Amazônia

Um despacho do presidente Jair Bolsonaro, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) neste domingo (25), autorizou o emprego das Forças Armadas no combate aos incêndios florestais no Acre, Mato Grosso e Amazonas. Com isso, são sete os estados que solicitaram apoio federal nas operações, já que Roraima, Rondônia, Tocantins e Pará haviam feito o pedido desde a última sexta-feira (23), quando o presidente assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que permite a atuação dos militares da União. A medida vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal. Segundo o texto, o emprego dos militares será autorizado apenas mediante requerimento do governador de cada estado da região. A Amazônia Legal é um território que abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, de Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, do Tocantins e do Maranhão. Sábado (24), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou que cerca 44 mil militares das Forças Armadas estão continuamente na Região Amazônica e poderão ser empregados nas operações. Já o Ministério da Economia informou neste domingo (25), em nota ter aprovado o descontingenciamento imediato R$ 38,5 milhões do orçamento da Defesa para custear os trabalhos de combate aos incêndios conduzidos pelas Forças Armadas. (Agência Brasil)

G7

Chefes de Estado e governo do G7 que participam de sua 45ª conferência de cúpula acordaram sobre o envio de ajuda aos países afetados pelos incêndios na Região Amazônica "o mais rápido possível", declarou neste domingo (25/08) o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron. Ele acrescentou que os líderes das maiores potências econômicas avançadas estão se aproximando de um consenso sobre como ajudar a extinguir o fogo e reparar os danos resultantes. Trata-se de encontrar os mecanismos apropriados, tanto técnicos quanto financeiros, acrescentou, e "tudo depende dos países da Amazônia", que compreensivelmente defendem sua soberania. "Mas o que está em jogo na Amazônia, para esses países e para a comunidade internacional, em termos de biodiversidade, oxigênio, a luta contra o aquecimento global, é de tal ordem, que esse reflorestamento tem que ser feito", advertiu. Embora 60% da Região Amazônica se situe no Brasil, a maior floresta do mundo também se estende por oito outros países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela, e até mesmo o departamento ultramarino da França, Guiana Francesa. Na qualidade de atual presidente do G7, Macron colocara os incêndios amazônicos no topo da agenda da cúpula, após declará-los emergência global. Numa iniciativa controversa, ele também ameaçou não ratificar o acordo de livre-comércio assinado entre a União Europeia e o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), devido às "mentiras" do presidente Jair Bolsonaro quanto a seu real comprometimento climático e ambiental. (Agência Brasil)

Macron

O presidente francês, Emmanuel Macron, voltou a subir o tom contra Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (26), dizendo esperar que “os brasileiros tenham logo um presidente à altura” do cargo. Em entrevista ao lado do presidente chileno Sebastián Piñera, no âmbito da cúpula do G7 (clube dos países ricos), o chefe de Estado francês afirmou que “é triste” ver ministros brasileiros insultarem líderes estrangeiros. No último fim de semana, o titular da Educação, Abraham Weintraub, chamou Macron de cretino oportunista. Já Bolsonaro zombou da mulher do francês, Brigitte Macron, em comentário na internet. “As mulheres brasileiras sem dúvida têm um pouco de vergonha [de seu presidente]”, afirmou o líder europeu. Macron descreveu os últimos lances da crise diplomática com Brasília como um “grande mal-entendido”. “Ele me prometeu, com a mão no peito [na cúpula do G20, em julho, no Japão], respeitar seus engajamentos ambientais. Dias depois, demitiu cientistas de seu governo”, disse o francês, referindo-se à demissão do presidente do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, após a divulgação de estatísticas sobre o desmatamento que desagradaram ao governo. Os desentendimentos entre os dois líderes se acirraram desde que o brasileiro ameaçou deixar o Acordo de Paris sobre o Clima e o francês reagiu prometendo barrar o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. (Folha de S. Paulo)

Ministro da Justiça

O presidente Jair Bolsonaro respondeu neste final de semana a um internauta que lhe pediu para cuidar bem do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. "Jair Messias Bolsonaro cuide bem do ministro Moro, você sabe que votamos em um governo composto por você ele e o Paulo Guedes", escreveu um internauta identificado como Bunny Sam na página oficial do presidente da República no Facebook. Bolsonaro respondeu, sem mencionar explicitamente o nome do ministro da Justiça: "Com todo respeito a ele (Moro), mas o mesmo não esteve comigo durante a campanha, até que, como juiz, não poderia." Na época da campanha eleitoral, Moro era juiz federal em Curitiba, responsável por cuidar de processos da Lava Jato no Paraná. Depois de ser convidado para assumir um cargo no primeiro escalão do governo Bolsonaro, ele largou a magistratura. Como o Estadão/Broadcast informou, Bolsonaro indicou na sexta-feira cinco nomes para integrar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Apesar de o Cade ser formalmente ligado ao Ministério da Justiça, de Moro, o ministro não foi consultado e não teve influência em nenhuma das indicações. Moro também tem sofrido desgaste diante das tentativas de Bolsonaro de interferir na estrutura da Polícia Federal. No último sábado, em conversa com os jornalistas, o presidente disse que "todos os ministros têm ingerência minha" e que foi "eleito para mudar", ao ser indagado de Moro teria carta branca. (Terra)

