Ministérios

A intenção do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de fechar a composição da equipe de ministros esta semana transforma os cinco dias num momento decisivo e crucial para arbitrar a disputa no setor de infraestrutura — o único que não teve ministros anunciados nesses quase 30 dias após a eleição em segundo turno. Até aqui, há apenas a decisão do governo de dividir a área em dois ministérios: um de Infraestrutura, que ficará responsável por transportes (incluindo portos e aviação civil) e comunicações; e outro, de Minas e Energia. Nos dois setores, há uma briga interna entre os três grandes grupos que compõem o governo — o econômico, o político e o militar. Os militares consideram o setor de infraestrutura, em especial aviação, portos, petróleo e energia, estratégicos para o país. Por isso, enquanto o núcleo econômico pede privatizações em tudo, generais, almirantes e brigadeiros vão na linha do “muita calma nessa hora”, e desejam dar opiniões e sugestões a respeito. São nacionalistas, enquanto o mercado mira apenas no quesito criação de um bom ambiente de negócios. Nessa queda de braço, economistas e militares jogam no mesmo time quando a missão é a defesa de nomes mais técnicos, afastando o núcleo político dessa seara. (Correio Braziliense)

Ministérios I

Essas disputas e a decisão de dividir a infraestrutura em duas pastas terminaram por frustrar o que havia sido idealizado pelo general Oswaldo Ferreira, que coordenou esse setor durante o processo eleitoral. A equipe do general também não teria gostado de Paulo Guedes indicar o presidente da Petrobras, o que tirou uma das joias da coroa de Minas e Energia. Ou seja, a empresa estratégica do setor responderá diretamente a Guedes e não ao ministro da área. A escolha do presidente da Petrobras por Paulo Guedes fez soar, entre empresários do setor de infraestrutura, o alerta de que o futuro ministro, seja quem for, não terá a mesma carta branca de Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) para montar a própria equipe. Há quem diga, inclusive, que isso pesou na decisão do general Oswaldo Ferreira, de não ocupar um ministério, embora ainda exista um grupo de militares tentado fazer com que ele aceite, de forma a deixar o setor mais “protegido” do festival de privatizações que os economistas desejam. Sem o general, a área de Minas e Energia abre a semana com três nomes cotados: o do deputado Jaime Martins (Pros-MG), do ex-secretário executivo do Ministério de Minas e Energia Paulo Pedrosa, e, ainda, o de Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Se optar pelo deputado, Bolsonaro, manda um recado aos políticos: “Estamos escolhendo o melhor, quem pensa no Brasil e não na agremiação partidária”. Martins foi indicado pela Frente do Gás, enquanto Pedrosa e Pires têm mais apoios entre empresários do setor. A ideia do presidente eleito, entretanto, é adotar um conselho dos velhos políticos em relação à briga por espaço no governo: esperar mais uns dias para ver o que acontece com cada um dos indicados. Nas palavras de um integrante da equipe de transição, o momento é de ver quem vai passar incólume de desgaste nos próximos dias. Se decidir cumprir o desejo de escolher todo o primeiro escalão até o fim deste mês, esse tempo de decantar os nomes está se esgotando. (Correio Braziliense)

Violência

Por ocasião do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, lembrado neste domingo, o presidente Michel Temer disse, em sua conta no Twitter, que a sociedade não pode tolerar agressões contra as mulheres. “Que este 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, nos alerte ainda mais para essa causa que é de cada um de nós”, escreveu. Em sua postagem na rede social, Temer destacou que os canais de denúncia são fundamentais. “Por esse motivo criei, em 1985, a Delegacia da Mulher, primeiro canal oficial para esse objetivo. Hoje temos também o #ligue180, serviço gratuito e confidencial para denúncias de violência contra a mulher. Vamos eliminar esse mal”, afirmou. A secretária-geral adjunta das Nações Unidas e diretora da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, disse ser “absolutamente inaceitável que a grande maioria dos autores de violência contra mulheres e meninas fique impune”. (Agência Brasil)

