódios de estudantes impedidos ocorreram em 11 cidades e 37 escolas pelo País, mas não voltaram a se repetir neste domingo. (Estadão)
Eletrobras
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, renunciou ao cargo, alegando motivos pessoais. A informação foi prestada pela empresa em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) neste domingo, 24. Segundo o ofício, o executivo vai deixar a presidência da empresa no dia 5 de março. Ainda não há um sucessor indicado. A renúncia do executivo aconteceu menos de uma semana depois de um novo revés à desestatização da empresa. Na quinta-feira, 21, as ações da Eletrobras caíram 6,15% (PNB) e 5,15% (ON) depois de o candidato apoiado pelo governo Bolsonaro para a presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), declarar que a privatização da estatal não seria um foco da sua gestão. Analistas do mercado financeiro passaram a colocar em dúvida a privatização da empresa ainda durante o governo de Jair Bolsonaro. O Bradesco BBI cortou a recomendação da Eletrobras para neutro até o fim das eleições no Congresso, em 1º de fevereiro. A companhia convidou os investidores para uma teleconferência às 15h desta segunda-feira, 25, com a presença do executivo. (Estado de Minas)
Brumadinho
Depois do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, que completa dois anos nesta segunda-feira, além das vítimas da tragédia, centenas de pessoas em Minas vivem um verdadeiro pesadelo. De lá pra cá, segundo a Defesa Civil de Minas, nos últimos dois anos, cinco comunidades nos municípios de Barão de Cocais, Brumadinho, Itatiaiuçu, Itabirito, Nova Lima e Ouro Preto tiveram que ser evacuadas por risco de rompimento, quatro delas por causa de barragens da Vale. Neste momento, cerca de 1,2 mil pessoas estão fora de casa, morando em hotéis e moradias provisórias. Atualmente, também de acordo com a Defesa Civil estadual, três barragens estão em nível 3, que é o risco máximo, significa ruptura iminente, aquela que pode ocorrer a qualquer momento, ou que já esteja ocorrendo. São elas: B3/B4 em Nova Lima; Forquilhas III em Ouro Preto e Sul Superior em Barão de Cocais, todas da mineradora Vale. Outras dez barragens estão em nível 2, que é quando o resultado das ações adotadas para controle das anomalias no nível 1 não funcionaram. São elas: Capitão do Mato em Nova Lima; Doutor em Ouro Preto; Xingu em Mariana; Forquilha I em Ouro Preto; Forquilha II em Ouro Preto; Grupo em Ouro Preto; Norte/Laranjeiras em Barão de Cocais; Sul Inferior em Barão de Cocais, B2 Auxiliar em Rio Acima e Barragem de Rejeitos em Itatiaiuçu. (Rádio Itatiaia)
Protestos
Diversos manifestantes de esquerda realizaram carreatas a favor da vacinação e contra o presidente Jair Bolsonaro em várias cidades do Brasil neste sábado (23), enquanto que movimentos de direita foram às ruas ontem (24). Apesar dos lados opostos, os grupos - Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, e o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua - defenderam a saída do líder brasileiro do poder. Sábado foram registrados protestos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Fortaleza, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegra, Belém, Teresina, Salvador, João Pessoa, Aracaju, Porto Velho, Maceió, Rio Branco, Boa Vista, Minas Gerais, Goiânia, Vitória, Campo Grande, São Luís e Palmas. Durante a carreata, os manifestantes fizeram buzinaço e carregaram bandeiras a favor do impeachment de Bolsonaro, do não retorno das aulas presenciais, da vacinação anti-Covid. Em algumas cidades, os atos defenderam o SUS e pediram a volta do auxílio emergencial. Já domingo, as iniciativas denunciaram um "estelionato eleitoral" cometido por Bolsonaro, que "entregou o governo pro centrão, fez aliança com Toffoli, Aras, Kassio, abandonou pautas econômicas, abandonou o combate à corrupção e sabota o combate à pandemia", escreveu o MBL em uma rede social. (Ansa)
Palmas
Marcus Molinari, um dos quatro jogadores do Palmas que morreram na queda de um avião neste domingo, era filho do ex-atacante do Atlético, Marinho. Além dele, o acidente também vitimou os atletas Lucas Praxedes, Guilherme Noé e Ranule, além do presidente do Palmas, Lucas Meira, e do piloto da aeronave, identificado como ‘comandante’ Wagner. Mairon César Reis, o Marinho, atuou com a camisa atleticana entre 2006 e 2008 e anotou 28 gols em 68 jogos pelo Galo. Ele marcou 17 gols na campanha do título da Série B do Campeonato Brasileiro e também levantou a taça do Campeonato Mineiro de 2007 com o clube. Marcus Vinicius Molinari Reis nasceu em 1997 e foi revelado pelas categorias de base do Villa Nova, de Nova Lima. Meio-campista, o filho de Marinho atuou também por Araxá, Santos, Tupi, Ipatinga, Tupynambás até chegar ao Palmas, na temporada 2020. O avião que caiu logo após a decolagem na pista da Associação Tocantinense de Aviação, no distrito de Luzimangues, Tocantins, seguia rumo a Goiânia, onde o Palmas iria enfrentar o Vila Nova, nesta segunda-feira, pela Copa Verde. (Estado de Minas)
Portugal
Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito presidente de Portugal neste domingo (24), ao obter 60,7% dos votos. Em segundo lugar ficou a candidata socialista Ana Gomes, com 12,97%, e em terceiro André Ventura, com 11,9%. No total, o atual presidente teve 2.533.799 votos, enquanto a segunda colocada teve 541.345 e o terceiro 496.583, de acordo com a emissora RTP. A abstenção foi de 60,51%. Após a confirmação oficial de sua vitória, Rebelo afirmou que "Temos de reenconcontrar o que ficou perdido. Fazer esquecer as xenofobias, as exclusões, os medos. Temos de valorizar as inclusões, os afetos, as cidadanias". "A melhor homenagem que podemos prestar aos mortos é cuidar dos vivos e com eles recriar Portugal", disse o presidente reeleito. "Os portugueses não querem uma pandemia infindável, uma crise sem termos à vista, um empobrecimento agravado, um recuo em relação a outras sociedades europeias, um sistema político lento a perceber a mudança e um extremismo nas pessoas, atitudes e vida social e política, e querem uma pandemia dominada o mais rápido possível, uma presidência da União Europeia fortalecendo o papel de Portugal e do mundo", acrescentou. (G1)