Riocentro

Um dos casos mais emblemáticos da ditadura militar, considerado um dos marcos da derrocada do regime, volta aos tribunais nesta semana. A Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) analisa nesta quarta-feira um recurso do Ministério Público Federal para decidir se o atentado do Riocentro se enquadra como crime contra a humanidade. Na prática, se o colegiado decidir que os crimes são imprescritíveis, os militares envolvidos no episódio poderão ser julgados e até condenados pela Justiça brasileira. A discussão vai ser reaberta exatamente 40 anos depois de o então presidente João Figueiredo sancionar – em 28 de agosto de 1979 – a Lei da Anistia, que resultou no perdão dos crimes políticos cometidos no País entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979. O caso conhecido como Riocentro, que resultou na explosão de duas bombas de fabricação artesanal, ocorreu depois da promulgação da lei – na noite de 30 de abril de 1981, durante um show de música popular brasileira em um centro de convenções para comemorar o Dia do Trabalho. (Estadão)

Inflação

O mercado financeiro reduziu a projeção para o crescimento da economia e a estimativa de inflação para este ano. Segundo o boletim Focus, pesquisa divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), a previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi ajustada de 0,83% para 0,80% em 2019. Segundo a pesquisa, a previsão para 2020 também caiu, ao passar de 2,20% para 2,10%. Para 2021 e 2022 não houve alteração nas estimativas: 2,50%. A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 3,71% para 3,65%, este ano. Para 2020, a estimativa caiu de 3,90% para 3,85%. Não houve alteração nas estimativas para os anos seguintes: 3,75%, em 2021, e 3,50%, em 2022. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,5% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. (Agência Brasil)

Dom Helder

O processo de reconhecimento como santo do religioso brasileiro dom Hélder Pessoa Câmara (1909-1999) entrará em nova etapa na semana que vem. Trata-se da abertura da fase romana das investigações. A morte do cearense com forte atuação em Pernambuco completa 20 anos nesta terça (27). “O próximo passo será o papa reconhecer, em nome da Igreja, que dom Hélder praticou em grau heroico as virtudes cristãs. Aí ele será declarado venerável”, disse à Folha Jociel Gomes, frade franciscano responsável por realizar o pedido junto ao Vaticano. O processo de canonização de dom Hélder foi aberto oficialmente em fevereiro de 2015, nove meses depois de a Arquidiocese de Olinda e Recife solicitar a questão à cúpula da Igreja. Desde então, frei Jociel e sua equipe vasculharam sua biografia e ouviram pessoas que conviveram com o religioso. O resultado, enviado ao Vaticano em dezembro, foi um dossiê de 197 páginas, com depoimentos de 54 pessoas. Uma vez considerado venerável, relatos de milagres passam a ser compilados. Os casos selecionados são analisados por um junta de especialistas do Vaticano. Para se tornar beato, é preciso ter um primeiro milagre reconhecido pela Igreja. A canonização, ou seja, o status de santo, só vem após esse segundo milagre. (Folha de S. Paulo)

Fernanda Young

O corpo da atriz, apresentadora de TV, roteirista e escritora Fernanda Young foi enterrado na tarde deste domingo, no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. A artista morreu aos 49 anos na madrugada do mesmo dia no sítio da família, em Gonçalves, no Sul de Minas, por causa de uma crise de asma seguida de parada cardíaca. Ela foi levada de ambulância ao Hospital Frei Caetano, em Paraisópolis, onde os médicos tentaram reanimá-la. A unidade de saúde informou que a atriz foi atendida por volta da 1h45 e morreu às 2h53. Fernanda estava em cartaz em São Paulo com a peça "Ainda nada de novo". Ela iniciou a carreira na TV em 1995, na série "A comédia da vida privada", adaptação de textos de Luis Fernando Verissimo. A artista era funcionária da TV Globo, onde o trabalho mais recente dela na emissora foi a série "Shippados", lançada pela Globoplay e estrelada por Tatá Werneck, Eduardo Sterblitch e Clarice Falcão. Ela deixa marido e quatro filhos. (Rádio Itatiaia)