PCC

A Justiça mineira começa a julgar nesta segunda-feira, no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, 28 membros da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), acusados de assassinatos, tráfico de drogas, formação de quadrilha e ordenamentos de queimas de coletivos. O julgado deve terminar somente na sexta (30) e já é considerado o maior da história de Minas. Presos da facção que estavam em regime diferenciado no presídio de segurança Máxima Francisco Sá, no Norte de Minas, já foram transferidos para a Região Metropolitana de BH, mas por questões de segurança não foi informado em quais presídios eles ficarão durante os dias do julgamento. Um forte aparato de segurança foi montado pela Polícia Militar e contará com o apoio das tropas especializadas como Rotam, Bope e batalhão de choque. Três áreas de segurança foram determinadas e haverá restrições ao acesso do fórum, em especial no momento de chegada e saída dos presos. Uma varredura também foi feita nesse domingo (25) em busca de bombas e outras ameaças, mas nada foi encontrado. (Rádio Itatiaia)

Mais Médicos

O Ministério da Saúde informou ontem (25) que 96,6% das vagas do programa Mais Médicos foram preenchidas. Segundo o órgão, o site está estável e as inscrições seguem até 7 de dezembro. A apresentação dos profissionais aos municípios deve ocorrer imediatamente até 14 de dezembro. Até as 17h deste domingo havia 29.780 inscritos com registro do Conselho Regional de Medicina (CRM) no Brasil, dos quais 20.767 foram efetivadas e 8.230 profissionais já estão alocados no município para atuação imediata. Na apresentação ao município, o médico deve entregar todos os documentos exigidos no edital. Até o momento, 40 médicos já se apresentaram nas unidades básicas de saúde. (Agência Brasil)

Aedes aegypti

Todos os municípios do país promovem, a partir deste domingo (25), diversas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, como visitas domiciliares, mutirões de limpeza e distribuição de materiais informativos. A Semana Nacional de Combate ao Aedes será realizada até a próxima sexta-feira (30), sendo a sexta o dia D de combate ao mosquito. No total, 210 mil unidades públicas e privadas estão sendo mobilizadas, sendo 146 mil escolas da rede básica, 11 mil centros de Assistência Social e 53 mil unidades básicas de Saúde (UBS), informou o Ministério da Saúde. Estados e municípios já foram orientados pela Sala Nacional de Coordenação e Controle do ministério para que promovam nas comunidades atividades instrutivas sobre a importância do combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Entre as atividades planejadas para a semana estão visitas domiciliares, distribuição de materiais informativos e educativos, murais, rodas de conversa com a comunidade, oficinas, teatros e gincanas. “A mobilização pretende mostrar que a união de todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, principalmente de novembro a maio, considerado o período epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Nesse período, o calor e as chuvas são condições ideais para a sua proliferação”, acrescenta o ministério. (Agência Brasil)

Alagamentos

As mortes de quatro pessoas que trafegavam pela Avenida Vilarinho durante a tempestade do dia 15 trouxeram grande comoção e se traduziram numa mobilização da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para tentar resolver o problema. Decretos municipais instituíram situação de emergência, um grupo de trabalho foi criado para apresentar soluções em 30 dias e até uma concorrência foi aberta para projeto e obra definitiva contra as cheias nessa que é uma das principais vias de Venda Nova. A ideia é que se tenha obras prontas até o fim do ano que vem. Essa celeridade, que pode finalmente trazer mais tranquilidade para a região, não é vista em outros pontos críticos dentro das 82 áreas de alagamentos identificadas pela Carta de Inundações de Belo Horizonte. Para se ter uma ideia, a Avenida Francisco Sá é a campeã de solicitações relacionadas a enchentes, alagamentos e inundações feitas à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec-BH), com 282 chamados desde 2008, à frente da Avenida Vilarinho (179) e da Avenida Teresa Cristina (150). Ainda assim, a continuidade das obras para solucionar os problemas da área, cuja primeira fase terminou em 2016, nem sequer está prevista, uma vez que o projeto executivo para uma intervenção só deve ser entregue no ano que vem. A reportagem do Estado de Minas foi a vários pontos de alagamento em áreas diversas da capital e verificou problemas em comum, como grande quantidade de lixo sendo deixado pela via pública, que acaba entupindo as redes de drenagem. A avenida campeã de solicitações de auxílio da Comdec-BH durante as chuvas sofre com o problema crônico de lixo atirado nos passeios, sobre bueiros e no meio da via. (Estado de Minas)

Inflação

A estimativa de instituições financeiras para a inflação este ano caiu pela quinta vez seguida. De acordo com pesquisa do Banco Central (BC), divulgada hoje (26), em Brasília, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) deve ficar em 3,94%. Na semana passada, a projeção estava em 4,13%. Para 2019, a projeção da inflação passou de 4,20% para 4,12%. Não houve alteração na estimativa para 2020: 4%. Para 2021, passou de 3,90% para 3,86%. A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, é 4,5% este ano. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25% com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Já para 2020, a meta é 4%, e, para 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente). (Agência Brasil)

Leilão BHTrans

Interessados em participar do leilão de 197 veículos promovido pelo Detran têm até esta segunda-feira para ir ao pátio (avenida Tereza Cristina, 3009, bairro Calafate) realizar a inspeção visual. O leilão ocorre nesta terça-feira (27), a partir das 9h, no Auditório do Círculo Militar de Belo Horizonte (avenida Raja Gabaglia, 350, bairro Gutierrez). A alienação se dará pela melhor oferta individual de cada bem, no estado em que se encontram os veículos apreendidos e recolhidos no Pátio da BHTrans (conservados ou sucatas). O edital e a lista de veículos do leilão estão neste link. A participação no leilão também poderá ser virtual, mediante cadastro prévio e com lances ofertados via internet, no site do leiloeiro. O veículo considerado conservado poderá voltar a circular, desde que o arrematante tome todas as providências necessárias, no prazo e forma exigidos pelo Código de Trânsito Brasileiro para colocá-lo novamente em circulação. O veículo considerado sucata, ou seja, irrecuperável ou que será definitivamente desmontado, não poderá voltar a circular. Será solicitada a baixa do veículo junto ao Detran antes de entregá-lo ao respectivo arrematante. Poderão participar do leilão de veículos considerados sucata somente pessoas jurídicas, cujo objeto social contenha desmontagem de veículo automotor e deverão estar previamente cadastradas no sistema de apreensão e leilão de veículos do Detran/MG (SIAL). (Rádio Itatiaia)

Bernardo Bertolucci

O cineasta italiano Bernardo Bertolucci, diretor de filmes como o polêmico "O último tango em Paris" (1972), o premiado "O último imperador" (1987) e "Os sonhadores" (2003), morreu nesta segunda-feira (26) aos 77 anos. De acordo com a imprensa italiana, ele estava em casa, em Roma, mas a causa da morte não foi revelada. O jornal "Corriere Della Sera" cita "uma longa doença". Considerado o último grande mestre do cinema italiano, Bertolucci fez ainda obras-primas como "Antes da revolução" (1964), "1900" (1976), "O conformista" (1970). Com "O último imperador" (1987), levou o Oscar de melhor diretor (é o único italiano a ter levado o prêmio), melhor filme e melhor roteiro. O longa faturou, ao todo, nove estatuetas. Em maio de 2011, ele recebeu uma Palma de Honra, no Festival de Cannes, pelo conjunto de sua obra. Além de filmes de ficção, Bertolucci dirigiu documentários. Iniciou a carreira artística como poeta e também se destacou como roteirista. Assinou, por exemplo, "Era uma vez no oeste" (1968), de Sergio Leone. Ele era casado desde 1978 com Clare Peploe. (G1)